sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
Notícia - Terra e Marte poderão ser parecidos no futuro

Marte é um planeta parecido com a Terra em vários aspectos: está relativamente próximo dela, a duração do seu dia é apenas um pouco mais do que as 24 horas da Terra, o seu tamanho é cerca de metade do da Terra (6800 km de diâmetro), possui uma pequena atmosfera e assemelha-se a um deserto. Mas não só já foi comprovada a existência de água por lá, como já se sabe que o planeta vermelho era habitável. Esse corpo celeste frio, seco e com uma atmosfera muito fina, tinha no passado um clima muito diferente.
As conclusões devem-se à descoberta da presença de minerais hidratados, que só podem ter sido formados a partir de água em estado líquido ou pela evaporação de depósitos de água salgada, como descobriram os robôs ‘Opportunity’ e ‘Spirit’ ao calcorrearem e analisarem Marte há cinco anos e meio. Reforçam a tese de que havia depósitos de água, lagos ou, quem sabe até, oceanos.
A existência de água – componente-chave dos processos climáticos, geológicos e geoquímicos na atmosfera, superfície e interior dos planetas – é fundamental para definir se um planeta é habitável ou não.
Hoje, a água em Marte está escondida na forma de gelo sob a camada superficial, como mostrou a sonda ‘Phoenix Lander’. E já se prevê que, dentro de milhares de milhões de anos, esse gelo vá derreter e o planeta vá ficar muito parecido com a Terra.
A NASA anunciou que está a preparar uma missão a Marte que inclui passageiros humanos lá para 2031. Uma viagem a Marte demora cerca de 180 dias.
TERRA
gravidade: 9,78 m/s2
Diâmetro: 12 756,34 km
ano: 365,242 dias
TEMP. MÉDIA: 14º C
SATÉLITES: 1 (Lua)
Características: Com uma composição atmosférica onde dominam o azoto (78%) e o oxigénio (21%), este planeta dinâmico, com 70% de água, essencial à existência de vida, que abriga vida desde há 3,5 mil milhões de anos, ficará um dia saturado em termos populacionais.
MARTE
Gravidade: 3,69 m/s2
Diâmetro: 6794 km
Ano: 686,98 dias
Temp. média: -63º C
Satélites: 2
Características: A atmosfera é constituída por dióxido de carbono (95%), azoto (3%) e árgon ( 2%), sendo o oxigénio apenas residual – o que não é surpreendente, dado que o oxigénio da Terra é essencialmente um produto da vida e não a sua causa.
A NASA estuda a possibilidade de criar uma biosfera planetária que imite a Terra noutro planeta. Porém, ainda precisará de ser muito estudada, já que não se conhece os efeitos das mudanças atmosféricas e de temperatura na geologia, na geodinâmica e na morfologia de um planeta. Marte é o candidato mais provável para as primeiras experiências em terraformação. A NASA estuda maneiras de aquecer o planeta e de alterar a sua atmosfera, de modo a poder albergar a vida humana logo que necessário, muito embora a tendência natural de Marte seja essa... mas só dentro de milhares de milhões de anos!
As tempestades de areia marcianas são provocadas por um processo semelhante às terrestres. No planeta vermelho são periódicas e envolvem grandes regiões do planeta.
Permafrost é o tipo de solo encontrado no Árctico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados. Em Marte, os índices de radiação são maiores.
Mário Gil
Notícia - Voltar à Lua e ficar por lá

Nunca mais houve um acontecimento na história da conquista espacial de impacto comparável ao da conquista da Lua. É até possível que a aventura da Apolo 11, a 20 de Julho de 1969, pelos padrões actuais de segurança nos voos ao espaço, não fosse hoje autorizada.
Quarenta anos se passaram e a NASA – a agência espacial americana – diz que está pronta para percorrer de novo os 400 mil quilómetros e voltar mais uma vez à Lua, mas desta vez para ficar! É que na agenda dos projectos da NASA encontra-se a possibilidade de ali instalar uma base permanente que possa, entre outros objectivos, servir de eventual entreposto para missões tripuladas a Marte. A deslocação, porém, só está pensada para 2020.
Desde 1969 até Dezembro de 1972, um total de 12 astronautas, todos norte-americanos, pousaram no satélite terrestre. Os primeiros foram Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins.
"Este é um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade", disse, emocionado, Neil Armstrong, numa frase que, inevitavelmente, ecoou pelo Mundo. Quem estava de olhos postos na televisão, naquele preciso momento, não deve ter esquecido a sua figura fantasmagórica movendo-se desajeitadamente devido à ínfima gravidade – um sexto da que existe na Terra.
A viagem começou dia 16 e demorou quatro dias. Armstrong e Aldrin são as estrelas desta inesquecível epopeia, que não seria possível sem a destreza de Michael Collins. O piloto do módulo lunar não chegou a pisar a Lua.
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Notícia - Vampiros – os mitos e a história real
Quem não ouviu já falar de vampiros, criaturas que buscam o sangue das suas presas na noite? Contudo, nem tudo o que se diz corresponde à verdade e muitos são os factos deturpados pela associação destes mamíferos a criaturas míticas milenares.
Os vampiros são morcegos, cuja imagem está impregnada de informações distorcidas por séculos de ignorância, mitos e superstição. O enraizamento cultural destes conhecimentos condiciona os esforços empreendidos no sentido de clarificar o papel destes animais nos ecossistemas e de contrariar o declínio de outras espécies de morcegos que acabam por ser afectadas. A maior parte das pessoas desconhece que apenas três das cerca de mil espécies de morcegos que existem actualmente alimentam-se de sangue, encontrando-se restringidas às regiões tropicais da América Latina, desde o seu aparecimento, há cerca de sete milhões de anos.
Os mitos com vampiros remontam há milhares de anos. Os mais antigos provêem da Europa, mas estudos etnológicos revelam que praticamente nenhuma cultura está isenta de conter no seu espólio criaturas medonhas sugadoras de sangue, às quais se associou a imagem dos morcegos. Estas criaturas míticas foram responsabilizadas, ao longo dos tempos, por mortes pouco claras e por devastadoras epidemias, como a peste negra e a varíola. Mas este folclore que liga os morcegos aos vampiros é particularmente intrigante, na medida em que os mitos surgiram em locais onde estas espécies de morcegos nunca existiram. Apesar de se assumir que esta associação remonta às tradições antigas, a história indica que ela é uma invenção humana recente.
Os europeus desconheceram a existência destes animais até ao século XVI, altura em que os exploradores espanhóis regressaram das Índias com a primeira descrição de seres que se alimentavam de sangue e que mordiam as pessoas durante a noite, comportamento que associaram ao das criaturas das fábulas a que chamavam vampiros. Mas esta designação de origem eslava, que significa “bêbado de sangue”, não foi prontamente atribuída aos morcegos vampiros e só no final do século XIX as três espécies foram descritas para a Ciência. Contudo, esta associação só foi completada em 1897, quando Bram Stocker publicou “O Drácula”, uma obra onde os vampiros se transformavam em morcegos, conjugando a mitologia europeia com uma personagem histórica real – Vlad Tepes – um príncipe da Valáquia (actual Roménia), com fama de sanguinário, que viveu entre 1430 e 1476. Não existem evidências que este príncipe tivesse o hábito de beber o sangue das vítimas, mas sabem-se duas coisas – que no castelo de Vlad Tepes não existiam vampiros e que estes mamíferos não são a fonte dos mitos de vampiros do Velho Mundo.
Mas vamos conhecer um pouco melhor estes animais. A forma como os vampiros evoluíram permanece um mistério. Os registos fósseis mostram que há muitos milhares de anos eles habitavam as florestas tropicais, onde se alimentavam essencialmente de aves e pequenos mamíferos. A chegada dos colonizadores europeus ao continente americano, e especialmente do gado que com eles trouxeram, providenciou aos vampiros uma nova e praticamente ilimitada fonte de alimento, permitindo que as suas populações crescessem exponencialmente. A sem precedente desflorestação da América Latina, na tentativa de aumentar a área para explorações de gado, permitiu que esta tendência se intensificasse, até ao ponto dos vampiros se tornarem numa séria praga agrícola em muitas áreas. Todavia, em nichos não perturbados de floresta, eles vivem actualmente como os seus antepassados – em reduzidos grupos, alimentando-se do sangue de pequenos animais.
Das três espécies de morcegos vampiros que existem actualmente, apenas uma (a mais comum - Desmodus rotundus) preda exclusivamente mamíferos. As outras duas – Diaemus youngi e Diphylla ecaudata – alimentam-se de diversos vertebrados, preferencialmente aves. Ao contrário do que a indústria cinematográfica nos levou a acreditar, os vampiros são animais muito pequenos e leves. Vivem em grutas, minas, buracos de árvores e em edifícios abandonados, em colónias com cerca de 100 animais, mas que podem chegar aos 2000 indivíduos.
São voadores rasos e fazem manobras espantosas, devido às suas longas e estreitas membranas alares. Contrariamente aos outros morcegos, os vampiros são grandes adeptos da locomoção no solo, sendo capazes de correr com grande velocidade e dar grandes saltos, assumindo uma postura bípede. Eles procuram as suas vítimas durante a noite, podendo voar mais de 10 km nas suas buscas. Exactamente como localizam e seleccionam presas individuais é desconhecido, mas certamente diversos factores estão envolvidos, nomeadamente a sua excepcional visão. Adicionalmente, as fossas nasais sensíveis ao calor permitem-lhes detectar as presas através da radiação infravermelha por elas emitida e escolher as áreas do corpo com melhor irrigação superficial e, por isso, mais “apetitosas”.
A especialização alimentar condicionou a anatomia e fisiologia dos vampiros. Eles possuem um estômago fino, capaz de se distender e um intestino rodeado de grandes capilares que aumentam a taxa de absorção. Mas a adaptação mais espantosa prende-se com a composição da saliva, constituída por três ingredientes activos, que mantêm o sangue fluído - um anticoagulante, uma substância química que previne a aglutinação dos glóbulos vermelhos e uma última que inibe a constrição dos vasos sanguíneos sob a ferida. A mordedura é rápida, de modo a não alertar as presas, e o sangue é lambido (e não sugado) através de movimentos rápidos e contínuos da língua, durante cerca de 30 minutos. Durante este período, os morcegos ingerem o equivalente a duas colheres de sopa de sangue. Porque o sangue tem cerca de 80% de água, à medida que se alimentam os vampiros urinam, removendo o excesso deste líquido.
Vivem numa cultura fortemente social, onde o reconhecimento individual é muito importante. Uma vez que não podem sobreviver mais de dois dias sem uma refeição, estes laços são fundamentais para lhes garantir a sobrevivência, pois um vampiro pode alimentar outro com regurgitações de sangue, quando solicitado. Este comportamento é bastante vantajoso em termos adaptativos, tal como acontece com a sua capacidade de adoptar crias órfãs. É um altruísmo recíproco, muito raro entre os mamíferos, conhecido apenas nos cães selvagens, nas hienas, nos chimpanzés e nos humanos.
Os hábitos alimentares dos vampiros, que à primeira vista nos parecem repulsivos, podem de facto resolver ou atenuar alguns dos nossos problemas. Descobertas recentes acerca das propriedades anticoagulantes da saliva dos vampiros demonstram que esta possui um ingrediente vinte vezes mais poderoso que qualquer anticoagulante actualmente conhecido, o que promete o desenvolvimento de novos medicamentos de prevenção e combate de doenças cardiovasculares.
Mas apesar de serem animais verdadeiramente fascinantes, os vampiros podem criar alguns problemas, nomeadamente quando existem em grandes densidades junto de pessoas e animais domésticos. Mordeduras ocasionais raramente prejudicam as vítimas, mas mordeduras repetidas, especialmente em animais jovens, podem enfraquecê-los, enquanto as feridas podem tornar-se focos de infecção. Para além deste aspecto, tal como outros animais, é possível que os vampiros contraiam raiva. Apesar da maior parte dos morcegos infectados acabar por morrer da doença, alguns poderão sobreviver o tempo suficiente para infectar as suas presas. Em muitas regiões da América Latina as perdas económicas dos agricultores provocadas, anualmente, por surtos desta doença nos bovinos, são imputadas aos ataques dos vampiros.
Quando os vampiros não encontram o seu alimento de eleição, podem utilizar presas alternativas, como os humanos, embora isto só aconteça a pessoas que dormem ao relento. Estes episódios, embora esporádicos, e na maior parte das vezes sem consequências, são suficientes para criar um clima de histeria colectiva, despoletando verdadeiras “caças aos vampiros”, que acabam por atingir todos os morcegos da área. Ao longo das últimas três ou quatro décadas, foram iniciados na América Latina programas de controlo de vampiros. Infelizmente, os resultados resumem-se à perda incalculável de insectos altamente benéficos para a agricultura, devido à utilização de venenos, e de morcegos inofensivos, que se alimentam de frutos e néctar, muitos dos quais já se encontram em perigo de extinção.
Será apenas através de programas educativos que a atitude pública perante os morcegos poderá ser alterada. Quanto aos conflitos entre o ser humano e os vampiros, para além de acções educativas, restam-nos campanhas de controlo bem planeadas. No entanto é importante lembrar que o actual comportamento alimentar dos vampiros é apenas uma adaptação às alterações dos seus habitat provocadas pelo Homem.
Maria Carlos Reis
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Ministério da Educação envia listas de candidatos a 7.573 concursos autónomos
Em comunicado enviado à agência Lusa, o ministério afirmou que começa na quarta-feira "a seleção dos candidatos pelos diretores das respetivas escolas, a contratar para os grupos de recrutamento".
O MEC adiantou que os procedimentos são feitos por cada uma das 303 escolas TEIP que tenha contrato de autonomia, para cada grupo de recrutamento com horários por preencher.
Cada um destes horários é um concurso autónomo e cada candidato pode concorrer a cada um dos concursos e a todos os lugares disponibilizados para os grupos de recrutamento, desde que possua qualificação profissional, referiu.
O MEC sublinhou que esta "é mais uma etapa de colocação de docentes, após a divulgação das listas definitivas dos professores colocados nos concursos de mobilidade interna e dos candidatos colocados em contratação inicial, tendo por objetivo colmatar todas as necessidades temporárias de pessoal docente de Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas".
Num total de 13.130 docentes de carreira que entraram no concurso da mobilidade interna, foram colocados 11.936.
Em 25.296 candidatos a contratação inicial, foram colocados 2.833 professores em vagas consideradas necessidades transitórias das escolas.
Houve ainda 1.434 candidatos a renovação do contrato, dos quais 949 conseguiram manter o vínculo.
No âmbito das chamadas necessidades transitórias das escolas foram, assim, colocados 3.782 docentes a contrato.
Por se tratar de ano de concurso interno e externo, todos os professores dos Quadros de Zona Pedagógica (QZP) tiveram de concorrer, o que se refletiu num número mais elevado de horários pedidos pelas escolas, aumento que o ministério atribui também à diversificação das ofertas educativas.
Os diretores escolares pediram o preenchimento de 17.850 horários, ficando agora resolvida a situação de 15.718 horários.
Os restantes serão quase todos absorvidos por procedimentos concursais como a BCE, mantendo o MEC duas reservas de recrutamento para situações que surgem no início do ano letivo, resultantes da substituição de docentes por doença ou maternidade.
EJ (AH) // JPS
Lusa/Fim
Informação retirada daqui
Notícia - Vaivém lançado só após quatro tentativas

O vaivém Discovery partiu ontem rumo à Estação Espacial Internacional, com sete astronautas a bordo e após três adiamentos do lançamento. O vaivém descolou poucos segundos antes da meia-noite em Cabo Canaveral, Florida (EUA), 04h59 de Lisboa, dando início a uma missão de 13 dias no espaço. O vaivém demorou oito minutos e meio a entrar na órbita preliminar, estando prevista para hoje a acoplagem à Estação Internacional.
O lançamento esteve previsto para terça-feira, mas foi adiado devido ao mau tempo. No dia seguinte, uma anomalia numa válvula do tanque de hidrogénio não permitiu o início da missão. A terceira tentativa estava agendada para sexta--feira, mas a NASA adiou para poder continuar a analisar o funcionamento da válvula.
Notícia - NASA testa nave de salvação

A NASA acaba de fazer o primeiro teste com um novo módulo para que os astronautas escapem no caso de algum acidente que ocorra antes, durante ou depois o lançamento. A pequena nave poderá ser uma parte do módulo tripulado Órion, que ficará na parte superior dos novos foguetes Áries, que a NASA está a desenvolver para o reinício dos voos tripulados à Lua. O projecto é flexível o suficiente para que possa ser utilizado em outros foguetes.
A missão Apolo possuía um sistema semelhante, chamado Torre de Abortamento de Lançamento, que era capaz de arremessar os astronautas para longe da extremidade do foguete Saturno V em caso de problemas.
A nova nave foi baptizada MLAS – sistema Max de abortamento de lançamento. Max é uma referência a Maxime Faget, projectista da cápsula Mercury e detentor da patente do sistema de escape. A pequena nave pesa 20 865 kg e tem 10,2 metros de altura.
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