segunda-feira, 7 de novembro de 2016
sábado, 5 de novembro de 2016
Notícia - Já há cura para a tensão pré-menstrual
Todos os meses, as mulheres em idade fértil recebem um aviso na forma de dores de cabeça, fadiga repentina e uma longa lista de moléstias. É a síndrome pré-menstrual, que os médicos, finalmente, já conseguem tratar com eficácia.
Desde que a mulher é mulher, o começo da sua vida fértil sempre foi assinalado não só pelo aparecimento do período como pelo mal-estar prévio que frequentemente implica, a chamada tensão pré-menstrual (TPM). Embora não haja propriamente estudos e números oficiais, estima-se que a TPM atinge aproximadamente entre 75 e 80 por cento das mulheres, e que surge habitualmente entre dez e sete dias antes do início da menstruação. Varia, também, de mulher para mulher: desde as que sentem os sintomas de forma muito ligeira até às que sofrem os efeitos com tal intensidade que estes interferem significativamente na sua vida pessoal e profissional.
Trata-se, pois, de um distúrbio recorrente do ciclo menstrual que surge antes do período e pode prosseguir até quatro dias após o seu início. A lista de sintomas é impressionante: cefaleias, tensão e maior sensibilidade mamária, retenção de líquidos, irritabilidade, ansiedade, fadiga, tendência depressiva, nervosismo, dores musculares, diminuição do interesse pelas actividades sociais e laborais... Além disso, existe uma variante mais grave, a desordem disfórica pré-menstrual (DDPM), diagnosticada quando a paciente manifesta cinco ou mais dos sintomas já referidos. As afectadas podem ter ideias suicidas, pensamentos paranóicos ou ataques de pânico.
Em Portugal, “as perturbações comportamentais disfóricas são pouco frequentes e significativas, uma realidade que não se concilia com o retrato traçado pela literatura norte-americana neste domínio”, afirmou Daniel Pereira da Silva, director do Serviço de Ginecologia do Instituto Português de Oncologia de Coimbra, em declarações ao Jornal do Centro de Saúde. Sublinhava ainda que os sintomas mais recorrentes da síndrome pré-menstrual “acompanham a menstruação e não se manifestam durante a gravidez ou após a menopausa”. Independentemente da intensidade dos efeitos, apenas uma pequena minoria das mulheres admite que interferem na sua vida, em especial na relação familiar, mas a esmagadora maioria não pede ajuda ao médico.
O motivo evocado para não ir a uma consulta médica costuma ser o mesmo: pensam que faz parte de ser mulher, ou, como explica Pereira da Silva, “às vezes, as mulheres desvalorizam os sintomas, porque consideram normal ter certas perturbações resultantes da menstruação, o que dificulta o tratamento”. A verdade é que, se ocultam este género de “moléstias”, é porque sempre foram obrigadas, historicamente, a desvalorizá-las.
Já na Antiguidade as alterações causadas pela menstruação eram motivo para marginalização. Naquele tempo, não se sabia o que causava as perturbações, mas percebia-se que algo acontecia à mulher e que esse algo provocava mudanças drásticas, retratadas de forma crua na literatura. Hipócrates (460–370 a.C.) chamou “matriz” ao seio materno: foi sobre essa base que elaborou a teoria de que o útero flutuava pelo corpo feminino e, quando chegava ao peito, alterava o estado de humor (deu o nome de “histeria” ao momento). Galeno (130–200), outro influente médico grego, descreveu uma substância tóxica presente no útero, a menotoxina, como responsável pelas alterações de humor. Numerosos estudiosos repetiram, ciclicamente, especulações deste tipo sem qualquer base científica.
Mesmo nos primórdios do século XX, continuaram a atribuir-se explicações peregrinas aos sintomas pré-menstruais. Algumas dessas crenças prolongaram-se quase até ao fim: em Espanha, por exemplo, um prestigiado ginecologista continuava a falar, em 1982, de uma substância tóxica presente nos restos da mucosa uterina que seria responsável por transtornar por completo a mulher nos dias que antecediam a menstruação e quase obrigavam a isolá-la como um leão numa jaula...
Em termos globais, a medicina sempre se interessou mais pelas doenças masculinas do que pelas do sexo oposto. Um dado é suficiente para demonstrá-lo: na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, há 3536 artigos sobre a TPM, face a 15.355 estudos acerca da disfunção eréctil. Desde a segunda metade do século passado, a investigação está também centrada na mulher, embora a maior parte dos estudos esteja relacionada com a perspectiva psiquiátrica ou com a DDPM, devido à sua gravidade.
Seja como for, a etiologia (a causa precisa da tensão ou síndrome) continua a ser uma incógnita. Os estudos elaborados até agora relacionam a TPM com a actividade ovárica cíclica e as hormonas estradiol e progesterona, que afectam os neurotransmissores envolvidos na regulação do sono e do estado de humor: a serotonina e o ácido gama-aminobutírico. No caso da DDPM, os últimos resultados indicam que a causa para as alterações hormonais afectarem de forma mais drástica determinadas mulheres decorre de uma variante genética.
As flutuações nos níveis hormonais parecem ser a resposta, mas há quem questione esse protagonismo e atribua o aparecimento de sintomas pré-menstruais a factores de tipo social. Jane Ussher, psicóloga da Universidade de Sydney Oeste (Austrália), que estuda essa ligação há cerca de 30 anos, assevera que se fez as mulheres acreditar que “o corpo feminino é biologicamente deficiente e que precisam de medicação para serem umas super-mulheres, o que as faz sentir ainda mais culpadas”.
A TPM, a depressão pós-parto e a menopausa transformaram-se, na opinião de Ussher, numa autêntica salgalhada que atribui a infelicidade da mulher aos seus órgãos reprodutivos. Em oposição a outro tipo de soluções, a psicóloga defende que o sexo feminino “só poderá alcançar uma posição de equilíbrio e paz quando se aperceber de que não deve alimentar estes mitos e os deixar para trás”.
A opinião da investigadora australiana é corroborada por muitos colegas europeus, os quais também destacam o papel desempenhado pelos que rodeiam a mulher; sublinham ainda que um clima social favorável, que evite o isolamento ou a discriminação, é fundamental e pode mesmo revelar-se mais importante do que uma resposta farmacológica.
É preciso ter cuidado para não medicamentar em excesso a vida da mulher e para não criar doenças inexistentes. Se algo causa mal-estar e impede um desenvolvimento social normal, a medicina deve proporcionar uma solução, embora o melhor seja não penalizar nem tornar patológicas as alterações fisiológicas que se produzem no ciclo menstrual.
Daniel Pereira da Silva realça que “o uso de contraceptivos orais é referido na literatura, mas não existe consenso quanto à sua validade”, apesar de “as pílulas com drosperinona terem alguns ensaios onde demonstram uma eficácia muito interessante.” Tanto os resultados da investigação como a prática clínica deste especialista do IPO de Coimbra encorajam uma atitude optimista face a um tratamento à base da pílula. “A minha experiência também vai nesse sentido, mas recorro cada vez mais às pílulas de baixa dosagem em uso contínuo,” afirma, sem deixar de referir os benefícios da conjugação de técnicas de gestão de stress e aumento da actividade física.
Outra forma de abordar os sintomas da TPM para tentar amenizá-los é através da alimentação. De acordo com Rita Almeida, médica especialista em nutrição clínica, se a mulher controlar a ingestão de alimentos excitantes, como o chocolate, o café, os refrigerantes e o álcool, poderá sentir uma melhoria dos estados de ansiedade e irritabilidade. No caso de os sintomas também incluírem mal-estar abdominal, cólicas ou dores musculares, deverá aumentar o consumo de alimentos ricos em cálcio (lacticínios e vegetais de folha verde escura), para favorecer a descontracção muscular. Finalmente, segundo a especialista, citada pelo semanário Expresso, é também importante beber cerca de litro e meio de água, tomar duas ou três chávenas de chá verde e consumir duas ou três peças de fruta fresca por dia, para evitar o típico inchaço desta fase do ciclo menstrual.
No caso da desordem disfórica, as indicações são praticamente iguais no que diz respeito ao estilo de vida, mas podem variar relativamente aos fármacos: nestes casos, os médicos preferem recorrer aos antidepressivos que agem sobre os níveis cerebrais da serotonina. Por vezes, é também necessário que a paciente se submeta a sessões de psicoterapia.
Os especialistas insistem que o importante é estudar cada caso individualmente, a fim de descobrir o tratamento adequado. A verdade é que se trata de um problema que requer uma atenção específica por parte da comunidade médica e científica, pois afecta de forma importante uma significativa percentagem de mulheres no mundo.
Porém, não são apenas os clínicos e os cientistas que têm de esforçar-se mais: as mulheres também terão de admitir que podem ser vulneráveis e aprender a pedir ajuda.
De carácter físico e psíquico, os sintomas da TPM afectam, de forma pouco intensa, 80 por cento das mulheres, e, de modo mais grave, 30%. As queixas desaparecem geralmente com o início da menstruação, mas nem nessa altura chega o alívio. Em mais de metade dos casos, a TPM é substituída pela dismenorreia: uma dor na região abdominal inferior, semelhante a uma cólica, que se prolonga por vários dias. É provocada por contracções uterinas (induzidas pela hormona prostaglandina), geralmente acompanhadas de vómitos e diarreia.
Sintomas físicos: acne, inchaço e sensibilidade mamária, dores de cabeça, fadiga e falta de energia, dores musculares e articulares, retenção de líquidos, obstipação, aumento de peso.
Sintomas psíquicos: insónia ou hipersónia (maior necessidade de dormir), dificuldade de concentração, tensão e irritabilidade, aversão e hostilidade.
E.P./I.J. - SUPER 153 - Janeiro 2011
Conteúdo - Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade - Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas
Algumas Estratégias Pedagógicas para Alunos com TDAH:
Atenção, memória sustentada:
Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória sustentadas
1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de começar as tarefas.
2 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios e prémios que podem ser: estrelas no caderno, palavras de apoio, um acenar de mão… Os feedbacks e elogios devem acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de aprendizagem.
3 – NÃO criticar ou apontar em hipótese alguma os erros cometidos como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do professor é fator DECISIVO para a melhora do educando
4 – Na medida do possível, oferecer ao aluno e toda a turma tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do aluno escolher as atividades nas quais quer participar são elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de cada um.
4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.
5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD ou computador para a escola.
6 – Adaptações no ambiente da sala de aula: mudar as mesas e/ou cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com TDAH se sentem junto a portas, janelas e nas últimas filas da sala de aula. É aconselhado que esses alunos se sentem nas primeiras filas, de preferência ao lado do professor para que os elementos do ambiente não prejudiquem a atenção.
7 – Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar previamente com o aluno pequenos sinais cujo significado só o aluno e o professor compreendem. Exemplo: o professor combina com o aluno que todas as vezes que percebê-lo desatento durante as atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que ele possa retomar o foco das atividades.
8 – Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as dificuldades de memória: tabelas com datas sobre prazo de entrega dos trabalhos solicitados, usar post-it para fazer lembretes e anotações para que o aluno não esqueça o conteúdo.
9 – Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma tarefa, texto ou prova.
Informação retirada daqui: http://tdah.org.br/
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
Precisa-se Professor da área de Ciências para Centro de Estudos no Sobralinho (Alverca)
Precisa-se de Professor para apoio escolar do secundário (10º, 11º e 12º ano) na área de Ciências (Matemática, Biologia e Física-Quimica).
Pretende-se profissional dedicado, empenhado, com conhecimento dos programas curriculares e com residência na área De Vila Franca de Xira, Alhandra, Sobralinho, Alverca ou Póvoa de Santa Iria.
Enviar CV com foto atualizada para o e-mail
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Indicar por favor, o valor hora pretendido.
Urgente
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Notícia - Laboratório de referência demora 24 horas para doentes prioritários e o dobro para os restantes
O laboratório da gripe do Instituto de Saúde Dr. Ricardo Jorge demora 24 horas a dar o resultado das análises à gripe A nos doentes prioritários e o dobro do tempo nos restantes, segundo fonte da instituição
Fonte do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) disse à agência Lusa que este laboratório de referência está a dar prioridade às análises solicitadas pelos profissionais de saúde para os doentes considerados prioritários.
Estes doentes são os que se encontram internados, sofrem doença crónica, estão imunocomprometidos, grávidas, crianças com menos de doze meses ou profissionais de saúde em contacto directo com doentes. São igualmente prioritários os doentes suspeitos de resistência aos medicamentos antivirais.
Naqueles casos, o diagnóstico laboratorial ao vírus H1N1 demora cerca de 24 horas. Para as restantes análises - que são em número significativo, mas referem-se a doentes que não se enquadram nestas orientações técnicas -, o tempo de espera pode chegar às 48 horas.
A mesma fonte do INSA explicou que todas as análises pedidas são efectuadas.
Tendo em conta o elevado número de análises que este laboratório tem efectuado - mais de 7500 amostras analisadas desde Abril -, o instituto foi obrigado a reforçar o número de pessoas que estão a trabalhar na gripe A. O INSA coordena uma rede de oito laboratórios para o vírus H1N1.
Lusa / SOL
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