domingo, 30 de setembro de 2018

UFCD - 0195 - Novas tendências em arte floral

0195 - Novas tendências em arte floral
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Novas tendências em arte floral
Código:
0195
Carga Horária:
50 horas
Pontos de crédito:
4,50
Objetivos

  • Caracterizar os dados históricos sobre a evolução da arte floral prevendo as novas tendências, suas aplicações/implicações na Era Contemporânea.
Recursos Didáticos

Conteúdos

  • Noções sobre a evolução dos arranjos florais
  • As novas tendências da arte floral em função das estações do ano e datas festivas
  • O reconhecimento das entidades que ditam as tendências ao nível de cores, formas e materiais
    • Bloemenbureaus
    • European Floral Luppiers Association
    • Flowers & Plants Association
  • A adaptação das novas tendências ao estilo pessoal, profissional de arte floral e aos ambientes e locais a decorar
  • A aplicação de estudos e debates de opinião em
    • Formais
    • Informais
    • Rústicos
    • Minimalistas
Referenciais de Formação

215008 - Florista
Histórico de Alterações

(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

sábado, 29 de setembro de 2018

Manual - 12ºAno - Iniciação ao Estudo das Funções Reais de Variável Real


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Vídeo - Materiais Riscadores e Técnicas


EFA - STC - NG3 - DR1 - Ficha de Trabalho - Cuidados Básicos - Sociedade, Tecnologia e Ciência

Biografia - Dolores Ibárruri (1895-1989)


Política e revolucionária espanhola, conhecida como A Pasionaria. Nasceu numa família de mineiros e cedo se fez sindicalista. Chegou a presidente do Partido Comunista Espanhol. Foi deputada às Cortes durante a 2ª República e todo o seu carisma foi adquirido durante a trágica Guerra Civil espanhola. Passou pela maior dor humana ao perder três filhos e não deixou de lutar pelos seus ideais. A sua vida é a luta pela liberdade e em Espanha é muitíssimo respeitada. Exilou-se em Moscovo de onde regressou em 1977. Por deferência para com a sua vida em prol da liberdade voltou a ter assento nas Cortes, em Espanha. Escreveu a obra autobiográfica «El Único Camino» (O Único Caminho).

Biografia retirada daqui

Fotografia - Macro

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Gramíneas

Grama. Capim. Relva. Esta é a forma com que normalmente nos referimos a este grupo de plantas tão particulares, mas quantas vezes nos lembrámos de atentar um pouco mais nelas, compreendê-las e dignificá-las? Provavelmente nenhuma.

As gramíneas são uma vasta família de angiospérmicas (plantas com flor), tecnicamente designada Poaceae (ou Gramineae), de distribuição cosmopolita. A diversidade de espécies que pertencem a este grupo é enorme, cerca de 10000 espécies distribuindo-se por cerca de 650 géneros, apenas superada pelas orquídeas (Orchidaceae) e as compostas (Asteraceae), no universo do reino vegetal.

É uma família extremamente versátil pois, através desta miríade de espécies que contém, e não fugindo muito a uma morfologia padrão, conseguiu ocupar quase todos os tipos de habitat disponíveis, em todos os climas. Pertencem a esta família desde plantas muito pequenas, como a vulgar Poa annua que surge entre as pedras da calçada até aos bambus que podem exceder 30 metros de altura. Podem ser desde aquáticas, inclusivamente, de águas salgadas, até formar florestas ou viver nas fendas das rochas mais secas e desertos.

No entanto, no nosso país, as gramíneas nativas (a enorme cana, Arundo donnax, é uma espécie cultivada que se assilvestrou tornando-se invasora) são bastante mais modestas, só por excepção tomando grandes dimensões como é o caso do caniço (Phragmites australis), que pode atingir quatro metros de altura e que habita lugares pantanosos por todo o país.

Uma grande parte das gramíneas que se observam em Portugal optou por ser anual, em resposta ao clima mediterrânico que caracteriza boa parte do país, e, de certo modo consequentemente, de pequenas dimensões. A implementação desta estratégia, que aparece em muitas famílias de plantas no nosso país, permite a estas ocupar quer sítios muito secos no Verão, quer terrenos cultivados ou de qualquer outro modo frequentemente perturbados, como é grande parte do nosso território. As gramíneas anuais sobrevivem sem nenhum esforço especializado no sentido de resistir à secura porque se limitam a passar o Verão na forma de semente. Uma estratégia tão simples e de baixo custo como esta, e ainda assim, tão frutífera, facilmente se tornou “popular”, pelo que inúmeras espécies de gramíneas a usam. Podemos citar como exemplo as gramíneas das pastagens secas do sul do país – géneros Briza, Vulpia, Bromus, Stipa, Hordeum, Brachypodium, Taeniatherum, Gastridium, Aegilops, entre outros.

Porém, há uma considerável diversidade de gramíneas perenes, que é sobretudo notável em habitats menos hostis, onde a humidade mais duradoura o permite. Em zonas pantanosas, o caniço é uma delas, mas também plantas dos géneros Cynodon, Holcus, Agrostis, Panicum, Molinia, Paspalum, que formam relvados especialmente verdes e densos no Verão em zonas húmidas; e a morraça (Spartina) nos habitats húmidos com influência marinha. Nos pinhais arenosos, nas zonas mais frias no inverno, pode geralmente ser encontrada Stipa gigantea, uma gramínea que no Verão adorna o campo com as suas grandes inflorescências douradas.

Algumas espécies são muito frequentes mesmo em habitat citadino. É o caso de Piptatherum miliaceum, uma gramínea perene com a forma de uma graciosa cana, Hordeum murinum, as vulgares “espigas” das brincadeiras de infância e Poa annua, habitante frequente dos interstícios entre as pedras da calçada.

Mas afinal, o que são as gramíneas?
A morfologia típica de uma gramínea é muito semelhante em todas as espécies: um caule geralmente oco, com nós engrossados, no qual se inserem as folhas com uma forma tendencialmente linear, e de nervação paralela (em todas as espécies portuguesas). Estas folhas têm uma morfologia muito típica: a parte proximal forma uma bainha que envolve parte do caule, a qual termina no limbo foliar. Na articulação entre estas duas partes existe um prolongamento – a lígula – em forma de membrana ou de uma fiada de pêlos.

Porém, a característica mais marcante desta família reside na morfologia da flor. Esta é um exemplo de redução floral fantástico. Entenda-se por “redução”, o processo evolutivo que conduz à perda de estruturas que, outrora funcionais, terão perdido a sua função e, como tal, razão de existir.

A sua aparente simplicidade estrutural fez com que se tenham considerado as gramíneas como plantas primitivas. Essa ideia está, contudo, ultrapassada.

O diagrama resume de uma forma simplificada uma espigueta – a unidade básica da inflorescência de uma gramínea e com muita importância na identificação das espécies.

As flores das gramíneas, como já referido, são especiais. Não existem pétalas nem sépalas como estamos habituados, já que estas plantas não precisam delas para atracção de insectos: a polinização é feita pelo vento (polinização anemófila). Tudo o que resta destas peças florais, que terão existido num passado distante, resume-se a duas minúsculas escamas – as lodículas – que ajudam na abertura da flor (afastamento da lema e da pálea), expondo assim os órgãos reprodutores. Todas as outras peças – lema, pálea e glumas – são brácteas, isto é, folhas modificadas que, para além de servirem para a protecção das flores como geralmente acontece, aqui têm também uma função bastante importante na dispersão da semente. Esta função é complementada pela presença, em muitos géneros, da arista – um prolongamento rígido da lema (ou das glumas) provido de diminutos “ganchos” que se ancoram em qualquer superfície minimamente rugosa ou pilosa.

Quando a flor está aberta (na ântese), e dado que as pétalas estão ausentes, observam-se apenas os estames muito protuberantes e pendentes, libertando quantidades copiosas de pólen, e os estigmas densamente plumosos, também protuberantes. Esta morfologia e comportamento dos órgãos reprodutores, que maximiza a dispersão e captura do pólen, é típica de plantas polinizadas pelo vento, e diferentes variantes são usadas por outras famílias nada aparentadas, como as Fagaceae (carvalhos), Salicaceae (salgueiros, choupos) e Plantaginaceae (tanchagens) – um dos inúmeros casos de evolução convergente.

E o que não são as gramíneas?
A nível mundial existem diversas famílias evolutivamente próximas das gramíneas, incluídas na ordem Poales. Embora algumas sejam de facto muito semelhantes, em Portugal não há motivos para muita dúvida, pois apenas existem quatro destas famílias – Sparganiaceae, Typhaceae, Juncaceae e Cyperaceae – as quais são suficientemente diferentes para não causar confusão após uma observação cuidada da sua estrutura. As duas primeiras famílias constituem plantas de locais pantanosos, morfologicamente bem distintas das gramíneas.

As Juncaceae, pelo contrário, podem já ter semelhanças apreciáveis. Esta família compreende os juncos (Juncus spp.) mas também um género menos conhecido, Luzula, de aspecto graminóide. A principal diferença desta família reside nos caracteres florais – as flores, aqui, não estão organizadas em espiguetas e apresentam três pétalas e três sépalas, ao contrário das gramíneas, muito embora estas peças sejam pequenas e verdes. Além disto, nos juncos as folhas são cilíndricas e não planas (ainda que por vezes enroladas) como nas gramíneas.

As Cyperaceae são tecnicamente mais difíceis de distinguir das gramíneas – a diferença mais importante é apenas o número de brácteas associadas a cada flor. Nas gramíneas, como já foi visto, existem duas – a lema e a pálea. Nas Cyperaceae, apenas uma. Esta diferença, contudo, nem sempre é fácil de observar. Outras diferenças podem ser enumeradas, mas não podem ser generalizadas a todas as Cyperaceae, pelo que, se ausentes, nos deixam na dúvida. Seja como for, a título de exemplo, podemos dizer que as Cyperaceae habitam quase sempre zonas húmidas, apresentam frequentemente caules triangulares, podem não ter folhas e não apresentam a organização típica de espigueta.

Como identificar uma gramínea?
A identificação, ou determinação, de exemplares de gramíneas pode parecer à primeira vista difícil, mas a verdade é que se revela bastante mais expedita para a maioria das espécies do que muitas outras plantas aparentemente simples. Uma grande vantagem é que quase somente através dos caracteres da espigueta e da inflorescência se pode chegar à espécie, o que não surpreende, visto que a parte vegetativa destas plantas é muito idêntica em todas as espécies. A desvantagem é a dimensão reduzida de muitas das flores, que torna a identificação de certas espécies, como por exemplo, Agrostis tenerrima, um verdadeiro trabalho de ourives!

Alguns caracteres importantíssimos a ter em atenção são a dimensão e número de flores da espigueta, a eventual presença de dois tipos de espiguetas diferentes, a presença e o tipo de arista, o arranjo das várias espiguetas no conjunto da inflorescência e o tipo de inflorescência. A título de exemplo, uma gramínea cujas espiguetas são grandes, têm somente uma flor, com arista retorcida, e estão dispostas em “cacho” (panícula) pertence ao género Stipa, sem necessidade de olhar a outros caracteres.

Sua expressão nos ecossistemas.
Alguns ecossistemas são estruturados por gramíneas, como é o caso das estepes. Em Portugal não existem verdadeiras estepes, contudo, as gramíneas são importantes constituintes de diversos habitats, principalmente aqueles que se desenvolvem em locais soalheiros e abertos.
Nos prados calcários que ocupam algumas zonas do país, nomeadamente na região de Lisboa, domina uma gramínea – é Brachypodium phoenicoides, uma planta perene que forma densos tufos que por vezes coalescem num relvado contínuo. Estes prados são habitats riquíssimos do ponto de vista florístico e devem a sua estrutura sobretudo a esta planta, e, possivelmente, devem-lhe até a sua perenização pelo atractivo que B. phoenicoides representa para os herbívoros.

Um caso totalmente diferente é o que sucede nas dunas. Estas formações estão dependentes de duas espécies de gramíneas perenes que nelas se desenvolvem – Ammophila arenaria (estorno) e Elymus farctus. Ambas são imprescindíveis na fixação da areia trazida pelo vento da praia, e, se ausentes, a duna primária (aquela mais próxima do mar) colapsa, o que, ao longo do tempo, pode resultar na degradação de todo o complexo dunar, pois não existe outra espécie que substitua a A. arenaria nem o E. farctus nesta tarefa.

Como terceiro exemplo, refira-se de novo os caniçais. Este é um caso extremo em que o habitat é formado por uma única espécie, uma gramínea (Phragmites australis), sendo um habitat de inegável valor para a avifauna.

Espécies raras.
Embora seja uma ideia estranha para quem nunca pensou no assunto, existem diversas espécies de gramíneas bastante raras, algumas endémicas.
O género Festuca é especialmente propício à raridade. Compreende muitas espécies, todas perenes, habitando diversos habitats. Este género, por alguma razão desconhecida, possui muitas espécies que se restringiram muito no espaço geográfico que ocupam. Destacam-se aqui a Festuca henriquesii e a F. brigantina. Ambas são endémicas de locais muito restritos, a primeira da Serra da Estrela, a segunda de uma formação geológica muito especial existente em Trás-os-Montes, as serpentinas. Ambas estão em perigo de desaparecer, sobretudo F. brigantina, cujo principal factor de ameaça é a destruição do seu habitat pela urbanização, dado que alguns núcleos estão perigosamente perto da cidade de Bragança.

Pseudarrhenaterum pallens é uma outra espécie raríssima. Endémica de Portugal, surge apenas em algumas, poucas, zonas calcárias, principalmente na Serra da Arrábida, onde se encontra também ameaçada pelas actividades humanas. É uma planta perene de matos abertos e fendas de rochas, mas sempre escasseando.

Para finalizar, refira-se Avenula hackelii, endémica da costa sudoeste, onde ocorre em substratos arenosos em populações fragmentadas. Embora ainda não esteja propriamente em vias de se extinguir, encontra-se sob a ameaça severa de pressões urbanísticas e em nítida regressão.

Várias outras gramíneas são muito raras; aqui mencionaram-se apenas algumas das endémicas e em risco. Porém, outras há que, não sendo endémicas, são de ocorrência muito pontual no território nacional. Entre elas refere-se aqui Stipa offneri, um exemplo típico pois apesar de ter uma distribuição generalizada no oeste do Mediterrâneo, o seu habitat preferencial é restrito, limitando-se a fendas de rochas calcárias, por vezes em montanha, e ocorrendo, em Portugal, apenas num local – algumas encostas marítimas da Serra da Arrábida.

Obviamente que todos estes nomes não dizem nada. Por isso convido o leitor a dar um passeio pelo campo, em fins de Maio, talvez munido de uma lupa de bolso, para observar a diversidade de plantas que há neste grupo; reparar no quão diferentes, afinal, elas são, quando olhamos atentamente e quiçá aperceber-se dos pequenos indícios ecológicos que se escondem por detrás da distribuição espacial de cada espécie. Para quem aceita o desafio de identificar uma gramínea (e porque não?), aconselho a consulta de Romero Zarco (1990).

Miguel Porto

Flora - Compostas

Quem não conhece essas flores tão tradicionais a que chamamos malmequeres? Mas a quantas plantas diferentes é que chamamos este nome? Conheça um pouco mais desta vasta família tão comum e tão numerosa como, muitas vezes, confusa.

Malmequeres, dálias, crisântemos, margaridas, perpétuas, gerberas, e tantos outros nomes familiares… todos pertencem à grande família das Compostas (tecnicamente Asteraceae ou Compositae). Desde a infância mais distante que usamos uma composta como estereótipo da flor, resumindo-a a um disco central circular e um número indefinido de pétalas na periferia. Estas duas características levam-nos imediatamente a identificar o que pensamos ser uma flor. Na realidade, este estereótipo é uma caricatura daquilo que mais único existe nesta família – a forma como muitas flores se uniram, tão bem que muitas vezes julgamos ser uma flor aquilo que na realidade é uma inflorescência.

Esta é a família de dicotiledóneas que mais espécies compreende, cerca de 23000 em 1500 géneros. Como seria de esperar por estes números, os seus representantes existem em todo o mundo e estamos constantemente a cruzarmo-nos com eles. Claro que nem todos são vistosos como aquelas ornamentais; muitas espécies são até bastante inconspícuas, porém há uma certa exuberância associada a esta família, que podemos testemunhar ao perscrutar os vários habitats de Portugal.

A região mediterrânica é um dos centros de diversificação da família e apresenta assim muitas espécies. Algumas tribos (subdivisão da família) e géneros evoluíram nesta região, tendo originado muitas espécies endémicas de locais mais ou menos restritos. O género Centaurea, com quase 500 espécies, é exemplo de um género principalmente centrado na região mediterrânica, tendo 26 espécies nativas do nosso país, das quais 5 são endémicas de algumas regiões, número que já inclui a muito recentemente descoberta Centaurea occasus, endémica de uma pequena área no Algarve.

Muitas espécies de compostas são cultivadas nos jardins, sendo uma boa parte destas originária de África do Sul, uma outra região também pródiga nesta família, onde a exuberância das flores ainda é mais exagerada.

A maioria das espécies da família consiste em ervas, por vezes lenhosas. No entanto, podem ser arbustos, lianas (como alguns Senecio sul-africanos cultivados nos nossos jardins) e até árvores, como é o caso dos géneros Montanoa, do México, Brachylaena, de África, e outros.

Em Portugal continental pode-se afirmar que são quase todas ervas, frequentemente anuais, ocorrendo algumas espécies de porte subarbustivo ou arbustivo, como as perpétuas-das-areias (Helichrysum spp.) facilmente observáveis em dunas bem conservadas, estevais e outros matos; e a Stahelina dubia, das encostas calcárias muito quentes e secas.

O que faz as compostas tão especiais?
Como já foi ligeiramente abordado, as compostas têm um arranjo floral distintivo, quase único, e que é o elo comum a todas as espécies desta família – o capítulo. O capítulo é um tipo de inflorescência que se caracteriza, em linhas gerais, por apresentar muitas flores reduzidas agrupadas de uma forma muito compacta directamente sobre um disco (receptáculo). As flores periféricas deste disco frequentemente apresentam um prolongamento unilateral (lígula), o que, no conjunto, dá o aspecto semelhante a uma flor “normal”. Dado que o número de flores na periferia é variável, o número de “pétalas” (lígulas) também o é, o que muito raramente acontece em outras famílias.

Toda esta estrutura está envolvida por brácteas (folhas modificadas com função de protecção) que aqui exercem uma função análoga às sépalas das flores “normais”.

Esquema geral de um capítulo, em dois estádios do desenvolvimento – em flor (na ântese) e aquando da maturação dos frutos. O esquema foi inspirado nas características de várias espécies, para mostrar um pouco da variação que pode haver. As flores e frutos foram desenhados afastados para melhor compreensão; na realidade, estes encontram-se dispostos de forma compacta.
O capítulo, então, assemelha-se em forma e função a uma só flor, no entanto, é constituído por um agregado de inúmeras pequenas flores, em que geralmente as externas se tornam vistosas pelo desenvolvimento da lígula, e as internas são pequenas e pouco vistosas. Esta estratégia, que basicamente é uma divisão de tarefas, reduz o investimento necessário para a atracção dos polinizadores, pois apenas uma pequena porção das flores é que produz uma “pétala”, beneficiando todas as outras desse esforço. Muitas plantas usam estratégias deste tipo, desde a mais simples que consiste simplesmente em agrupar as flores em conjuntos – chamados inflorescências – até às mais complexas como é o caso das compostas, que a levaram ao extremo da especialização. Na família distante das crucíferas (Brassicaceae), as plantas do género Iberis são um exemplo de uma forma menos especializada de atingir o mesmo objectivo com uma estratégia similar às compostas – as flores periféricas da inflorescência têm as suas duas pétalas exteriores marcadamente mais desenvolvidas que as restantes, porém, não havendo uma diferenciação morfológica muito abrupta entre as flores periféricas e as centrais.

Nem todas as espécies das compostas apresentam os capítulos como acima descritos. Uma das tribos tipicamente apresenta todas as flores do capítulo com lígulas, e não só as externas – é o caso dos dentes-de-leão (Taraxacum spp., Leontodon spp.). Um outro grupo não apresenta de todo flores liguladas – caso de muitos cardos, por exemplo (Carduus spp., Cirsium spp.). Um único caso em Portugal tem capítulos com uma só flor – uma espécie particular de cardo (Echinops strigosus).

De resto, as compostas, como provavelmente já se deu a entender, são plantas muito variáveis e por isso, por vezes, podem ser identificadas observando apenas caracteres vegetativos – forma das folhas, sua disposição, hábito da planta, indumento (tipo e densidade de pêlos) … – o que requer alguma experiência, pois é uma família muito numerosa.

Os capítulos não são, porém, exclusivos desta família. Mesmo em Portugal podemos encontrar casos de outras famílias que podem usar este tipo de inflorescência. Nas umbelíferas (Apiaceae), por exemplo, o género Eryngium ao qual pertence o vulgar cardo-rolador das dunas marítimas, apresenta as flores reunidas em capítulo. A família Dipsacaceae, cujo membro mais conhecido é o cardo-penteador (Dipsacus comosus) idem. Claro que existem diferenças ao nível da estrutura das flores que mostram que estas plantas não são compostas, mas tal já não será abordado aqui.

Um outro aspecto particular desta família é o tipo de fruto que produz. Todas as espécies, com única excepção do género sul-africano Chrysanthemoides com apenas duas espécies, produzem um fruto seco com uma só semente, designado por cipsela. Este fruto é disperso muito usualmente pelo vento, ou por animais através da ajuda do papilho – uma estrutura derivada das sépalas que geralmente consiste numa coroa de pêlos que se insere numa das extremidades do fruto (observe-se o fruto do dente-de-leão). Mais uma vez, o papilho não é exclusivo das compostas; pode também ser encontrado nas valerianas (Valerianaceae) uma estrutura de origem, forma e função quase idênticas.

As compostas têm uma grande diversidade de espécies. Devido a tal, a família tem sido dividida em tribos, que agrupam as espécies de acordo com algumas características que provaram ser suficientemente constantes ao longo dos géneros de uma tribo, mas suficientemente distintas entre tribos. As tribos correspondem, no geral, aos “tipos” de compostas que facilmente reconhecemos empiricamente, por isso optou-se aqui por falar um pouco das espécies portuguesas sob esta perspectiva.

Entre as compostas que mais facilmente se podem ver no campo estão diversas espécies afins dos malmequeres – tribo Anthemideae – sendo também as compostas cuja aparência é mais típica. Morfologicamente caracterizam-se por terem as flores periféricas liguladas (geralmente brancas) e as centrais não liguladas, (amarelas) e por nunca terem o papilho composto por pêlos (pode estar ausente ou ser composto de pequenas escamas). Podem enumerar-se Anacyclus clavatus, Chamaemelum mixtum, Chrysanthemum coronarium e Anthemis arvensis, como as mais frequentes, mas muito mais espécies com flores similares e difíceis de distinguir existem. Estas plantas são habitantes usuais das searas, pastagens, prados e montados. Chrysanthemum coronarium é uma das poucas espécies que se identificam prontamente devido às suas pétalas geralmente bicolores.

Crisântemo (Chrysanthemum coronarium), uma composta anual frequente em pastagens e montados.
Algumas outras espécies, também desta tribo, similares a estas mas de flores totalmente amarelas são igualmente frequentes, como é o caso de Coleostephus myconis, Chrysanthemum segetum e Anacyclus radiatus, entre outras também típicas dos mesmos habitats.

As margaridas (espécies do género Bellis) são também frequentes, nomeadamente a Bellis perennis que habita quase sempre nos relvados das cidades. Pertencem a uma tribo semelhante à anterior (Astereae) da qual se diferenciam por características mais minuciosas.

Um outro tipo muito comum de compostas é o grupo a que pertence o dente-de-leão – tribo Lactuceae. São plantas com flores todas liguladas, amarelas ou azuis, e que quando feridas exsudam um látex branco. O exemplo mais comum é a alface (Lactuca sativa), mas muitas outras povoam os campos e mesmo os jardins das cidades. O taráxaco, ou dente-de-leão (Taraxacum officinalis), a chicória (Cichorium intybus) e a serralha (Sonchus oleraceus) são três que se podem encontrar com muita frequência nas cidades, as duas primeiras nos relvados. A chicória, com as suas flores azuis no Verão, é inconfundível. Fora das cidades, em sítios secos mais naturais, realçam-se apenas os géneros Leontodon (L. longirrostris), Reichardia, Hypochaeris (H. glabra) e Crepis (C. vesicaria), todas de flores amarelas similares às do dente-de-leão; por serem muito frequentes. A sua distinção, bem como a das espécies de cada género, requer uma análise mais cuidada da planta em causa.

Tragopogon hybridus, uma composta da tribo Lactuceae mais ou menos frequente em pousios secos.
As plantas geralmente designadas por cardos também pertencem, na maioria, a uma tribo própria – Cardueae – embora nem todos os seus representantes sejam espinhosos. As características mais marcantes desta tribo são a ausência de flores liguladas que são substituídas por flores tubulosas, as quais são sempre, nesta tribo, bastante compridas. A maioria das plantas desta tribo é, de facto, espinhosa, pelo menos no capítulo. Os exemplos mais frequentes habitam pastagens e matos abertos – as alcachofras (Cynara spp., sendo a mais frequente C. humilis e onde se inclui também o cardo do queijo, C. cardunculus), Carduus tenuiflorus, Galactites tomentosa, Atractylis gummifera e Carlina corymbosa – mas existem várias espécies e géneros similares às referidas, pelo que a sua identificação não é tão directa. Outras espécies preferem sítios menos secos, como o cardo-mariano (Sylibum marianum) e as espécies do género Cirsium em geral. O género já referido Centaurea pertence a esta tribo e tem bastantes espécies no nosso país, sendo a mais comum C. pullata, em pastagens.

Cardo-coroado (Atractylis cancellata), um pequeno cardo anual, infrequente, habitante de zonas pedregosas secas e quentes.
Ainda que existam mais tribos em Portugal, refere-se por fim a tribo Gnaphalieae, que inclui plantas de aspecto cinzento-azulado devido aos densos pêlos lanosos com que se cobrem, e cujas flores são muito pequenas e inconspícuas, todas não liguladas. As perpétuas-das-areias (Helichrysum italicum e H. stoechas), bem como o alecrim-das-paredes (Phagnalon saxatile) são as plantas mais “visíveis” desta tribo, sendo pequenos arbustos de zonas rochosas ou arenosas e até dunas, no caso de Helichrysum. No entanto, existem várias espécies anuais bastante pequenas que habitam pastagens e matos abertos, e que é necessário alguma atenção para as ver. Pertencem aos géneros Logfia, Filago e Evax e todas elas apresentam o característico aspecto cinzento-azulado, tal como as anteriores.

As compostas são uma família rica em endemismos nacionais, bem como em espécies raras, sendo alguns géneros mais propícios a este tipo de fenómenos, como Serratula e Centaurea. No entanto, as maiores raridades estão dispersas por vários géneros. É difícil quantificar ou mesmo qualificar quais são as espécies mais raras, precisamente porque raramente são vistas e pouco se sabe sobre elas. Aqui referem-se algumas que reconhecidamente cabem nesta categoria, mas muitas outras haverá.

Nos calcários a norte do Tejo surge uma planta estranha, de grandes e vistosas flores amarelas, à qual foi atribuída uma subespécie própria – Senecio doronicum subsp. lusitanicus. A subespécie irmã S. doronicum subsp. doronicum, que não existe em Portugal, é uma planta alpina que habita nas montanhas da Europa em geral, nomeadamente nos Alpes. No entanto, apesar de em Portugal as serras calcárias não chegarem aos 700 m de altitude, esta planta está cá e é apenas ligeiramente diferente da sua congénere, pelo que se considera apenas como subespécie, neste caso endémica. A sua ocorrência é francamente pontual, principalmente na região a norte de Lisboa, e geralmente nas cumeadas mais altas e expostas. Embora apareça em núcleos com um razoável número de indivíduos, é muito rara no global, e pode-se considerar que esteja em perigo de se extinguir.

Na mesma onda de pensamento, há uma outra espécie tão ou mais rara que a anterior, igualmente alpina mas que não especiou em Portugal, sendo a mesma que actualmente se encontra nas montanhas da Europa – Inula montana. A ocorrência em Portugal limita-se a alguns núcleos muito pequenos na área do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, bem como alguns núcleos em Trás-os-Montes, estando, no geral, em vias de desaparecer do nosso país.

Senecio doronicum subsp. lusitanicus, uma composta raríssima que ocorre em alguns cabeços calcários.
Esquecendo as espécies de montanha, que foram aqui apenas ligeiramente abordadas, temos também outro tipo de raridades. Leuzea longifolia é um endemismo português considerado em perigo de extinção, e é uma das plantas mais raras de Portugal. Ecologicamente tem preferências por um habitat que está praticamente todo convertido em eucaliptal na região geográfica que a espécie ocupa, sobrevivendo ainda nalguns locais muito pontuais, todos na região de Leiria e um pouco mais a sul. Tal como I. montana, conhecem-se apenas alguns núcleos desta planta, geograficamente afastados, portanto, isolados biologicamente. Cada núcleo é composto por um número muito reduzido de indivíduos, o que, a juntar ao isolamento e à perturbação a que o homem os sujeita, contribui decisivamente para a vulnerabilidade desta planta.

Inula montana, uma composta também raríssima ecologicamente semelhante a S. doronicum.
No sudoeste de Portugal ocorre um outro endemismo desta região. Subindo desde as costas xistosas às serras, encontra-se Centaurea vicentina. É uma planta robusta que vive nos matos baixos em solos secos e pedregosos e que, comparada com as anteriores, nem se pode considerar muito rara. Porém, é de facto um endemismo restrito à vertente costeira das serras, não as passando para o interior, e grande parte da sua área de ocorrência está ocupada com eucalipto. A biologia da espécie, que prefere habitats com alguma perturbação (não é uma espécie de floresta) e o seu estado populacional, que inclui centros de grande abundância, são factores que estão em seu favor.

Leuzea longifolia, um endemismo português raríssimo, em perigo de extinção, que habita matos higrofílicos sobre solos ácidos.
Todavia, talvez uma das mais raras e extraordinárias compostas seja Volutaria crupinoides. Não é de todo endémica, pelo contrário, é a sua distribuição geográfica global bizarra que justifica o seu interesse, para além de ser raríssima em Portugal. É uma planta anual nativa do médio oriente, que habita em afloramentos rochosos das áreas desérticas. Na Europa não terá encontrado nenhum local propício para se estabelecer, mas inesperadamente surge nas arribas da Serra da Arrábida, numa população totalmente isolada. De facto, não é a única planta de climas desérticos que ali está, e talvez não seja a mais fantástica, mas é provavelmente a mais tímida.

Miguel Porto

Árvores das florestas nubladas bebem água pelas folhas


Muitas das árvores das florestas tropicais montanhosas sobrevivem recorrendo a água retida pelas folhas a partir das nuvens, quando a água nos solos escasseia.

As árvores nas florestas tropicais de montanha, florestas nubladas, consomem água não só pelas raízes como directamente pelas folhas, verificaram os investigadores da Universidade da Califórnia. 

Este mecanismo é uma estratégia de sobrevivência essencial das árvores neste meios com nevoeiro. Caso as árvores tivessem apenas acesso à água dos solos pelas suas raízes teriam o seu desenvolvimento comprometido, ou seja, sem o nevoeiro as montanhas tropicais seriam zonas secas e a água nos solos seria por diversas vezes insuficiente para estas árvores subsistirem. 

Os investigadores alertam para o facto de que as alterações climáticas estão a provocar a diminuição de nevoeiro e a ameaçar este raro e já ameaçado ecossistema das montanhas tropicais. A diminuição do coberto de nuvens nestas zonas foi já correlacionado com o desaparecimento de espécies animais destes ecossistemas, como é o caso de espécies de sapos e de salamandras.

Nestas florestas, as folhas das árvores estão constantemente banhadas pelas nuvens, ficando húmidas. As árvores mais comuns destas florestas consomem essa água das folhas quando a água dos solos é insuficiente. Muitas florestas nubladas enfrentam uma estação seca, altura em que a principal fonte de água passa a ser a humidade retida nas folhas a partir das nuvens. Esta capacidade de consumo de água varia com a espécie, no entanto, são as árvores que têm mais capacidade para consumir água pelas folhas, que são mais vulneráveis à diminuição do coberto de nuvens.

Fonte: Nuno Leitão/ScienceDaily

Dados genéticos do fungo dos freixos foram publicados



Os primeiros dados genéticos do fungo mortífero que ameaça os freixos na Europa foram disponibilidades on-line e abertos à análise da comunidade científica internacional. 

O fungo (Chalara fraxinea) mortífero para os freixos e que atualmente ameaça uma grande parte das árvores do Reino Unido, tem agora parte do RNA sequenciado, revelando informação sobre a propagação da doença que provoca.

Trata-se dos primeiros dados genéticos deste fungo e foram publicados on-line por investigadores britânicos, como forma de cativar apoio da comunidade científica internacional na análise dos dados preliminares.

O objectivo essencial a longo prazo é determinar como é a doença provocada pelo fungo e qual a sua origem no Mundo. No entanto, estes primeiros dados genéticos, obtidos em semanas, permitem já clarificar alguns pontos de interesse e representam o primeiro passo para identificar os mecanismos de produção da doença. A abordagem é idêntica à utilizada no caso do surto de E. coli, no ano passado, que permitiu os investigadores identificar a origem na Alemanha e a propagação da infecção.

O RNA do fungo analisado é obtido a partir dos galhos das árvores afectadas pela doença e que aparece misturado com o RNA da planta. 

A doença foi originalmente observada em 1992, na Polónia, e desde essa altura propagou-se por diversos países europeus, tendo sido confirmada no Reino Unido em 2012.

Fonte: Nuno Leitão/BBC

Ave australiana canta aos ovos para avisar que está calor



Desenvolvimento do mandarim é influenciado pelo canto dos progenitores. Descoberta mostra que há espécies que podem adaptar-se melhor às alterações climáticas.

É uma surpresa no mundo animal. Uma ave australiana consegue activamente influenciar o desenvolvimento da sua descendência quando os embriões ainda estão nos ovos. Nos dias mais quentes, os progenitores da espécie mandarim (Taeniopygia guttata) têm um canto especial para os seus ovos. Isso faz com que os pintos, depois de saírem dos ovos, cresçam menos do que outros indivíduos da espécie que não ouviram o canto especial, mostra um estudo publicado na revista científica Science.

Estudos feitos no passado mostravam que os embriões dentro dos ovos conseguiam ouvir e até emitir sons. Este tipo de comunicação tem importância na vida das aves. Segundo o artigo: “Já se tinha descoberto que a comunicação acústica pré-natal pode influenciar a sincronização da altura em que os pintos saem do ovo e permitir aos embriões pedirem aos progenitores para incubarem os ovos.”

Mas esta capacidade dos mandarins tinha passado despercebida até agora. Estas aves vivem em habitats secos na Austrália. Uma das suas características comportamentais é produzirem ninhadas quando há bom tempo, independentemente das estações do ano.

Mylene Mariette, co-autora do artigo com Katherine Buchanan, ambas do Centro de Ecologia Integrativa da Universidade de Deakin em Waurn Ponds, na Austrália, foi quem identificou a existência destes cantos especiais, que tanto as fêmeas como os machos fazem quando o parceiro ou a parceira está longe do ninho.

A curiosidade levou Mylene Mariette a tentar descobrir a razão destes cantos. A investigadora verificou que os cantos só se davam nos últimos cinco dias do desenvolvimento dos embriões dentro dos ovos e apenas quando a temperatura máxima desse dia ultrapassava os 26 graus Celsius.

Para tentar compreender o efeito destes cantos, a equipa fez uma série de experiências em ambiente controlado. Na primeira, as investigadoras submeteram um grupo de ovos de mandarim, nos últimos cinco dias de desenvolvimento, aos cantos descobertos por Mylene Mariette que entretanto foram gravados. Um segundo grupo de ovos foi submetido às mesmas condições de humidade e temperatura, mas com os cantos normais.

Ao nascerem, os pintainhos de ambos os grupos tinham o mesmo tamanho normal. Mas passados alguns dias, as investigadoras mediram os pintainhos e verificaram que os que tinham sido submetidos ao canto especial eram mais pequenos. “Isto significa que o ambiente acústico antes do nascimento tem um impacto maior do que pensávamos”, sublinha Mylene Mariette, citada numa notícia da BBC News.

A equipa pensa que o corpo menor é uma resposta a um clima mais quente. “Com um corpo mais pequeno, os mandarins perdem calor mais facilmente”, explica Mylene Mariette, citada numa notícia da Science. Além disso, as cientistas colocam a hipótese de que um corpo mais pequeno evita reacções celulares com efeitos negativos que são mais frequentes quando a temperatura ambiente é maior.

Mas as mudanças desta população não se ficam por aqui. As aves submetidas aos cantos especiais têm tendência a fazer o ninho num ambiente mais quente do que o outro grupo. Além disso, quando submetidas a temperaturas maiores, elas põem mais ovos do que as aves maiores que não ouviram o canto a anunciar mais calor. Por outro lado, em ambientes mais frios, são as aves maiores que põem mais ovos.

Este tipo de controlo no desenvolvimento dos pintos, que tem influência no próprio comportamento quando são adultos, pode ser importante num mundo cada vez mais quente devido às alterações climáticas.

“Não quer dizer que estas aves vão ser capazes de se reproduzirem a temperaturas extremas”, avisa Mylene Mariette, citada pela BBC News. “Mas o que é encorajador é que é uma estratégia que os pássaros usam para ajustar o crescimento da sua descendência à temperatura do ambiente.”

Informação retirada daqui

Taxa de mortalidade das árvores anciãs está a aumentar


As árvores com 100-300 anos de idade estão a morrer mais depressa num fenómeno global, em todas as latitudes e diferentes tipos de ecossistemas.

Estão a ser verificados aumentos alarmantes, por todo o Mundo, na taxa de mortalidade nas árvores com 100-300 anos de idade. São os maiores organismos vivos, as grandes e velhas árvores, responsáveis por albergar inúmeras aves e muita outra vida silvestre, que estão a morrer. 

O alerta foi publicado na Science e verifica o incremento na taxa de mortalidade das árvores anciãs em muitas das florestas do planeta, savanas, áreas agrícolas ou mesmo cidades. É um problema global e está a ocorrer em todo o tipo de ecossistemas.

As árvores anciãs são elementos fundamentais de muitos ambientes naturais e humanizados, mas as suas populações estão a morrer mais rapidamente. Os investigadores alertam para a necessidade de investigação para apurar as causas por trás deste fenómeno, para adopção de estratégias de gestão, alteração de políticas, perante o risco destas árvores desaparecerem dos ecossistemas levando à perda dos biota associados e à perda das suas funções nos ecossistemas.

Os dados analisados remontam até aos anos de 1860. O estudo permitiu concluir, por exemplo, que as árvores anciãs nas florestas da Austrália, estão a morrer em massa e a uma taxa dez vezes superior a uma taxa normal. Aparentemente, nestas florestas, tal está a acontecer devido ao uma maior vulnerabilidade perante os incêndios em consequência da seca, elevadas temperaturas, à exploração florestal entre outras causas. Mas esta tendência repete-se por muitas outras zonas do planeta e em todas as latitudes.

Fonte: Nuno Leitão/ScienceDaily

Postal Antigo - Reprodução de Arte - Faina da Xávega - Costa Nova do Prado - Ílhavo - Óleo sobre Madeira - 1984 - Original de Cândido Teles


Postal Antigo - Reprodução de Arte - Gafanha da Nazaré, Ílhavo - Aguarela 1984 (75x56) - Paulo Ossião


Postal Antigo - Reprodução de Arte - Marinhas de Sal - Esteiro - Aveiro - Óleo sobre Madeira - 1985 - Original de Cândido Teles


Postal Antigo - Reprodução de Arte - Arouca (Portugal) - Adoração dos Pastores - Tela atribuída a Bento Coelho da Silveira (séc. XVIII)


Postal Antigo - Reprodução de Arte - Bairro Piscatório - Óleo sobre Madeira de 1981 - Cândido Teles


EFA - STC - NG7 - DR1 - Ficha de Trabalho - O Elemento - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - STC - DR1 - Ficha de Trabalho - Equipamentos Domésticos - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA -STC - NG2 - DR1 - Ficha de Trabalho - Consumo e Eficiência Energética - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - STC - NG7 - DR3 - Ficha de Trabalho - Ciência e Controvérsias Públicas - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - STC - DR3 - Ficha de Trabalho - Recursos Naturais - Sociedade, Tecnologia e Ciência

UFCD - 0194 - Decoração de espaços interiores e exteriores

0194 - Decoração de espaços interiores e exteriores
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Decoração de espaços interiores e exteriores
Código:
0194
Carga Horária:
50 horas
Pontos de crédito:
4,50
Objetivos

  • Definir e caracterizar espaços interiores e exteriores para decoração com plantas ornamentais.
  • Efectuar a decoração de espaços interiores e exteriores com plantas ornamentais.
Recursos Didáticos

Conteúdos

  • Arte floral – definição de espaços
    • Definição e caracterização de espaços em relação à época e estilo arquitectónico
    • Definição e caracterização do espaço
      • - Noções de volumetria
    • Técnicas de definição dos estilos de decoração em função do espaço
    • Definição de recipientes ao estilo das características do espaço
    • Técnicas para adaptação de plantas em espaços interiores e exteriores
      • - A drenagem
      • - Os solos adequados
      • - A camada superficial
      • - Os suportes
      • - Os cuidados de manutenção
    • Definição de contraste entre plantas
      • - Forma
      • - Textura
      • - Cor
      • - Proporções/Escalas
    • Harmonia de conjuntos
      • - Simétricos
      • - Assimétricos
    • Unidades de superfície (revisão da matéria)
    • Precauções no trabalho em espaços interiores e exteriores
  • Arte floral – decoração de espaços
    • Técnicas de realização de composições decorativas em recipientes
      • - Composição em recipientes de vidro
      • - Composição em floreiras
      • - Composição em taças
      • - Composição em troncos
      • - Composição em suportes
    • As decorações em espaços interiores de luz solar (com iluminação natural)
    • As decorações em espaços exteriores
    • As plantas mais adequadas a cada espaço
    • A manutenção das plantas em espaços interiores e exteriores
Referenciais de Formação

215008 - Florista
Histórico de Alterações

(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Manual - Dicionário da Linguagem das Flores


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Manual - Micropropagação ou Multiplicação Vegetativa "In Vitro"

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Ficha Informativa - Reino Animalia - Tabelas Organizadoras



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Manual - Exposição aos Produtos Fitofarmacêuticos do Operador de Material de Aplicação


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Manual - Plantas que Curam


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Manual - Plantas Ornamentais Utilizadas em Paisagismo


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EFA - STC - DR2 - Ficha de Trabalho - Equipamentos Profissionais - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - STC - DR1 - Ficha de Trabalho - Consumo e Eficiência Energética - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - NG3 - DR2 - Ficha de Trabalho - Riscos e Comportamentos Saudáveis - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - STC - NG1 - DR3 - Ficha de Trabalho - Utilizadores, Consumidores e Reclamações - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - STC - DR2 - Ficha de Trabalho - Resíduos e Reciclagens - Sociedade, Tecnologia e Ciência

Postal Antigo - Reprodução de Arte - Canal Central - Aguarela de 1983 de Ortiz Alfau


Postal Antigo - Reprodução de Arte - Arouca - Beata Mafalda com as insígnias


Postal Antigo - Reprodução de Arte - Arouca (Portugal) - S.Tomé - Tábua pintada de Diogo Teixeira (séc. XVI)