n. 25 de abril de 1790.
f. 24 de julho de 1868.
Comendador da Ordem de Cristo, cavaleiro da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, conselheiro, director e lente jubilado da Academia Politécnica do Porto, pintor muito apreciado, etc.
Nasceu em S. João de Aregos, no distrito de Vila Real, cm 25 de abril de 1790, faleceu em 24 de julho de 1868. Revelando notável vocação para as belas artes, matriculou-se em 1802 na aula de desenho da academia do Porto, que frequentou durante sete anos, recebendo sucessivamente lições dos professores Vieira Portuense, Domingos Vieira, José Teixeira Barreto e Raimundo Joaquim da Costa, obtendo durante o curso três prémios de primeira classe.
Pelo falecimento de Vieira Portuense, sucedido em maio de 1804, foi nomeado director da aula de desenho o distinto pintor Domingos António de Sequeira, por carta régia de 8 de maio de 1806. Entrando na posse do seu cargo, escolheu entre os discípulos mais adiantados da mesma aula cinco, que lhe pareceu que revelavam mais talento, para os iniciar na arte da pintura. João Baptista Ribeiro foi um dos escolhidos, e na verdade, soube aproveitar-se das lições do mestre, e fez tais progressos, que no fim de dois anos, em 1808, pôde pintar para a festa de acção de graças que pela restauração do reino se celebrou na igreja da Graça, quatro painéis que lhe granjearam grande fama, e logo o colocaram na plana dos primeiros artistas daquele tempo. Em 1811 foi nomeado lente substituto da aula de desenho, e continuou a trabalhar, sendo sempre muito apreciado, e tanto que em 1824 foi escolhido para mestre de desenho e de pintura de miniatura, das infantas, filhas de D. João VI. Não tardou, porém, a regressar ao Porto e a cuidar da regência da sua aula, sendo em 1833 nomeado lente proprietário da mesma cadeira. Em 1836 publicou um folheto no Porto com o título: Exposição histórica da criação do Museu Portuense, com documentos oficiais para servir à historia das belas artes em Portugal, etc. Nesse mesmo ano foi nomeado director da Academia de Marinha e Comércio da Cidade do Porto, que depois tomou o nome de Academia Politécnica, continuando ele a dirigi-la, ainda depois de se jubilar como lente da mesma academia, até à data do seu falecimento.
No Periódico dos Pobres do Porto, n.º 79, de 1856, no artigo que em seguida foi transcrito no Braz Tizana n.º 82; e também no n.º 80 do Nacional de 9 de abril de 1859, vêem publicados muitos dados biográficos e notícia minuciosa dos seus trabalhos artísticos.
Informação retirada daqui
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