terça-feira, 4 de setembro de 2018

Conteúdo - Ataque de pânico

O que é um Ataque de Pânico? 
Um ataque de pânico é um episódio súbito e intenso de medo que desencadeia um conjunto de reações físicas que podem simular um enfarte ou gerar uma sensação de morte iminente. Apesar de poderem ser muito assustadores, os ataques de pânico ocorrem na ausência de perigo real e sem causa aparente.

Quando ocorrem os Ataques de Pânico? 
Na maioria dos casos, os ataques de pânico manifestam-se apenas em um ou dois episódios ao longo da vida, nomeadamente em períodos de maior stress, e o problema desaparece. Se os episódios se repetem, causando um constante receio de um novo ataque, estamos perante um pânico patológico.

Os ataques de pânico são comuns, afetando anualmente mais de um terço dos adultos. No entanto, as mulheres apresentam estes episódios duas a três vezes mais frequentemente do que os homens. Já o pânico patológico é mais raro e diagnostica-se em menos de 1% da população, geralmente no final da adolescência ou no início da idade adulta.

Embora os ataques de pânico afetem a qualidade de vida de modo significativo, é possível tratá-los eficazmente.

Quais as causas dos Ataques de Pânico? 
As causas do ataque de pânico não são bem conhecidas mas pensa-se que a genética, a presença de stress intenso, o temperamento individual e a alteração no funcionamento de algumas zonas do cérebro podem ser fatores importantes.

Existem fatores de risco acrescidos para a ocorrência de ataques de pânico, como a morte ou doença grave de alguém próximo, alterações importantes na vida, antecedentes de abuso físico ou sexual na infância ou história de um evento traumático, como um acidente ou um assalto.

Como se manifestam os Ataques de Pânico?
Os ataques de pânico começam subitamente, sem aviso e podem ocorrer em qualquer momento, como a passear, a conduzir, a dormir ou durante uma reunião.

Embora variem muito na sua apresentação, os sintomas de um ataque de pânico habitualmente atingem o seu máximo após 10 minutos e, no final, ocorre uma sensação de grande fadiga.

Os sintomas mais comuns são a sensação de um perigo iminente, medo de perder o controlo ou de morrer, aumento da frequência cardíaca, transpiração, tremores, respiração acelerada e difícil, calafrios, afrontamentos, náuseas, dores abdominais ou torácicas, cefaleias, tonturas, sensação de desmaio, dificuldade em engolir.

Um dos aspetos mais difíceis dos ataques de pânico é o medo intenso de que estes se repitam levando o paciente a evitar situações em que estes possam ocorrer ou mesmo evitando sair de casa (agorafobia) porque, para o paciente, nenhum lugar parece seguro.

Sem tratamento, os ataques de pânico acabam por afetar todos os aspetos da vida, seja pessoal ou profissional, e podem levar ao desenvolvimento de várias formas de fobia, afastamento da vida social, problemas no trabalho ou na escola, depressão, tendências suicidas, abuso de álcool ou de drogas e problemas financeiros.

Como se diagnosticam os Ataques de Pânico? 
Para o diagnóstico do ataque de pânico, é importante excluir doenças orgânicas que possam causar sintomas semelhantes, como as doenças cardiovasculares ou da tiróide. Como tal, é sempre importante realizar uma avaliação médica completa, onde a avaliação psicológica é um elemento essencial, existindo critérios de diagnóstico bem definidos para o pânico patológico.

Como se tratam os Ataques de Pânico? 
O tratamento dos ataques de pânico passa essencialmente pela psicoterapia e pelo recurso a medicamentos que reduzem os sintomas e a depressão geralmente associada a este quadro clínico.

Assim, o objetivo do tratamento é eliminar os sintomas dos ataques de pânico, permitindo ao paciente retomar todas as atividades diárias.

Como se previnem os Ataques de Pânico? 
Não existe um método seguro de evitar os ataques de pânico.

Como tal, as melhores recomendações são recorrer ao tratamento o mais cedo possível, manter o plano terapêutico de modo a prevenir as recaídas e manter uma atividade física regular, que pode ter um papel protetor em relação à ansiedade.

Fontes
The National Institute of Mental Health, 2013
Mayo Foundation for Medical Education and Research, Maio de 2012
Manual Merck Online, 2014
Anxiety and Depression Association of America, 2013

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