A atmosfera: |
Ao longo da história e formação do nosso planeta, a atmosfera já sofreu diversas mudanças. Poder-se-á dizer que estamos na 3ª fase da atmosfera, o que significa que já houve antes 2 fases em que a atmosfera era completamente diferente da actual, tendo na sua composição uma mistura de gases que era mortífera para a actual vida terrestre. A composição actual da atmosfera terrestre, pelo menos nos primeiros 100 km de altitude, é a seguinte:
| Azoto (Na) |
78.08% | | | Oxigénio (O) | 20.94% | | | Árgon (Ar) | 0.93% | | | Vapor de água (H2O) | 0 a 4 % | | | Dióxido de carbono (CO2) | 325 ppm | ppm = partes por milhão, ou seja, em cada 1 000 000 existem "x" | | Neón (Ne) | 18 ppm | é quase como a percentagem, mas em vez de ser "por 100" | | Hélio (He | 5 ppm | é por 1 000 000 | | Criptón (Kr) | 1 ppm | | | Hidrogénio (H) | 0.5 ppm | | | Ozono (O3) | 0 a 12 ppm | | |
Além destes gases, ainda existem outras substâncias em suspensão: fumos, pólens, cinzas, poeiras, sais, microrganismos.... | |
Daqueles gases todos, os mais importantes (para já) são os dois primeiros: o Azoto e o Oxigénio, e como se pode verificar, ao contrário do que muitas pessoas ainda pensam, o elemento mais abundante na atmosfera, no ar que respiramos, é o azoto e não o oxigénio.
Existem várias maneiras de estudar e fazer uma divisão em camadas, da atmosfera: podemos fazê-lo tendo em conta a composição química; tendo em conta a ionização das partículas; e a mais simples e conhecida é a que tem por base a variação da temperatura.
A imagem ao lado, mostra a divisão da atmosfera, tendo por base a variação da temperatura. Comecemos por identificar na imagem elementos importantes para a sua interpretação:- no eixo da esquerda está representada a altitude (em km). - no eixo horizontal (das abcissas - em baixo), está representada a temperatura e, essa recta está situada a 0 metros de altitude. - uma curva em linha cheia (sem estar tracejada) indica a variação da pressão atmosférica. - a tracejado, estão representados os limites das diferentes camadas e a curva (em "ziguezague") da variação da temperatura. Postas estas explicações, podemos partir para a análise da figura:
- Verifica-se que está dividida em em quatro camadas, que são aTroposfera, a Estratosfera, a Mesosfera e a Termosfera.
- A separar estas camadas (e representadas por um tracejado) estão a Tropopausa (entre a troposfera e a estratosfera), a Estratopausa (entre a estratosfera e a mesosfera), e a Mesopausa (entre a mesosfera e a termosfera).
- Verifica-se, pela linha a tracejado e em "ziguezague" (a linha da variação da temperatura), que a temperatura, em cada camada, tem "tendências" diferentes. Assim, Observa-se que na Troposfera a temperatura diminui conforme a altitude vai aumentando (repara-se que a 0 metros de altitude a temperatura é superior a 0oC e no limite superior da troposfera, - a tropopausa, a aproximadamente 12 km de altitude- a temperatura é cerca de 50oC negativos). Na estratosfera a temperatura volta a aumentar, atingindo no seu limite - a estratopausa - um valor próximo dos 0oC. Na Mesosfera a temperatura continua a
| ![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_saCRYRNIWCyXzl80kfviGmvmahSGaOzxMjfD9Sv9M5Pdt66IusalvrXM2iNBTzFoPT00rbrx_Sc4Uc29bNuqcZawXRIr6EqYRyGaNiUUGn5gsJjROJbbQ=s0-d) |
aumentar, mas depois ao atingir uma área conhecida por "camada quente" ela começa outra vez a diminuir. Na termosfera, a temperatura torna a aumentar.
Ao observar a linha da pressão atmosférica (linha a cheio), verifica-se também que a pressão diminui com a altitude.
A camada que mais interessa estudar (por agora) é a TROPOSFERA, que é a camada inferior da atmosfera, a que está em contacto com a superfície da Terra e é nela que acontecem os mais importantes fenómenos meteorológicos (chuva, trovoadas, relâmpagos, arco-íris, nuvens, ventos, etc...), e onde existe uma mistura de gases ideais para a vida terrestre. Também é a camada mais agitada. Como se verificou, na troposfera a temperatura diminui com a altitude. A temperatura diminui em média, cerca de 6oC por cada 1000 metros, ou seja se ao nível do mar (0 metros) a temperatura for, por exemplo, 18oC, e começarmos a subir uma montanha ali pertinho do mar, se essa montanha tiver 1000 metros, isso significa que no cimo da montanha estarão aproximadamente 12oC (18oC-6oC=12oC). É na Troposfera que a composição do ar é mais constante: azoto, oxigénio, dióxido de carbono e vapor de água, permitindo assim um ar respirável pelos seres vivos. Contudo, por ser nesta camada que existe a vida, é também esta camada que está mais sujeita à poluição e é assim também, a camada mais suja, principalmente nos primeiros 3000 metros de altitude.
Finalmente, e também já observado na figura, é de realçar e não esquecer que na troposfera a temperatura diminui com a altitude. | | | | |
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Circulação geral da atmosfera
Índice página inicial | Introdução:
O existência de ar é, para todos nós, um aspecto tão vulgar que nos passa despercebido. No entanto, o ar, é algo material. Quase ninguém se apercebe que (ao nível do mar - 0 metros), a atmosfera exerce uma pressão de aproximadamente 1 kg por cada centímetro quadrado. É a este "peso", a esta "força", que se dá o nome de pressão atmosférica. Qualquer instrumento utilizado para medir a pressão atmosférica chama-se barómetro. Umas das primeiras experiências com barómetros, foi realizada por Torricelli (físico italiano - 1643). A experiência dele consistia no seguinte:
Encheu-se de mercúrio (completamente), um tubo de vidro com 1 metro de comprimento. Esse tubo apenas estava aberto numa extremidade. Em seguida colocou-se esse tubo numa tina (vazia) e, verificou-se que havia mercúrio que saia do tubo para a tina, mas só até determinada quantidade... ou seja, parte do mercúrio do tubo passava para a tina, ficando o tubo com apenas 76 cm de mercúrio (ou 760 milímetros). Também se verificava que havia dias em que havia um pouco menos de mercúrio no tubo, e noutros dias parecia que o mercúrio voltava a subir para o tubo. A explicação é, que existe uma força que actua sobre o mercúrio que fica na tina, que impede que o resto do mercúrio que está no tubo saia....essa força é a pressão atmosférica e convencionou-se, desde essa data, que a pressão atmosférica normal é de 760 milímetros de mercúrio(760 mm/Hg)Mais recentemente, meteorologistas, imaginaram uma coluna, com 1 cm2 que fosse desde o nível médio das águas do mar (0 metros) até ao limite da troposfera (a tropopausa), e através de cálculos, chegaram à conclusão que o ar contido nessa coluna pesaria cerca de 1 kg. A pressão mede-se em bar (1bar é aproximadamente igual a 1 kg), mas como a pressão sofre mudanças muito ligeiras, é mais fácil usar a milésima parte do bar - o milibar (mb). Por isso, é que os instrumentos usados para medir a pressão se chamam barómetros. Mais recentemente, em homenagem a um matemático e grande estudioso dos fenómenos da pressão - Pascal - resolveu-se usar o nome deste cientista como unidade de pressão.Nestas novas unidades a pressão normal é de 1013 | ![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_sBcy7EUCHOyYa4XnkylDoDVMRFgRtCusJHT6XIIbZoCxosTnbjC6EdHQ3YagPdrhvTjLq0d6eU7CcYLtLjrmrawvPlzRmokNLbJJUj1EukJlLpBYgPaw=s0-d) | | Assim, as unidades que são mais usadas actualmente para a medição da pressão são:- mb (milibares) sendo a pressão normal nesta unidade, de 1013 mb - hPa (hectoPascal) sendo a pressão normal nesta unidade, de 1013 hPa- e, cada vez menos utilizado, os mm/Hg (milímetros de mercúrio) sendo o valor da pressão normal nesta unidade, de 760 mm/Hg | |
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Na superfície terrestre (mesmo nos mares) existem muitas estações meteorológicas que registam os vários elementos climáticos, entre eles a pressão atmosférica. Esses valores são depois assinalados em mapas. No que respeita à pressão, unem-se depois esses valores, de modo a fazer passar linhas por locais que têm os mesmos valores de pressão. A essas linhas chamam-se isóbaras e são linhas que unem pontos de igual valor de pressão. Dum modo geral, essas linhas, depois de traçadas, parecem-se com círculos. | ![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_szhtgnbACAXjC_dQf5yG6Egtiysk1dAMqXoMkPsMXDzk3pRadKZXGe6AXk8hRA4dgcKp5lZjh9w0Vb7osR6d_65j8SP1lssycBQS861_4MbQ_fJgCPtRb4=s0-d) | Sempre que a pressão é superior a 1013 mb, diz-se que é centro de altas pressões ou anticiclone. Os anticiclone representam-se com a letra A (como na figura acima), ou com o sinal + (por ser maior que o normal), ou apenas pelo valor da pressão, por exemplo 1020.Quando a pressão é inferior a 1013, diz-se que é um centro de baixas pressões, ou ciclones, ou depressões. Representam-se com a letra B, D, com o sinal - , ou apenas com o valor (por exemplo 990). O vento não é mais do que ar em movimento. O ar desloca-se entre os centros de pressão, numa tentativa de equilibrar as coisas entre as altas e as baixas pressões. |
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![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_sMuma4TqWBOVkvUI9a2in6j9vVXD-Htfss-SqjNqvNwUDG50jBnJRT2prlNQCvKPqt8xBIxGMxg_VkpRsHadN9wA5ae8gxyOb728Sn3Pw3KB8HoecDv-7jY1U=s0-d) | Os centros pressionários encontram-se distribuídos pelo planeta, mais ou menos como uma "sandwich".... no centro (equador) estão baixas pressões, depois, quer para norte, quer para sul, a seguir às baixas pressões, encontram-se altas pressões, a seguir, baixas pressões novamente, e nas áreas polares estão altas pressões.Nas imagens à esquerda e em baixo, podem-se observar como se efectua a distribuição das pressões, bem como os principais ventos delas resultantes.![](https://lh3.googleusercontent.com/blogger_img_proxy/AEn0k_tCx-XZCdDlGUJ4hH-q-3sX_Z6_VSSCDPeLGW6fzki-xPe1jnYBvluc8GXc9Wl4HZ50Mv1QnRUFmouL4y6cITl9Zq6i3KaznL32_3CQDnnrGAQY3Ho=s0-d) Os alísios, que sopram das altas pressões subtropicais para as baixas pressões equatoriais, são talvez os mais importantes pela sua força e constância. Na imagem da esquerda pode-se observar no Atlântico Norte, a "nossa" alta pressão.... o anticiclone dos Açores. |
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