quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
Biografia - Elena Dimitrievna Diakova
Musa do surrealismo, nasceu em Kazan (Rússia) e radicou-se em França convivendo com os surrealistas como Magritt, Breton, Aragon, Tzara. Casou com o poeta Paul Eluard e, em 1929, conheceu o pintor Salvador Dali que faria dela um dos seus temas preferidos e considerava-a sua musa. A ela se deve muito da fama de Dali com quem casou depois de enviuvar. Exerceu enorme fascínio sobre diversos artistas com quem viveu. A sua vida e a do pintor surrealista Dali foram recheadas de acontecimentos e polémicas. Viveram nos EUA e Itália. Salvador Dalí sofreu profundamente com a morte da sua companheira de uma vida, e sobreviveu-lhe escassos anos. Gala está em inúmeras telas de Dali, por esse facto é um dos corpos e rostos mais conhecidos do séc. XX.
Biografia - Sónia Ilinitchna Terk Delaunay
Pintora francesa de origem russa, nasceu na Ucrânia perto de Odessa e viveu em Paris. Casou em segundas núpcias com Robert Delaunay. Admiradora dos pintores Van Gogh e Gauguin realizou em 1911 a primeira obra abstracta. São dessa época os quadros "Tango", "Bal Bullier" e "Prismes Electriques". Ligada a Portugal por aqui ter vivido (Vila do Conde) os três primeiros anos da 1ª Guerra Mundial, deixou telas inspiradas na arte popular portuguesa. O casal Delaunay também residiu em Madrid. Sónia foi um dos vultos maiores da Art Déco: desenhou moda, fez decoração de teatro, figurinos para bailados, nomeadamente para Diaghilev, criou tecidos e especialmente peças de mobiliário. Viveu em Paris de 1921 até falecer. Foi uma das mais representativas artistas da chamada arte abstracta e muito apreciada em vida.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Vídeo - Áreas Protegidas
O tema central dete episódio do programa Biosfera são as áreas protegidas. Veja também uma reportagem sobre os efeitos da radiação electromagnética na saúde. Pode ainda conhecer melhor o bisonte-europeu.
Autoria - Farol de Ideias. Programa emitido pela RTP
tempo:24min47s
língua: portuguêsBiografia - João Baptista Ribeiro
n. 25 de abril de 1790.
f. 24 de julho de 1868.
Comendador da Ordem de Cristo, cavaleiro da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, conselheiro, director e lente jubilado da Academia Politécnica do Porto, pintor muito apreciado, etc.
Nasceu em S. João de Aregos, no distrito de Vila Real, cm 25 de abril de 1790, faleceu em 24 de julho de 1868. Revelando notável vocação para as belas artes, matriculou-se em 1802 na aula de desenho da academia do Porto, que frequentou durante sete anos, recebendo sucessivamente lições dos professores Vieira Portuense, Domingos Vieira, José Teixeira Barreto e Raimundo Joaquim da Costa, obtendo durante o curso três prémios de primeira classe.
Pelo falecimento de Vieira Portuense, sucedido em maio de 1804, foi nomeado director da aula de desenho o distinto pintor Domingos António de Sequeira, por carta régia de 8 de maio de 1806. Entrando na posse do seu cargo, escolheu entre os discípulos mais adiantados da mesma aula cinco, que lhe pareceu que revelavam mais talento, para os iniciar na arte da pintura. João Baptista Ribeiro foi um dos escolhidos, e na verdade, soube aproveitar-se das lições do mestre, e fez tais progressos, que no fim de dois anos, em 1808, pôde pintar para a festa de acção de graças que pela restauração do reino se celebrou na igreja da Graça, quatro painéis que lhe granjearam grande fama, e logo o colocaram na plana dos primeiros artistas daquele tempo. Em 1811 foi nomeado lente substituto da aula de desenho, e continuou a trabalhar, sendo sempre muito apreciado, e tanto que em 1824 foi escolhido para mestre de desenho e de pintura de miniatura, das infantas, filhas de D. João VI. Não tardou, porém, a regressar ao Porto e a cuidar da regência da sua aula, sendo em 1833 nomeado lente proprietário da mesma cadeira. Em 1836 publicou um folheto no Porto com o título: Exposição histórica da criação do Museu Portuense, com documentos oficiais para servir à historia das belas artes em Portugal, etc. Nesse mesmo ano foi nomeado director da Academia de Marinha e Comércio da Cidade do Porto, que depois tomou o nome de Academia Politécnica, continuando ele a dirigi-la, ainda depois de se jubilar como lente da mesma academia, até à data do seu falecimento.
No Periódico dos Pobres do Porto, n.º 79, de 1856, no artigo que em seguida foi transcrito no Braz Tizana n.º 82; e também no n.º 80 do Nacional de 9 de abril de 1859, vêem publicados muitos dados biográficos e notícia minuciosa dos seus trabalhos artísticos.
Informação retirada daqui
Biografia - Alberto de Sousa
Ilustrador e aguarelista
Nasceu em Lisboa, em 6 de Dezembro de 1880;
morreu em Lisboa em 1961.
Aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa e das Escola Industriais do Príncipe Real, Rodrigues Sampaio e Machado de Castro, estudou modelo vivo no Grémio Artístico e na Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em 1897 foi admitido no atelier de desenho industrial que Roque Gameiro dirigia na Companhia Nacional Editora. Deixou o atelier em 1903 e entrou para a Ilustração Portuguesa, a revista semanal do jornal diário de Lisboa O Século, a convite do seu director, Silva Graça. Pouco tempo ficou na revista, passando a ilustrar para publicações como os jornais Mundo, Novidades, A Capital, República, entre outras. Colaborou também para publicações estrangeiras como o L'Illustration e o Illustrated London News.
Aguarelista expôs pela primeira vez em 1901, no Grémio Artístico. Em 1911 concorreu a uma exposição realizada em Madrid e em 1913 teve a sua primeira exposição individual, na redacção de A Capital, passando no começo dos anos 20 a expor regularmente.
Em 1914 foi nomeado conservador artístico na Inspecção das Bibliotecas e Arquivos Nacionais.
Em 1931 participou na Exposição Colonial de Paris com um conjunto de aguarelas dos monumentos portugueses em Marrocos. Dedicou-se também à ilustração de livros, tendo organizado muitas das obras da Enciclopédia pela Imagem.
Fontes:
Enciclopédia Luso Brasileira de Cultura, Enciclopédia Verbo
Biografia - Adriano Sousa Lopes
Pintor português expressionista
Nasceu em Vidigal, Leiria, em 20 de Fevereiro de 1879;
morreu em Lisboa em 21 de Abril de 1944.
Diplomado pela Academia de Belas-Artes de Lisboa, foi discípulo de Luciano Freire e de Veloso Salgado, tendo sido bolseiro em Paris e ali aluno de F. Cormon.
Em 1917, realizou uma notável exposição em Lisboa, de carácter impressionista, continuando a sua obra em termos de certa medida expressionistas, devido ao rigor do seu desenho e o atormentado da composição, e também simbolistas, além do trabalho realizado nas trincheiras da Grande Guerra, como oficial artista, e de decorações históricas, sobre temas evocativos dos descobrimentos marítimos, na Assembleia Nacional, já em 1937, e que não concluiu..
A sua faceta expressionista patenteia-se também nas suas águas-fortes, técnica em que atingiu um grau de mestria rara.
Entretanto foi nomeado director do Museu Nacional de Arte Contemporânea por recomendação de Columbano e em sua sucessão, em 1929.
Entre duas ou mais situações estéticas, coube-lhe um lugar estimável na pintura portuguesa dos anos 20-30
Fontes:
José Augusto França
Museu Militar. Pintura e Escultura.
Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1996
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, 12.º volume
Lisboa, Verbo,1971
Biografia - Abel Manta
Pintor português do séc. XX.
Nasceu em Gouveia, em 12 de Outubro de 1888;
morreu em Lisboa em 9 de Agosto de 1982.
Tendo vindo residir para Lisboa em 1904, inscreveu-se em 1908 na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde cursou Pintura. Concluiu o curso em 1915, tendo ganho o 3.º Prémio da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) no ano seguinte. Estabeleceu-se em Paris de 1919 a 1925, tendo aproveitado para viajar pela Europa, visitando sobretudo a Itália, onde se interessou pelos frescos renascentistas. Na capital francesa expôs, em 1921 e 1923, no salão do La Nationale, e frequentou o curso de gravura da Casa Schulemberger.
Tendo regressado a Portugal, realizou em Lisboa uma exposição individual na Galeria Bobone, tornando-se no ano seguinte professor de Artes Decorativas no Ensino Técnico, e professor da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL) em 1934. Participou na decoração de alguns pavilhões de Portugal em exposições internacionais, realizadas na década de 30 - em 1929 o Pavilhão de Portugal na Exposição de Sevilha, em 1931 e 1937 o pavilhão nas Exposições de Paris.
Obteve o prémio Silva Porto do S.N.I. em 1942 e, em 1949, a primeira medalha da SNBA em Pintura.
Concorreu a várias exposições colectivas, como a 25.ª Bienal de Veneza (1950), a 3.ª Bienal de São Paulo (1955) e, em 1957, à 1.ª Exposição de Artes Plásticas da Fundação Gulbenkian, tendo ganho o Prémio de Pintura. Dois anos depois participou na Exposição Internacional de Bruxelas.
Pintou os retratos de Aquilino Ribeiro, Paiva Couceiro, Bento de Jesus Caraça, entre outros, quadros que se caracterizam pela densidade expressiva. Noutro género, as suas paisagens notáveis pela frescura da cor e pela impressão de realidade. O seu estilo é sóbrio e incisivo, utilizando um colorido vigoroso.
Em 1965 a SNBA realizou uma exposição retrospectiva da obra de Abel Manta. Em 1979 foi condecorado com uma comenda da Ordem de Sant'Iago da Espada, tendo morrido em Lisboa em 1982.
Tinha casado em 1927 com a pintora Clementina Carneiro de Moura, tendo havido um filho do matrimónio, o arquitecto e «cartoonista» João Abel Manta.
Fontes:
Enciclopédia Portuguesa e Brasileira - Verbo; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
Biografia - Cristóvão de Morais
Pintor activo em Portugal de 1551 a 1571.
Artista de provável origem castelhana, pouco se sabe da sua formação e da sua vida artística, tendo estudado possivelmente em Antuérpia. Pintou dois quadros do rei D. Sebastião. Um primeiro, assinado, e datado de 1565, existente no Mosteiro das Descalzas Reales, de Madrid, instituição fundado pela mãe do rei, D. Joana de Áustria, e o existente no Museu de Arte Antiga (por atribuição de José de Figueiredo), e executado em 1571 por ordem da avó do rei, a rainha D. Catarina.
Pintor maneirista, da segunda geração de «italianizantes», que durante os anos 60 e 70 do século 16, e sob influência dos ditames do Concílio de Trento, se separaram da influência classicista do Renascimento, os seus quadros «são duas das pinturas mais notáveis e vincadamente maneiristas que subsistem da época», segundo Vítor Serrão.
Pintou também, por volta de 1580, o Retrato de D. Margarida da Silva e de seu Filho Martim Afonso de Melo, 2.º Conde de São Lourenço (por atribuição de Reinaldo dos Santos). Por meio de documentos publicados por Sousa Viterbo, sabe-se que em 1551 pintou uma liteira real (andas), em 1554 restaurou um leito da câmara da Rainha D. Catarina, e em 1567 pintou o retábulo da capela-mor do Mosteiro da Conceição de Beja, hoje desaparecido. Em 1554 foi escolhido para o cargo de examinador de pintores, tendo sido também Rei de Armas.
Fonte:
Vítor Serrão, A Pintura Maneirista em Portugal, Lisboa, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa («Biblioteca Breve, 65»), 1982
Biografia - Columbano Bordalo Pinheiro
Um dos maiores pintores portugueses.
Nasceu em Lisboa, em 21 de Novembro de 1857;
morreu na mesma cidade em 6 de Novembro de 1929.
Filho do pintor, escultor e gravador Manuel Maria Bordalo Pinheiro, estudou na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde cursou desde os 14 anos de idade desenho e pintura histórica. Na Academia foi discípulo do escultor Simões de Almeida e do mestre Ângelo Lupi, tendo feito o curso em quatro anos em vez dos curriculares sete.
Em 1881 partiu para Paris, beneficiando de uma bolsa de estudo, custeada secretamente por D. Fernando de Saxe-Coburgo, viúvo de D. Maria II, amigo do pai. Foi para França, acompanhado da irmã mais velha, tendo aprendido com Manet, Degas, Deschamps entre outros. Em 1882 apresentou no «Salon de Paris» o quadro «Soirée chez Lui» que foi bem recebido pela crítica, e que está actualmente exposto no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa com o título «Concerto de Amadores».
Este quadro foi exposto em Lisboa, na Promotora, em 1883, após o seu regresso a Portugal, não tendo sido muito bem recebido pela crítica. Junta-se aos artistas do «Grupo do Leão», nome de uma cervejaria de Lisboa, que retratou num quadro que será um dos seus mais conhecidos. O grupo era formado por jovens artistas empenhados numa reforma estética
Foi no domínio da pintura de decoração e nos retratos que se celebrizou, sendo dele as pinturas da sala de recepção do Palácio de Belém, os painéis dos «Passos Perdidos» da Assembleia da República e do tecto do Teatro Nacional. Os retratados, intelectuais sobretudo, incluem Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Teófilo Braga, mas um sobressai: o de Antero de Quental, pintado em 1889.
Em 1901 tornou-se professor de pintura histórica da Academia de Belas-Artes de Lisboa, depois de ter sido preterido no concurso de 1897. Em 1911, foi nomeado pelo novo regime republicano para primeiro director do recém criado Museu de Arte Contemporânea onde se manteve até à reforma.
Era, segundo Diogo de Macedo: «misantropo, fechado em si, dado a análises exaustivas, a dissecações cruéis, teve apenas um grande amor - a pintura».
Fontes:
Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura;
José-Augusto França,
A Arte Portuguesa de Oitocentos,
2.ª ed., Lisboa, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa («Biblioteca Breve»), 1983 (1.ª ed., 1979)
Subscrever:
Mensagens (Atom)