domingo, 20 de setembro de 2015

Notícia - Um cenário irreversível de secas e subidas do nível do mar para os próximos mil anos

O cenário assustador já é bem conhecido: tempestades mais violentas, secas mais pronunciadas, subida das águas dos oceanos, degelo dos glaciares e da Antárctida. Tudo por causa do aquecimento global. Mas há outra novidade: mesmo que, ao longo das próximas décadas, todos os países do mundo consigam controlar as suas emissões de gases, o efeito de estufa, esse, não desaparece logo. Está cá para ficar por muitos séculos, dizem Susan Solomon, da National Atmospheric and Oceanic Administration norte-americana, e colegas de Suíça e França, num estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Os níveis de dióxido de carbono deverão permanecer elevados na atmosfera durante muito mais tempo do que os dos outros gases de estufa.

Isso não significa de forma alguma que os líderes mundiais devam desistir dos esforços de redução das emissões; torna-os ainda mais urgentes. “Penso que devemos encarar esta coisa mais como o lixo nuclear do que como as chuvas ácidas”, disse Solomon numa conferência de imprensa referida pelo jornal Washington Post. “Quanto mais [CO2] acrescentarmos, pior será. Quanto mais demorarmos a tomar decisões, mais irreversível será a mudança climática.”

“O nosso artigo mostra”, escrevem os cientistas na PNAS, “que as alterações climáticas que estão a ter lugar devido à crescente concentração de dióxido de carbono serão quase irreversíveis nos mil anos após a interrupção das emissões.” Isso porque, mesmo que as emissões parassem, as temperaturas diminuiriam muito paulatinamente porque os oceanos continuariam a libertar calor.

Um exemplo do impacto: se a concentração média de CO2 atmosférico (que é hoje de 385 ppmv, partes por milhão por volume) aumentar para 450 a 600 ppmv ao longo deste século, ocorrerão secas irreversíveis e uma subida inexorável do nível dos oceanos. Números muito plausíveis, uma vez que as projecções apontam para 550 ppmv de CO2 já em 2035 e que a meta estabelecida pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) é de estabilizar esses níveis em 450 ppmv.

Se os valores forem mais próximos de 600 ppmv, o sudoeste dos EUA, o Mediterrâneo e o Norte de África vão sofrer secas tão severas como as que assolaram as grandes planícies norte-americanas (o chamado Dust Bowl) nos anos 1930. Mesmo que sejam menores, as regiões subtropicais sofrerão secas irreversíveis. Quanto ao nível dos oceanos, poderá subir um metro ou mais até ao ano 3000 – e a equação não inclui o degelo dos glaciares e das regiões polares, apenas toma em conta a expansão térmica das águas.

“Os políticos costumam focar-se mais nos impactos mais incertos, mas potencialmente desastrosos, das alterações climáticas”, disse ainda Solomon. “Deveriam concentrar-se mais nas suas consequências mais previsíveis.”
Ana Gerschenfeld

Powerpoint - Saúde Organizacional / Epidemiologia


sábado, 19 de setembro de 2015

EFA - MV - Ficha de Trabalho - Matemática para a Vida


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Notícia - Primeiro simulador do fundo marinho

Cientistas alemães do Instituto Fraunhofer criaram um sistema de realidade ampliada (sistema que cria uma realidade virtual que pode ser justaposta com cenas reais) para ser utilizado sob a água.


Utilizando uma máscara especial, um mergulhador pode ver recifes de coral, plantas e animais marinhos sobre o fundo de uma piscina comum. Os pesquisadores esperam que o sistema possa ser utilizado para o treino de mergulhadores profissionais.

O principal componente deste que é o primeiro equipamento de realidade virtual para uso aquático é um ecrã à prova de água, que fica em frente à máscara do mergulhador.

O ecrã permite que o mergulhador veja o ambiente virtual com todos os objectos virtuais sobrepostos sobre o ambiente real em que ele está mergulhado.

O processamento do sistema de realidade virtual fica a cargo de um mini-PC que o mergulhador leva na mochila. Uma câmara de vídeo localizada na sua cabeça fornece ao sistema os marcadores do ambiente aquático necessários para que as imagens virtuais sejam projectadas na posição correcta.

Vídeo - Guerra Colonial (Operação VIRIATO - Nanbuangongo)

Higiene e Segurança no Trabalho - Informação de Segurança contida num rótulo de produto químico


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Ficha de Avaliação


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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Precisa-se professor(a) de Biologia e Geologia

A Academia Conta Comigo pretende recrutar professor (a) de Biologia e Geologia, para explicações e preparação de exame nacional - regime de prestação de serviços. 

Envio de curriculum para:

    geral@academiacontacomigo.com


Notícia - Conversas com bestas


Linguagem animal

O canto de um pássaro, o bramido do veado ou a cintilação do pirilampo são apenas mensagens destinadas a atrair as fêmeas para o acasalamento ou potenciais presas, para poder caçá-las. A ciência estuda essas formas de linguagem animal para averiguar até que ponto poderão conter alguma semelhança com a fala humana.

Um cão chamado Harry encosta o focinho à perna da dona, depois dirige-se para a porta e começa a gemer. Mensagem: “Quero ir à rua.” Fifi, a gata siamesa, salta para a secretária e guia o dono até ao prato de comida, como se lhe dissesse: “Tenho fome!” Estes casos domésticos demonstram que os seres humanos comunicam a determinado nível com as criaturas irracionais, como bem sabem os biólogos e etólogos que, no intuito de estudar o seu comportamento, gravam os sons e, depois, reproduzem a gravação para dar origem a determinadas reacções animais.

Porém, que sejamos capazes de entendê-los a cem por cento ou que os bichos falem entre si do mesmo modo que tagarelamos com o vizinho é uma questão delicada que provoca um apaixonado debate. Um sector da comunidade científica considera que a comunicação é como uma escala que vai do mais simples ao mais complexo e em que a linguagem humana ocupa o escalão mais elevado. No entender dos defensores desta tese, os testes com grandes símios que aprenderam a comunicar com pessoas mostram que as diferenças entre a linguagem animal e humana decorrem mais de uma questão de grau do que de classe.

A fala é sagrada?

Outros especialistas, pelo contrário, entendem que a linguagem é o único factor que diferencia a nossa espécie dos restantes seres vivos. Em sua opinião, a fala é sagrada; trata-se do derradeiro obstáculo que se interpõe entre o homem e a besta, e não tem nada a ver com a comunicação animal. Por exemplo, um estudo de 2005 de Charles Snowdon, psicólogo da Universidade do Wisconsin em Madison, conclui que “embora existam muitas semelhanças entre os centros de controlo do idioma na região subcortical do cérebro de seres humanos e de macacos, não existem paralelismos nas áreas de Broca e Wernicke”. No mesmo sentido, numerosos linguistas definem a linguagem com base em características humanas como a criatividade, as regras sintácticas ou a aptidão para utilizar símbolos abstractos e atribuir-lhes significado no passado, no presente e no futuro. Contudo, são cada vez mais os investigadores que questionam essa perspectiva antropomórfica.

Na última reunião interdisciplinar Evolang, organizada pela Universidade de Utrecht (Países Baixos), debateu-se a tese do linguista ­Noam Chomsky, segundo a qual a fala emergiu de forma autónoma na nossa espécie, ignorando as protolinguagens que poderiam ter sido desenvolvidas pelos primatas que nos antecederam na linha evolutiva. Alguns especialistas assinalaram que o primeiro código linguístico humano foi formado por gesticulações, e que o modo como as aves canoras imitam os trinados dos progenitores apresenta paralelismos com a forma como as crianças aprendem a falar. Além disso, o psicólogo Jacques Vauclair e os seus colegas da Universidade da Provença (França) descobriram que existem, na área de Broca de chimpanzés e babuínos, as mesmas assimetrias nos pontos que parecem ser precursores dos nossos centros de linguagem, o que contraria os estudos de Snowdon.

Sempre com a direita

Os estudos do francês especializado em cognição demonstraram que o hemisfério esquerdo está mais desenvolvido nas crianças, nos chimpanzés e nos babuínos destros. Vauclair mostrou igualmente que tanto os chimpanzés como os bebés de onze meses tendem a usar a mão direita para comunicar entre si e indicar o que querem, e ainda que, no caso dos bebés, esses gestos acompanham as primeiras palavras balbuciadas

Por sua vez, Con Slobodchikoff, biólogo e etólogo da Northern Arizona University, introduziu novos dados no debate com uma investigação sobre os cães-da-pradaria de Gunnison, Cynomys gunnisoni, uma das variedades desta espécie selvagem natural da América do Norte. Ao analisar o comportamento dos peculiares roedores, verificou que são extremamente sociáveis, vivem em colónias e dispõem de um sistema de comunicação que inclui abundante informação. Slobodchikoff e a sua equipa constataram determinadas variações nos latidos ou sinais que enviavam aos congéneres para os avisar, por exemplo, se o potencial predador que se aproximava era terrestre ou aéreo e qual o seu tamanho. São também capazes de distinguir as cores e de transmitir essa informação, como prova o facto de lançarem um som diferente quando o investigador responsável pelo trabalho de campo levava uma T-shirt azul, verde ou amarela. Esta linguagem, aparentemente, não é inata: têm de aprendê-la, pois Slobodchikoff observou que cada colónia de Cynomys gunnisoni recorria ao seu próprio dialecto.

Exprimir-se para namorar

Nesse caso, será que se trata de uma verdadeira linguagem? Se tem de integrar, entre outros factores, significado, produtividade (um sistema de comunicação em que seja possível criar e compreender sem dificuldade novas mensagens) e translocação (capacidade para se referir a factos ou objectos que não se encontram espacial ou temporalmente presentes), os cães-da-pradaria teriam, segundo Slobodchikoff, uma linguagem própria.

De qualquer modo, os animais conseguem fazer que as suas mensagens sejam entendidas através de milhares de maneiras diferentes, o que demonstra o papel fundamental que a comunicação desempenha na biologia. Os animais utilizam os cinco sentidos para se exprimirem, e gesticulam com todos os apêndices do corpo e em todas as posições imagináveis. Comunicam através do odor; piam, bufam, gritam, roncam, grunhem ou cantam; lançam sinais ultrassónicos e subsónicos, eléctricos ou infravermelhos, através de impulsos de luz ou alterando a pigmentação da pele; se for necessário, dançam, palmilham ou fazem vibrar a superfície sobre que caminham. Das luzes dos peixes que habitam os abismos aos padrões coloridos da lula e à complexa vida social dos golfinhos, o reino animal oferece um mosaico de códigos de comunicação indispensáveis para os indivíduos das espécies que se reproduzem sexualmente poderem acasalar.

Os recados são muitas vezes enviados de forma espontânea ou inconsciente. Quando chega o momento oportuno, as fêmeas de traças, saguins e toupeiras recorrem ao odor, cuja intensidade é tão poderosa que consegue atrair um macho a quilómetros de distância ou impedir a ovulação de outras rivais da mesma espécie. As libélulas-macho sobrevoam as fêmeas e agarram-nas para um encontro aéreo; o tamanho, a forma e os padrões de cor comunicam a identidade feminina mas, com um pincel e uma gota de tinta, um investigador poderia confundir um pretendente. Noutros casos, os animais precisam de transmitir as suas intenções de forma mais selectiva, através de uma mensagem do tipo: “Olá, sou um macho. Reproduzamo-nos.” Contudo, como a concorrência é sempre feroz, seria melhor personalizá-la para se tornar mais eficaz: “Não só sou macho, como sou bom como o milho!” Resta saber se as fêmas iriam escolher em função da melhor campanha publicitária...

A importância do marketing

Desde que Charles Darwin colocou a si próprio a mesma questão, os especialistas em evolução sugeriram várias fórmulas para explicar o critério de selecção de parceiro por parte das fêmeas. Em algumas espécies, o macho proporciona alimento, ajuda e protecção, e a fêmea escolhe o que lhe parece melhor poder cumprir essas funções, talvez de modo não muito diferente do que se verifica na espécie humana. Porém, noutros casos, o macho não passa de um dador de esperma, e é aí que reside o busílis. A fêmea poderá escolher em função de características relacionadas com a garantia de bons genes: o macho com o corpo maior, a voz mais profunda ou a exibição mais espectacular. Ou poderá preferir um indivíduo com maior longevidade, o que implica que viveu mais tempo e poderá legar genes de sobrevivência. Ou talvez queira escolher o candidato de aspecto mais saudável, aquele que dança com maior frenesim ou tem a plumagem mais perfeita. De igual modo, poderia inclinar-se por exemplares dominantes, do género que consegue proteger os territórios mais extensos ou mais bem situados.

Em todos estes casos, assinalam os investigadores, a fêmea confia no sinal que o membro do outro sexo lhe enviou, o que poderá constituir um erro. Por exemplo, os pavões reais: se elas escolhem sempre os pretendentes com as caudas mais imponentes, estão a obrigar a Natureza a produzir caudas cada vez maiores. Todavia, há-de chegar o momento em que as penas alcançam tal extensão que se tornam uma carga para o macho, pelo que exibir uma plumagem exuberante deixa de significar que o seu dono é um candidato saudável, tendo-se tornado um exemplar formoso mas curvado pelo excesso de peso. Isto é, seria um caso de publicidade falsa e enganosa.

As fêmeas do reino animal aprenderiam, eventualmente, a identificar as características em que devem basear-se para escolher pretendentes saudáveis. Alguns especialistas consideram que é necessário, para determinado sinal masculino constituir uma mensagem credível, envolver um custo para o remetente. É aquilo que designam por “princípio do handicap”. Significa, por outras palavras, que apenas os machos realmente poderosos podem permitir-se exibir grandes chifres, plumas espampanantes ou danças e cantos espectaculares; em suma, dotes e acessórios de luxo. Os exemplares com atributos baratos são perigosos, pois podem transmitir genes em saldo, e é por isso que as fêmeas procuram plumas caras, danças sofisticadas e vozes potentes.

Os mais mentirosos da fauna

Apesar de tudo, há indivíduos que fazem batota e emitem falsas mensagens, não só no campo do amor como no da guerra ou na vida social. O pardal-das-neves é uma pequena ave que nidifica nas escarpas, exposta aos predadores. Quando um potencial inimigo se aproxima, em vez de ficar paralisado ou fugir espavorido, levanta uma asa, lastimosamente, como se estivesse partida, e caminha apenas com a rapidez suficiente para se manter fora do alcance do intruso. Depois de conseguir levá-lo para longe do ninho, levanta voo com toda a facilidade e regressa velozmente a casa.

Este tipo de truques não é exclusivo de cérebros relativamente complexos como os das aves. Os pirilampos são protagonistas de um fascinante drama de traição digno dos romances de suspense. O macho emite um padrão específico de impulsos de luz através de um órgão especial, situado no abdómen; depois, verifica se a fêmea lhe envia a resposta adequada e, no caso de esta ter sido favorável, aproxima-se para acasalar. Todavia, o D. Juan poderá deparar com uma surpresa fatal ao chegar junto da sedutora luzinha, pois há fêmeas predadoras de algumas espécies de pirilampos que copiam os sinais luminosos das outras para atacar e comer os noivos desprevenidos. Assim, embora as luzes mais potentes proporcionem aos machos uma vantagem evolutiva no que se refere à atracção que exercem sobre as fêmeas, também possuem o efeito adverso, pois atraem mais facilmente os predadores.

É difícil imaginar que um insecto tenha consciência de estar a recorrer a artimanhas, mas há exemplos entre os símios que não deixam margem para dúvidas de que eles agem intencionalmente. Na obra A Política dos Chimpanzés, o zoólogo e etólogo holandês Frans de Waal descreve situações em que diversos indivíduos dessa espécie, que estudou no Burgers’ Zoo, em Arnhem (Países Baixos), se comportaram com o intuito de enganar. Por exemplo, um chimpanzé chamado Yeroen começou a coxear visivelmente depois de ficar ferido numa luta com outro. Todavia, depois de o observar atentamente, De Waal e a sua equipa descobriram que apenas o fazia quando estava dentro do campo de visão do chimpanzé vitorioso. Mal dobrava a esquina, o coxear desaparecia como por artes de magia.

Dito e feito

Nos últimos anos, cientistas de todo o mundo têm descoberto curiosos casos de linguagem e comunicação animal. Eis alguns exemplos.

Quando uma formiga morre, as companheiras detectam o óbito e transferem-na para fora do formigueiro em menos de uma hora. Segundo Dong-Hwan Choe, da Universidade da Califórnia, sabem-no graças a dois mensageiros químicos, o dolicodial e a iridomirmecina, que as formigas vivas segregam na cutícula e que se evaporam passados 40 minutos da morte. É por isso que se desfazem dos cadáveres em decomposição, fonte de agentes patogénicos e poluentes.

Uma equipa do Departamento de Evolução Cognitiva de Harvard submeteu 14 saguins-de-cabeça-branca a uma aprendizagem acústica de palavras inventadas (shoybi, shoyka, shoyna) que partilhavam o prefixo shoy. Depois, leram-lhes pelo altifalante outra lista de vocábulos, introduzindo alguns em que o shoy surgia no final e não no início. Ao ouvir a palavra alterada, os símios ficavam a olhar para o altifalante, prova de que reconheceram a ordem de encadeamento dos sons, essencial para a aprendizagem.

As traças-tigre, Bertholdia trigona, emitem ultrassons que interferem no sistema de orientação dos seus predadores, os morcegos, segundo William Conner, da Universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte.

Os pios, gorjeios e silvos que alguns colibris emitem não são vocais, como se pensava, mas produzidos pelas penas da cauda, segundo um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Um estudo do biólogo colombiano Carlos Rocha mostra que a rã dourada do Panamá, Atelopus zeteki, comunica através de uma linguagem corporal baseada em sinais e gestos dos membros superiores.

A bióloga californiana Emily DuVal descobriu que os machos da ave tangará-cauda-de-lança, Chiroxiphia lanceolata, dançam aos pares para impressionar a fêmea (daí que seja conhecida, no Brasil, por “tangará-dançador”). Um deles ajuda voluntariamente o outro a conquistar a fêmea sem esperar qualquer recompensa imediata, mas esse comportamento solidário irá ajudá-lo a tornar-se dominante no futuro e a receber, por sua vez, apoio coreográfico de outro macho para conseguir acasalar.


SUPER 149 - Setembro 2010

Manual - Turismo


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Vídeo - John Locke - A sua Contribuição para a Educação

Notícia - Clima: peritos corrigem cálculos e apontam para subida dos oceanos acima dos seis

Poderá ser pior do que se pensava, avisam hoje os especialistas na revista "Science". A subida do nível dos oceanos em caso de colapso da grande placa de gelo no Oeste da Antárctica poderá ultrapassar os 16 ou 17 pés previstos (cerca de cinco metros) e atingir 21 pés (quase seis metros e meio). Washington D.C., nos EUA, ficaria submerso. Segundo investigadores da Oregon State University e da Universidade de Toronto, muitas zonas costeiras seriam engolidas pelas águas e uma grande parte do Sul da Florida desaparecia. Ao que parece as anteriores previsões ignoraram algumas variáveis importantes.

O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) estimou que o colapso do grande manto de gelo no Oeste da Antárctica seria capaz de subir o nível dos oceanos em cerca de 16,5 pés. Esse tem sido o valor citado cada vez que se fala no assunto. No entanto, esta estimativa não terá tido em consideração alguns factores como a gravidade, alterações na rotação da Terra, entre outros. Segundo os peritos, a força exercida pela massa do manto de gelo tem uma repercussão na tracção gravitacional. “Um estudo feito há mais de 30 anos já apontava para este efeito gravitacional mas acabou por ser ignorado. Esqueceram-se dele quando fizeram as projecções para o futuro”, nota Peter Clark, professor de geociência na Oregon State University. Além deste factor, os especialistas juntaram ainda outras alterações aos cálculos anteriores. Segundo explicam, sem o peso daquela camada de gelo o eixo de rotação da terra pode ser desviado um terço de uma milha (530 metros), o que afectará a subida do nível dos oceanos em vários locais.

Com todas as forças que juntaram no cálculo, os cientistas concluem que se a placa colapsar o nível do mar desce na Antárctica e sobe no hemisfério Norte. Se este grande manto de gelo derreter, a subida do mar na Costa Este da América do Norte vai ter mais de um metro (cerca de 1,20m) do que estava previsto atingindo os 21 pés. Neste cenário, na Europa os oceanos subiriam cerca de 18 pés. “Se isto acontecesse, iríamos assistir a muitos outros impactos que vão muito além da subida do nível dos oceanos, incluindo o aumento da erosão costeira e tempestades, problemas com a salinização das águas, entre outros problemas”, refere Clark, prevendo ainda possíveis consequências noutros glaciares e placas de gelo.

Os especialistas sublinham que não é claro ainda quando (ou mesmo se) o colapso da placa pode acontecer. É um fenómeno que tem vindo a ser equacionado como consequência do aquecimento global mas que pode ter lugar daqui a centenas de anos ou até ocorrer apenas parcialmente. “No entanto, estes mesmos efeitos podem ser aplicados a qualquer quantidade de gelo que derreta no Oeste da Antárctica”, sublinha Peter Clark, frisando que topograficamente a placa encontra-se numa situação instável.

Em 2006, dois estudos publicados também na "Science" alertavam já para uma possível subida do nível dos oceanos a rondar os seis metros num horizonte temporal de cem anos. A previsão falava num degelo mais acelerado do que se pensava no Árctico e na Antárctica e baseava-se em trabalhos de análise de corais milenares e amostras de gelo e apoiados em modelos climáticos computacionais para fazer o preocupante aviso. O artigo publicado hoje na "Science" reforça esta projecção e parece corrigir definitivamente as anteriores previsões.

Andrea Cunha Freitas

Powerpoint - Reeducação de Cardiopatias no Adulto

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

EFA - MV - Ficha de Trabalho - Matemática para a Vida


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Notícia - Fragmentos de meteorito ajudam Ciência

Um meteorito do tamanho de um automóvel que explodiu no deserto de Nubie, no Sudão, em Outubro, fornece uma ocasião única aos geofísicos para determinarem qual o astro do qual o asteróide se desmembrou.




Chamado 2008 TC3, ou Almahata Sitta, este meteorito foi visto a 6 de Outubro e seguido por milhares de telescópios antes de explodir, no dia seguinte. Uma expedição imediatamente montada pelo Instituto de Investigação de Inteligência Extra-Terrestre da Califórnia e pela Universidade de Cartum permitiu encontrar 47 fragmentos, com um peso total de 3,95 quilos.

Pela primeira vez, os cientistas possuem resultados das observações de um corpo celeste no Espaço, por espectrografia, e análises de laboratório dos fragmentos deste mesmo asteróide, o que permite lançar a investigação para determinar de que astro o meteorito se separou e saber, por conseguinte, a sua composição.

Lusa

Vídeo - Portugal e Escravatura em 1950 (Salazarismo)

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Escola autoriza uso de telemóvel


O Estatuto do Aluno não permite telemóveis dentro da escola, mas no agrupamento de Carcavelos a direção propôs que os aparelhos possam até ser usados na sala de aula. O Conselho Pedagógico e o Conselho Geral aprovaram e a medida entra já em vigor. "Já era usado em aulas de Artes, Biologia e Inglês, e estabelecemos uma norma que permite e até favorece o uso na sala, mediante autorização do professor", disse ao CM Adelino Calado, diretor do agrupamento, acrescentando: "O objetivo é que possa ajudar nas aprendizagens, ao mesmo tempo que se trabalha a cidadania, porque damos autonomia mas exigimos respeito pelos limites." Adelino Calado dá um exemplo dos limites: "Os alunos podem usar o telemóvel para tirar fotos nas aulas de Artes ou procurar um documento na internet, mas não para estar a jogar." O diretor nota ainda que o telemóvel pode ser usado para fazer contas, dispensando a compra de calculadora. Este agrupamento tem-se destacado por abordagens inovadoras, sendo a taxa de retenção de apenas 3 por cento. 

Noticia retirada daqui

Precisa-se professora Geometria Descritiva e Biologia

Precisa-se para Centro de Explicações : 

Professor de Geometria Descritiva e Biologia do 10º ao 12º ano. 


Para trabalhar em part-time (apenas 1 ou 2 h semanais ) num centro Explicações em Freamunde. 

Devem indicar no email o lugar onde moram. 

Apenas se aceita candidaturas de professores que habitem no Concelho de Paços de Ferreira ou nos Concelhos Limítrofes. 


Enviar currículo para:

    asesnamatematica@gmail.com

Notícia - Querido afilhado

Chimpanzés machos que acolhem crias órfãs, leoas que amamentam os filhotes das suas presas... Os biólogos procuram descobrir o que leva alguns animais a perfilhar outros: um mecanismo de preservação do grupo, uma futura recompensa ou simples altruísmo?

"O órfão Mel estava muito fraco. Vagueava atrás de diferentes indivíduos, principalmente de machos adultos, mas, embora todos o tolerassem, nenhum mostrou especial interesse. Mesmo antes da morte da mãe, estava tão magro e letárgico, com a barriga tão inchada pelos parasitas, que não parecia ter muitas hipóteses de sobreviver. Nessa altura, recebi um telegrama: “Mel adoptado por Spindle”. Fiquei surpreendida, pois, pelo que sabíamos, Spin­dle, o filho de 12 anos do velho Sprout, não tinha tido a menor ligação com a mãe de Mel. Será que uma relação assim poderia vingar?”

Esta é uma das histórias de adopção relatadas por Jane Goodall no livro Through a Window. Pouco depois de a primatóloga inglesa ter regressado à terra natal destes símios, na República Democrática do Congo, pôde comprovar que Mel e o seu novo pai, Spindle, continuavam a constituir uma família. “Senti-me maravilhada com o interesse e o afecto manifestados pelo pai adoptivo. Spindle também tinha sido órfão. Seria, talvez, a sensação de perda, um sentimento de solidão, que o levou a manter essa relação com Mel?” Qualquer que fosse o motivo, o certo é que desempenhava na perfeição o papel de protector. “Partilhava o ninho nocturno com ele e, também, a comida. Esforçava-se por proteger a cria, apressando-se a afastá-la do caminho quando os machos adultos pareciam mais excitados. Quando Mel gemia durante as viagens, Spindle esperava por ele e deixava que lhe trepasse para os ombros, ou mesmo que se agarrasse na posição abdominal quando chovia ou estava frio. De facto, transportava-o assim com tanta frequência que o pêlo parecia gasto no sítio onde Mel se segurava com os pés.”

Estas observações de campo foram confirmadas por estudos mais aprofundados. Recentemente, Christophe Boesch e os seus colegas do Departamento de Primatologia do Instituto Max Planck, em Leipzig (Alemanha), publicaram os resultados de 27 anos de investigação com três populações de chimpanzés do Parque Nacional de Tai, na Costa do Marfim. Os especialistas registaram 18 casos de perfilhamento. Para isso, tiveram de definir com rigor o que se entende por adopção entre os chimpanzés: quando um adulto se comporta com um indivíduo jovem, que não é seu filho, do mesmo modo que uma mãe durante, pelo menos, dois meses. Semelhante comportamento manifesta-se sobretudo através da partilha de alimentos, ou no facto de esperar pela cria ou transportá-la nas deslocações. Durante quase três décadas de observações, 36 exemplares novatos perderam a mãe por diversas razões e sobreviveram mais de 60 dias. Todavia, no mesmo período, morreram 22 crias não desmamadas sem que algum membro da comunidade tentasse ajudá-las. Entre os 36 sobreviventes, 18 foram acolhidos por um adulto e, o que talvez pareça mais surpreendente, metade dos adoptantes eram machos. Os chimpanzés do sexo masculino raras vezes manifestam um comportamento especial em relação aos filhos e podem mesmo mostrar-se muito agressivos com as crias quando estão irritados.

As fotografias obtidas pela equipa são bastante reveladoras. Um exemplar chamado Freddy, por exemplo, apoia o pequeno Victor após a morte da mãe. Leva-o sempre às costas e chega a partilhar com ele 80 por cento das suas sementes de cola. O macho Porthos cuida de uma fêmea órfã durante 17 meses, comendo com ela e transportando-a, por vezes, em condições perigosas.

Por que será que decidiram adoptar? Os chimpanzés de Tai viajam, em média, oito quilómetros por dia, um percurso que se torna bastante árduo com uma cria às costas. Além disso, na hierárquica sociedade dos primatas, a adopção pode tornar-se um obstáculo para um exemplar adulto. De facto, os rivais sabem tirar proveito da situação e costumam atacar os adoptados para acossar os seus protectores. Joan Silk, uma antropóloga da Universidade da Califórnia em Los Angeles, não tem dúvidas de que existe altruísmo, mas considera que ainda há perguntas por responder nesta questão. Na sua opinião, os chimpanzés que se comportam assim esperam, seguramente, uma recompensa de algum tipo, como maiores favores no ritual de catar os piolhos ou mais aliados nas guerras sociais. Segundo Christophe Boesch, a adopção também promoveria a continuidade do grupo perante as ameaças, sobretudo nesta região, onde os leopardos impõem uma elevada taxa de mortalidade entre os chimpanzés.

Apesar disso, os comportamentos supostamente desinteressados constituem um enigma para os biólogos evolutivos. O etólogo britânico Richard Dawkins, autor de O Gene Egoísta, opina que a adopção constitui, simplesmente, um erro de identificação por parte da mãe, que acredita estar a criar o próprio filho. “Ocasionalmente, podem acontecer equívocos deste género na natureza”, indica, acrescentando: “Nas espécies que vivem em comunidades, um jovem órfão pode ser adoptado por uma fêmea estranha, provavelmente por alguma que tenha perdido uma cria (...). Na maior parte dos casos, deveríamos considerar a adopção, por comovedora que pareça, como um erro na regra estabelecida do egoís­mo genético. A generosa fêmea não está a fazer bem algum aos seus genes ao cuidar do órfão. Está a desperdiçar tempo e energia que poderia investir na vida dos seus próprios descendentes. Provavelmente, trata-se de um equívoco que se verifica tão raramente que a selecção natural não se deu dado ao trabalho de tornar o instinto maternal mais selectivo.”

Todavia, existe um exemplo de “comportamento faltoso” tão extraordinário entre os primatas que coloca em dúvida a teoria do gene egoísta, segundo a qual a evolução se processa em função dos genes e não dos indivíduos. É o caso de algumas fêmeas que, inconsoláveis por terem perdido uma cria, roubam outra e cuidam dela como se fosse sua. Do ponto de vista de Dawkins, tratar-se-ia de um duplo equívoco: a adoptante não só desperdiçaria tempo e energia, como libertaria uma rival do esforço que implica cuidar da cria e, além disso, possibilitaria que ela tivesse mais descendência.

A verdade é que os equívocos referidos pelo etólogo são bastante comuns entre muitos animais. Por exemplo, alguns não conseguem identificar a própria prole, assim como há crias incapazes de reconhecer os progenitores. É o caso de ratazanas, ratos e certas aves que alimentam qualquer avezinha que encontrem no ninho, mesmo que não lhes pertença. Por outro lado, bastantes animais sentem a necessidade instintiva de proteger as crias mais desamparadas. As leoas e as fêmeas de leoparado experimentam, por vezes, um irresistível impulso de proteger os filhotes de presas que abateram. Assim, deixam a mãe morta e lambem a cria, levam-na para um local seguro e chegam mesmo a oferecer-lhe os mamilos para poder mamar.

Os lobos e outros canídeos selvagens cuidam dos seus irmãos, e todas as fêmeas da alcateia vigiam as crias da loba dominante enquanto esta caça ou quando morre. Muitas cadelas chegam a sofrer uma gravidez psicológica: embora não estejam prenhas, manifestam os mesmos sintomas e podem ter leite embora não tenham parido. Os zoólogos pensam que se trata de um vestígio de um passado lupino, uma espécie de recordação genética de quando viviam em alcateias e deviam estar preparadas para encarregar-se das crias do par alfa.

Os cuidados aloparentais, isto é, aqueles dados às crias por qualquer indivíduo que não seja um dos seus progenitores, já foram documentados em mais de 120 espécies de mamíferos e 150 espécies de aves. Os especialistas sublinham que o fenómeno contribui para aumentar a taxa de sobrevivência dos adoptados aparentados com o adoptante, pelo que este pode expandir uma parte dos próprios genes. Além disso, adquire experiência ao cuidar dos jovens e, com essa atitude, poderá dar origem a uma espécie de altruísmo recíproco.Averiguou-se, ainda, que os animais são mais cuidadosos com crias que não são suas quando a comida é escassa ou quando é necessário colaborar para obtê-la.

A maioria dos casos de adopção ocorrem em “espécies K estrategas”, nome dado às que possuem uma vida reprodutiva limitada e têm pouca descendência mas investem, em contrapartida, muito tempo e recursos nos respectivos cuidados e desenvolvimento.

Outros factores que favorecem a perfilhação são a existência de colónias de criação demasiado povoadas ou a existência em grupos pequenos com estreitos laços de parentesco. É muito frequente, por exemplo, entre espécies que praticam cuidados comunitários. Assim, as leoas costumam amamentar todas as crias da manada, embora dêem preferência às suas, e as fêmeas de elefante partilham o leite se o grupo a que pertencem for exclusivamente composto por fêmeas adultas e crias. Entre os proboscídeos, existem mães auxiliares ou “tias” que vigiam o sono do bebé enquanto a mãe descansa após o parto, se interpõem entre o sol e as crias, abanam as orelhas para refrescá-las e correm em seu auxílio quando caem, por exemplo, na água. Além disso, uma dessas “tias” irá adoptar o recém-nascido no caso de morte da progenitora.

Muitas aves, sobretudo tropicais, também praticam este tipo de cuidados. De facto, observou-se em várias espécies que os filhos mais velhos permanecem alguns anos no ninho para ajudar a cuidar dos irmãos.

Por vezes, o instinto maternal é tão forte que algumas fêmeas chegam a sequestrar crias de outras espécies. Os babuínos e os macacos roubam cachorros para poderem criá-los, os quais se integram no bando e, quando se tornam adultos, alertam o grupo com os seus latidos para a presença de um predador.

O sexo também não constitui um obstáculo para esta pulsão. Entre os pinguins dos zoos, por exemplo, já se registaram muitos casos de pares homossexuais, tanto de machos como de fêmeas, que decidem adoptar crias. Já na natureza, é também muito comum, entre outras aves, a formação de casais do mesmo sexo. Por exemplo, em algumas colónias de albatrozes de Laysan (Phoebastria immutabilis), cerca de um terço dos pares com prole é formado apenas por duas fêmeas. Como cuidam apenas de uma cria, uma das progenitoras assume o papel de mãe adoptiva.

Por detrás de todos estes casos está subjacente uma das forças mais poderosas do planeta: o instinto maternal. Entre os mamíferos, é habitual a mãe limpar o recém-nascido com a língua. Este acto ajuda a romper as membranas fetais da cria e prepara as fossas nasais para respirarem com normalidade. A mãe também lhe seca a pele, o que permite ao recém-nascido preservar o calor e evita a dispersão de odores que iriam atrair predadores. Todavia, talvez o mais importante de todo o processo seja o que une mãe e filho através do cheiro.

No caso das cabras, a união é selada em dez minutos. Passado esse tempo, a fêmea só amamentará a própria cria. No caso das ovelhas, o tempo passa para o dobro. Durante séculos, os pastores aproveitaram este comportamento para proporcionar mães adoptivas às crias órfãs: têm de escolher uma ovelha adulta cujo filhote nasceu morto, e a órfã será aceite se a mãe a conhecer imediatamente após ter perdido a sua cria. Porém, se tiverem passado várias horas desde o parto, os “filhos adoptivos” serão rejeitados. Em alguns casos, os pastores atam a pele do recém-nascido morto à cria órfã para assegurar a união com a nova mãe.

Nos mamíferos, o instinto maternal desenvolve-se por completo nos primeiros dias após o nascimento, um fenómeno que levou os cientistas a interrogar-se sobre o papel desempenhado pelas hormonas neste processo. Após o parto, a progenitora experimenta importantes alterações físicas e psicológicas num período muito curto, em grande parte ocorridas porque se produz, com a expulsão da placenta, uma brusca descida nos níveis da progesterona e dos estrogénios. Pelo contrário, a presença da prolactina favorece a produção de leite. Desde a década de 1960, diversos estudos mostraram que os machos com concentrações mais elevadas desta hormona manifestam maior tendência para cuidar das crias.

Super Interessante
A.M.J.C.

Ficha de Avaliação - 5ºAno


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