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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Pais denunciam maus-tratos a crianças em audiência com Pinto Monteiro

A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) vai reunir no próximo dia 18 de Abril com o Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, com o objectivo de apresentar dois casos de alegados maus-tratos a crianças por parte de professores, para que situações semelhantes “desaparecerem rapidamente das nossas escolas”, noticiou a TSF.O primeiro caso ocorreu na escola básica de Lagos, concelho de Vila Nova de Gaia, onde um professor terá colocado papel na boca de seis crianças com necessidades educativas especiais. O incidente foi denunciado por uma auxiliar de acção educativa e os encarregados de educação apresentaram, em Março, uma queixa-crime contra o docente, que já foi afastado do cargo, apesar de ainda não haver uma decisão judicial.Joaquim Magalhães, pais de uma das crianças, considerou a situação “ridícula”, em especial por aqueles alunos terem epilepsias graves.
O segundo caso, avançado ontem pelo PÚBLICO, diz respeito à queixa-crime apresentada pelos pais de três crianças da escola básica do Salgueiral, em Guimarães, onde uma professora alegadamente usou fita-cola para calar os alunos.O presidente da CONFAP, Albino Almeida, mostrou-se indignado com ambos os casos e sublinhou que “há brincadeiras que nem sequer se devem pensar, quanto mais fazer”, visto que nem todas as crianças as vão entender como tal. “Os professores devem assumir as consequências dos seus comportamentos”, defendeu o responsável.Apesar de considerar que os casos “felizmente são poucos”, Albino Almeida considerou urgente denunciá-los a Pinto Monteiro, para que “desapareçam rapidamente” do meio escolar.

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