sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Resumo - La Seconde Guerre Mondiale


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Vídeo - Minuto 17 - Pode a Igreja perdoar realmente os pecados?

Vídeo - Minuto 18 - Por que motivo foi condenado à morte de cruz um homem de paz como Jesus

Vídeo - Minuto 19 - Existem provas da ressurreição de Jesus?

Vídeo - Episódio 13 - "Que missão têm os bispos?"

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Vídeo - Episódio 15 - "O que é o purgatório?"

Vídeo - Episódio 16 - A oração é um monólogo?

EFA - STC - NG6 - DR1 - Ficha de Trabalho nº2 - Construção e Arquitectura - Sociedade, Tecnologia e Ciência


EFA - STC - NG6 - DR1 - Ficha de Trabalho nº3 - Construção e Arquitectura - Sociedade, Tecnologia e Ciência

EFA - STC - NG6 - DR1 - Ficha de Trabalho nº4 - Construção e Arquitectura - Sociedade, Tecnologia e Ciência

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EFA - STC - NG6 - DR1 - Ficha de Trabalho nº7 - Construção e Arquitectura - Sociedade, Tecnologia e Ciência



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O Corpo humano-translúcido


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Conteúdo - Artrite Reumatoide

O que é a artrite reumatoide?
A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença reumática inflamatória, de causa desconhecida e de evolução crónica, que envolve primariamente as articulações. Nos casos clínicos típicos manifesta-se sobre a forma de uma poliartrite (definida pelo envolvimento de três ou mais articulações), bilateral (afecta articulações nos dois lados do corpo), simétrica (afecta as mesmas articulações dos dois lados do corpo), progressiva, destrutiva e deformante.

Esta evolução culmina, após 10 a 20 anos de evolução da doença, em particular nos doentes com resposta parcial aos tratamentos instituídos, em algum grau de incapacidade motora.

Em Portugal, a artrite reumatoide é a doença reumática inflamatória mais prevalente, afectando cerca de 0,3 a 0,4% da população portuguesa.

O que causa a artrite reumatoide?
A causa da artrite reumatoide é desconhecida, estando contudo identificados vários factores de risco, como as infecções, a genética e alterações hormonais.

Trata-se de uma doença auto-imune, o que significa que as defesas do organismo atacam os seus próprios tecidos.

A artrite reumatoide pode ocorrer em qualquer idade mas é mais comum na meia-idade. O sexo do indivíduo afecta a susceptibilidade para a doença, de tal forma que esta é cerca de 2 a 3 vezes mais frequente na mulher.

Como se manifesta a artrite reumatoide?
A apresentação clínica da AR é variável, com um início da doença de forma aguda ou lenta, ou entre estes dois extremos, de forma subaguda. 

O início lento ou gradual é mais frequente (cerca de 2/3 dos casos), enquanto um início agudo é menos comum. A AR tem início predominantemente como uma doença articular, com uma ou várias articulações afectadas, mais frequentemente as pequenas articulações das mãos e dos pés, de forma bilateral e simétrica, podendo, no entanto, manifestar-se de início como uma doença extra-articular ou com uma apresentação não articular, ou ainda com uma apresentação predominantemente geral, com dores articulares inflamatórias ou dores musculares difusas.

O quadro articular acompanha-se frequentemente, desde o início da doença, de manifestações extra-articulares, como fadiga, anorexia, perda de peso e febre baixa.

Noutros casos, pode ocorrer fadiga isolada ou dor difusa não específica, acompanhada de outras manifestações extra-articulares, como doença pulmonar, durante meses antes do surgimento do quadro de poliartrite.

Como se diagnostica a artrite reumatoide?
O diagnóstico da artrite reumatoide evoluída é realizado pelo Reumatologista e outros clínicos com experiência na observação destes doentes, de forma imediata e “à entrada do consultório”, a partir de uma rápida observação das mãos, que apresentam deformações articulares típicas.

De facto, as mãos de um doente reumático oferecem tanta informação em relação à sua doença que podem ser consideradas o seu cartão-de-visita.

Constituem, no entanto, verdadeiros desafios diagnósticos as formas precoces e iniciais da doença e as formas atípicas. Uma vez que não existe um único teste clínico, radiológico ou serológico que permita o diagnóstico de certeza de AR, este é realizado a partir da conjugação da clínica (sinais e sintomas e sinais característicos), bem como de dados laboratoriais e radiológicos. Em alguns doentes todos os testes podem estar normais.

Como se trata a artrite reumatoide?
A AR exige tratamento ao longo de toda a vida, nele se incluindo o uso de medicamentos, fisioterapia, exercício e cirurgia. Importa igualmente avaliar a presença de alergias alimentares e procurar obter uma dieta equilibrada, rica em ácidos ómega-3.

Dentro dos medicamentos, existem diversas classes que podem ser utilizadas em função do estado clínico de cada doente.

Quanto mais precoce for o tratamento da artrite reumatoide mais se conseguirá retardar a destruição articular.

Fontes:
National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine
Medscape Reference (http://emedicine.medscape.com)
Sociedade Portuguesa de Reumatologia

Conteúdo - Artrite Inflamatória

A artrite corresponde a um processo inflamatório articular que se caracteriza pela presença de derrame articular e/ou dor à movimentação, calor, vermelhidão e limitação funcional.

De um modo geral, os sinais e sintomas das artrites duram até seis semanas. As artrites podem afectar apenas uma articulação (monoartrite), menos do que cinco articulações (oligoartrite) ou mais do que 5 articulações (poliartrite).

As artrites inflamatórias fazem parte de um conjunto de doenças que afectam o sistema imune e, por isso, os sistemas de defesa do corpo atacam os tecidos do próprio organismo em vez de atacarem microrganismos ou substâncias externas. Estas doenças são conhecidas como doenças auto-imunes.

Artrite inflamatória
As artrites inflamatórias mais comuns são a artrite reumatóide, a espondilite anquilosante e a artrite associada à psoríase.

Estas doenças podem ocorrer em qualquer idade e tendem a afectar outras partes do corpo. Podem afectar homens, mulheres e crianças em qualquer idade. Contudo, no caso da artrite reumatóide, 75% dos pacientes afectados são do género feminino e ocorre mais frequentemente entre ao 25 e os 50 anos. O lúpus eritematoso sistémico é igualmente mais comum no género feminino. Por outro lado, a artrite psoriásica e a espondilite anquilosante são mais frequentes em populações mais jovens.

As artrites inflamatórias não são curáveis mas o seu prognóstico tem vindo a melhorar nos últimos 20-30 anos. Existem novos tratamentos que são iniciados mais cedo, assim reduzindo a lesão articular, a necessidade de cirurgia e o número de complicações.

É importante não confundir as artrites inflamatórias com a osteoartrose, que corresponde a um processo degenerativo que ocorre quando se verifica desgaste das cartilagens e/ou ligamentos. Quando essas estruturas estão lesadas, os músculos que as rodeiam contraem-se para proteger a articulação. Quando esse mecanismo não é eficaz, o osso em torno da articulação cresce formando esporões que tentam estabilizar a articulação.

No caso das artrites inflamatórias, os desafios colocados aos doentes são de ordem física (dor, incapacidade, fadiga, lesão de articulações e órgãos) e emocional (depressão, frustração, ansiedade).

Quais as causas das artrites inflamatórias?
De um modo geral, a causa das artrites inflamatórias é desconhecida, pensando-se que na sua origem estão factores de ordem inflamatória ou auto-imune.

O papel da genética ainda não está bem esclarecido.

Quando ocorre o processo inflamatório, são libertadas substâncias químicas que vão afectar diversos tecidos. Essa libertação tende aumentar o fluxo sanguíneo na zona afectada, podendo causar calor e vermelhidão. O inchaço associado pode estimular alguns nervos causando dor.

Como se manifestam as artrites inflamatórias?
Muitas pessoas com artrite inflamatória não apresentam quaisquer sinais de doença.
O aumento do fluxo sanguíneo e a libertação de substâncias químicas atraem glóbulos brancos para o local da inflamação. Estes fenómenos causam irritação, desgaste articular e inchaço.

Os sintomas mais comuns das artrites inflamatórias são vermelhidão, inchaço das articulações que ficam dolorosas e sensíveis ao toque, dor articular, rigidez articular e perda de função das articulações envolvidas.
Sendo uma doença geral, pode ocorrer febre, calafrios, fadiga e perda de energia, cefaleias, perda de apetite e rigidez muscular.

Se a inflamação afectar outros órgãos, os sintomas poderão variar. Se ocorrer inflamação do miocárdio, ocorrerá dor torácica ou retenção de líquidos, se a inflamação envolver a árvore brônquica ocorrerá dificuldade respiratória, se afectar os rins poderá surgir hipertensão ou insuficiência renal, no caso do sistema visual ocorrerá dor e diminuição da visão, se comprometer os músculos provoca dor e fraqueza muscular, se englobar os vasos sanguíneos poderão verificar-se vasculites, com manifestações na pele ou lesão de outros órgãos mais profundos.

A dor nem sempre está presente porque diversos órgãos não apresentam nervos sensíveis à dor.

Como se diagnosticam as artrites inflamatórias?
O diagnóstico das artrites inflamatórias passa pelo exame médico, com destaque para a localização das articulações afectadas, pela presença de rigidez matinal e de queixas localizadas a outros órgãos, devendo estes elementos ser complementados pelos exames radiológicos e laboratoriais.

Como se tratam as artrites inflamatórias?
Existem diversas opções para o tratamento destas artrites, nas quais se inclui o repouso e a cirurgia.
O tipo de tratamento dependerá de diversos factores, tais como o tipo de doença, a idade do paciente, as medicações em curso, o estado geral de saúde e a gravidade dos sintomas.

Os objectivos centrais do tratamento são evitar ou modificar actividades que agravem a dor, recorrer a medicamentos anti-inflamatórios ou analgésicos para controlo da dor e da inflamação e diminuir a pressão exercida sobre as articulações afectadas mediante o recurso a sistemas de imobilização ou de suporte, sempre que necessário.

Os medicamentos mais utilizados no tratamento das artrites inflamatórias são aqueles que reduzem a inflamação e o inchaço e que previnem ou minimizam a progressão da própria doença. Os mais utilizados são a aspirina, ibuprofeno, corticóides e medicamentos como os usados em quimioterapia, terapêuticas biológicas ou medicamentos narcóticos para alívio da dor.

O papel da reabilitação precoce é essencial e pode incluir fisioterapia, protecção das articulações, exercícios para recuperação de força e flexibilidade.

Como se previnem as artrites inflamatórias?
Não existindo uma causa específica, a prevenção é mais difícil.
Contudo, o exercício físico regular e adaptado à idade e condições de cada pessoa, uma dieta equilibrada, um adequado controlo de peso, são bons exemplos de medidas que podem ajudar a prevenir as diversas formas de artrite.

Fontes
Arthritis Research UK, 2013
WebMD, 2012
Lesko M. e col., Managing inflammatory arthritides: Role of the nurse practitioner and physician assistant. Journal of the American Academy of Nurse Practitioners, 382–392, July 2010
National Center for Biotechnology Information, U.S. National Library of Medicine, 2013

Conteúdo - Artrite Idiopática Juvenil

As Artrites Idiopáticas Juvenis constituem um grupo heterogéneo de doenças iniciadas antes dos 16 anos de idade, caracterizadas pela presença de artrite de uma ou mais articulações, persistindo, pelo menos, durante 6 semanas.

São das doenças crónicas mais frequentes na criança e no adolescente, sendo uma causa importante de incapacidade, doença ocular e de insucesso escolar pelo absentismo que podem provocar.

Conteúdo - Arritmias

Quando ocorrem as Arritmias Cardíacas?
As alterações do ritmo cardíaco (arritmias) ocorrem quando os impulsos elétricos do coração que coordenam os batimentos cardíacos não são emitidos de um modo adequado, fazendo com que o coração bata demasiado depressa, demasiado devagar ou de um modo irregular.

Qual a incidência de Arritmias na população?
A maioria das arritmias afeta pessoas com mais de 60 anos de idade, dada a presença de doença cardíaca e de outros problemas de saúde que se podem associar às arritmias.

A fibrilhacão auricular é a arritmia mais frequente e afeta cerca de 1% das pessoas com menos de 55 anos. Este tipo de arritmia aumenta de frequência ao longo da vida, sobretudo entre os 65 e os 80 anos. Considerando-se a elevada taxa de mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) em Portugal e assumindo-se que a fibrilhação auricular está na base de 15% dos AVC isquémicos, entende-se que é importante controlar esta arritmiacomo forma de prevenir a ocorrência de AVC.

O que são Arritmias?
Uma arritmia é, portanto, um problema do ritmo dos batimentos cardíacos. Durante uma arritmia o coração bate mais depressa (taquicardia), mais devagar (bradicardia) ou irregularmente.

O coração é um órgão muscular com quatro cavidades concebidas para trabalharem de modo ininterrupto e eficaz durante toda a vida. As paredes musculares de cada cavidade contraem-se numa sequência precisa e, durante cada batimento, expulsam a maior quantidade de sangue com o menor esforço possível.

Essas contrações das fibras musculares do coração são controladas por descargas elétricas que percorrem o coração seguindo diferentes trajetórias e a uma velocidade determinada.

A frequência cardíaca em repouso é de 60 a 100 batimentos por minuto. Muitos adultos jovens apresentam frequências cardíacas mais baixas, sobretudo se estiverem em boas condições físicas.

As variações na frequência cardíaca são normais e podem resultar do exercício, da inatividade, da dor, ansiedade, etc. Só quando o ritmo é inadequadamente rápido ou lento, ou quando os impulsos elétricos seguem vias anómalas, se considera que o coração tem um ritmo anormal (arritmia).

Para além disso, é frequente as arritmias serem inofensivas, no sentido em que todas as pessoas podem apresentar batimentos irregulares ocasionalmente. No entanto, as arritmias podem ser desconfortáveis e podem, por vezes, colocar a vida em risco. Durante uma arritmia, o coração pode não ser capaz de bombear sangue suficiente para o corpo, o que pode causar danos no cérebro, coração e outros órgãos.

O que causa as Arritmias?
Uma arritmia pode ocorrer quando os sinais elétricos que controlam os batimentos cardíacos estão desfasados ou bloqueados ou se uma estrutura do coração deixa de produzir sinais elétricos.

Cada tipo de arritmia tem a sua própria causa. As arritmias ligeiras podem surgir pelo consumo excessivo de álcool ou de tabaco, por stress ou pelo exercício. A hiperatividade, doenças da tiroide e alguns fármacos, especialmente os utilizados para o tratamento das doenças pulmonares e da hipertensão, podem também alterar a frequência e o ritmo cardíacos. A cocaína e as anfetaminas, alguns medicamentos de venda livre e a cafeína também podem ser responsáveis por arritmias.

A causa mais frequente das arritmias é a doença cardíaca, em particular a doença das artérias coronárias, o enfarte do miocárdio, a hipertensão arterial, o mau funcionamento das válvulas e a insuficiência cardíaca. Algumas doenças cardíacas congénitas também causam arritmias.

A diabetes, a obesidade e a apneia do sono também podem estar envolvidas neste tipo de alterações. Um choque elétrico pode ser o fator desencadeante de uma arritmia.

Por vezes, as arritmias surgem sem uma causa detetável.

Como se manifestam as Arritmias?
Alguns tipos de arritmias provocam poucos sintomas ou nenhuns, mas podem causar problemas. Outras nunca causam problemas importantes, mas, por outro lado, provocam sintomas.

Quando as arritmias afetam a capacidade do coração para bombear sangue, podem causar enjoos, vertigem e desmaio. As arritmias que provocam estes sintomas requerem atenção imediata.

Outros sintomas possíveis são palpitações, dor no peito, dificuldade na respiração.

É importante que procure o seu médico sempre que sentir estes sintomas de um modo súbito ou quando eles surgem frequentemente.

Como se diagnosticam as Arritmias?
A descrição dos sintomas permite quase sempre fazer um diagnóstico provisório e determinar a gravidade da arritmia.

Geralmente, são necessários exames adicionais para determinar com exatidão a natureza da doença. Os mais importantes são: eletrocardiograma; um monitor portátil (Holter) que permite um registo durante 24 horas; ecocardiograma; estudos eletrofisiológicos invasivos, nos quais se introduz por via endovenosa um cateter até ao coração; angiografia coronária.

Como se tratam as Arritmias?
A administração de fármacos é muito útil no caso de sintomas intoleráveis ou quando eles representam um risco. Não existe um único fármaco que cure todas as arritmias em todas as pessoas. Por vezes é preciso experimentar vários tratamentos até encontrar um que seja satisfatório. Os fármacos antiarrítmicos podem, além disso, produzir efeitos secundários e piorar ou, inclusive, provocar arritmias.

Os pacemakers artificiais, dispositivos eletrónicos que atuam em vez do pacemaker natural, programam-se para imitar a sequência normal do coração. Geralmente, implantam-se sob a pele do peito e possuem cabos que chegam até ao coração. Estas unidades duram, atualmente, entre 8 a 10 anos.

Por vezes, a aplicação de uma descarga elétrica no coração pode deter um ritmo anormal e restaurar o normal. Este método denomina-se cardioversão, electroversão ou desfibrilhação.

Certos tipos de arritmias corrigem-se através de intervenções cirúrgicas e outros procedimentos invasivos. Por exemplo, as arritmias provocadas por uma doença coronária controlam-se através de uma angioplastia ou uma operação de derivação das artérias coronárias (bypass).

Após a avaliação inicial, o seu médico determinará qual o tratamento ideal para si.

Como se previnem as Arritmias?
Uma vez que muitas arritmias estão associadas a doença cardíaca, é importante manter o coração saudável, através de uma dieta equilibrada, prática regular de exercício físico, controlo da pressão arterial e do colesterol, deixar de fumar e reduzir o consumo de álcool e de café.

O controlo da ansiedade e do stress é também muito importante.

Fontes:
Epidemiologia da fibrilhação auricular, Bonhorst D. e col., Rev Port Cardiol 2010; 29 (07-08): 1207-1217
Mayo Foundation for Medical Education and Research, Feb. 11, 2011
National Institutes of Health, Department of Health and Human Services
Manual Merck online, 2013

Conteúdo - Apneia do Sono

Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono
A roncopatia ou ressonar, como é vulgarmente conhecido, resulta de um som originado pela vibração do palato e das paredes da faringe. O ressonar não constitui apenas um incómodo do ponto de vista conjugal e social, mas pode também ser a fase inicial do síndrome de apneia do sono, sendo que 90% dos que sofrem deste síndrome ressonam.

A maioria das pessoas com síndrome de apneia obstrutiva do sono apresenta alterações a nível da faringe, com obstrução da via aérea num qualquer nível entre a epiglote e as fossas nasais, muitas vezes associada ao aumento excessivo de peso e outros fatores de risco. Cansaço, sonolência, diminuição da líbido e uma maior incidência de problemas cardiovasculares, são situações frequentemente associadas a este quadro clínico.

O Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma perturbação respiratória relacionada com o sono, de maior gravidade que a roncopatia simples e consiste na cessação do fluxo respiratório durante o sono por mais de 10 segundos e mais de 5 vezes por hora devido ao colapso da via aérea superior. A consequência direta da apneia do sono é a alteração do padrão do sono, onde há uma incapacidade de se atingir as fases profundas, que são as fases restauradoras, as que permitem odescanso físico e mental. Deste modo, o doente não se sente restabelecido pela manhã como uma pessoa normal. Pode ter sonolência durante o dia, quer no emprego, quer a conduzir ou a fazer outras atividades simples do dia-a-dia. Poderá também ter cefaleias, irritabilidade, alterações do humor. Nas situações mais graves poderá haver deterioração intelectual, da atenção, memória e raciocínio bem como impotência sexual.

A incorreta oxigenação do sangue que ocorre durante a noite induz problemas graves como o aumento do trabalho cardíaco, hipertensão arterial, arritmias cardíacas, aumento significativo do risco de enfarte agudo do miocárdio e alterações hormonais.

Como é diagnosticada a Apneia do Sono?
Os médicos dispõem de um conjunto de ferramentas para o ajudar no diagnóstico e tratamento da apneia do sono, como exames complementares endoscópicos, estudo poligráfico do sono noturno e se necessário a cirurgia para tratar a roncopatia.

Em caso de roncopatiaintensa ou suspeita de apneia do sonoo doente deve ser encaminhado para uma consulta especializada, onde é confirmado o diagnóstico e planeado o tratamento. São colocadas algumas questões acerca da facilidade em adormecer em situações do dia-a-dia.

Através do exame objetivo, ou seja, dos sinais que o médico pesquisa no doente, é possível identificar as alterações anatómicas e planear um tratamento. Quando há suspeita de SAOS deve ser realizado um estudo polissonográficodo sono, exame que avalia diversos parâmetros durante o sono, permitindo a confirmação do diagnóstico.  

A Unidade de Otorrinolaringologia tem as valências necessárias ao diagnóstico da apneia do sono, realização de exames complementares, apoio de consulta de nutrição, tratamento médico e cirúrgico dos casos de roncopatiasimples e SAOS. A Otorrinolaringologia tem um papel importante no despiste, diagnóstico e tratamento destas patologias nomeadamente na seleção dos casos cirúrgicos.

Como se trata a Apneia do Sono?
Atualmente existem algumas opções de tratamento para estas condições, devendo sempre ser tentado em primeiro lugar a correção dos fatores de risco como a obesidade, ingestão de álcool à noite, tabagismo, refluxo gastro-esofágico, toma de determinados medicamentos e a posição de decúbito dorsal (dormir de barriga para cima). O tratamento médico mais estandardizado na SAOS consiste na utilização de um aparelho durante a noite que aumenta a pressão nas vias aéreas superiores, impedindo deste modo as apneias. Este tratamento tem como vantagem ser eficaz em quase todos os doentes, mas como desvantagem o facto de poder ser incomodativo e ter de ser usado permanentemente. Os tratamentos cirúrgicos para a apneia do sonosão diversos e devem ser adaptados às alterações encontradas no doente, designadamente anomalias nasais, da faringe e palato, língua e craniofaciais. Têm como vantagem a correção do problema sem a utilização permanente de dispositivos. Podem ser pouco invasivos como a cirurgia por radiofrequência ou LASER ou, se necessário, mais tradicionais como a cirurgia nasal, do palato e base da língua.

Em conclusão, a roncopatiapode ser extremamente incomodativa e a SAOS uma condição com repercussões graves na saúde do indivíduo. É essencial que a população em geral e os médicos estejam alertados para estes casos e em caso de suspeita de apneia do sonoque o doente seja encaminhado a uma consulta especializada. Caso o diagnóstico se confirme, o doente deve cumprir todas as medidas aconselhadas pelo médico e saber quais as opções terapêuticas, decidindo em consciência e com a ajuda do médico a medida que mais se adapta à sua situação.


Conteúdo - Apendicite

A apendicite é uma inflamação do revestimento interno do apêndice, pequena estrutura situada na primeira porção do intestino grosso no lado direito do abdómen.

É um processo relativamente comum que se acompanha de manifestações muito diversas e, por vezes, enganadoras que simulam outros quadros clínicos, o que implica um atraso no diagnóstico.

A apendicite ocorre mais frequentemente entre os 10 e 30 anos, com discreto predomínio no sexo masculino e pode ter uma taxa de mortalidade é de 0.25% A apendicite aguda é a principal causa de cirurgia abdominal urgente em idade pediátrica.

Se não for tratada, a apendicite pode associar-se a diversas complicações, como a perfuração ou a septicémia (infeção generalizada).

Quais as causas da apendicite?
A apendicite é causada pela obstrução do apêndice, causando a sua inflamação, congestão, insuficiência de irrigação arterial com consequente necrose e potencial perfuração.

Essa obstrução pode estar associada a uma doença inflamatória intestinal, infecções, tuberculose, parasitas, corpos estranhos, neoplasias ou formação de fecalitos (acumulação de material fecal).

Como se manifesta a apendicite?
O quadro mais habitual é a presença de perda de apetite, dor abdominal em torno do umbigo seguida de náusea. A dor tende a deslocar-se para a região inferior direita do abdómen e acompanha-se de vómitos. Este quadro está presente em cerca de 50% dos casos.

Podem também ocorrer diarreia ou obstipação.

Nas fases iniciais da apendicite, a febre não está presente.

Os sintomas costumam durar menos de 48 horas mas podem ser mais duradouros em pessoas com idade mais avançada ou quando ocorre perfuração.

Contudo, a apendicite pode simular outras doenças como uma infeção urinária, uma cólica renal, uma gastrite ou uma doença ginecológica.

Como se diagnostica a apendicite?
O diagnóstico da apendicite não se baseia apenas num sinal, sintoma ou exame.

Sendo a apendicite uma doença potencialmente grave, é essencial que esse diagnóstico seja correto de modo a que se evite uma cirurgia desnecessária e outras complicações.Sendo a apendicite uma doença potencialmente grave, é essencial que esse diagnóstico seja correcto de modo a se evitar uma cirurgia desnecessária e outras complicações.

O exame médico, como sempre, é muito importante. Neste caso, como a apendicite pode simular diversas doenças, esse exame é ainda mais relevante.

A realização de análises ao sangue e urina, uma ressonância magnética, tomografia computorizada ou uma ecografia, é também bastante utilizada.

Como alguns resultados podem demorar algum tempo, por vezes o diagnóstico implica a realização de uma intervenção cirúrgica exploradora, sobretudo nos casos em que a suspeita é forte e existe o risco de perfuração.

Como se trata a apendicite? 
A cirurgia (apendicectomia) continua a ser o único tratamento curativo para a apendicite. O momento ideal para a intervenção depende do estádio da doença e, por vezes, pode ser necessário aguardar algum tempo.

Por exemplo, se existir um abcesso será importante um tratamento prévio com antibióticos por via intravenosa e apenas depois proceder à cirurgia.

Como se previne a apendicite?
Existem estudos que sugerem que o risco de apendicite é menor nos países com dietas mais ricas em fibras.

Uma razão possível é o efeito das fibras sobre as fezes, tornando-as mais moles e, deste modo, tornando mais difícil a obstrução do apêndice.
As fibras estão presentes em alimentos como os cereais, pão, arroz, massas, vegetais com raiz, como as cenouras, e a fruta.

Fontes
Medscape Reference, Outubro 2012
Ebell, M. H. Diagnosis of Appendicitis: Part I. History and Physical Examination, Am Fam Physician, 2008 Mar 15;77(6):828-830.
Gonçalves, Jean-Pierre e col., Validação do score de Alvarado no diagnóstico de apendicite aguda em crianças e adolescentes no Hospital de Braga, Acta Med Port 2011; 24(S2): 583-588
Butsch J., Appendicitis, Common Surgical Diseases, 2008, pp 157-159  

Conteúdo - Ansiedade

A ansiedade é uma emoção caracterizada por sentimentos de tensão, preocupação, insegurança, normalmente acompanhados por alterações físicas como o aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, sudação, secura da boca, tremores e tonturas.

Em condições normais, a ansiedade pode ser útil, na medida em que ajuda a identificar situações de perigo e permite uma melhor preparação para as enfrentar. Quando bem controlada, a ansiedade atua sobretudo como estimulante. Em excesso, a ansiedade causa sofrimento desnecessário.

Existem diferentes formas de ansiedade, cada uma delas com sintomas diferentes, sendo as principais as seguintes:
-doença obsessiva compulsiva
-stress pós-traumático
-pânico
-agorafobia o ansiedade generalizada o ansiedade social o ansiedade da separação

Qual a relação entre ansiedade e depressão?
A ansiedade faz parte do quadro clínico da depressão e está associada de forma variável às alterações de humor e aos estados depressivos. Pode-se, portanto, afirmar que os pacientes com depressão sofrem também de ansiedade, mais ou menos pronunciada. Da mesma forma, a maioria das pessoas em que a ansiedade se manifesta num grau elevado pode evoluir para um estado depressivo.

A presença em simultâneo de depressão e ansiedade é muito marcante, implicando maior gravidade de sintomas. Estudos desenvolvidos em Portugal registaram forte correlação entre depressão, ansiedade e stress.

Qual a incidência de ansiedade em Portugal?
Trata-se de um problema importante e comum. A nível da medicação, entre 2004 e 2009, observou-se um crescimento de 25,3% no consumo de ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos. Estes dados são confirmados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), onde Portugal se situa acima da média dos países desta organização no consumo de ansiolíticos.

São escassos, no entanto, os estudos que apresentam resultados relativos à realidade portuguesa. Alguns estudos apontam para taxas de cerca de 50% dos utilizadores de cuidados primários de saúde apresentando sintomas de depressão/ansiedade.

As evidências demonstram maior prevalência de perturbações depressivas e de ansiedade entre as mulheres. Em Portugal, existem poucas evidências dessa tendência, embora alguns estudos recentes sugiram que as mulheres são mais suscetíveis a esse tipo de perturbação.

Quais são as causas da ansiedade?
Em alguns casos, a ansiedade poderá ter uma causa evidente. Por outro lado, existem outros casos em que a ansiedade parece não ter causa aparente. Quando isso sucede, o facto de o paciente não conseguir identificar a causa da sua ansiedade tende a aumentá-la ainda mais. Por esse motivo, um dos aspetos importante no tratamento da ansiedade é a identificação dos fatores que a desencadeiam.

Para além disso, pensa-se poder existir uma base genética para a ansiedade.

A ocorrência de experiências stressantes e a incapacidade de lidar com elas é outro aspeto importante.
O consumo de álcool, drogas, chá, café, tabaco e alguns medicamentos podem também associar-se a crises de ansiedade.

De um modo geral, as dificuldades da vida são habitualmente fatores que desencadeiam ansiedade, e nos casos agudos, angústia. Além disso, as dificuldades pessoais de inserção na sociedade, os conflitos interiores no domínio afetivo, emocional e sexual podem conduzir a uma sintomatologia ansiosa.

Como se manifesta a ansiedade?
Os sintomas mais comuns da ansiedade são as sensações de apreensão ou preocupação, de impotência, de medo ou pânico. Estas sensações associam-se frequentemente a sintomas físicos como o aumento da frequência cardíaca e respiratória, suores, tremores, sensação de fadiga, entre outros.

Os diferentes tipos de ansiedade apresentam manifestações específicas:
-Os ataques de pânico podem começar de forma súbita, causando sintomas físicos muito fortes, quase de asfixia. o Na agorafobia, a ansiedade ocorre em ambientes nos quais o paciente se sente encurralado.
-As fobias sociais ocorrem em circunstâncias de exposição social ou pública.
-Na doença obsessiva compulsiva ocorrem pensamentos persistentes e um desejo incontrolável de repetir, sem razão aparente e sem propósito, um determinado ato.
-No stress pós-traumático, o paciente sente que está reviver uma experiência traumática, referindo reações emocionais e físicas muito intensas.

Como se diagnostica a ansiedade?
O diagnóstico da ansiedade pode ser bastante difícil.

O exame médico é essencial de modo a poder excluir-se a presença de doença física real que esteja na base das queixas referidas.

A confirmação do diagnóstico depende da confirmação da presença dos critérios de ansiedade definidos internacionalmente.

Como se trata a ansiedade?
É necessário não esquecer que a ansiedade é um fenómeno universal, que faz parte da nossa vida. Frequentemente, pequenas alterações no quotidiano ou nos hábitos podem diminuir ou mesmo eliminar as reações ansiosas.

Pode ser útil adotar no dia-a-dia hábitos simples que permitam reduzir os estados de ansiedade. São exemplos disso as técnicas de relaxamento e meditação, uma boa gestão e organização do tempo, uma comunicação regular e eficaz com os outros (tanto no trabalho como em casa), entre outros.

Dormir bem é, também, muito importante.

Por vezes, pode ser necessário o recurso a medicamentos, que deverão ser sempre prescritos pelo médico. Este tipo de tratamento é, habitualmente, de longa duração e deve ser cuidadosamente acompanhado.

Em alguns casos o tratamento com medicamentos pode ser complementado com apoio psiquiátrico.

Deve ser sempre evitada a automedicação.

Fontes
Fernandes, C. P., Lidar com a ansiedade, Gabinete de Apoio Psicopedagógico, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Evidência científica sobre custo-efectividade de intervenções psicológicas em cuidados de saúde, Ordem dos Psicólogos Portugueses, Out. 2011
Apóstolo, J. L. Alves e col., Depressão, ansiedade e estresse em usuários de cuidados primários de saúde, Rev. Latino-Am. Enfermagem, 19(2), mar-abr 2011: 1-6,
American Psychological Association, 2013
Anxiety.org, 2013

Conteúdo - Anosmia

O olfacto tem uma enorme responsabilidade na nossa qualidade de vida. Pensemos no prazer que temos ao sentir aromas tão agradáveis como o das flores, certos alimentos, um perfume, ou o cheiro característico do mar ou do campo, e é de uma enorme importância o papel do olfacto no paladar e consequentemente no prazer de uma boa refeição . Recordemos ainda a importância do olfacto no alerta para vários perigos como o cheiro a fumo ou a queimado, a gás ou a comida estragada.

A perda total ou parcial do olfacto, anosmia ou hiposmia respectivamente, podem ter várias causas. As mais frequentes podem ser agrupadas em: 
- Doenças da mucosa nasal em que a hiposmia resulta da irritação temporária ou permanente ou mesmo da destruição da mucosa das fossas nasais. São exemplos destas situações a rinossinusite, a rinite de causa alérgica ou outra, a vulgar constipação ou um sindroma gripal.

- Doenças obstrutivas das fossas nasais onde se agrupam todas as situações clínicas que causem obstrução à passagem do ar que transporta os odores pelas fossas nasais, como é o caso dos pólipos nasais, desvios do septo nasal e tumores benignos ou malignos

- Lesões neurológicas em que uma qualquer parte da via olfactiva, desde os receptores localizados nas fossas nasais até ao cérebro, é lesada ou destruida. Neste grupo inclui-se a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, o envelhecimento, tumores cerebrais, traumatismos cranio-encefálicos e vários medicamentos cuja toma pode causar, como efeito secundário, alterações do olfacto.

Uma vez que as causas de alterações do olfacto são várias a prevenção diz respeito a cada uma delas; no entanto de uma forma geral podemos falar da importância de uma regular e correcta humidificação das fossas nasais, evitar a exposição a fumos ou outros poluentes e apenas aplicar substâncias vasoconstritoras (as vulgares gotas para o nariz) por indicação médica e durante um curto período de tempo.

Os principais cuidados cuidados que as pessoas que sofrem deste problema devem ter estão relacionados com o risco de vida associado à não percepção de situações potencialmente perigosas como a fuga de gás ou o cheiro a fumo ou a queimado, pelo que a colocação de detectores de alarme para estes perigos é muito importante.
Também a não percepção do cheiro a comida estragada implica um redobrado cuidado na conservação e preparação dos alimentos bem como na verificação dos prazos de validade.

O otorrinolaringologista é um especialista fundamental para o diagnóstico, prevenção e tratamento da grande maioria das situações clínicas que estão na origem das alterações do olfacto e em particular da sua diminuição.

Conteúdo - Anorexia

O que é a Anorexia?
A anorexia corresponde à perda ou ausência de apetite. É diferente da anorexia nervosa, transtorno alimentar em que ocorre recusa constante de alimentos mesmo quando se sente fome.

A diminuição do apetite pode ser sintoma das mais variadas condições.

Quais as causas da Anorexia?
- Doença
A lista de doenças que podem reduzir o apetite é vasta, destacando-se as seguintes: alcoolismo, hepatites, Doença de Addison, pneumonia, infeção pelo VIH/SIDA, outras doenças infeciosas, depressão, ansiedade, cancro, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, doença de Crohn, tuberculose, colite ulcerosa.

- Medicação
Diversos medicamentos podem causar anorexia, como os antidepressivos, os opiáceos, as anfetaminas, alguns antidiabéticos, a suspensão súbita de fármacos estimulantes do apetite e os corticosteroides.

- Outros fatores
No que se refere à anorexiaenquanto perda de apetite, a sua resolução e tratamento estão diretamente dependentes da causa e, como tal, será no diagnóstico e na correção do fator que a originou que estará a chave para o seu controlo.

O que é a Anorexia Nervosa?
A anorexia nervosa é uma perturbação caracterizada por uma distorção da imagem corporal, com um medo extremo da obesidade, a incapacidade em manter um peso mínimo normal dentro dos 15% do peso corporal ideal e, nas mulheres, a ausência de períodos menstruais durante, pelo menos, três meses consecutivos.

- Taxa de incidência de anorexia nervosa
Em cerca de 95% dos casos, a anorexia nervosa atinge o género feminino. Geralmente, começa na adolescência, por vezes antes, e mais raramente na idade adulta.

A anorexia nervosa afeta sobretudo pessoas de classe socioeconómica média e alta. Na sociedade ocidental o número de pessoas com esta perturbação tem vindo a aumentar.

Em Portugal, estima-se uma prevalência de anorexia nervosa na ordem dos 0,3% a 0,4%, ocorrendo 90% dos casos no género feminino. Embora esta prevalência não seja muito elevada, ocorrem formas parciais da doença em cerca de 12,6% das adolescentes, cerca de 7% apresentam uma perturbação da imagem corporal e 38% das adolescentes com peso normal referem desejo de perder peso. Estes números, todos referentes a Portugal, merecem uma atenção especial.

Esta doença pode ser ligeira e transitória ou grave e duradoura, sendo fatal em 10 a 20 % dos casos.

Quais as causas da Anorexia Nervosa?
A sua causa é desconhecida, mas a pressão social parece ser um fator decisivo. Existem também fatores genéticos envolvidos.

O desejo de ser magro é muito frequente na sociedade ocidental e a obesidade é considerada pouco atraente. Mesmo as crianças estão a par destas atitudes e um grande número de adolescentes segue regimes para controlar o peso. De facto, a anorexia nervosa é muito afectada pelo processo de globalização e pela difusão dos padrões das sociedades modernas no que se refere a beleza.

Como se manifesta a Anorexia?
Muitas das mulheres que mais tarde desenvolvem anorexia nervosa são meticulosas e compulsivas, ambicionando o sucesso e a realização profissional.

- Preocupações com a imagem corporal
Os primeiros sinais são uma crescente preocupação com a dieta e o peso corporal, mesmo sendo já magras, como é o caso da maioria das pessoas com anorexia nervosa. A preocupação e a ansiedade intensificam-se à medida que emagrecem.
Mesmo face a uma magreza extrema a pessoa insiste que está obesa, nega ter qualquer problema, não se queixa da falta de apetite ou da perda de peso e, em geral, resiste ao tratamento. Como tal, não recorre ao médico até que os familiares a obriguem.

- Controlo alimentar obsessivo
Embora anorexia signifique ausência de apetite, as pessoas com anorexia nervosa estão esfomeadas e preocupadas com a alimentação, estudando regimes e calculando calorias.
Cerca de 50 % das pessoas com anorexia nervosa ingerem uma quantidade excessiva de comida e a seguir desencadeiam o vómito ou ingerem laxantes ou diuréticos. A outra metade restringe simplesmente a quantidade de comida que ingere. A maioria pratica também um excesso de exercício para controlar o peso.

- Alterações hormonais
As mulheres deixam de menstruar, por vezes antes de terem perdido muito peso.
É comum uma perda de interesse sexual. Ocorre, ainda, frequência cardíaca lenta, pressão arterial baixa, baixa temperatura corporal, inchaço dos tecidos por acumulação de líquidos e cabelo fino e suave ou, pelo contrário, excessiva camada de pelos na face e corpo. A depressão é habitual na anorexia nervosa e ocorrem diversos tipos de alterações hormonais.

- Outra consequências (em caso de desnutrição grave)
Quando a desnutrição se torna grave, todos os órgãos principais são afectados. Os problemas mais perigosos são os relacionados com o coração, com os líquidos e com o sódio, potássio e cloro. O coração fica fraco e expulsa menos sangue. A pessoa pode desidratar-se e ter tendência para o desmaio. O sangue pode acidificar-se e os valores de potássio no sangue podem descer. Vomitar e tomar laxantes e diuréticos pode piorar a situação.

Pode ocorrer uma morte súbita devido ao aparecimento de ritmos cardíacos anormais.

Como se diagnostica a Anorexia Nervosa?
Para a anorexia nervosa não existe um diagnóstico específico.

Esse diagnóstico é feito com base numa perda de peso acentuada e nos sintomas psicológicos característicos. O doente típico é uma adolescente que perdeu pelo menos 15 % do seu peso corporal, receia a obesidade, deixou de menstruar, nega estar doente e parece saudável.

Como se trata a Anorexia Nervosa?
A anorexia nervosa requer acompanhamento psicológico e físico, este realizado por endocrinologistas e por nutricionistas. É essencial envolver no processo toda a família.

É possível recuperar da anorexia nervosa. Estima-se que cerca de metade das pessoas recuperam, muitas outras apresentam períodos de recuperação e recaídas e uma minoria mantém uma forma crónica, mas é difícil prever a evolução de cada caso.

Geralmente, o tratamento faz-se em duas fases: a primeira é a restauração do peso corporal normal; a segunda é a psicoterapia, muitas vezes completada com fármacos.

- Recuperação de peso
Quando a perda de peso foi rápida ou intensa (por exemplo, mais de 25 % abaixo do peso ideal) a recuperação de peso é crucial e o tratamento inicial é geralmente realizado num hospital. Raramente, a doente é alimentada por via endovenosa ou através de um tubo colocado no nariz e que chega até ao estômago.

- Psicoterapia
Quando o estado nutricional é aceitável, começa-se o tratamento a longo prazo, que deve ser feito por especialistas nas alterações do apetite e que pode incluir psicoterapia individual, de grupo e familiar, assim como fármacos.

Como se previne a Anorexia Nervosa?
A melhor prevenção da anorexia nervosa passa pela identificação precoce dos primeiros sinais deste distúrbio e a sua pronta correção. Uma perda de autoestima, insatisfação com a aparência, alteração nos hábitos alimentares são motivos para abordar este tema. O suporte, a atenção e o diálogo são, neste caso, boas ferramentas que devem ser exploradas.

Fontes:
Manual Merck online, 2013
Mayo Foundation for Medical Education and Research, Março 2013
National Alliance on Mental Ilness, Jan. 2013
Anorexia em Portugal, Vânia Fachada, Licenciatura de Sociologia, Univ. Coimbra, 2004
Isabel do Carmo e col., Epidemiologia da anorexia nervosa - Prevalência da anorexia nervosa em adolescentes do sexo feminino nos distritos de Lisboa e Setúbal, Acta Med. Port., 2001: 14: 301-316

Conteúdo - Angina de Peito

A angina de peito é a designação médica para o quadro de dor ou desconforto peitorais resultantes da doença coronária, na qual o músculo cardíaco não recebe o sangue de que necessita para a sua actividade. A causa para essa redução no fluxo sanguíneo é, quase sempre, um estreitamento ou bloqueio de uma ou mais das artérias coronárias.

Portanto, a angina de peito não corresponde a uma doença mas a um conjunto de sintomas resultantes da má irrigação do coração.

A angina de peito é, portanto, uma doença cardiovascular, mais frequente em pessoas idosas. Cerca de 20% dos homens e 12% das mulheres de idade superior a 65 anos revelam alguns sintomas de doença cardiovascular. Em 2009 ocorreram em Portugal 23 internamentos por angina de peito por cada 100.000 habitantes.

A angina de peito pode anteceder a ocorrência de um enfarte de miocárdio. De facto, cerca de 18% dos enfartes manifestam-se inicialmente desta forma.

A angina de peito, como manifestação de doença coronária, surge mais frequentemente nas mulheres do que nos homens.

Quais as causas da angina de peito?
A aterosclerose é uma das causas mais comuns de estreitamento das artérias coronárias. Quando esse estreitamento é de, pelo menos, 50% a angina de peito ocorre sempre que um esforço aumenta as necessidades de oxigénio do músculo cardíaco. Se esse estreitamento for superior a 90% a angina pode ocorrer mesmo em repouso.

Como tal, todos os factores que agravam a aterosclerose aumentam o risco de ocorrência de angina de peito: tabaco, diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolémia, obesidade.

A angina de peito pode ocorrer mesmo sem estreitamento das artérias coronárias e resultar de um espasmo dessas artérias, causado por vários mecanismos, como a redução dos níveis de magnésio ou o consumo de tabaco.

Na presença de anemia grave, a capacidade do sangue transportar oxigénio fica afectada e pode ocorrer um quadro de angina de peito.

Doentes com problemas cardíacos congénitos, como esclerodermia, lúpus eritematoso sistémico, poliarterite nodosa, doença de Kawasaki, entre outras, apresentam risco mais elevado.

Como se manifesta a angina de peito?
Podem ocorrer episódios de angina de peito silenciosos, ou seja, sem qualquer tipo de manifestação clínica e que apenas são detectados num electrocardiograma. Esse tipo de episódio é mais comum nas primeiras horas do dia e verifica-se, entre outros, em doentes diabéticos ou naqueles com uma resistência elevada à dor.

De um modo geral, a angina de peito origina sensações de pressão, desconforto, preenchimento, aperto ou mesmo dor na região central do peito, embora essas sensações possam ser referidas no pescoço, maxilar inferior, ombro, braço ou nas costas.

Esta variedade de localizações torna o diagnóstico mais difícil.

Uma vez que os sintomas resultam da menor irrigação do coração, eles tendem a ocorrer durante um esforço, como caminhar num terreno íngreme ou subir escadas. Em repouso essas queixas irão diminuindo gradualmente de intensidade.

O stress pode igualmente desencadear crises de angina de peito.

Outros factores desencadeantes conhecidos são uma refeição, a exposição ao frio e a febre.

As crises de angina de peito duram habitualmente entre 1 a 5 minutos, aliviando com o repouso ou a nitroglicerina colocada debaixo da língua. Crises de dor no peito que duram apenas alguns segundos não costumam corresponder a episódios de angina.

Como se faz o diagnóstico da angina de peito?
O diagnóstico baseia-se na história clínica do doente, na sua observação e na realização de um conjunto de exames, entre os quais se destacam: o electrocadiograma com prova de esforço, o registo contínuo do electrocardiograma, o ecocardiograma, a coronariografia, a angiografia, os estudos com isótopos.

Para cada caso, o médico cardiologista definirá quais os exames mais apropriados.

Como se trata a angina de peito?
De um modo geral, uma crise de angina de peito alivia com o repouso. O uso de medicamentos à base de nitratos é importante porque permite relaxar as artérias coronárias e melhorar a irrigação do coração.

O tratamento deve englobar medidas que impeçam a progressão da doença das artérias coronárias ou que ajudem a revertê-la. Como tal, esse tratamento deve incidir sobre todos os factores de risco já referidos, como a pressão arterial, colesterol, tabaco, etc.

Nas formas mais ligeiras, o tratamento passa por esse controlo e pelo uso de alguns medicamentos. Nas formas mais graves, é importante o internamento hospitalar e o uso de medidas terapêuticas mais complexas.

Os medicamentos mais utilizados permitem reduzir a má irrigação e melhorar os sintomas e englobam-se nas seguintes categorias: betabloqueadores, nitratos, antagonistas do cálcio e fármacos antiplaquetários. As três primeiras actuam sobre o coração e as artérias; a última pretende reduzir o risco de formação de coágulos na parede das artérias.

Nas formas mais graves, a cirurgia de derivação (bypass) das coronárias permite melhorar a circulação e a irrigação do músculo cardíaco. Outra possibilidade é a angioplastia coronária, onde se procura reduzir o grau de obstrução das artérias coronárias afectadas.

Como se previne a angina de peito?
Esta prevenção passa pelo controlo de todos os factores de risco já referidos.

Práticas de vida saudável, exercício físico, controlo do peso, evitar o consumo de tabaco e de álcool, controlo da tensão arterial e do colesterol, consulta médica regular, são alguns bons exemplos do que pode e deve ser feito para manter o coração saudável.

A toma diária de uma pequena dose de aspirina pode ajudar a evitar a formação de coágulos sanguíneos e pode ser recomendada a pessoas em risco de desenvolverem angina. No entanto, a sua utilização depende obrigatoriamente de uma recomendação médica, uma vez que, como qualquer tratamento, pode associar-se a complicações.

Fontes:
American Heart Association
Medscape Reference, Drugs, Diseases & Procedures
Como enfrentar as doenças cardiovasculares e pulmonares, Recomendado a o s Prestadores de Cuidados Informais, Direcção-Geral da Saúde, Lisboa 2001
Plano Nacional de Saúde, 2012-2016

Exercícios para acabar com dores nos pés, joelhos e quadril - massagem nos pés


A acupressão e a massagem nos pés são amplamente utilizados em todo o mundo. Se você sentir dores nos pés após um dia corrido, coloque seus dedos polegares nos pontos indicados na imagem acima (entre os dedos 1 e 2, 4 e 5, aproximadamente 1 centímetro acima deles) e massageie suavemente por 15 minutos para um relaxamento fácil e rápido.

Esperamos que esses exercícios mantenham seu corpo saudável e sem dores. Você conhece outros truques para relaxar os pés após um dia intenso? Compartilhe-os conosco deixando seu comentário!

Exercícios para acabar com dores nos pés, joelhos e quadril - Caminhar sobre uma bola


Para relaxar e trabalhar as plantas dos seus pés:

-Pegue uma bola de tênis ou outra de diâmetro similar.
-Sente-se numa cadeira.
-Coloque o pé sobre e bola.
-Lentamente, empurre a bola com o pé para a frente e para trás.
-Curta essa massagem!

Exercícios para acabar com dores nos pés, joelhos e quadril - Exercícios para os dedos dos pés


Para exercitar os dedos dos pés diariamente, você pode tentar pegar objetos com eles.

-Para começar, use os dedos dos pés como se estivesse segurando e soltando algo, flexionando-os.
-Coloque uma toalha no chão e pegue-a usando apenas os dedos dos pés.
-Coloque pedrinhas no chão e tente levá-las para uma cesta usando os dedos dos pés.

Exercícios para acabar com dores nos pés, joelhos e quadril - Treino de resistência


Para esse próximo exercício, você precisará de uma tira elástica.

-Fixe a tira em volta do pé de um sofá ou de qualquer outro móvel.
-Coloque uma das pernas sob a outra, levemente flexionada no joelho.
-Prenda no elástico o pé da perna que está por cima.
-Lentamente, puxe a tira, flexionando o pé em direção ao seu corpo.
-Repita entre 10 e 15 vezes com cada perna.
-Isso trabalha os músculos da panturrilha e os internos e externos da coxa.

Exercícios para acabar com dores nos pés, joelhos e quadril - Fazer círculos com os tornozelos


Para fortalecer tornozelos frágeis, faça o seguinte:

-Sentado ou de pé, levante uma das pernas.
-Gire lentamente o pé dessa perna, em um movimento circular.
-Repita 10 vezes fazendo um círculo para dentro e outras 10 num círculo para fora, com cada perna.

Exercícios para acabar com dores nos pés, joelhos e quadril - Caminhar na ponta dos pés



É um exercício simples, que você pode executar enquanto faz faxina ou outras tarefas domésticas. Basta caminhar na ponta dos pés em um ritmo rápido, fortalecendo as panturrilhas e condicionando os dedos e as pontas dos pés.

Caminhe assim por 5 a 15 minutos, ou até cansar.

Exercícios para acabar com dores nos pés, joelhos e quadril - Elevação de calcanhar


Para começar, segure no encosto de uma cadeira como mostra a imagem acima.

-Levante uma das pernas.
-Levante lentamente o calcanhar da outra perna, até ficar na ponta do pé.
-Lentamente, coloque o calcanhar de volta sobre o solo.
-Repita o exercício entre 10 e 15 vezes com cada perna.
-Isso fortalecerá os calcanhares e trabalhará os músculos na região dos joelhos.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Conteúdo - Seis alimentos que melhoram o humor



Frutos secos
Os frutos secos estão repletos de nutrientes que regulam os níveis de serotonina, como é o caso do triptofano, um aminoácido essencial que melhora o bom humor e que não é produzido pelo organismo, do selénio, do magnésio e do ácido fólico.

Cereais
Além de serem ricos em vitamina B6, magnésio e zinco, os cereais integrais fornecem hidratos de carbono que melhoram a absorção do triptofano e estimulam a produção de serotonina.

Vegetais
Saudáveis e nutritivos, os vegetais de folhas verdes são uma excelente fonte de ácido fólico, essencial na regulação dos níveis de serotonina.

Perú
O peru é rico em triptofano, um aminoácido essencial que melhora o bom humor e que não é produzido pelo organismo.

Peixe gordo
Por serem ricos em ómega 3, os peixes gordos favorecem a comunicação entre os impulsos nervosos, promovendo a sensação de bem-estar.

Banana
A banana contém duas substâncias que auxiliam o humor. Além dos hidratos de carbono, que estimulam a produção de serotonina, também fornece vitamina B6, que aumenta os níveis de energia.

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