quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Biografia - Avilez Zuzarte de Sousa Tavares
n: 28 de Março de 1785 em Portalegre
m: 15 de Fevereiro de 1845 em Lisboa
Entrou para o Colégio dos Nobres em 1797 com os seus dois irmãos mais velhos, por motivo da lei sobre os Morgados desse ano, e aí estudou Artes até 1801, data em que regressou a Portalegre. Pouco tempo esteve em casa por ter regressado a Lisboa com a família nesse mesmo ano, devido à guerra que assolava a região. Tendo ingressado no Exército como Cadete foi nomeado Coronel do Regimento de Milícias do Crato em 24 de Junho de 1804. Em 1807 era também escolhido para Superintendente das Coudelarias de Portalegre, função que tinha sido do seu pai.
O Regimento do Crato tendo sido licenciado, por motivo da reforma das Milícias de Outubro de 1807, em 1808 estará livre para organizar e comandar o Regimento de Voluntários de Portalegre, criado pela Junta Governativa de Portalegre, para ajudar na luta contra os franceses. Com a transferência do Regimento para o Exército, enquanto Batalhão de Caçadores n.º 1 foi nomeado, em princípios de 1809, seu comandante com o posto de Tenente-Coronel.Comandou o Batalhão em todas as batalhas e acções de campanha em que este participou, como parte da Divisão Ligeira, até Fevereiro de 1812, da batalha do Côa à de Fuentes d'Oñoro. Nesse ano foi promovido a coronel, e nomeado comandante do Regimento de Infantaria n.º 2, de Lagos, parte da célebre Brigada do Algarve que integrava a única Divisão Portuguesa organizada para servir conjuntamente com o Exército Britânico, tendo participado na conquista de Badajoz e na expulsão dos exércitos franceses de Espanha. Na batalha de Toulouse, última da guerra, comandou interinamente a brigada de que fazia parte. A mulher passou a acompanhá-lo a partir de Badajoz.
Em 1816 foi promovido a Brigadeiro, e em 1817, devido à organização da Divisão de Voluntários do Príncipe, que foi para o Brasil ajudar na conquista de Montevideu, foi-lhe dado o posto de Marechal de campo. Em 1818, tornou-se Governador de Montevideu. Fez toda a campanha na «Banda Oriental do Uruguai», distinguindo-se na batalha de Paço de Arenas, em Setembro de 1819. Em 1821, ainda no Brasil, foi graduado em Tenente general devido à sua nomeação para Governador das Armas da Corte e Província do Rio de Janeiro, controlando os tumultos que se tinham dado por motivo da partida do rei e da corte para Lisboa. Em 5 de Julho de 1821 enquanto comandante das tropas portuguesas no Rio dirigiu o ultimato ao príncipe D. Pedro, para que jurasse as bases da Constituição, demitisse o conde dos Arcos e nomeasse uma junta governativa. Mais tarde, em Outubro, exigiu novamente a D. Pedro que anunciasse publicamente a sua adesão às decisões das Cortes reunidas em Lisboa. D. Pedro acatou de novo e decidiu-se, num primeiro impulso a regressar, também ele, à Europa. Mas em Janeiro de 1822 declarou publicamente que tinha decidido ficar no Brasil. Jorge de Avilez demitiu-se do governo das armas e com receio de um ataque das tropas brasileiras recuou para a Praia Grande, que fortificou. A divisão portuguesa embarcou em Fevereiro, chegando a Lisboa em Maio
Regressado a Portugal, foi eleito deputado nesse mesmo ano. Em 1823, foi nomeado pelas Cortes comandante-em-chefe do Exército, para fazer frente às movimentações do Infante D. Miguel. Mas não conseguiu impedir o golpe de estado conhecido pela Vilafrancada, que acabou com o primeiro período liberal restabelecendo o regime absolutista. Foi preso no castelo de S. Jorge, sendo depois transferido para a Torre de Belém. Julgado foi destituído do seu posto de tenente general graduado e condenado a um ano de prisão em Castelo de Vide.
Em Junho de 1827, durante a regência da Infanta D. Isabel Maria, foi ilibado e reconduzido no seu posto. Com o regresso de D. Miguel, o general Avilez pediu licença para ir para Portalegre, mas foi novamente preso, em Junho de 1828, sendo mandado para São Julião da Barra. Em 1832 foi transferido para Almeida e depois para Bragança, de onde conseguiu fugir para Espanha. Entretanto, a sua mulher também foi presa, estando na Torre de Belém, no Limoeiro e no Aljube, mas o corpo diplomático acreditado em Lisboa exigiu a sua libertação e conseguiu-a.
D. Pedro reconciliado com o general, no fim da guerra civil, nomeou-o governador militar da Corte e província da Estremadura, sendo promovido a tenente general efectivo. Com a reorganização do exército passou a comandar a 1.ª divisão militar, sendo mais tarde transferido para a 7.ª, por motivos políticos.
Nomeado Par do reino em 1835, tendo-lhe sido dado o título de Visconde do Reguengo, aderiu ao Setembrismo em 1836, sendo nomeado senador, de acordo com a Constituição de 1838. Em Abril de 1838 foi-lhe concedido o título de conde de Avilez.
F. S. de Lacerda Machado,
O Tenente-general Conde de Avilez (1785-1845), 2 vols.,
Gaia,1931
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Biografia - Cabreira (Sebastião Drago Valente de Brito).
n. 6 de janeiro de 1763.
f. 2 de junho de 1833.
Fidalgo cavaleiro da Casa Real, em sucessão a seus maiores; bacharel formado em matemática pela Universidade de Coimbra; general de brigada de artilharia; governador das Armas do Algarve, e depois das dos Açores; comendador das ordens de Torre e Espada, e de S. Bento de Avis, etc. Nasceu em Faro a 6 de janeiro de 1763, faleceu no Porto a 2 de junho de 1833. Era filho de José Cabreira de Brito e Alvelos Drago Valente de Faria Pereira, fidalgo da Casa Real, sargento-mor da comarca de Faro, e de sua mulher, D. Isabel das Urdes Barreto, filha de Duarte Barreto, doutor em medicina pela Universidade de Coimbra, e médico honorário da Casa Real, e de D. Maria Teresa Urdes, filha dum tenente-coronel inglês do mesmo apelido.
Sebastião Cabreira alistou-se no exército em 1777. Sendo cadete de artilharia, estudou matemática na universidade, e depois de se formar foi promovido a tenente para o Regimento de Artilharia do Algarve, em que servia. Nesse posto entrou nas guerras do Rossilhão e da Catalunha, e depois na de 1801, em que foi comandante de artilharia do exército da Beira Baixa. Tomou parte muito activa na revolta que em junho de 1808 se deu em Faro contra os franceses. Foi depois nomeado membro da junta provisória que se formou no Algarve, e elevado a tenente-coronel de Artilharia 2, distinguindo-se sempre nos sucessos políticos até à derrota dos franceses. Em 1817 teve o posto de coronel para o Regimento de Artilharia n.º 4, estacionado no Porto, e achava-se nesta situação, quando se deu a revolta de 24 de agosto de 1820. Sendo nomeado vice-presidente do governo provisório, que então se formara naquela cidade, marchou para Lisboa à frente do exército, e depois da reunião das duas juntas do Porto e da capital, foi escolhido para presidente da junta preparatória das Cortes. Já com o posto de brigadeiro, foi em 1821 encarregado do comando militar da costa desde o cabo da Roca até à foz do rio Mondego, tendo depois a nomeação de governador das Armas do Algarve.
Em seguida à queda da Constituição ficou exonerado deste cargo, e sendo demitido em 1824, saiu do reino, onde voltou somente, depois do juramento da Carta Constitucional. Foi então reintegrado no posto de brigadeiro, mas emigrou para Inglaterra, logo que o infante D. Miguel chegou a Lisboa, e oferecendo-se para servir na ilha da Madeira como soldado, seguiu a bordo da fragata brasileira Isabel, juntamente com seu irmão Diocleciano Leão Cabreira. depois barão de Faro. Esse navio de guerra, segundo as instruções do marquês de Palmela, deixou na ilha Terceira o general Diocleciano Cabreira encarregado do governo das Armas e Sebastião foi-se-lhe depois reunir, por ter reconhecido a impossibilidade de desembarcar no Funchal. Assistiu à batalha de 11 de agosto, foi nomeado em 1831 comandante geral de artilharia, ficando por vezes incumbido do governo das Armas da ilha Terceira durante a ausência do general em chefe. Veio para Portugal em 1832 acompanhando D. Pedro IV, como comandante geral de artilharia do exército libertador, e logo depois do reconhecimento de Valongo e do combate de Ponte Ferreira, foi nomeado governador interino das Armas do Porto e da província do Minho. Aparecendo sempre. nos pontos mais arriscados em todas as acções que se deram nas linhas do Porto, distinguiu-se especialmente no dia 29 de setembro, em que, vendo o inimigo senhor das trincheiras, puxou da espada, e dirigindo uma breve mas enérgica alocução aos soldados, que estavam meio desanimados, colocou-se à sua frente, e levou as tropas miguelistas de vencida, afastando-as para longe das posições que tinham conquistado. Este rasgo brioso alcançou-lhe a comenda da Torre e Espada. Sebastião Cabreira continuou dando sempre provas de grande valor em todos os ataques que se seguiram.
D. Pedro IV agraciou-o com o titulo de visconde da Guarda, cujo decreto não chegou a publicar-se na folha oficial, por ter aquele monarca sabido que o valente militar falecera no Porto. Sebastião Cabreira era casado com D. Maria Alves Pinheiro Correia de Lacerda Green. Foi pai do falecido barão de Nossa Senhora da Vitória da Batalha. V. este titulo.
Biografia retirada daqui
UFCD - 0123 - Acessórios fotográficos
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Acessórios fotográficos
Código:
0123
Carga Horária:
25 horas
Pontos de crédito:
2,25
Objetivos
- Identificar acessórios para tomadas de vista.
- Identificar acessórios para laboratório.
- Identificar acessórios óticos.
Recursos Didáticos
Conteúdos
- Diferentes tripés
- Monopé
- Cabos de sincronização
- Cabos disparadores
- Controlo remoto
- Pára-sol
- Filtros
- Close-up
Referenciais de Formação
213005 - Operador/a de Fotografia |
Histórico de Alterações
(*) 2008-05-14 Criação de UFCD.
domingo, 18 de fevereiro de 2018
UFCD - 0122 - Software adequado ao tratamento de imagens
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Software adequado ao tratamento de imagens
Código:
0122
Carga Horária:
25 horas
Pontos de crédito:
2,25
Objetivos
- Operar software adequado ao tratamento de imagem.
Recursos Didáticos
Conteúdos
- Manipulação de imagens fotográficas em computador
- Introdução à construção de páginas web
Referenciais de Formação
213005 - Operador/a de Fotografia |
Histórico de Alterações
(*) 2008-05-14 Criação de UFCD.
sábado, 17 de fevereiro de 2018
Biografia - Azedo, Matias José Dias
n: 24 de Fevereiro de 1758 em Lisboa (Portugal)
m: 11 de Fevereiro de 1821 em Lisboa (Portugal)
Filho do Dr. Caetano Dias Azedo, natural do Brasil, assentou praça em 1780 sendo promovido a oficial em 1782. Foi escolhido para professor da Academia Militar que foi criada em 1789, e como todos os professores da Academia viu a progressão na carreira muito facilitada. Em 1800 foi nomeado governador de Campo Maior.
Durante a Guerra de 1801, defendeu a praça durante 10 dias do cerco muito incompetentemente realizado pelo exército espanhol. Como dirá o seu camarada de arma, o na altura capitão Neves Costa, fez o que lhe competia, mas nada mais. Promovido a Coronel, em consideração ao «merecimento, inteligência e distinto valor com que se honrou no governo e defesa da Praça», e logo a seguir a Brigadeiro é nomeado em Outubro chefe da Brigada de Engenheiros da Estremadura. Em 1809, tendo reparado as fortificações de Valença, esteve também na direcção da defesa do rio Minho, que impediu a travessia do rio pelo exército de Soult.
Em Dezembro de 1810 foi escolhido para dirigir o Corpo de Engenheiros, tendo sido também o seu primeiro comandante, quando se criou a arma de Engenharia, nomeação para que terá contribuído os projectos que tinha realizado sobre o Regulamento do Corpo.
Em 1820 fez parte da Junta Provisional Suprema do Reino, saída do compromisso entre as forças que tinham realizado o pronunciamento de Agosto no Porto, e o governo provisório saído do pronunciamento de Lisboa, de 15 de Setembro.
Morreu pouco tempo depois, tendo sido nomeado Inspector das Fronteiras 15 dias antes da sua morte, cargo que por isso nunca exerceu.
Notícia retirada daqui
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