domingo, 17 de setembro de 2017
Conteúdo - A tentar perder peso? Erros a evitar - Colocar a sua vida social em pausa
Não tem de abandonar os seus amigos ou deitar a sua vida social para o lixo apenas porque está a tentar perder peso. Pesquisas sugerem que o isolamento social pode levar ao aumento de peso e causar depressão. A companhia dos seus amigos pode motivá-lo ainda mais. E não tem que escolher a comida cheia de gordura do bar. Basta escolher uma refeição que condiga com o seu plano de dieta.
Biografia - Caio Calígula
O terceiro Imperador de Roma
Nasceu em Antium (Anzio), em 31 de Agosto de 12 d.C.;
morreu em Roma em 24 de Janeiro de 41 d.C.
Último filho de Germânico, filho adoptivo de Tibério, segundo imperador de Roma, e de Agripina, filha de Agripa, tinha 25 anos quando se viu nomeado para o Império, devido à acção decisiva do perfeito do pretório Marco, que lhe obteve o juramento dos pretorianos, dos soldados e dos marinheiros da frota de Itália, e depois a investidura senatorial. Recebeu primeiro o título de imperator, e a seguir, e de uma só vez, todos os outros, com o poder tribunício e o pontificado, e por fim, um pouco mais tarde, foi considerado Pai da Pátria.
Desta maneira, este jovem que só tinha a seu favor o ser o único filho sobrevivente de Germânico e o principal herdeiro civil de Tibério, conseguiu, de uma só vez, tal como um príncipe real, reunir todos os títulos, e todos os poderes, que Augusto, o primeiro imperador romano, tinha levado anos a acumular e que Tibério tinha em parte recusado. Assim, e muito rapidamente, o Principado deixou de ser uma lenta consagração política de uma pessoa, para se tornar uma instituição constitucional, de facto uma instituição monárquica, cuja nomeação dependia da aprovação do exército e da investidura formal pelo Senado.
As legiões das províncias aceitaram o decidido em Itália e Roma, e prestaram juramento de fidelidade a Caio, que passou a realizar a cerimónia de juramento anualmente. Os primeiros meses do governo foram calmos, tendo o príncipe mostrado o desejo de governar com o Senado, chamando do exílio as vítimas de Tibério, honrando os membros da sua família - a sua avó Antónia, o seu tio Cláudio, esquecido por toda a gente, e mesmo Gemellus, nomeado co-herdeiro com Caligula por Tibero, que vestiu a toga viril e foi declarado Princeps juventutis. Não proclamou a apoteose de Tibério mas distribuiu o legado imperial como previsto, aumentando o seu valor.
Pouco tempo depois a avó Antónia morreu, a única pessoa que poderia ter alguma influência sobre ele, já que o tinha educado na infância. Adoeceu gravemente, provavelmente com uma depressão nervosa, que terá actuado no seu carácter como um catalisador, mostrando a sua verdadeira natureza. Com pouca saúde, com várias doenças congénitas, como a epilepsia, a doença desequilibrou de uma forma irreversível este jovem dotado, inteligente e bom orador, fazendo com que os autores modernos ainda hoje discutam o significado dos seus actos. É também preciso ter em conta a sua inexperiência e a excitação do exercício do poder, para além da influência dos escravos e dos libertos orientais que conheceu em casa de Antónia, filha de António: é que parece haver em Calígula uma vontade infantil de reviver o sonho do seu antepassado, a «vida inimitável» do monarca helenístico, desdenhoso da austeridade conformista de Augusto e de Tibério.
Logo após o seu restabelecimento, Caio lança-se numa política, se é que é disto que se pode falar, extravagante e cruel que representam o essencial da biografia de Suetónio. Gemellus foi morto, já que era fácil de prever que seria a base de uma oposição futura. Em relação ao Senado mostra-se, tanto irónico como ofensivo, como cruel e sádico. Os melhores servidores de Tibério, velhos e excelentes membros da classe consular, assim como experientes governadores são ridicularizados, subjugados, necessitando de se rebaixar às mais reles baixezas e aterrorizados. Muito são executados sumariamente, algumas vezes em pleno Senado, ou obrigados ao suicídio ouvindo as graçolas do algoz imperial. As enormes despesas em realização de Jogos, em festas e outros esbanjamentos assim como em construções inúteis levam o tesouro deixado por Tibério à exaustão, e para encher os cofres de novo volta-se às condenações de ricos, tanto em Roma como na Gália, com confisco dos bens.
No começo da sua governação Calígula contrariou muitas das decisões de Tibério, projectando entregar aos comícios as eleições que lhes tinham sido retiradas em 14, mas a ideia não foi para a frente. Queria governar, dizia, para o povo e a classe equestre, rodeando-se de libertos. Nomeia-se cônsul todos os anos, tirando o ano de 38, para sublinhar a preeminência do princeps na constituição. Retirou ao procônsul de África o comando da 3.ª Legião, Augusta, para que todas as tropas estivessem nas mãos dos legados imperiais. Mas, de facto, não mudou praticamente nada o pessoal administrativo das províncias, que não sofreram das suas loucuras, tirando a Gália, em que residiu entre 38 e 40, tendo em Lyon uma corte magnífica, rodeado de príncipes orientais, como Júlio Agripa, ou helenizados como Ptolomeu da Mauritânia, neto de António e Cleópatra, pela sua mãe Cleópatra Selena). A sua política externa opõem-se também aqui à de Tibério, e mesmo à de Augusto, que pretendiam acabar com os vários estados clientes existentes no Oriente. Calígula entregou vários territórios, como a Trácia, a Arménia, a Itureia, Damasco, uma parte da Judeia aos herdeiros dos reis desapossados, o que teve como resultado aumentar a confusão.
Mas há outro fio condutor. Calígula quis, e claramente desta vez, governar como um monarca oriental, como um déspota, de acordo com o seu bel-prazer. O mais grave é que para realizar o que pretendia não necessitava de modificar as bases do principado fundado por Augusto, já que os princípios de uma monarquia sem controlo estavam presentes na obra do «restaurador da liberdade» (vindex libertatis). Algumas das iniciativas de Calígula foram arcaizantes, como as festas em honra de Jupiter Latiar ou a reconstituição do rito do Rex Nemorensis (regresso às origens : aos montes Albanos), possivelmente inspirados pelo seu tio Cláudio, um sábio «antiquário». Os outros aspectos da política religiosa são mais lógicos; exaltação da ideologia oriental helenistica e de auto-deificação. Fez construir templos, sobretudo no Oriente, onde a sua estátua era colocada ao lado da divindade no naos. Tentou impor aos senadores a genuflexão como forma de saudação (proskysene), como Diocleciano fará dois séculos e meio mais tarde. Divinizou Drusila, a sua irmã referida, tanto em Roma como nas províncias, após a sua morte em 38, e rendeu-lhe culto como às mulheres-irmãs dos reis Ptolomeus do Egipto helenístico, o que fez nascer os boatos sobre relações incestuosas entre os dois. Tentou que o Senado mandasse construir um templo em sua honra no Capitólio, e enquanto esperava aumentou o templo de Castor e Polux, onde era adorado em pessoa. Fez ligar o seu palácio no Palatino ao Capitólio por uma passagem imensa, afim de poder contactar Júpiter mais facilmente, segundo as suas próprias palavras. A lembrança de António, a recordação da sua visita a Alexandria, acompanhando os pais, em 18 quando tinha 6 anos, a sua preferência pela monarquia Ptolemaica explica a sua devoção ao culto de Ísis. Por isso autorizou o culto, proscrito por Tibério, construiu no Campo de Marte um Isaeum, e inscreveu o culto de Ísis no calendário romano. As províncias orientais aceitaram facilmente esta política que irritava os Romanos. Mas ao querer colocar a sua estátua no templo de Jerusalém entrou em conflito com os Judeus.
Em Roma, onde tudo ainda se decidia, se as províncias se mantivessem calmas, as coisas não podiam manter-se assim durante muito tempo. Depois de ter alienado as classes dirigentes, Calígula teve a imprudência de criar impostos para os artífices e os comerciantes da capital, não perdendo também uma ocasião de insultar os tribunos das coortes pretorianas, que eram o único apoio que lhe restava. Após o falhanço sangrento de numerosas conspirações, foi finalmente assassinado pelo tribuno do pretório Cassius Chaerea, que foi o executor de uma conspiração onde se encontravam senadores, um dos dois perfeitos do pretório e de libertos importantes, cansados de tanto loucura.
O reinado trágico e louco de Calígula acabava em sangue, o primeiro de uma longa série. Mas, sob muitos pontos de vista, a política de Calígula não era completamente demente nem prematura: a hora do despotismo oriental é que ainda não tinha chegado a Roma. E de facto, havia outras maneiras de resolver as contradições deste regime monárquico fundado no respeito da tradição republicana, e o reinado seguinte, de Cláudio, iria mostrá-lo.
Fonte:
Paul Petit, Histoire Générale de l'Empire Romain, 1, Le Haut-Empire (27 av. J.-C. - 161 ap. J.-C.), Paris, Éditions du Seuil («Univers Historique»), 1974.
sexta-feira, 15 de setembro de 2017
Conteúdo - René Descartes - Obras
-"Regras para a direção do espírito" (1628) - a obra da juventude inacabada na qual o método aparece em forma de numerosas regras;
-"O Mundo ou Tratado da Luz" (1632-1633) - a obra contém algumas das conquistas definitivas da física clássica: a lei da inércia, a da refração da luz e, principalmente, as bases epistemológicas contrárias ao que seria denominado de princípio da ciência escolástica, radicada no aristotelismo;
-"Discurso sobre o método" (1637);
-"Geometria" (1637);
-"Meditações Metafísicas" (1641);
-"Princípios de Filosofia" (1644);
Notícia - NASA quer caçar cometas com arpões
A agência espacial norte-americana NASA está a preparar um sistema que permita capturar e trazer para a Terra amostras do núcleo de cometas utilizando um arpão especial.O sistema - que está actualmente a ser testado em laboratório - prevê a utilização de um arpão que, lançado de uma sonda espacial, se prenda ao núcleo do cometa e depois seja capaz de capturar uma amostra do material, que será depois transportado de volta à Terra para ser analisado.
Aterrar um aparelho na superfície de um cometa revela-se muito complicado, dado esta ser essencialmente composta por pó e gelo - que se derrete quando o corpo celeste passa próximo do Sol (o que forma a 'cauda', soprada pelo vento solar, que estamos habituados a associar a estes objectos).
A melhor solução, defendem os cientistas do Goddard Space Flight Center, é usar um arpão para prender uma sonda ao corpo celeste.
Os cometas são dos objectos mais antigos do sistema solar, alguns datando mesmo da época da sua formação. O seu estudo é assim considerado essencial para melhor compreender como se formaram o Sol e os os planetas que o rodeiam, incluindo a Terra.
Notícia - Mar dos Açores: o segredo da origem da vida

Não dispomos de uma máquina do tempo que nos permita saber tudo sobre a origem da vida. Para animais e plantas, sobretudo para as que têm partes duras, temos o registo fóssil, mas para os primeiros microrganismos, seres unicelulares, não é tão simples obter pistas.
Pouco nos dizem como seria o ancestral comum a todos os seres vivos, que se crê ser um organismo amante do calor como as arqueas hipertermófilas (microrganismos unicelulares que, à semelhança das bactérias, não têm núcleo), que vivem nas fontes hidrotermais submarinas. Os cientistas acreditam que pelo estudo da vida nestas estruturas, que se encontram nas hidrotermais açorianas, se possa explicar a origem e evolução da vida na Terra.
As fontes hidrotermais localizam-se nas zonas de rifte, fossas tectónicas com centenas ou milhares de quilómetros de extensão na forma de um vale alongado com fundo plano. São o resultado dos movimentos combinados de falhas geológicas paralelas ou quase paralelas na planície oceânica, onde se regista um vulcanismo activo.
Actualmente, são conhecidas nos Açores cinco fontes hidrotermais (‘Lucky Strike’, descoberta em 1992, ‘Menez Gwen’, em 1994, ‘Rainbow’, em 1997, ‘Saldanha’, em 1998 e ‘Ewan’, em 2006), todas elas localizadas a sul do arquipélago açoriano, e a serem alvo de estudos científicos.
NA MIRA DA MEDICINA
Um dos objectivos da investigação científica nas fontes hidrotermais de profundidade é encontrar respostas para sectores como a Medicina e a indústria farmacêutica, que procuram descobrir propriedades anticancerígenas nesses organismos, que sobrevivem em condições extremas (libertação de gases e temperaturas elevadas). Ao adaptarem-se às condições dessas fontes, bactérias e outros organismos podem ter desenvolvido moléculas úteis à Medicina ou à indústria. Na biotecnologia, as fontes hidrotermais do mar profundo são vistas como um mundo admirável...
NOTAS
ROV 'LUSO'
O único equipamento português de prospecção do fundo do mar foi recentemente comprado pelo Ministério da Defesa. O ROV ‘Luso’ pode atingir os 6000 metros.
'ALVIN'
O submersível ‘Alvin’, da Infremer, que em 1979 mergulhou pela primeira vez no rifte dos Galápagos em busca de fontes hidrotermais, tem sido um dos mais activos nos Açores.
DORSAL MÉDIA OCEÂNICA
Nos locais onde as placas tectónicas divergem, produz-se novo fundo do mar. Quando as placas se afastam, criam um rifte (abertura). O magma ascende do manto através do rifte, formando vulcões e criando uma cadeia montanhosa submarina, chamada dorsal média oceânica.
ONDE É
A Dorsal Média Atlântica, a mais longa do mundo e fica no ponto onde as placas Eurásia e Africana estão a divergir da placa Norte-americana e Sul-americana. Estende-se por 16 mil quilómetros desde o oceano Árctico até depois da extremidade sul da África. É equidistante dos continentes que estão de ambos os lados do Atlântico e ergue-se 2000-4000 metros acima do fundo do mar. Uma cadeia de vulcões percorre a sua extensão, nomeadamente na Islândia, onde uma erupção em 1963 criou uma nova ilha vulcânica, Surtsey. A ilha de Ascenção e os Açores ficam sobre a dorsal.
COMO ACONTECE
1. A água do mar penetra na crosta terrestre através das falhas que se abrem à medida que o fundo se expande, penetrando vários quilómetros na crusta recém-formada.
2. A água fria reage com a rocha quente perto do depósito de magma atingindo 350-400º centígrados.
3. Sobreaquecida, a água dissolve minerais das rochas por onde passa, incluindo enxofre, que forma ácido sulfídrico.
4. A água quente ascende através das fendas e é expelida pelas fontes sob a forma de névoa quente cheia de minerais.
A VIDA A MAIS DE 300º C
Aquecida pelo magma a água dissolve os minerais das rochas. Quando sai pelas fontes, é arrefecida pelo mar e faz os minerais separarem-se e formar algo parecido com nuvens de fumo, brancas (sílica e anidrite, um mineral branco) ou negras (partículas de sulfureto); outros minerais depositam-se e formam chaminés, que podem crescer 30 cm por dia.
Apesar da alta temperatura, muitos seres ali vivem, sem luz solar, com destaque para os vermes tubiformes. Podem ter dois metros de comprimento e a espessura de um braço humano. Não tem boca nem intestino. Tem dentro de uma bolsa corporal um órgão chamado trofosoma, cheio de aglomerados de bactérias.
As plumas branquiais carmesim do verme, que saem de um tubo rígido profundamente enterrado em fendas para se manterem na vertical, recolhem sulfuretos da água das fontes e as bactérias (que chegam a representar mais de metade do peso do corpo) usam-nos para produzir matéria orgânica, que o verme absorve.
Mário Gil
Pouco nos dizem como seria o ancestral comum a todos os seres vivos, que se crê ser um organismo amante do calor como as arqueas hipertermófilas (microrganismos unicelulares que, à semelhança das bactérias, não têm núcleo), que vivem nas fontes hidrotermais submarinas. Os cientistas acreditam que pelo estudo da vida nestas estruturas, que se encontram nas hidrotermais açorianas, se possa explicar a origem e evolução da vida na Terra.
As fontes hidrotermais localizam-se nas zonas de rifte, fossas tectónicas com centenas ou milhares de quilómetros de extensão na forma de um vale alongado com fundo plano. São o resultado dos movimentos combinados de falhas geológicas paralelas ou quase paralelas na planície oceânica, onde se regista um vulcanismo activo.
Actualmente, são conhecidas nos Açores cinco fontes hidrotermais (‘Lucky Strike’, descoberta em 1992, ‘Menez Gwen’, em 1994, ‘Rainbow’, em 1997, ‘Saldanha’, em 1998 e ‘Ewan’, em 2006), todas elas localizadas a sul do arquipélago açoriano, e a serem alvo de estudos científicos.
NA MIRA DA MEDICINA
Um dos objectivos da investigação científica nas fontes hidrotermais de profundidade é encontrar respostas para sectores como a Medicina e a indústria farmacêutica, que procuram descobrir propriedades anticancerígenas nesses organismos, que sobrevivem em condições extremas (libertação de gases e temperaturas elevadas). Ao adaptarem-se às condições dessas fontes, bactérias e outros organismos podem ter desenvolvido moléculas úteis à Medicina ou à indústria. Na biotecnologia, as fontes hidrotermais do mar profundo são vistas como um mundo admirável...
NOTAS
ROV 'LUSO'
O único equipamento português de prospecção do fundo do mar foi recentemente comprado pelo Ministério da Defesa. O ROV ‘Luso’ pode atingir os 6000 metros.
'ALVIN'
O submersível ‘Alvin’, da Infremer, que em 1979 mergulhou pela primeira vez no rifte dos Galápagos em busca de fontes hidrotermais, tem sido um dos mais activos nos Açores.
DORSAL MÉDIA OCEÂNICA
Nos locais onde as placas tectónicas divergem, produz-se novo fundo do mar. Quando as placas se afastam, criam um rifte (abertura). O magma ascende do manto através do rifte, formando vulcões e criando uma cadeia montanhosa submarina, chamada dorsal média oceânica.
ONDE É
A Dorsal Média Atlântica, a mais longa do mundo e fica no ponto onde as placas Eurásia e Africana estão a divergir da placa Norte-americana e Sul-americana. Estende-se por 16 mil quilómetros desde o oceano Árctico até depois da extremidade sul da África. É equidistante dos continentes que estão de ambos os lados do Atlântico e ergue-se 2000-4000 metros acima do fundo do mar. Uma cadeia de vulcões percorre a sua extensão, nomeadamente na Islândia, onde uma erupção em 1963 criou uma nova ilha vulcânica, Surtsey. A ilha de Ascenção e os Açores ficam sobre a dorsal.
COMO ACONTECE
1. A água do mar penetra na crosta terrestre através das falhas que se abrem à medida que o fundo se expande, penetrando vários quilómetros na crusta recém-formada.
2. A água fria reage com a rocha quente perto do depósito de magma atingindo 350-400º centígrados.
3. Sobreaquecida, a água dissolve minerais das rochas por onde passa, incluindo enxofre, que forma ácido sulfídrico.
4. A água quente ascende através das fendas e é expelida pelas fontes sob a forma de névoa quente cheia de minerais.
A VIDA A MAIS DE 300º C
Aquecida pelo magma a água dissolve os minerais das rochas. Quando sai pelas fontes, é arrefecida pelo mar e faz os minerais separarem-se e formar algo parecido com nuvens de fumo, brancas (sílica e anidrite, um mineral branco) ou negras (partículas de sulfureto); outros minerais depositam-se e formam chaminés, que podem crescer 30 cm por dia.
Apesar da alta temperatura, muitos seres ali vivem, sem luz solar, com destaque para os vermes tubiformes. Podem ter dois metros de comprimento e a espessura de um braço humano. Não tem boca nem intestino. Tem dentro de uma bolsa corporal um órgão chamado trofosoma, cheio de aglomerados de bactérias.
As plumas branquiais carmesim do verme, que saem de um tubo rígido profundamente enterrado em fendas para se manterem na vertical, recolhem sulfuretos da água das fontes e as bactérias (que chegam a representar mais de metade do peso do corpo) usam-nos para produzir matéria orgânica, que o verme absorve.
Mário Gil
Biografia - Yasser Arafat
Yasser Arafat foi, durante largos anos, a mais importante figura do movimento que tem vindo a pugnar pela formação de um Estado palestiniano. Convencido da superioridade das reivindicações do seu movimento, combateu, com ardor, todos aqueles que se opuseram à sua causa, surgindo, nos últimos anos, como uma espécie de mártir.
Arafat sempre se retraiu a expor a sua vida privada. O seu casamento com a palestiniana Suha Tawil, foi mantido em segredo largos meses. Deste enlace teve uma filha, Zahwa. Embora existam divergências sobre o seu local de nascimento, declarou ter vindo ao mundo em Jerusalém, a 24 de Agosto de 1929. Ainda criança, foi, com a sua família, para o Egipto, tendo concluído, em 1956, o curso de engenharia, na Universidade do Cairo. Nesse ano, durante a crise do Canal do Suez, participou voluntariamente no exército egípcio, tendo Iniciado, a seguir, a sua carreira como engenheiro no Kwait.
Em 1959, fundou o grupo Fatah, hoje uma das principais facções da Organização para Libertação da Palestina (OLP). A Organização, formada em 1964, compreendia, para além do Fatah, um apreciável número de grupos que pugnavam pela libertação da Palestina. Foi a Fatah, no entanto, quem, a partir da Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, demonstrou possuir um maior poder organizativo, pelo que, desde então, passou a liderar a OLP. A partir dessa altura, Arafat assumiu a presidência do Comité Executivo desta Organização. Uma parte apreciável da população palestiniana passou a ver em Arafat um estratega capaz de zelar pelos seus interesses na disputa territorial com os israelitas.
A ideia inicial da OLP era a constituição de um Estado palestiniano no lugar do Estado de Israel. No entanto, Arafat, ao reconhecer, em 1988, o Estado de Israel, passou a pressupor a existência de um Estado palestiniano coexistindo com os territórios israelitas. Para alguns analistas políticos, este reconhecimento não invalidou a percepção que Arafat detinha sobre o conflito.
Arafat recusou, nos anos noventa, uma proposta de paz apresentada pelo presidente israelita Ehud Barak, uma vez que esse acordo não contemplava uma solução para o regresso dos refugiados palestinianos e não tecia quaisquer considerações sobre o estatuto da cidade de Jerusalém, que ambos os povos disputam.
Em 1993, surgiu, no horizonte, uma esperança para o fim do conflito. Reunidos em Oslo, Arafat e o primeiro-ministro israelista Yitzak Rabin, tentaram conciliar as suas divergências, trazendo para o povo palestiniano a esperança de, em breve, poder constituir um estado próprio. A boa vontade demonstrada por ambos os líderes conduziu a que o prémio Nobel da Paz lhes fosse atribuído em 1995. Na sequência dos acordos de paz estabelecidos na reunião de Oslo, decorreram, em 1996, eleições na Palestina, tendo Arafat sido eleito presidente da Autoridade Palestiniana. Infelizmente, as cláusulas do acordo foram sendo, pouco a pouco, desrespeitadas, o que levou alguns analistas políticos a considerar que se perdeu uma boa oportunidade de encetar novos processos que conduzissem a uma situação de paz real na região.
Tendo fracassado todas as tentativas de conciliação, a guerra entre os dois povos endurece.
No ano 2000, surge, na Cisjordânia, a segunda Infantada, que os israelitas consideram ser impulsionada por Arafat, pelo que cercam os seus escritórios em Ramallah, na Cisjordânia, mantendo-o numa situação de isolamento apenas quebrada a 28 de Outubro 2004, em virtude do líder da Autoridade Palestiniana necessitar de tratamento médico urgente. Conduzido ao Hospital Militar de Paris, acaba por falecer a 11 de Novembro desse ano, deixando atrás de si um sonho por realizar e um futuro incerto na região.
Biografia retirada de O Leme
Biografia retirada de O Leme
Biografia - Lena d'Água
Helena Maria de Jesus Águas, filha do conhecido jogador de futebol José Águas, nasceu a 16 de Junho de 1956, em Lisboa. Começou a cantar apenas para amigos em festas particulares. Com 18 anos participa na peça de teatro "Viagem à Iris" em que entravam também os músicos Armando Gama e Ramiro Martins (seu futuro marido).
Em 1976, poucos meses depois do nascimento da sua filha Sara, entra para os Beatnicks. O grupo grava um single com os temas "Somos o Mar" e "Jardim Terra". Saí do grupo em 1978. Ainda nesse ano participa na gravação do disco "Ascenção e Queda" dos Petrus Castrus.
Em finais de 1978 participa na peça infantil "Ou Isto Ou Aquilo".
Zé da Ponte e Luís Pedro Fonseca fundam uma empresa especializada em trabalhos de publicidade e produção de discos. Os dois primeiros produtos da empresa foram o álbum "Qual É a Coisa Qual é Ela" (com 12 adivinhas de Maria João Duarte) e um single com "Poemas de Duas Mulheres" ("O Novo Livro", soneto de Florbela Espanca e "A Cantiga de Bábá" com um poema de Cecília Meireles). Lena d´Água também grava para a Discoteca Dois Mil.
Em 1980 participa no Festival da Canção com um "Olá, Cega Rega" da autoria de Paulo de Carvalho. Entra para os Salada de Frutas com quem grava o álbum "Sem Açúcar" (1980) e o single "Robot" (1981) que foi um enorme êxito. Em Setembro de 1981, Lena d'Água é despedida do grupo e Luís Pedro Fonseca, que não tinha sido consultado dessa decisão, também sai do grupo.
Uma semana depois assinaram contrato com a Valentim de Carvalho e formam uma nova banda, a "Atlântida". O single "Vígaro Cá, Vígaro Lá" é lançado em Novembro de 1981.
No ano seguinte é editado o álbum "Perto de Ti", com produção do inglês Robin Geoffrey Cable, que incluía temas como "Perto de Ti", "Nuclear Não Obrigado", "Demagogia" e "No Fundo dos Teus Olhos de Água". Apesar do sucesso dos singles o álbum não vende muito.
Em 1983 foi lançado um single, produzido por Cable, com os temas "Jardim Zoológico" e "Papalagui". Os dois temas obtém algum "airplay" radiofónico. Nesse ano participa no filme "Sem Sombra de Pecado".
O projecto em que a cantora iria interpretar temas de António Manuel Ribeiro (UHF) envolveu um produtor inglês, reuniões e ensaios em Almada mas nunca veria a luz do dia.
Em Outubro de 1984 é editado o álbum "Lusitânia" com letras de José Fanha, Jorge Palma, Eugénia Melo e Castro e Ronaldo Bastos para músicas de Luís Pedro Fonseca. Pela primeira vez é feita uma versão inglesa com o propósito, não concretizado, de lançar o disco no estrangeiro. O tema mais conhecido deste disco, que valeu o Se7e de Ouro a Lena d'Água, foi o slow "Sempre Que o Amor Me Quiser".
Ainda em 1984, em Dezembro, é lançado o seu livro de poesias "A Mar Te" numa edição da Ulmeiro.
Para trás foi sendo deixada uma atitude e música de ligações ao rock a favor de uma síntese de vários géneros. A Banda Atlântida é dissolvida em 1985 e Luís Pedro Fonseca decide passar da ribalta para os bastidores.
Lena participa no disco "Abraço a Moçambique" e na banda sonora da novela "Chuva Na Areia". Em Setembro de 1985 assina com a editora CBS.
Em Fevereiro de 1986, a EMI-Valentim de Carvalho lança a compilação "80/84". O álbum "Terra Prometida", produzido por Robin Geoffrey Cable e Luís Pedro Fonseca, é editado em Maio de 1986. O tema de maior sucesso é "Dou-te Um Doce" da autoria de Luís Pedro Fonseca. Outro dos temas em destaque é "O Beco".
Em 1987 é editado o álbum "Aguaceiro", produzido por António Emiliano, cujo tema-título é da autoria da dupla Carlos Tê/Rui Veloso. O disco inclui também temas como "Voar" (de José Fanha e J. Raharitahiana), "Fim do Verão" (de Pedro Ayres Magalhães) e versões de "Era Um Redondo Vocábulo", "A Barca dos Amantes" e "Estou Além" (de António Variações).
Recebe o Sete de Ouro de 1987 na categoria Pop/Rock.
Em Novembro de 1989 é editado o álbum "Tu Aqui" que marcou o reencontro de Lena d'Água com Guilherme Inês e Zé da Ponte. Um dos destaques deste disco foi a inclusão de cinco temas inéditos de António Variações. A versão em CD inclui também a versão de "Estou Além".
Lançou "Ou Isto Ou Aquilo" em 1992. O disco destinado a crianças e ao público infantil, que incluía canções da peça com o mesmo nome representada pela cantora, que também assina a direcção musical, em finais de 1978. Doze canções com versos de Cecília Meireles e música, arranjos e produção de Luís Pedro Fonseca.
Em 1993, conjuntamente com Helena Vieira, Rita Guerra e Pedro Osório, forma o projecto "As Canções do Século" que gravaria um disco e que seria apresentado ao vivo durante os seis anos seguintes.
A compilação "O Melhor de Lena D'Água - Sempre Que O Amor Me Quiser" foi editada em 1996.
Resolve afastar-se dos palcos e fazer uma vida normal. Deixou de ser artista mas nunca deixou o mundo da música.
Colaborou com a Brigada Victor Jara num dos temas do disco "Novas Vos Trago", editado em 1999.
Em 2000, Lena d'Água colabora com os angolanos SSP numa nova versão de "Sempre Que O Amor Me Quiser". O disco é dedicado ao falecido Ramiro Martins que foi produtor do grupo.
No dia 27 de Junho de 2000, a Sic transmitiu o telefilme "A Noiva" de Luis Galvão Teles. O tema principal é "Laura", um original de Catarina Furtado e João Gil, interpretado por Jorge Palma, Lena d'Água e Diogo Infante.
Participa na edição de 2000 do Festival da OTI com o tema "Mar Portugal" da autoria do maestro José Marinho. O tema é incluído no disco da Orquestra Nova Harmonia.
O tema "A Luz Que Eu Vi", da autoria de Dina, é incluído na banda sonora da novela "Sonhos Traídos" (2002).
Colabora novamente com a Brigada Victor Jara no álbum "Ceia Louca" de 2006. No final do ano grava um DVD com lançamento previsto para 2007.
Em 2007 é editado em disco o concerto gravado no Hot Clube.
(1) O disco "Qual é Coisa Qual é Ela", uma produção Edisom com edição da Rossil, aparece creditado a Maria Helena Águas nos rótulos.
(2) O disco "Lusitânia" contou com a participação de todos os elementos da banda Atlântida e com a colaboração especial da guitarra acústica de João Maló, que a partir daí passou a fazer parte do grupo.
(3) A cantora pretendia gravar uma versão de "Anjinho da Guarda" só depois foi escolhido fazer-se uma versão de "Estou Além".
(4) Jaime Ribeiro, irmão de António Variações, entregou à cantora seis cassetes para que ouvisse. "Levo às pessoas aquilo que ele não teve tempo de lhes entregar: as coisas que escreve e que canta, que são do mais humano e sincero, e que tem a ver com todos os verdadeiros seres humanos.", disse a cantora.
DISCOGRAFIA
Perto de Ti (LP, EMI, 1982)
Lusitânia (LP, EMI, 1984)
80/84 (Compilação, EMI, 1986)
Terra Prometida (LP, CBS, 1986)
Aguaceiro (LP, CBS, 1987)
Tu Aqui (CD, CBS, 1989)
Ou Isto Ou Aquilo (CD, Lua Azul/Edisom, 1992)
As Canções do Século [Com Rita Guerra e Helena Vieira] (CD, Polygram, 1994)
O Melhor de Lena D'Água - Sempre Que O Amor Me Quiser (Compilação, Megadiscos, 1996)
Sempre (2CD, EMI, 2007)
SINGLES
O Nosso Livro/A Cantiga da Bábá (Single, Edisom/Movieplay, 1979)
Vígaro Cá, Vígaro Lá/Labirinto (Single, EMI, 1981)
Perto de Ti/Da Noite (Single, EMI, 1982)
Demagogia/No Fundo dos Teus Olhos de Água (Single, EMI, 1982)
Jardim Zoológico/Papalagui (Single, EMI, 1983)
Sempre Que o Amor Me Quiser/Lusitânia (Single, EMI, 1984)
Dou-te Um Doce/Terra Prometida (Single, CBS, 1986)
Tudo Bem (remix) (Máxi, CBS, 1986)
Estou Contigo/Valsa Nova (Single, CBS, 1986)
Estou Além/Bela Adormecida (Single, CBS, 1987)
Tu Aqui/Tu Aqui (Instrumental) (Single, CBS, 1989)
Para Ti/Já Não Sou Quem Era (Single, CBS, 1989)
Mar Portugal/Mar Portugal (Instrumental) (Promo, RTP, 2000)
COMPILAÇÕES SE
Demagogia - Colecção Caravela (Compilação, EMI, 1996)
(Compilação, Disky, 200*)
Colectâneas
Top Jackpot - Secret Love (1984)
Chuva Na Areia (1985) - Mar Em Que Te Despes
Perdidamente - As Melhores de João Gil (2001) - Laura (com Jorge Palma e Diogo Infante)
Sonhos Traídos (2002) - A Luz Que Eu Vi
NO RASTO DE...
Lena d´Água fez um disco para crianças ("Ou Isto Ou Aquilo"), encontrou-se com o Jazz, dedicou-se à escrita e gravou as canções do século. Começou a preparar um novo disco que ainda não conseguiu editar. Chegou a tocar com o grupo de música popular Gallandum e também colaborou com a Brigada Victor Jara. Foi a intérprete do tema dedicado ao fim do Estádio da Luz. Tem alguns projectos ao vivo, um dedicado a Billie Holliday, outro a Ellis Regina e um terceiro apenas com autores portugueses (José Mário Branco, Zeca Afonso, Sérgio Godinho, Xutos e Pontapés e Camané, entre outros).
Luís Pedro Fonseca produziu seis discos de Rão Kyao. Continuou a trabalhar na retaguarda de muitos projectos de estúdio, e assinou música de anúncios ou genéricos televisivos. Em 1987 lançou o disco "Here Below/Cosmic Stage" (como Da Fonseca). Assinou temas para Paulo Gonzo e Theresa Mayuko, entre outros. Produziu o disco "Trás-os Montes" de Né Ladeiras. Fez música para teatro tendo trabalhado com Carlos Avilez no Teatro Experimental de Cascais, e no Teatro Nacional D. Maria II, em peças como "Rei Lear", "A Dama das Camélias" ou "A Maçon". Mais recentemente lançou os discos "Concerto para o Sol" e "Shamballah". Em 1976 musicou o filme "O Diabo desceu à Vila", realizado pelo seu pai, Teixeira da Fonseca. Um dos seus objectivos é compor música para cinema.
Atlântida: Luís Pedro Fonseca (teclas e percussões), Necas (bateria), António Cordeiro (Saxes e flauta), Carlos Fortuna (Guitarra Solo), Zeca Neves (baixo) e Nanã Sousa Dias (Saxes e flauta). Ainda chegou a contar com Luis Moreira (trompete). .
O saxofonista Nanã Sousa Dias saiu da banda Atlântida em 1983, aceitando o convite de Rui Veloso para integrar a sua banda. Actuou em vários festivais de Jazz, tocou com músico de estúdio e produziu discos de jazz. Lançou um disco com os "Bit" (VC, 1984) e gravou vários discos a solo: "Ousadias" (Polygram, 1986); "Aqui Tudo Bem" (Polygram, 1988); "Temas de Natal" (Movieplay, 1994) e "Tom Maior" (Groove, 1995). Também se tem dedicado á fotografia.
Zeca Neves (baixo) também fez parte dos Bit. Mais recentemente tocou com os Fúria do Açucar e actualmente tem um projecto com Nicole Eitner (ex-Delfins) e o Sexteto de Zeca Neves.
António Cordeiro tinha tocado com Necas nos Ananga Ranga. Além de tocar sopros era também o manager da banda.
"Canções Para Os Nossos Filhos" - Canções com adivinhas. Arranjos e direcção musical de Luís Pedro Fonseca e Zé da Ponte. (reedição Videofono): A Escola, A Aldeia, O Fotógrafo, A Fábrica, O mar, O Comboio, A Caixeira, O Pastor, O Circo, O Pescador, O Sol, O Pedreiro.
Notícia retirada daqui
Conteúdo - A tentar perder peso? Erros a evitar - Sentir-se desencorajado
Perder peso leva tempo, mas não é impossível. Todos reagem à dieta e ao exercício de forma diferente. Enquanto alguns podem perder 1-2 quilos numa semana, outros podem levar um pouco mais. Não compare os seus alvos com os de outra pessoa e não se desanime com pequenos contratempos. É tudo parte do processo.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Conteúdo - René Descartes - Medicina - Teoria do ato de reflexo
Pela linha de raciocínio mecânica da anatomia, Descartes observava que alguns robôs, na época criados para entreter as pessoas, tinham seus movimentos realizados através de canos por onde passava água sob pressão, fazendo com que as partes móveis dos robôs (pernas, braços e cabeça) ganhassem movimentos que imitavam o do ser humano.
Porém, percebeu que, mesmo parecendo um movimento humano, os robôs apenas se movimentavam por causa da água que circulava em seus tubos, não sendo resultado da ação voluntária da máquina. Assim, o ser humano é algo muito mais complexo do que movimentos, podendo executar ações independente de sua vontade.
Essa questão fez com que Descartes elaborasse a ideia do undulatio reflexa, modernamente conhecida como teoria do ato de reflexo, segundo a qual um estímulo externo pode gerar um movimento corporal que não depende da vontade do sujeito, como por exemplo, a perna se mover quando um médico bate no joelho com um pequeno martelo (reflexo patelar). Por essa teoria, o comportamento reflexo não envolve pensamento
Notícia - Finalmente está provado que Mercúrio tem água
As pistas e indícios da existência de água no planeta mais próximo do Sol acumulavam-se, mas a sonda Messenger finalmente provou que existe mesmo água em Mercúrio.
As primeiras pistas da existência de água em Mercúrio foram obtidas por sinais de rádio há duas décadas atrás. A sonda Messenger depois de lançada rapidamente detectou indícios da existência de água e agora confirmou finalmente que as pistas estavam certas. Mercúrio tem água gelada no seu pólo Norte!
A comunidade científica pode agora afirmar que o planeta Mercúrio alberga toneladas de água gelada. Esta água encontra-se depositada em crateras com sombra constante e grande parte desta água gelada encontra-se por baixo de uma camada de material negro rico em moléculas voláteis.
Fonte: Nuno Leitão / BBC
Notícia - “Ano Darwin” é uma boa oportunidade para “fazer cultura científica em Portugal”

A apresentação do “Ano Darwin” aconteceu hoje no Pavilhão do Conhecimento em Lisboa. O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lembrou durante a apresentação que Darwin fez algumas das suas primeiras observações em território português, nomeadamente nos Açores, quando iniciou a sua viagem de exploração do Atlântico Sul a bordo do Beagle.
O ministro considerou que está ainda por se “fazer a História de Darwin em Portugal". Concretamente, não existe uma catalogação de todas as publicações em português sobre o célebre naturalista inglês, uma história dos debates que chegaram e se produziram em Portugal, e ainda a história da sua correspondência com portugueses. São tarefas para cuja realização exortou os investigadores e historiadores da ciência como parte de uma actividade consistente para "nos devolver o passado, que não existe feito, tem de se construir".
As comemorações do "Ano Darwin" vão ter um programa de iniciativas promovido em parceria pela Agência Ciência Viva e os Laboratórios Associados. Mariano Gago chamou também a atenção para o portal www.Darwin2009.pt, como plataforma universal de informação sobre as múltiplas actividades a decorrer durante o ano no país e no estrangeiro, e sobre material educativo produzido para as escolas a propósito destas celebrações.
De entre essas iniciativas, destacou a exposição "A Evolução de Darwin" a inaugurar na sede da Fundação Calouste Gulbenkian a 12 de Fevereiro, e que transitará em Junho para o Museu Nacional de Ciências Naturais de Madrid, antevendo-a como "provavelmente a melhor exposição sobre Darwin na Península Ibérica".
A intervenção de Mariano Gago antecedeu uma conferência proferida por Michael Ruse, da Universidade da Florida (EUA), considerado um dos mais destacados filósofos da Biologia a nível mundial e autor de uma vasta obra e de numerosos livros, entre os quais "O Mistério de Todos os Mistérios", editado em Portugal.
"Estará o Darwinismo fora de prazo?" era o título da conferência, e a resposta foi "não", sendo que na sua perspectiva o evolucionismo por selecção natural está tão actual como há 150 anos, apesar de todos os desenvolvimentos científicos entretanto ocorridos, designadamente no domínio na Biologia Molecular. "A teoria da evolução transformou-se, mas é a mesma, e o mesmo está a acontecer com as críticas ao evolucionismo", afirmou.
"Na actualidade, o que se critica não é evolução em si mesma mas as mudanças de estilo de vida e de perspectiva social a ela associadas, como o feminismo, a interrupção voluntária da gravidez ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo" - comentou. Mas, para este filósofo, nada melhor do que a crítica e o debate de ideias para estimular a Ciência.
Lusa
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