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domingo, 13 de maio de 2018

Biografia - Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo (1831-1852) foi um poeta, escritor e contista, da segunda geração romântica brasileira. Suas poesias retratam o seu mundo interior. É conhecido como "o poeta da dúvida". Faz parte dos poetas que deixaram em segundo plano, os temas nacionalistas e indianistas, usados na primeira geração romântica, e mergulharam fundo em seu mundo interior. Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, das frustrações amorosas e do sentimento de morte. A figura da mulher aparece em seus versos, ora como um anjo, ora como um ser fatal, mas sempre inacessível. Álvares de Azevedo é Patrono da cadeira nº 2, da Academia Brasileira de Letras.

Álvares de Azevedo deixa transparecer em seus textos, a marca de uma adolescência conflitante e dilacerada, representando a experiência mais dramática do Romantismo brasileiro. De todos os poetas de sua geração, é o que mais reflete a influência do poeta inglês Byron, criador de personagens sonhadores e aventureiros.

Em alguns poemas, Álvares de Azevedo surpreende o leitor, pois além de poeta triste e sofredor, mostra-se irônico e com um grande senso de humor, como no trecho do poema "Lagartixa": "A lagartixa ao sol ardente vive,/ E fazendo verão o corpo espicha:/ O clarão de teus olhos me dá vida,/ Tu és o sol e eu sou a lagartixa".

Álvares de Azevedo encara a morte como solução de sua crise e de suas dores, como expressou no seu famoso poema "Se eu morresse amanhã": "Se eu morresse amanhã, viria ao menos/ Fechar meus olhos minha triste irmã;/ Minha mãe de saudades morreria/ Se eu morresse amanhã!".

Manuel Antônio Álvares de Azevedo (1831-1852) nasceu em São Paulo no dia 12 de setembro. Filho do Doutor Inácio Manuel Alvares de Azevedo e Dona Luísa Azevedo, foi um filho dedicado a sua mãe e a sua irmã. Aos dois anos de idade, junto com sua família, muda-se para o Rio de Janeiro. Em 1836 morre seu irmão mais novo, fato que o deixou bastante abalado. Foi aluno brilhante, estudou no colégio do professor Stoll, onde era constantemente elogiado. Em 1945 ingressou no Colégio Pedro II.

Em 1848, Álvares de Azevedo volta para São Paulo, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde passa a conviver com vários escritores românticos. Nessa época fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano; traduziu a obra Parisina, de Byron e o quinto ato de Otelo, de Shakespeare, entre outros trabalhos.

Álvares de Azevedo vivia em meio a livros da faculdade e dedicado a escrever suas poesias. Toda sua obra poética foi escrita durante os quatro anos que cursou a faculdade. O sentimento de solidão e tristeza, refletidos em seus poemas, era de fato a saudade da família, que ficara no Rio de Janeiro.

Álvares de Azevedo doente, abandona a faculdade. Vitimado por uma tuberculose e sofrendo com um tumor, é operado mas não resiste. Morre no dia 25 de abril de 1852, com apenas 21 anos. Sua poesia "Se Eu Morresse Amanhã!", escrita alguns dias antes de sua morte, foi lida, no dia de seu enterro, pelo escritor Joaquim Manuel de Macedo.

Álvares de Azevedo não teve nenhuma obra publicada em vida. O livro "Lira dos Vinte Anos", foi a única obra preparada pelo poeta.

Livros de Álvares de Azevedo
Macário, 1850
Lira dos Vinte Anos, 1853
Noite na Taverna, 1855

Poesias de Álvares de Azevedo
A Lagartixa
À T...
Adeus, Meus Sonhos
Ai, Jesus!
Amor
Anjinho
Anjos do Céu
Anjos do Mar
Canção da Sexta (LXI)
Cantiga
Canto Primeiro
Canto Segundo
Cismar
Desalento
Desânimo
Dinheiro
E Ela! E Ela! E Ela! E Ela!
Fragmentos de um Canto em Cordas de Bronze
Idéias Intimas
Lágrimas da Vida
Lágrimas de Sangue
Luar de Verão
Malva Maçã
Meu Amigo
Meu Desejo
Meu Sonho
Na Minha Terra
No Mar
O Lenço Dela
O Poeta Maribundo
Oh! Páginas da Vida Que eu Amava
Pálida Inocência
Perdoa-me, Visão dos Meus Amores
Saudades
Se Eu Morresse Amanhã
Solidão
Sonhando
Tarde de Outono
Trindade
Último Soneto
Um Cadáver de Poeta
Vagabundo
Vi

Biografia retirada de e-biografias

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