terça-feira, 30 de junho de 2009

Relatório TALIS - OCDE

A OCDE considerou Portugal um caso 'preocupante' para as 'carreiras e vidas profissionais dos professores' por falta de um sistema de avaliação de desempenho dos docentes, segundo um relatório divulgado pelo Ministério da Educação.


A conclusão faz parte do relatório TALIS (Teaching and Learning International Survey) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que fez um estudo comparativo das condições de trabalho e do ambiente de ensino e aprendizagem em escolas de 23 países, que decorreu entre Março e Maio de 2003 e Março e Maio de 2008.

Portugal implementou, entretanto, um processo de avaliação de desempenho dos professores, que tem sido muito criticado pelos sindicatos.

Em cada país, foram seleccionadas para participar no estudo 200 escolas públicas e privadas com 3.º ciclo do ensino básico. Em cada escola foram inquiridos 20 professores daquele nível de ensino e o director do estabelecimento.

Mais de 80 por cento dos professores da amostra TALIS trabalhavam em escolas cujo director afirmou que a avaliação do estabelecimento teve um impacto na devolução da informação à escola, na aferição do trabalho dos professores e no auxílio aos professores em melhorar as suas competências pedagógicas.

Porém, esta situação não é igual em todos os países. Segundo um comunicado do Ministério da Educação, Portugal aparece no estudo como o terceiro país com a percentagem mais elevada de professores em escolas que não tiveram nenhuma aferição de desempenho e também o terceiro país com mais elevada percentagem de professores em escolas que não foram alvo de qualquer avaliação externa.

O documento aponta que Portugal tem um cenário 'preocupante' para 'as carreiras e vidas profissionais dos professores que acreditam em fornecer incentivos e em reconhecer o sucesso, para aqueles que pretendem promover redes de aprendizagem efectiva no interior das escolas e para os amplos objectivos das escolas que procuram conseguir melhorias contínuas na sua efectividade do seu desempenho', adianta o comunicado.

A OCDE aconselha os países que não dispõem de sistemas de avaliação formalizados e generalizados a nível nacional a introduzi-los rapidamente ou, eventualmente, a melhorá-los.

Por outro lado, é um incentivo para os professores melhorar as suas práticas, em particular onde se revele necessário melhorar o desempenho face às dificuldades encontradas, como gestão de alunos com comportamentos difíceis, alunos com origens sociais, culturais e linguísticas heterogéneas.

O estudo analisou também a actividade e exigências que se colocam aos directores da escola dos 23 países e revelou os baixos níveis de autonomia que dispunham para tomar decisões relevantes relativamente à gestão do pessoal docente.

Apenas 22,8 por cento dos professores trabalham em escolas onde o director pode despedir os professores (média global 60,7 por cento); 4,6 por cento trabalha onde o director pode fixar o salário dos professores (24,3 por cento), 7,2 por cento pode decidir aumentos salariais (25,6 por cento).

Sobre a situação portuguesa, o relatório refere que os presidentes dos conselhos executivos das escolas revelavam mais competências no âmbito do desempenho das funções tradicionais da gestão escolar do que nas funções de cariz pedagógico e orientadas para a melhoria do desempenho dos profissionais e das práticas de ensino e aprendizagem, refere o mesmo comunicado.

O relatório da OCDE indica ainda que Portugal é o país onde a percentagem de mulheres directoras de escolas é mais de 30 pontos percentuais abaixo da percentagem de mulheres professoras.


HN
Lusa/fim








segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Educação na Finlândia


Link: A Educação na Finlândia

Prémio para professores

Os professores avaliados com Muito Bom e Excelente durante períodos consecutivos terão uma redução de quatro anos no tempo de serviço exigido para aceder à categoria de professor titular, anunciou o secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira.



O Ministério da Educação apresentou ontem aos sindicatos uma proposta da revisão do estatuto da carreira docente, garantindo que pretende dar por concluído o processo de negociação no final de Julho, mesmo sem o acordo dos sindicatos. Entre os principais pontos, destaca-se a redução do tempo de permanência nos três primeiros escalões e quinto da categoria de professor, num total de cinco anos.

Por outro lado, o Ministério prevê ainda que 'os docentes que preencham os requisitos para professor titular, que tenham sido aprovados em prova pública, mas que não tenham vaga, dado o seu número limitado, possam a aceder a um escalão coincidente com o primeiro escalão do professor titular', segundo Jorge Pedreira.

Para Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, o Ministério da Educação veio criar dificuldades ao acesso à categoria de professor titular. 'O acesso a titular não está reservado aos melhores, aos que têm mérito, mas sim àqueles a quem o Ministério atribuir vaga', disse o secretário-geral.

Joana Nogueira

domingo, 28 de junho de 2009

Na Escola ComCiência – Encontros e Desafios

O Ministério da Educação, através da Direcção Regional de Educação do Norte, está a organizar, em colaboração com a Fundação Ilídio Pinho, uma mostra nacional de ciência e tecnologia, designada Na Escola ComCiência – Encontros e Desafios, que exporá centenas de trabalhos feitos por alunos e professores nas escolas, nos próximos dias 29 e 30 de Junho, no Europarque, em Santa Maria da Feira.

* centenas de trabalhos do ensino experimental em exposição

* debates com Alexandre Quintanilha, Arsélio Martins e Jacinta Moreira

* encontros com centros Ciência Viva

* espectáculo musical com os Hands on Approach

* entrega dos Prémios Fundação Ilídio Pinho "Ciência na Escola" ( 7.ª Edição)

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O Ministério da Educação, através da Direcção Regional de Educação do Norte, está a organizar, em colaboração com a Fundação Ilídio Pinho, uma mostra nacional de ciência e tecnologia, designada Na Escola ComCiência - Encontros e Desafios, que exporá centenas de trabalhos feitos por alunos e professores nas escolas, nos próximos dias 29 e 30 de Junho, no Europarque, em Santa Maria da Feira.



Além de milhares de alunos e docentes, esta exposição na área da ciência contará com a participação de personalidades como Alexandre Quintanilha, Arsélio Martins, professor de Matemática, distinguido com o Prémio Nacional de Professores 2007, Jacinta Moreira, professora de Biologia e Geologia, também recebedora do Prémio Nacional de Professores, em 2008, e Ilídio Pinho, cuja fundação promove o Prémio "Ciência na Escola".



Os projectos expostos distribuem-se por áreas que vão da Matemática ou Física às Energias Renováveis, à Química, à Biologia, à Informática ou à Robótica.



Estarão também presentes projectos de outras entidades ligadas às vertentes científicas e tecnológicas, nomeadamente a Fundação de Serralves, o Pavilhão da Água, o Planetário e o Visionarium, entre outras.



A Mostra prevê uma conferência proferida por Alexandre Quintanilha e o Encontro com a Matemática, um espaço de conversa informal com Arsélio Martins, professor distinguido com o Prémio Nacional de Professores 2007 e presidente da Associação de Professores de Matemática (http://www.apm.pt/ ), no qual se debaterá a importância e os contributos da Matemática no panorama das Ciências.



Da mesma forma, os docentes Jacinta Moreira - distinguida com o Prémio Nacional de Professores 2008 -, Filipe Ressurreição e Átila Goren animarão uma mesa-redonda, intitulada Fazer Ciência, que funcionará como espaço de partilha de experiências adquiridas no desenvolvimento de projectos nas áreas da Geologia, Biologia, Física e Química.



A ComCiencia - Encontros e Desafios inclui também espaços dedicados às novas tecnologias e ao Plano Tecnológico da Educação, os quais contarão designadamente com quadros interactivos e computadores Magalhães.



A Mostra terá vários momentos de animação, a cargo de alunos de cursos artísticos e profissionais, um concerto dos Hands on Approach e uma LAN Party.



O evento encerrará com a entrega dos prémios aos vencedores da 7.ª edição do Prémio Fundação Ilídio Pinho "Ciência na Escola".


sábado, 27 de junho de 2009

Avaliação dos professores: Governo decide antes das eleições

O secretário de Estado Adjunto da Educação admite ser "impossível" a aplicação do modelo integral de avaliação docente. Por isso, defendeu ontem ao JN, "o Governo tem de tomar uma decisão a curto prazo".

"Parece ser consensual a necessidade de introdução de correcções por ser impossível a aplicação integral do modelo", defendeu Jorge Pedreira após a reunião de ontem de manhã com a Fenprof. O modelo em vigor (decreto-lei 1-A/2009) é o simplificado que só vigora este ciclo avaliativo, cessando até 31 de Dezembro. Ou seja, sublinhou o secretário de Estado, se não forem aprovadas alterações a partir de 1 de Janeiro regressa o decreto-lei nº2/2008. Pedreira considera que o Governo deve, por isso, anunciar uma decisão até ao início do ano lectivo.

As negociações com os sindicatos sobre avaliação não devem, no entanto, começar antes de "meados de Julho", porque o ME ainda espera o parecer da OCDE - que primeiro entregará "um rascunho e só depois do ME reagir o relatório final", embora as negociações comecem só com esse "rascunho"- e a decisão do Conselho Científico para a Avaliação dos professores (CCAP) sobre qual dos modelos de avaliação deve vigorar no próximo ano (integral ou simplificado). Sem prazo dado pelo Governo para se pronunciarem, Jorge Pedreira espera que os conselheiros tenham em conta a necessidade de se tomar uma decisão rapidamente.

O concurso extraordinário para professores titulares não deve realizar-se antes das eleições legislativas. O secretário de Estado Adjunto da Educação admitiu, ontem, ao JN, ser já "muito difícil" o Governo aprovar legislação e haver tempo suficiente para os procedimentos durante os três meses que faltam até às legislativas. Depois, na reunião de dia 1 com os sindicatos o ME vai propor alterações às regras de acesso à categoria.

"Querem flexibilizar as regras gerais mas o problema não é regras mais fáceis ou difíceis mas sim a existência de vagas", defendeu ao JN o secretário-geral da Fenprof, ontem, depois da reunião com Jorge Pedreira. O concurso extraordinário para professores titulares, recorde-se, foi aprovado em Conselho de Ministros, em Abril de 2008 e dirigia-se aos mais de seis docentes do antigo 10º escalão que tinham ficado de fora da categoria.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1277338

Quotas para classificações de mérito afinal são transitórias

A ministra da Educação admite que as quotas para as classificações de mérito atribuídas a docentes, que a tutela sempre disse serem fundamentais para garantir a diferenciação entre professores, podem afinal deixar de existir a prazo.

Maria de Lurdes Rodrigues respondia a perguntas de jornalistas a propósito de um relatório da consultora Deloitte, onde se dá conta de que as quotas, para este efeito, são quase uma particularidade portuguesa.

Também ao PÚBLICO, o Ministério da Educação (ME) precisou, através do gabinete de imprensa, que esta é uma disposição transitória: “As quotas pretendem contribuir para abalizar a atribuição das classificações de mérito, numa primeira fase em que o processo está em fase de implementação e ainda não existe uma cultura de avaliação consolidada que permita uma correcta diferenciação das classificações”.

As classificações de mérito (Muito Bom ou Excelente) são uma das condições para se aceder à nova categoria de professor titular. Como estão sujeitas a quotas, actualmente só um terço dos docentes poderá aspirar a esta categoria.

No relatório da consultora Deloitte, que foi pedido pelo ME, compara-se as formas de avaliação dos docentes em Portugal, França, Inglaterra, Holanda e Polónia. “Considerando as características genéricas do modelo de avaliação, deverão destacar-se três componentes relevantes: a obrigatoriedade do processo, o avaliador e o sistema de quotização. Assim, os modelos dos diferentes países são obrigatórios, os avaliadores são elementos internos à escola (com excepção da França, em que o processo é externo e não obrigatório) e apenas em Portugal é contemplado um sistema de quotização/harmonização das avaliações”, lê-se no documento, a que a agência Lusa teve acesso.

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) foi informada que o ME apresentará a sua proposta sobre este tema na primeira semana de Julho. Em conferência de imprensa, a Fenprof anunciou que admite já não participar nesta reunião. “A negociação é um simulacro”, denunciou.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

António Barreto sobre as provas de aferição

A PUBLICAÇÃO, pelo Ministério da Educação, do "Manual de Aplicadores" não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais preciso e pormenorizado do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas.
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ALGUNS exemplos denotam a qualidade deste manual: "Não procure decorar as instruções ou interpretá-las, mas antes lê-las exactamente como lhe são apresentadas ao longo deste Manual". "Continue a leitura em voz alta: Passo agora a ler os cuidados a terem ao longo da prova. (...) Estou a ser claro(a)? Querem fazer alguma pergunta?". "Leia em voz alta: Agora vou distribuir as provas. Deixem as provas com as capas para baixo, até que eu diga que as voltem". "Leia em voz alta: A primeira parte da prova termina quando encontrarem uma página a dizer PÁRA AQUI! Quando chegarem a esta página, não podem voltar a folha; durante a segunda parte, não podem responder a perguntas a que não responderam na primeira parte. Querem perguntar alguma coisa? Fui claro(a)?". Além destas preciosas recomendações, há dezenas de observações repetidas sobre os apara-lápis, as canetas, o papel de rascunho, as janelas e as portas da sala. Tal como um GPS ("Saia na saída"), o Manual do Aplicador não esquece de recomendar ao professor que leia em voz alta: "Escrevam o vosso nome no espaço dedicado ao nome". Finalmente: "Mande sair os alunos, lendo em voz alta: Podem sair. Obrigado(a) pela vossa colaboração"!
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A LEITURA destes manuais não deixa espaço para muitas conclusões. Talvez só duas. A primeira: os professores são atrasados mentais e incompetentes. Por isso deve o esclarecido ministério prever todos os passos, escrever o guião do que se diz, reduzir a zero quaisquer iniciativas dos professores, normalizar os procedimentos e evitar que profissionais tão incapazes tenham ideias. A segunda: a linha geral do ministério, a sua política e a sua estratégia estão inteiras e explícitas nestes manuais. Trata os professores como se fossem imaturos e aldrabões. Pretende reduzi-los a agentes automáticos. Não admite a autonomia. Abomina a iniciativa e a responsabilidade. Cria um clima de suspeição. Obriga os professores a comportarem-se como "robots".
A ser verdadeira a primeira hipótese, não se percebe por que razão aquelas pessoas são professores. Deveriam exercer outras profissões. Mesmo com cinco, dez ou vinte anos de experiência, estes professores são pessoas de baixa moral, de reduzidas capacidades intelectuais e de nula aptidão profissional. O ministério, que os contratou, é responsável por uma selecção desastrada. Não tem desculpa.
Se a segunda for verdade, o ministério revela a sua real natureza. Tem uma concepção centralizadora e dirigista da educação e da sociedade. Entende sem hesitação gerir directamente milhares de escolas. Considera os professores imbecis e simulados. Pretende que os professores sejam funcionários obedientes e destituídos de personalidade. Está disposto a tudo para estabelecer uma norma burocrática, mais ou menos "taylorista", mais ou menos militarizada, que dite os comportamentos dos docentes.
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O ANO lectivo chega ao fim. Ouvem gritos e suspiros. Do lado, do ministério, festeja-se a "vitória". Parece que, segundo Walter Lemos, 75 por cento dos professores cumpriram as directivas sobre a avaliação. Outras fontes oficiais dizem que foram 57. Ainda pelas bandas da 5 de Outubro, comemora-se o grande "êxito": as notas em Matemática e Português nunca foram tão boas. Do lado dos professores, celebra-se também a "vitória". Nunca se viram manifestações tão grandes. Nunca a mobilização dos professores foi tão impressionante como este ano. Cá fora, na vida e na sociedade, perguntamo-nos: "vitória" de quem? Sobre quê? Contra quem? Esta ideia de que a educação está em guerra e há lugar para vitórias entristece e desmoraliza. Chegou-se a um ponto em que já quase não interessa saber quem tem razão. Todos têm uma parte e todos têm falta de alguma. A situação criada é a de um desastre ecológico. Serão precisos anos ou décadas para reparar os estragos. Só uma nova geração poderá sentir-se em paz consigo, com os outros e com as escolas.
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OLHEMOS para as imagens na televisão e nos jornais. Visitemos algumas escolas. Ouçamos os professores. Conversemos com os pais. Falemos com os estudantes. Toda a gente está cansada. A ministra e os dirigentes do ministério também. Os responsáveis governamentais já só têm uma ideia em mente: persistir, mesmo que seja no erro, e esperar sofridamente pelas eleições. Os professores procuram soluções para a desmoralização. Uns pedem a reforma ou tentam mudar de profissão. Outros solicitam transferência para novas escolas, na esperança de que uma mudança qualquer engane a angústia. Há muitos professores para quem o início de um dia de aulas é um momento de pura ansiedade. Foram milhares de horas perdidas em reuniões. Quilómetros de caminho para as manifestações. Dias passados a preencher formulários absurdos. Foram semanas ocupadas a ler directivas e despachos redigidos por déspotas loucos. Pais inquietos, mas sem meios de intervenção, lêem todos os dias notícias sobre as escolas transformadas em terrenos de batalha. Há alunos que ameaçam ou agridem os professores. E há docentes que batem em alunos. Como existem estudantes que gravam ou fotografam as aulas para poderem denunciar o que lá se passa. O ministério fez tudo o que podia para virar a opinião pública contra os professores. Os administradores regionais de educação não distinguem as suas funções das dos informadores. As autarquias deixaram de se preocupar com as escolas dos seus munícipes porque são impotentes: não sabem e não têm meios. Todos estão exaustos. Todos sentem que o ano foi em grande parte perdido. Pior: todos sabem que a escola está, hoje, pior do que há um ano.
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«Retrato da Semana» - «Público» de 24 de Maio de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sociedade Portuguesa de Química admite que "errou" em parecer sobre exames

A Sociedade Portuguesa de Química (SPQ) admitiu hoje que “errou” quando, a propósito de uma questão (1.5.1) do exame nacional de Física e Química A, disse que a frase, destinada a ser completada, era “cientificamente bastante censurável”.


“Dado que esse parecer veicula informação incorrecta foi solicitado à equipa de auditoria científica de Química da prova de Física e Química A um parecer técnico esclarecendo a correcção” do ponto em causa, refere um comunicado do SPQ.

Assim, adianta a SPQ relativamente à questão em apreço, é correcto afirmar que “a energia de ionização do magnésio é superior à energia de ionização do sódio uma vez que, dado o aumento da carga nuclear ao longo do período, o raio atómico tem tendência a diminuir”.

O novo parecer esclarece ainda que “o aumento da carga nuclear contribui com um efeito atractivo entre as cargas positivas do núcleo e os electrões, que vai no sentido de promover a diminuição do raio atómico e o aumento da energia de ionização”.

“Não está explícito nem implícito na pergunta que este efeito seja exclusivo, que não é. Ele é, no entanto, a regra, que é válida para o par de elementos seleccionados” conclui.

O parecer da equipa de auditoria científica refere, porém, que há excepções à regra, como por exemplo o alumínio (Al): “Apesar de o alumínio ter número atómico superior ao do magnésio, prevalece o efeito de blindagem dos electrões que, repelindo-se, contrariam a atracção nuclear, justificando a diminuição da energia de ionização”.

Na semana passada, a SPQ considerou que o grau de dificuldade do exame nacional de Física e Química A se situou entre 01 e 03, numa escala até 05, nas questões sobre aquela disciplina.

O exame nacional de Física e Química A, 10.º/11.º ou 11.º/12.º, é uma das disciplinas nucleares para os alunos que querem seguir Medicina. Realizou-se no passado dia 19 e é a segunda prova com mais alunos inscritos (57 593), a seguir a Português (73 696).

Lusa

Aluna disléxica não tinha direito a mais meia hora no exame

O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Albino Almeida, esclareceu, em declarações ao PÚBLICO, que quando acusou os professores de “desumanidade” se baseou na informação que lhe tinha sido dada e que verificou ser “falsa". De acordo com essa informação num "exame de Português do 9.º ano tinha sido negada a uma criança com dislexia a meia hora suplementar a que, por lei, têm direito todos os alunos”.

“Mantenho o que disse à TSF: se isso se tivesse verificado, tratar-se-ia de um acto desumano e eu faria queixa à Inspecção-Geral de Educação. Mas, entretanto, já me garantiram que os pais da aluna reclamavam mais meia hora para além da meia hora suplementar, o que, de facto, de acordo com a lei, não lhe poderia ser concedido”, admitiu Albino Almeida.

O caso, que durante o dia de hoje marcou o noticiário de vários órgãos de comunicação social, teve origem na denúncia do pai de uma aluna da EB 2,3/Sec de Oliveira de Frades, que estaria convencido de que a filha teria direito a uma hora de tempo suplementar.

Em anos anteriores, a legislação concedia aos alunos com dislexia mais meia hora para além do tempo definido para a realização dos exames. Mas este benefício, através do ponto n.º 26 do despacho 3536/2009, de 28 de Janeiro foi, este ano, alargado à totalidade dos alunos, que puderam também, caso assim o desejassem, permanecer nas salas de exame durante mais 30 minutos.

Na norma 02/EB/2009 para a realização de exames, que data de Abril passado, “é claramente definido”, como sublinhou a directora da escola EB 2,3/Sec de Oliveira de Frades, Isabel Carvalho, “que ‘os alunos com dislexia apenas podem usufruir da tolerância de tempo estipulada’ naquele ponto", ou seja, dos tais 30 minutos.

No caso das crianças com esta necessidade educativa específica, a escola deverá, sim, enviar para o agrupamento de exames “uma ficha para efeitos da não penalização na classificação por erros característicos da dislexia”, o que, segundo Isabel Carvalho, foi feito pela direcção EB EB 2,3/Sec de Oliveira de Frades.

Ao fim da tarde de hoje, o Ministério da Educação (ME) confirmou, em comunicado, as declarações da directora da escola do distrito de Viseu. Albino Almeida, da CONFAP, disse, em declarações ao PÚBLICO, “que nunca algum pai ou encarregado de educação reclamou mais do que a meia hora suplementar”. Assegurou, contudo, que, “se tal vier a acontecer, o defenderá junto do ME”.

Posição diferente tem Manuel Rodrigues, da direcção do Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC/Fenprof). O sindicalista argumenta que a concessão de um período de 30 minutos de tolerância a todos os alunos, este ano, impunha, “como medida de discriminação positiva, a atribuição de uma tolerância adicional aos alunos com problemas da área da dislexia”.

Manuel Rodrigues disse ainda ter conhecimento de uma outra escola do distrito em que alunos disléxicos fizeram a prova. Mas acrescentou que, nesse outro caso, as crianças não necessitaram de mais do que a meia hora suplementar.

Público

Concurso "Faz Portugal melhor!"

Regulamento do Concurso

«Faz Portugal Melhor»

1. O jornal Ciência Hoje e Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica - Ciência Viva organizam um concurso designado “Faz Portugal Melhor!” dirigido aos alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário das escolas portuguesas públicas e privadas.


2. A Comissão Organizadora do Concurso “Faz Portugal Melhor!” é constituída por:

- Ana Noronha – directora executiva do Ciência Viva;
- Jorge Massada – director do Ciência Hoje;
- Manuela Matos Monteiro – professora e comissária do concurso.


3. À Comissão Organizadora do Concurso caberá:

3.1. Divulgar os termos do concurso;

3.2. Definir os critérios de avaliação;

3.3. Designar uma Comissão de Avaliação composta por professores e investigadores das áreas científicas e tecnológicas relacionadas com os projectos;

3.4. Comunicar os resultados do concurso;

3.5. Divulgar os projectos seleccionados para o evento final na Gala da Ciência a realizar na Figueira da Foz.


4. O concurso “Faz Portugal Melhor!” tem como objectivos fundamentais:

Conceber e desenvolver projectos concretos com impacto directo na realidade escolar e social dos alunos;

Investigar e fundamentar cientificamente as suas propostas;

Criar situações que favoreçam a criatividade dos alunos;

Desenvolver o sentido de responsabilidade dos alunos nos processos de mudança social;

Promover o sentido de cooperação;

Concretizar em produtos as suas intenções.


5. Selecção e validação das equipas

5.1. Cada escola pode apresentar a concurso uma equipa do 3.º ciclo do ensino básico e outra do ensino secundário;

5.2. As escolas que apenas leccionem o ensino básico serão representadas por uma equipa do 3º ciclo. As escolas que leccionam exclusivamente o ensino. secundário serão representadas por uma equipa desse nível de ensino;

5.3. Os critérios de selecção das equipas representantes das escolas e respectiva aplicação são da responsabilidade de cada estabelecimento de ensino;

5.4. A validação das equipas seleccionadas pelas escolas será ratificada pela direcção das respectivas escolas;

5.5. A ratificação será feita através de um formulário electrónico próprio que será disponibilizado na página oficial do concurso.


6. Constituição e inscrição das equipas

6.1. As equipas são constituídas por três a cinco alunos a que se associa o nome do professor responsável;

6.2. Logo que constituídas, as equipas devem inscrever-se no site do concurso registando em formulário próprio a sua constituição, o tema do projecto e o nome do professor responsável. A inscrição deve ser feita até 15 de Outubro de 2009;

6.3. Para efeito do concurso, cada escola inscreve a(s) equipa(s) representante(s) seleccionada(s) de entre as inscritas no site oficial do concurso;

6.4. A data limite da inscrição é 24:00 GMT do dia 18 de Dezembro;

6.5. As equipas terão de adoptar obrigatoriamente um nome que as identifique;

6.6. Os nomes das equipas não podem ser repetidos nem devem ser precedidos de artigo definido;

6.7. No caso de surgir um nome repetido, a equipa com a inscrição mais recente terá de mudar de nome.


7. Provas do concurso

Numa primeira fase, o concurso consta de 3 provas: um relatório, um documentário e um produto final. Numa segunda fase, está prevista a realização de uma prova final dos projectos de acordo com o estipulado no n.º 4 deste artigo.

7.1. Relatório

Cada equipa apresenta um relatório intermédio do projecto a ser inserido on line em formulário próprio.

Data limite de envio electrónico: 24:00 GMT do dia 18 de Janeiro de 2010.
Não serão considerados os relatórios entregues para além desta data.

7.2. Documentário

Cada equipa apresenta num registo vídeo um documentário sobre o processo de trabalho e a proposta do produto final com a duração máxima de 5 minutos.

O formato e especificações técnicas serão comunicados na página oficial do concurso.

Data limite de envio electrónico do documentário: 24:00 GMT do dia 18 de Março de 2010.

Não serão considerados os documentários entregues para além desta data.

7.3. Produto final

Cada equipa apresenta um produto final que deve reflectir a acção que visa melhorar um aspecto da realidade estudada e que pode assumir diferentes registos: uma brochura, uma maqueta, um protótipo, um registo electrónico, uma exposição, um poster, um documentário, um produto material de qualquer tipo.

Os procedimentos específicos relativos a esta prova serão comunicados na página oficial do concurso.

Data limite de envio electrónico: 24:00 GMT do dia 21 de Abril de 2010.
Não serão considerados os trabalhos entregues para além desta data.

7.4. Prova final

A melhor equipa de cada escalão de cada região será presente a uma prova final que consistirá na apresentação e defesa do projecto (três equipas do ensino básico e três equipas do ensino secundário).

As especificações e o peso desta prova que definirá a ordenação das equipas – 1º, 2º e 3º lugares - de cada escalão, serão comunicadas na página oficial do concurso.

Data da realização desta prova: dia 22 de Maio de 2010, na Figueira da Foz.

7.5. A distribuição das equipas pelos 1º, 2º e 3º lugares de cada escalão será anunciada na Gala da Ciência que se realiza no Casino Da Figueira da Foz no dia 22 de Maio de 2010;

7.6. O professor apresenta uma breve memória descritiva que não é classificada, mas que constitui um material importante para se compreender o processo de trabalho da equipa que orientou.

As especificações desta memória descritiva serão comunicadas na página oficial do concurso.

Data limite de envio electrónico: 24:00 GMT do dia 21 de Abril de 2010.


8. Organização do concurso

Para efeito de organização do concurso e da selecção das equipas são consideradas as seguintes regiões:

1 – Zona Norte – 636 escolas;
2 - Zona Centro e Ilhas – 328 escolas;
3 - Zona Sul – 521 escolas.


9. Critérios de avaliação

9.1. Na avaliação dos projectos a concurso ter-se-á em conta:

- a relevância do projecto;
- o rigor científico do diagnóstico da situação e da metodologia utilizada;
- a exequibilidade do projecto;
- o envolvimento da comunidade no projecto (famílias, autarquias, instituições de ensino superior, empresas, etc.);
- a interdisciplinaridade;
- a criatividade na abordagem da situação e nas soluções apresentadas;
- o impacto do projecto na escola e na comunidade onde o estabelecimento de ensino se insere.

9.2. A avaliação dos projectos expressa-se numa classificação de 0 a 200 pontos.

9.3. O peso das diferentes provas é o seguinte:

Relatório – 30%
Vídeo – 30%
Produto final – 40%

9.4. As classificações finais de todos os projectos serão publicadas na página oficial do concurso no dia 24 de Maio;

9.5. A Comissão de Avaliação será soberana das decisões tomadas e reserva-se o direito de solicitar quaisquer esclarecimentos sobre os trabalhos apresentados;

9.6. O concurso seleccionará em cada escalão os três melhores trabalhos;

9.7. Às três melhores equipas em cada escalão serão atribuídas distinções anunciadas até ao dia 30-09-09 na página oficial do concurso;

9.8. Aos professores responsáveis pelos projectos distinguidos será entregue um diploma a integrar no currículo individual.


10. Direitos de autor

Os concorrentes cedem à Comissão Organizadora do Concurso “Faz Portugal Melhor!” os direitos de reprodução, representação e publicação do projecto em qualquer suporte e formato ou por qualquer meio.


11. Autorizações

Todos os trabalhos devem ser originais sendo os autores responsáveis por eventuais violações de direitos de terceiros, nomeadamente de autor ou de personalidade, e respectivas consequências.


DISPOSIÇÕES FINAIS

1. As decisões da Comissão de Avaliação são soberanas, não havendo possibilidade de recurso.

2. Qualquer questão resultante de omissões ou dúvidas de interpretação do presente regulamento será resolvida pela Comissão Organizadora, de cuja decisão não cabe recurso.

3. Cabe às escolas participantes, através do seguro escolar, a responsabilidade nas ocorrências durante a participação dos alunos nas deslocações das equipas para a prova final e para a sessão que se realiza na Figueira da Foz no dia 22 de Maio de 2010.

4. Serão excluídos do concurso os trabalhos que contenham termos insultuosos e que ofendam o bom nome de pessoas e/ou instituições.

5. A participação no concurso implica a plena aceitação das normas do presente regulamento.

6 A organização não poderá ser responsabilizada pelo eventual cancelamento, anulação ou alteração deste concurso por motivos de força maior.

7. O presente regulamento entra em vigor a 8 de Junho de 2009 e caduca a 31 de Maio 2010.

Mais Informações em:

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Vídeo dos Professores Bloqueado no YouTube

Este vídeo é parte de um trabalho que está a ser desenvolvido no sentido de trazer para primeira página a questão das reformas destruidoras promovidas pelo Ministério da Educação.

O objectivo é conseguir o maior número de visualizações possível, de forma a que o vídeo passe a ter destaque na página principal do Sapo Vídeos. Quem sabe se não conseguimos mais uma atenção nos media nacionais.

O vídeo que se segue já esteve no YouTube mas (estranhamente) foi bloqueado.

Basta um clique no link que se segue para o voto contar.

http://videos.sapo.pt/cP3yT88UwvzzOV6z1aw2


terça-feira, 23 de junho de 2009

Algarve: Eleições causam guerra na escola

A eleição dos novos directores nos 68 agrupamentos e escolas secundárias da região está a gerar polémica. Há dezenas de reclamações e os docentes queixam--se de ingerência política no processo. Numa escola do Sotavento foi eleito um professor inibido do uso de livro de cheques.

Luís Correia, director regional de Educação, diz ser "extemporânea qualquer informação, por decorrer o prazo para reclamações".

"Temos conhecimento de vários casos e estamos disponíveis para apoiar juridicamente os professores prejudicados", afiança Rui Sousa, vice-presidente da Fenprof.

O sindicalista não estranha a contestação, criada pelo novo decreto-lei de gestão, denunciando "as escolhas político--partidárias, motivadas pela força que foi dada às forças vivas externas às escolas".

"O Governo criou uma situação trágica para as escolas. Quando outras câmaras acordarem, então a ingerência ainda será maior", diz.

Raul Pina, professor da EB 2,3 D. José I, de Vila Real de Santo António, é um dos professores prejudicados. "Houve várias irregularidades e erros de forma". Pina reclama "a falta de imparcialidade da edilidade, que entregou o processo a um advogado para defender a outra parte".

Luís Gomes, presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, recusou falar sobre o caso.

Teixeira Marques

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Indisciplina ‘rouba’ 16 por cento da aula

Os professores portugueses são os segundos da Europa que mais tempo passam a impor disciplina na sala de aula. De acordo com os dados do Inquérito Internacional de Ensino e Aprendizagem, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em Portugal perde-se 16,1 por cento da aula a manter a ordem, o que corresponde a cerca de 15 minutos em cada bloco de 90 minutos de aula. Brasil (17,8%), Malásia (17,1) e Islândia (16,7) são os países nos quais esse valor é superior ao de Portugal. A média da OCDE é de 12,9 por cento.



Se se juntar as tarefas administrativas (8,2%), um professor português passa 24,3 por cento do tempo de aula sem estar, efectivamente, a ensinar. O mau comportamento (69,1%) e o absentismo (50,8%) dos alunos são os factores que os docentes portugueses mais associam ao insucesso escolar, valores acima da média dos países da OCDE, respectivamente, 60,2% e 45,8%. No lado oposto, está o ‘copianço’: 11,2 por cento dos professores portugueses consideram estar associado ao insucesso, enquanto a média da OCDE é de 20,9.

Maria José Viseu, da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação, diz que a necessidade de os professores imporem a ordem pode estar relacionada com a falta de concentração dos alunos. "As crianças e adolescentes não conseguem estar concentrados numa tarefa mais do que um determinado tempo. Os pais são responsáveis, mas não são os únicos. Há turmas com 40 alunos e os currículos das disciplinas não estão adaptados às motivações deles."

"MINISTÉRIO COM MEDIDAS CERTAS"

O Ministério da Educação considerou o diagnóstico feito pela OCDE semelhante ao por si realizado, que levou à implementação de um processo de avaliação dos professores. Valter Lemos, secretário de Estado da Educação, comentou ontem o documento, afirmando que as políticas do Governo estão no bom caminho: "Os dados do relatório da OCDE mostram que Portugal é um dos países onde o maior número de professores afirma não ter apreciação do seu trabalho para incentivo em termos de carreira. São diagnósticos que confirmam que as medidas tomadas pelo Ministério da Educação nestas áreas parecem estar na direcção certa."

Em relação à indisciplina, o secretário de Estado diz que "Portugal não está fora daquilo que é o normal na maior parte dos países", reconhecendo que "todos os países têm um nível de indisciplina bastante elevado e Portugal não é excepção".

OCDE DIZ QUE PORTUGAL É CASO PREOCUPANTE

A OCDE considera Portugal um caso "preocupante" para as "carreiras e vidas profissionais dos professores", devido à falta de um sistema de avaliação de desempenho dos docentes, aconselhando os países que não dispõem de sistemas de avaliação formalizados e generalizados a nível nacional a introduzi-los rapidamente.

A conclusão faz parte do relatório Inquérito Internacional de Ensino e Aprendizagem, que fez um estudo comparativo das condições de trabalho e do ambiente de ensino e aprendizagem em escolas de 23 países de todo o Mundo e que decorreu entre Março e Maio de 2003 e Março e Maio de 2008. Em cada país, foram seleccionadas para participar no estudo 200 escolas públicas e privadas com 3º Ciclo do Ensino Básico.

APONTAMENTOS

PORTO

Uma professora da Secundária Carolina Michaelis, Porto, foi agredida na sala de aula, em Março de 2008, quando tentava tirar o telemóvel a uma aluna.

GONDOMAR

Uma professora da Escola de São Cosme, Gondomar, foi agredida a murro e pontapé por um aluno de 16 anos, em Novembro de 2008.

SERNANCELHE

Um aluno de 15 anos da Escola EB 2,3 de Sernancelhe exibiu, em Março, uma arma de fogo em pleno recinto escolar.

Lusa

sábado, 20 de junho de 2009

Mais professores dispensados da prova de ingresso

O Ministério da Educação admitiu em conferência de Imprensa, a possibilidade de reduzir a exigência nos critérios da prova de ingresso na carreira dos professores.

De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, “podem vir a ser dispensados os docentes classificados com ‘Bom’, em vez de ‘Muito Bom’ ou mais”. Podem igualmente ser dispensados dessa prova os professores que tenham cumprido quatro anos de serviço, um dos quais no último ano, em vez de dois anos de serviço, como até agora.

Alterações já rejeitadas por Mário Nogueira, secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) que vai manifestar a sua oposição nas negociações com o Ministério da Educação, que esta tarde são retomadas.

Mário Nogueira diz que a “prova não faz sentido”. “Se o Governo alarga os critérios de dispensa da prova, significa que esta não faz falta”, referiu.

Disse não fazer sentido “um professor fazer um curso de habilitação científica e outro curso de formação profissional, ser sujeito a um período experimental de contratação e depois fazer uma prova de ingresso, que dura duas horas, e que vai determinar a sua vida profissional.”

Por sua vez, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, anunciou, a nova legislação que permite às escolas de música e de dança contratar professores para os quadros. “Há professores que são contratados anualmente há mais de uma década. Esta lei vem permitir que as escolas contratem os docentes para os quadros”, disse.

Cristina Serra

Ministra admite repetir ‘simplex’

Manter, por mais um ciclo avaliativo de dois anos escolares até 2011, o sistema simplificado da avaliação de professores é uma das propostas apresentadas pela ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, ao Conselho Científico para Avaliação de Professores (CCAP), a quem pediu novo parecer sobre o processo de avaliação de desempenho dos professores. Trata-se de mais um recuo numa das grandes apostas do Governo de José Sócrates, a poucos meses das Eleições Legislativas.



A governante pede ao Conselho Científico para avaliar duas possibilidades: aplicar o modelo de avaliação, tal como previsto, ou manter, por mais um ano, o modelo simplificado.

Para a ministra a ideia é "permitir às escolas e aos docentes o desenvolvimento e a consolidação das competências avaliativas, bem como um período de maior estabilidade", antes de novas alterações.

Confrontados pelo CM com a proposta, tanto João Dias da Silva, da Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE), como Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afirmaram que o modelo de avaliação de Janeiro de 2008 é para substituir e a isso mesmo se comprometeu a própria ministra da Educação na Assembleia da República, em Dezembro de 2008. "Está marcada para dia 25 uma reunião no Ministério da Educação sobre o Estatuto da Carreira Docente e, a seguir, tratar-se-á de um novo sistema de avaliação que, obviamente, nunca se poderá basear em quotas", observa João Dias da Silva.

Já Mário Nogueira, da Fenprof, diz que a proposta da ministra é "mais um atestado de incapacidade, da incompetência do Ministério desrespeitador dos professores".

O QUE DISSE A MINISTRA SOBRE A AVALIAÇÃO (Entre 4/4 e 4/12/2008)

"Não faz sentido mudar o modelo de avaliação."

"É um modelo que protege os professores."

"Suspender o modelo de avaliação significa desistir e eu não desisto."

"O modelo de avaliação não saiu de nenhuma cartola."

"No essencial o modelo não é beliscado."

"Não me peçam para suspender a avaliação."

João Vaz

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Conferência Contextos Sociais e Políticas Educativas


A CONFAP e a FapFeira, com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, realizam, no dia 20 de Junho, pelas 10.30 horas, no Europarque, a Conferência 'Contextos Sociais e Políticas Educativas - os 12 anos de escolaridade obrigatória', sendo conferencista o Prof. Dr. David Justino, assessor da Casa Civil do Presidente da República, ministro da Educação no XV Governo Constitucional, de 6 de Abril de 2002 a 17 de Julho de 2004. Esta conferência ocorre no âmbito da realização do Conselho Geral da CONFAP, no mesmo dia.

A Entrada é livre

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Exames 2009 - Provas e Critérios de Classificação


1ª Fase / 1ª e 2ª Chamadas
Português - 639 - Prova V1 - Prova V2 - Critérios
Português - 239 - Prova - Critérios
Biologia e Geologia - 702 - Prova V1 - Prova V2 - Critérios
Matemática Aplicada às Ciências Sociais - 835 - Prova - Critérios - Critérios Braille
História B - 723 - Prova - Critérios
Alemão - 701 - Prova - Critérios
Francês - 817 - Prova - Critérios
Inglês - 850 - Prova - Critérios
Espanhol - 747 - Prova - Critérios
Desenho A - 706 - Prova - Critérios
Alemão - 501 - Prova - Critérios
Espanhol - 547 - Prova - Critérios
Francês - 517 - Prova - Critérios - Critérios Braille
Inglês - 550 - Prova - Critérios
Economia A - 712 - Prova V1 - Prova V2 - Critérios

Noventa por cento dos alunos do 4.º com positiva nas provas de aferição

Nove em cada dez alunos do 4.º ano teve nota positiva nas provas de aferição de Língua Portuguesa e de Matemática. Os do 6.º também chegam aos 90 por cento na Língua Portuguesa, mas é a Matemática que continua a ser o seu calcanhar de Aquiles, com dois em cada dez estudantes com nota negativa.

Os resultados das provas de aferição foram hoje conhecidos e revelam alguma continuidade relativamente ao ano anterior, quando as avaliações dispararam da casa dos 80 para os 90 por cento, no que se refere às notas iguais ou superiores a “Satisfaz”.

Contudo, a Matemática há uma ligeira subida das negativas, quer no 4.º como no 6.º ano, revelam os dados do Ministério da Educação, disponibilizados esta tarde.

“São resultados positivos, na continuidade dos que se tem verificado nos últimos anos. Portanto, melhorias ligeiras daquilo que são as competências tanto em Língua Portuguesa como em Matemática”, comentou Maria de Lurdes Rodrigues, citada pela agência Lusa.

A ministra da Educação está satisfeita com a consolidação dos resultados: “O balanço é positivo. Não há nenhuma surpresa”.

Também o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, defende que se trata de um ano de consolidação com variações muito pequenas, por isso, pouco significativas.

Em termos globais, os estudantes do 4.º ano obtiveram 89 por cento de notas iguais ou superiores a “satisfaz” a Matemática e 91 por cento a Língua Portuguesa. O ano passado, conseguiram 90,8 e 89,5 a Matemática e a Língua Portuguesa, respectivamente.

Quanto aos alunos do 6.º ano, desceram de 93,4 para 90 por cento a Língua Portuguesa.

O mesmo movimento se verifica a Matemática: no ano passado, 81,8 por cento tiveram um desempenho positivo, valor que caiu este ano caiu para 79 por cento.

Bárbara Wong

Alunos preferem escolha múltipla

Mais de 47 mil alunos foram ontem de manhã chamados a realizar provas de Biologia e Geologia, Matemática Aplicada às Ciências Sociais (dos 10º, 11º e 12º anos) e História B, do 12º ano. No final, os alunos classificaram as perguntas como simples e fáceis.



A exemplo do primeiro dia, em que faltaram 9362 alunos, também ontem um elevado número de alunos não compareceu a exame. O número de ausentes acabou praticamente por duplicar, com 18 509 alunos, ou seja, 28% do total. Destes, 16 496 faltaram a Biologia e Geologia (31%). A maior percentagem de ausências (40%) ocorreu nos Açores.

No segundo dia, da primeira fase, dos Exames Nacionais do Secundário, a esmagadora maioria dos alunos inscritos realizou a prova de Biologia e Geologia. Um exame exigido para concorrer, por exemplo, ao curso de Medicina, cujo acesso depende da obtenção de notas elevadas.

Segundo os alunos da Escola Secundária Padre António Vieira, em Lisboa, foi o tipo de perguntas, com escolha múltipla, que facilitou a realização do teste. "Acaba por ser mais fácil e temos maior certeza se a resposta por nós escolhida é a correcta", disse ao CM Tiago Silva, 17 anos, aluno do 11º ano, da área de Ciências e Tecnologia, que pretende seguir Desporto na Universidade. Opinião partilhada por Gonçalo Cardeal, 16 anos, também aluno do 11º ano, que deu por bem empregue as quatro horas que estudou, por dia, Biologia e Geologia na última semana.

A confiança reinava também na Escola Clara de Resende, no Porto. As opiniões ouvidas pelo CM eram unânimes: "Aprova foi fácil. "Não estava muito nervosa e estou à espera de uma boa nota", disse Marta Pereira, de 17 anos.

EXAME DE MATEMÁTICA "EQUILIBRADO"

A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), numa análise à prova de Matemática Aplicada às Ciências Sociais, realizada ontem, considera que "uma preparação razoável do aluno" resultaria em "respostas correctas a todas ou quase todas as questões". No entanto, a SPM diz que as "classificações finais vão depender dos critérios de classificação". "Critérios de classificação laxistas não permitirão tirar conclusões", acrescenta.

Sobre a estrutura da prova, a SPM refere a existência de "exageros na contextualização" e a omissão "de parte significativa do programa do segundo ano". Em relação à terceira pergunta, aponta-se o dedo a uma ambiguidade que "não deveria existir, potencialmente perturbadora para os alunos". Num parecer, a Associação de Professores de Matemática considera que a prova "está em conformidade" e que é um exame "equilibrado".

335 MIL PRESTAM PROVAS AMANHÃ

Amanhã , dia em que fazem também exame os alunos do 9º ano, deverão prestar prova mais de 335 mil estudantes, um dos dias mais concorridos da época. Estão inscritos para a prova de Língua Portuguesa do 9º ano de escolaridade 250 mil alunos. No 12º, para Físico Química A, estão inscritos 58 mil e para Geografia A, 22 mil. Para História da Cultura e das Artes estão inscritos 6500 alunos.

TESTEMUNHOS

"FOI FÁCIL, MAS ESTAVA MUITO BEM PREPARADO" (João Poças, 18 anos, Porto)

"Correu bem, saiu exactamente o que estava à espera. Para mim foi muito fácil, mas também estava muito bem preparado. Passei o ano todo a estudar para este exame, já que era a minha específica para entrar em Farmácia, na Universidade do Porto. Na última semana, intensifiquei a preparação. Para que consiga entrar no curso que quero, preciso de 17 valores. Apesar de ter feito a prova sem dificuldade, não sei se dá para chegar lá."

"AS PERGUNTAS TINHAM ALGUMAS RASTEIRAS" (Sónia Alves, 18 anos, Faro)

"A prova de Biologia e Geologia correu-me mais ou menos. Não venho muito satisfeita, pois julgo que as perguntas tinham algumas rasteiras, das quais não me consegui livrar integralmente. Ainda por cima, a média está algo baixa e esta prova não deve permitir grande aumento. Quero seguir Veterinária, talvez em Portalegre, pelo que seria importante ter uma média mais alta. Confesso que estou um pouco desiludida, mesmo algo desanimada, mas vamos esperar, calmamente, pelos resultados."

"O EXAME ERA ACESSÍVEL E ESPERO TER BOA NOTA" (Filipe Almeida, 16 anos, Lisboa)

"O exame de Biologia e Geologia correu bastante bem, era acessível e espero ter boa nota. Mesmo em questões de tempo, duas horas penso ser suficiente. Acho que dei por bem empregue as três horas que estudei por dia. Em média li um livro por dia até ao exame. A maior confusão surgiu nas questões relativas às erupções vulcânicas. O tema estava um pouco complicado e tive alguma dificuldade para responder à pergunta de desenvolvimento. Mas vamos ver, estou confiante."

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO MIN. DA EDUCAÇÃO

PROVA DE BIOLOGIA E GEOLOGIA - 11.º E 12.º ANOS - PROVA 702 - 1.ª FASE

GRUPO I

1.

Versão 1 – Opção (C)

Versão 2 – Opção (D)

2.

Versão 1 – Opção (B)

Versão 2 – Opção (C)

3.

Versão 1 – Opção (A)

Versão 2 – Opção (C)

4.

Versão 1

A – V; B – VIII; C – II; D – VI; E – III.

Versão 2

A – III; B – V; C – VIII; D – II; E – VI.

5.

Versão 1 – Opção (B)

Versão 2 – Opção (A)

6.

A resposta deve abordar os seguintes tópicos:

- Em ambiente aquático (hidrosfera), os primeiros seres fotossintéticos libertaram oxigénio;

- O oxigénio libertado acumulou-se na atmosfera, permitindo a formação da camada de ozono;

- Uma vez que a camada de ozono filtra as radiações ultravioleta, nocivas à vida, os seres vivos puderam, então, colonizar o meio terrestre.

GRUPO II

1.

Versão 1 – Opção (A)

Versão 2 – Opção (D)

2.

Versão 1 – Opção (C)

Versão 2 – Opção (B)

3.

Versão 1 – Opção (D)

Versão 2 – Opção (A)

4.

Versão 1 – Opção (B)

Versão 2 – Opção (C)

5.

Versão 1 – Opção (D)

Versão 2 – Opção (C)

6.

A resposta deve abordar os seguintes tópicos:

- A investigação realizada em C. dromedarius mostrou que os animais que não foram tosquiados perderam menos água por transpiração;

- A pelagem impede que a temperatura atingida à superfície do pêlo seja sentida ao nível da pele;

- A pelagem (ao isolar termicamente o animal) diminui as perdas de água por transpiração.

7.

A resposta deve abordar os seguintes tópicos:

- As condições favoráveis encontradas pelos camelos introduzidos no ecossistema australiano permitiram o seu sobredesenvolvimento (praga/espécie exótica infestante);

- O excesso de população interferiu no equilíbrio das espécies nativas, levando à competição com elas e à sua destruição, só remediada com o abate da espécie infestante.

GRUPO III

1.

Versão 1 – Opção (D)

Versão 2 – Opção (B)

2.

Versão 1 – Opção (C)

Versão 2 – Opção (B)

3.

Versão 1 – Opção (D)

Versão 2 – Opção (B)

4.

Versão 1 – Opção (C)

Versão 2 – Opção (A)

5.

Versão 1 – Opção (C)

Versão 2 – Opção (A)

6.

Versão 1 – Opção (B)

Versão 2 – Opção (C)

7.

A resposta deve abordar os seguintes tópicos:

- Um ponto quente é alimentado por magma basáltico (que origina erupções efusivas);

- Yellowstone é uma região continental, constituída por rochas ácidas (ricas em sílica);

- Ao ascender, o magma basáltico incorpora material de origem continental, que torna a mistura mais viscosa, promovendo erupções explosivas.

GRUPO IV

1.

Versão 1 – Opção (A)

Versão 2 – Opção (C)

2.

Versão 1 – Opção (B)

Versão 2 – Opção (C)

3.

Versão 1 – Opção (C)

Versão 2 – Opção (D)

4.

Versão 1 – Opção (B)

Versão 2 – Opção (A)

5.

Versão 1 – A, D, F, C, B, E (ou D, F, C, B, E)

Versão 2 – A, C, E, B, F, D (ou C, E, B, F, D)

6.

Versão 1 – Opção (C)

Versão 2 – Opção (B)

7.

Versão 1 – Opção (A)

Versão 2 – Opção (B)

8.

A resposta deve abordar os seguintes tópicos:

- Com a subida da água do mar, as raízes dos pinheiros vão ficar em contacto com água mais rica (concentrada) em sais;

- A entrada de água por osmose tenderá a diminuir, uma vez que diminuirá o gradiente de concentrações entre as células da raiz e a solução do solo.

CALENDÁRIO

ENSINO SECUNDÁRIO (1.ª fase)

18 de Junho

09h00 Desenho A

09h00 Alemão

09h00 Espanhol

09h00 Francês

09h00 Inglês

14h00 Economia A

19 de Junho

09h00 Português Língua não-materna

14h00 Física Química A

14h00 Geografia A

17h00 História da Cultura e das Artes

22 de Junho

09h00 Aplicações Informáticas B

14h00 Geometria Descritiva A

14h00 Latim A

23 de Junho

09h00 Língua Portuguesa

09h00 Matemática B

09h00 Matemática A

14h00 História A

ENSINO BÁSICO (9.º ano)

1.ª chamada

19 de Junho

09h00 Língua Portuguesa

09h00 Português Língua não-materna

22 de Junho

09h00 Matemática

2.ª chamada

25 de Junho

09h00 Língua Portuguesa

26 de Junho

09h00 Matemática

13 de Julho

09h00 Língua Portuguesa não-materna

Alargamento da escolaridade obrigatória aprovado

A Assembleia da República aprovou na semana passada por unanimidade a proposta do Governo que define o alargamento da escolaridade obrigatória de nove para 12 anos e consagra "a universalidade da educação pré-escolar para crianças a partir dos cinco anos".

A proposta foi aprovada na generalidade e vai baixar à Comissão parlamentar de Educação e Ciência, para depois ser discutida na especialidade.

Com o novo diploma, os alunos portugueses só terminam a escolaridade obrigatória no 12º ano de escolaridade, no actual Ensino Secundário.

Lusa

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Candidaturas ao Plano de Acção para a Matemática II até 30 de Junho

O Plano de Acção para a Matemática (PAM), concretizado nas escolas nos últimos três anos nos 2.º e 3.º ciclos, vai ser alargado ao 1.º ciclo do ensino básico no ano lectivo de 2009/2010, podendo as candidaturas ser efectuadas até 30 de Junho.

Baseado em estratégias definidas pelas escolas e pelos professores, concretizadas com o apoio do Ministério da Educação (ME), o PAM teve um impacto positivo nos estabelecimentos de ensino, quer ao nível das práticas lectivas, quer ao nível do trabalho desenvolvido entre professores, de acordo com os balanços intercalares realizados pela respectiva Comissão de Acompanhamento.

Para dar continuidade a esta iniciativa, que termina no final do presente ano lectivo, é lançado o Plano da Matemática II, alargado ao 1.º ciclo do ensino básico, podendo as candidaturas ser apresentadas, de 2 a 30 de Junho, através da página electrónica da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC).

Para acederem aos apoios a conceder pelo ME, os agrupamentos e as escolas devem submeter electronicamente um projecto que foque os objectivos no ensino e na aprendizagem da Matemática, abrangendo, entre outros, os seguintes domínios:

Identificação do agrupamento ou da escola, do coordenador do projecto, dos professores que integram a equipa e das turmas abrangidas;
Diagnóstico dos resultados na disciplina da Matemática e identificação das dificuldades mais relevantes;
Definição dos objectivos a atingir, nomeadamente nas classificações internas dos alunos e nos exames nacionais;
Identificação das estratégias de intervenção pensadas para cada dificuldade existente, designadamente a constituição de equipas de docentes que acompanhem os alunos ao longo de um ciclo de escolaridade, momentos comuns a todos os professores envolvidos no projecto para planificação e reflexão do trabalho desenvolvido, formação específica no âmbito do novo Programa de Matemática do Ensino Básico e reforço do tempo dedicado ao trabalho na disciplina de Matemática.
O alargamento do tempo dedicado à Matemática pode ser concretizado através do reforço das equipas de docentes, da utilização da componente não lectiva de estabelecimento, das componentes lectiva e não lectiva dos professores de Matemática que não tenham horário completo atribuído, do tempo definido como oferta de escola, bem como do tempo destinado às áreas curriculares não disciplinares, nomeadamente ao Estudo Acompanhado.

A apreciação dos projectos apresentados pelas escolas é efectuada por uma comissão nomeada para o efeito, sendo o resultado da aprovação dos apoios a conceder tornado público na página da DGIDC.

Após a aprovação dos projectos, deverá ser celebrado um contrato-programa entre as escolas e o ME.

A DGIDC realizará o acompanhamento técnico e pedagógico dos projectos, cabendo-lhe, ainda, nomear um professor acompanhante responsável pela monitorização do trabalho desenvolvido nas escolas no âmbito do PAM.

Novo Programa de Matemática do Ensino Básico

Os agrupamentos e as escolas do ensino básico podem candidatar-se à implementação do Novo Programa de Matemática do Ensino Básico nos 1.º, 3.º, 5.º e 7.º anos de escolaridade, através de uma aplicação electrónica, já disponível na página da DGIDC, até 9 de Maio.

Em cada agrupamento ou escola seleccionados para a concretização do novo programa, terá de ser constituída uma Equipa de Coordenação do Novo Programa que integre um elemento de cada ciclo de escolaridade abrangido. Essa equipa deverá elaborar, monitorizar e avaliar o plano para a implementação do programa de Matemática, identificando as necessidades de formação dos professores envolvidos e promovendo trabalho cooperativo de docentes.

A DGIDC apoia os agrupamentos e as escolas na concretização do novo programa através de professores acompanhantes que têm como funções trabalhar com os membros das equipas de coordenação e organizar momentos de trabalho temáticos para os professores.

Por outro lado, a DGIDC disponibiliza uma página na Internet que inclui, entre outros recursos, planos de aula, tarefas, materiais, fóruns temáticos e apoio on-line aos professores. Assegura ainda formação supervisionada para os docentes dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos que implementem o Novo Programa de Matemática.

A lista de agrupamentos e escolas seleccionados estará disponível, a partir de 28 de Maio, na página da DGIDC.

Os agrupamentos ou as escolas podem candidatar-se ao Plano da Matemática II e ao Novo Programa de Matemática do Ensino Básico ou apenas a um deles. Sempre que se candidatem aos dois editais, os projectos apresentados deverão promover a necessária articulação.

Para mais informações, consultar a página da DGIDC .