quarta-feira, 7 de março de 2018
terça-feira, 6 de março de 2018
segunda-feira, 5 de março de 2018
Biografia - Thomas Jefferson
Político americano, 3.º presidente dos Estados Unidos da América, redigiu a Declaração de Independência.
Nasceu em Shadwell, Virgínia, em 13 de Abril de 1743;
morreu em Monticello, Virgínia, Estados Unidos da América, em 4 de Julho de 1826.
Filho de Peter Jefferson, topógrafo e cartógrafo auto-didacta, que cedo se estabeleceu no que viria a tornar-se a região de Albemarle, na colónia britânica da Virgínia, e de Jane Randolph que descendia de boas famílias de Inglaterra e da Escócia, o que assegurou uma posição social importante na colónia aos Jefferson, pai e filho. Peter Jefferson constituiu um património assinalável, que incluía vastos terrenos agrícolas e escravos para os trabalhar, tendo-o transmitido na sua quase totalidade ao filho Thomas.
Jefferson começou a sua educação numa escola paroquial, tendo sido enviado aos 17 anos para o Colégio «William and Mary» em Williamsburg, capital da colónia. Neste colégio conheceu um professor escocês, o único verdadeiramente iluminado no meio dos clérigos anglicanos, que o interessou pelo estudo das ciências. Mas Jefferson seguiu um caminho mais seguro e estudou direito, começando a praticar com um importante advogado da capital da colónia. A sua situação social levou-o ao convívio com o governador britânico. O convívio com estes três cultos patronos nunca foi esquecido por Jefferson. O direito levou-o ao estudo dos direitos e liberdades inglesas, e à descoberta das suas origens, no direito anglo saxónico, como qualquer bom membro do partido Whig faria. Tendo feito o seu exame em 1767, Jefferson tornou-se um advogado conhecido iniciando-se na política, actividade que lhe deu a preparação necessária para a governação.
A vida política começou, de facto, em 1769 quando os pequenos proprietários de Albermarle o elegeram para a Câmara dos Burgueses. Nessa época, começou a construir Monticello, tendo de ser o seu próprio arquitecto, já que os não havia na colónia. Estudou arquitectura, e com base nos ensinamentos do célebre arquitecto italiano do renascimento Palladio, que tinha seguido os padrões romanos, construiu a sua casa, que mais não é que uma vila paladiana modificada.
Em princípios de 1772 casou com Martha Wayles Skelton, uma jovem viúva de 22 anos, bonita e abastada. O casamento durou 10 anos, até à morte da mulher, tendo havido 6 filhos do matrimónio. Só duas filhas ultrapassaram a infância, e só a mais velha, Marta, sobreviveu ao pai. Thomas Jefferson não voltou a casar.
Na Assembleia colonial, Jefferson associou-se aos opositores ao regime colonial britânico, que desde o fim da Guerra dos Sete Anos, e devido à crise financeira da monarquia tentava controlar cada vez mais as colónias da América do Norte. Devido a estas ligações políticas, foi eleito em 1774 para a primeira convenção revolucionária da Virgínia, que acabou por eleger delegados para o primeiro Congresso Continental. Impedido por doença de estar presente nas reuniões, escreveu um vasto trabalho, que não sendo aceite pela convenção, foi publicado com o título de Uma Visão Sumária dos Direitos da América Britânica [ A Summary View of the Rights of British America ]. Os argumentos que Jefferson publicitou nesta obra baseavam-se na tradicional visão Whig da constituição britânica, e ainda não o tinham levado a declarar o direito natural dos americanos de se governarem a eles próprios, mas já afirmavam que as colónias eram independentes desde a sua origem. De facto, Jefferson neste época já rejeitava a subordinação ao Parlamento britânico, mas pensava que a América poderia continuar a integrar o império britânico, por meio da subordinação a um rei comum. O problema é que esta solução era inaceitável para a monarquia britânica, como para os colonos americanos era inaceitável regressar ao passado, ao estatuto de sujeição total das colónias ao governo da metrópole.
Em Março de 1775, é eleito para o 2.º Congresso Continental, em substituição do tio, Payton Randolph, antigo presidente da assembleia, eleito presidente da Assembleia da Virgínia. Quando chega a Filadélfia, em Junho os combates entre colonos e tropas britânicas generalizaram-se, e George Washington já tinha sido nomeado comandante das forças militares conjuntas das colónias. Escreve, com John Dickinson, Declaração sobre as Causas e Necessidade de Tomar Armas [ A Declaration of the Causes & Necessity for Taking Up Arms ]. Em 11 de Junho de 1776, é eleito para a comissão de cinco pessoas encarregues pelo Congresso Continental de preparar uma declaração de independência, que inclui duas personagens com mais peso político que ele - Benjamin Franklin e John Adams. Mas é Jefferson que, tendo já segundo Adams uma reputação de «homem de literatura e ciência, com talento para a composição» e «peculiar facilidade de expressão», será o redactor da Declaração. Após a apresentação de um primeiro esboço, que só será alvo de pequenos cortes, apresentará um novo que foi aprovado pela comissão e entregue ao Congresso. A assembleia debaterá o texto durante 3 dias, fazendo algumas modificações, sobretudo na listagem dos agravos contra o governo do rei Jorge III da Grã-Bretanha.
Os fundamentos do pensamento de Jefferson estavam bem definidos em 1776. O mais importante era o racionalismo científico do Iluminismo europeu. Bacon, Newton e Locke eram a sua trindade de heróis. Tinha evoluído do racionalismo inglês e escocês para o da Europa continental, abraçando Montesquieu, Voltaire, Diderot, Holbach e Beccaria, entre outros, o que o aparentava a um philosophe quando esteve em Paris. Para Jefferson, a missão da filosofia já não era reflectir sobre o mundo, mas transformá-lo. O Iluminismo fazia com que Jefferson defendesse o progresso ilimitado do espírito humano e a moralidade intrínseca a todos os homens, professando um deísmo, que não era mais do que uma religião natural herética. Os autores da antiguidade pagã eram importantes para ele, enquanto observadores críticos da tirania. Na teoria política foi influenciado pela história da constituição inglesa, cuja fundação atribuía, como bom leitor de Montesquieu e da Germânia de Tácito, aos anglo-saxões.
Jefferson regressou à Virgínia em Setembro de 1776 com planos concretos de reformar o antigo estado das coisas. Como tinha sido proposto pelo Congresso Continental, tinha sido adoptada uma Constituição, mas que era bem menos democrática do que a que ele tinha redigido ainda em Filadélfia e que tinha enviado para a capital da colónia.
Bibliografia:Merrill D. Peterson (ed.),The Portable Thomas Jefferson,Nova Iorque, The Viking Press, 1975Biografia retirada daqui
domingo, 4 de março de 2018
sábado, 3 de março de 2018
Biografia - Aderbal de Araújo Jurema
Político, advogado e professor, foi senador por Pernambuco entre 1979/1986. Deputado federal em cinco legislaturas: 1958/62, 1962/66, 1966/70, 1970/74 e 1974/78. Nasceu em João Pessoa, Paraíba, a 17/08/1912. Morreu em São Paulo, a 20/05/1986.
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sexta-feira, 2 de março de 2018
quinta-feira, 1 de março de 2018
Biografia - Adolfo Bezerra de Menezes
Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, e desencarnado no Rio de Janeiro, a 11 de abril de 1900.
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti, no ano de 1838, entrou para a escola pública da Vila do Frade, onde em dez meses apenas, preparou- se suficientemente até onde dava o saber do mestre que lhe dirigia a primeira fase de educação. Bem cedo revelou sua fulgurante inteligência, pois, aos onze anos de idade, iniciava o curso de Humanidades e, aos treze anos, conhecia tão bem o latim que ministrava, a seus companheiros, aulas dessa matéria, substituindo o professor da classe em seus impedimentos.
Seu pai, o capitão das antigas milícias e tenente- coronel da Guarda Nacional, Antônio Bezerra de Menezes, homem severo, de honestidade a toda prova e de ilibado caráter, tinha bens de fortuna em fazendas de criação. Com a política, e por efeito do seu bom coração, que o levou a dar abonos de favor a parentes e amigos, que o procuravam para explorar- lhe os sentimentos de caridade, comprometeu aquela fortuna. Percebendo, porém, que seus débitos igualavam seus haveres, procurou os credores e lhes propôs entregar tudo o que possuía, o que era suficiente para integralizar a dívida. Os credores, todos seus amigos, recusaram a proposta, dizendo- lhe que pagasse como e quando quisesse.
O velho honrado insistiu; porém, não conseguiu demover os credores sobre essa resolução, por isso deliberou tornar- se mero administrador do que fora sua fortuna, não retirando dela senão o que fosse estritamente necessário para a manutenção da sua família, que assim passou da abastança às privações.
Animado do firme propósito de orientar- se pelo caráter íntegro de seu pai, Bezerra de Menezes, com minguada quantia que seus parentes lhe deram, e animado do propósito de sobrepujar todos os óbices, partiu para o Rio de Janeiro a fim de seguir a carreira que sua vocação lhe inspirava: a Medicina.
Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese "Diagnóstico do Cancro". Nessa altura abandonou o último patronímico, passando a assinar apenas Adolfo Bezerra de Menezes. A 27 de abril de 1857, candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina, com a memória "Algumas Considerações sobre o Cancro encarado pelo lado do Tratamento". O parecer foi lido pelo relator designado, Acadêmico José Pereira Rego, a 11 de maio de 1857, tendo a eleição se efetuado a 18 de maio do mesmo ano e a posse a 1.o. de junho. Em 1858 candidatou- se a uma vaga de lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina. Por intercessão do mestre Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, então Cirurgião- Mor do Exército, Bezerra de Menezes foi nomeado seu assistente, no posto de Cirurgião- Tenente.
Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador, Haddock Lobo, sob a alegação de ser médico militar. Objetivando servir o seu Partido, que necessitava dele a fim de obter maioria na Câmara, resolveu Bezerra de Menezes afastar- se do Exército. Em 1867 foi eleito Deputado Geral, tendo ainda figurado em lista tríplice para uma cadeira no Senado.
Quando político, levantou- se contra ele, a exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios. Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu- se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía.
Corria sempre ao tugúrio do pobre, onde houvesse um mal a combater, levando ao aflito o conforto de sua palavra de bondade, o recurso da ciência de médico e o auxílio da sua bolsa minguada e generosa.
Desviado interinamente da atividade política e dedicando- se a empreendimentos empresariais, criou a Companhia de Estrada de Ferro Macaé a Campos, na então província do Rio de Janeiro. Depois, empenhou- se na construção da via férrea de S. Antônio de Pádua, etapa necessária ao seu desejo, não concretizado, de levá-la até o Rio Doce. Era um dos diretores da Companhia Arquitetônica que, em 1872, abriu o "Boulevard 28 de Setembro", no então bairro de Vila Isabel, cujo topônimo prestava homenagem à Princesa Isabel. Em 1875, era presidente da Companhia Carril de S. Cristóvão.
Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.
O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres: "Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".
No dia 16 de agosto de 1886, um auditório de cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade enchia a sala de honra da Guarda Velha, na rua da Guarda Velha, atual Avenida 13 de Maio, no Rio de Janeiro, para ouvir em silêncio, emocionado, atônito, a palavra sábia do eminente político, do eminente médico, do eminente cidadão, do eminente católico, Dr. Bezerra de Menezes, que proclamava a sua decidida conversão ao Espiritismo.
Bezerra era um religioso no mais elevado sentido. Sua pena, por isso, desde o primeiro artigo assinado, em janeiro de 1887, foi posta a serviço do aspecto religioso do Espiritismo. Demonstrada a sua capacidade literária no terreno filosófico e religioso, quer pelas réplicas, quer pelos estudos doutrinários, a Comissão de Propaganda da União Espírita do Brasil, incumbiu- o de escrever, aos domingos, no "O Paiz" tradicional órgão da imprensa brasileira, a série de "Estudos Filosóficos", sob o título "O Espiritismo". O Senador Quintino Bocaiúva, diretor daquele jornal de grande penetração e circulação, "o mais lido do Brasil", tornou-se mesmo simpatizante da Doutrina Espírita.
Os artigos de Max, pseudônimo de Bezerra de Menezes, marcaram a época de ouro da propaganda espírita no Brasil. De novembro de 1886 a dezembro de 1893, escreveu ininterruptamente, ardentemente.
Da bibliografia de Bezerra de Menezes, antes e após a sua conversão do Espiritismo, constam os seguintes trabalhos: "A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação", "Breves considerações sobre as secas do Norte", "A Casa Assombrada", "A Loucura sob Novo Prisma", "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica", "Casamento e Mortalha", "Pérola Negra", "Lázaro -- o Leproso", "História de um Sonho", "Evangelho do Futuro". Escreveu ainda várias biografias de homens célebres, como o Visconde do Uruguai, o Visconde de Carvalas, etc. Foi um dos redatores de "A Reforma", órgão liberal da Corte, e redator do jornal "Sentinela da Liberdade".
Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar- se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro -- esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida.
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