domingo, 20 de novembro de 2016

EFA - STC - Exercício - Co-incineração - Sociedade, Tecnologia e Ciência

“Passando em revista todos os inventários já feitos sobre os resíduos industriais tóxicos e perigosos (RIP) em Portugal, um elemento da Comissão Cientifica Independente (CCI) afirmou que a promoção de mais um estudo será apenas o adiamento do problema, uma vez que não há decisão sobre o destino final para aqueles resíduos que não podem ser eliminados de uma outra forma que não seja a sua destruição térmica.
Os membros da CCI foram claros: em nenhum país, nem mesmo no mais desenvolvido, foi possível até hoje substituir completamente os métodos de fim-de-linha, como é o caso da incineração. Ou seja, reafirmaram os cientistas que para os RIP é necessário ter estratégias de primeira linha (3R), mas também de segunda linha (como os aterros, os tratamentos bioquímicos ou a destruição térmica, conforme os casos). Travando a incineração, volta-se, portanto, à estaca zero. Quanto aos resíduos, vão continuar a amontoar-se sem tratamento, contaminando o ambiente e á mercê de eventuais queimadas selvagens, cujas emissões, essas sim, são perigosas para o ambiente e para a saúde dos cidadãos.”

In Diário de Notícias, Julho de 2002

1. Refira em que consiste a Co-incineração.

2. Quais são as conclusões da Comissão Cientifica Independente?

3. Identifique a hierarquia das opções de gestão dos resíduos e comente a afirmação: “Em nenhum país, nem mesmo no mais desenvolvido, foi possível até hoje substituir completamente os métodos de fim-de-linha, como é o caso da incineração”.

4. Como reagiria á construção de uma incineradora próximo da sua habitação? Fundamente a sua resposta.

5. Realize um trabalho de pesquisa nos jornais acerca da co-incineração em Souselas e elabore um texto onde aborde as seguintes questões:

a) Identifique os diferentes actores presentes na controvérsia pública em torno da co-incineração.
b) Identifique os valores defendidos por cada uma das partes e os argumento de índole científica que estão por trás dessas opiniões.

6. Uma alternativa à co-incineração é a exportação dos resíduos tóxicos e perigosos. Analise esta alternativa do ponto de vista social.

Powerpoint - Comunicação e Marketing - O Marketing como ferramenta de trabalho


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Manual - O Psicólogo nas Organizações de Treino


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sábado, 19 de novembro de 2016

Notícia - Envenenados pelo chumbo



Por incrível que possa parecer, os caçadores aniquilam mais aves quando erram o alvo do que quando dão tiros certeiros. O biólogo Jorge Nunes desvenda este mistério e conta como o saturnismo (intoxicação provocada pelo chumbo) tem vindo a dizimar anualmente milhares de aves selvagens.

Em 2007, a Associação Nacional de Proprietários e Produtores de Caça informou os seus associados de que “o governo espanhol aprovou um Decreto-Lei que proíbe a posse e a utilização em zonas húmidas de munições que contenham chumbo”. Ao ver estas palavras, certamente muitos caçadores terão ficado muito intrigados e perplexos. Porém, mais adiante a notícia desvendava o mistério:  “Esta normativa tem por objectivo resolver o problema da mortalidade das aves aquáticas causada pela intoxicação de chumbo, uma vez que estas aves ingerem os bagos de chumbo acidentalmente, vindo depois a perecer por problemas de saturnismo (intoxicação com doses letais de chumbo).”

Embora este assunto só recentemente tenha começado a merecer a atenção das entidades portuguesas, sabe-se desde há muito (este problema está referenciado desde 1894) que os bagos de chumbo resultantes dos tiros dos caçadores e que ficam espalhados pelo ambiente, podendo demorar entre 50 e 300 anos a decompor-se totalmente, constituem uma ameaça significativa para milhares de aves selvagens, sobretudo em zonas húmidas. Todavia, este problema não se restringe às aves e contribuiu de igual modo para a contaminação das águas e dos solos. 

As aves aquáticas, como os patos, as galinhas-d’água e os galeirões, são as principais afectadas, porque ao ingerirem areia e pequenas pedras, para facilitar a digestão mecânica dos alimentos na moela, engolem inadvertidamente as esferas de chumbo que existem no solo. Ao entrarem no sistema digestivo, os bagos irão desgastar-se e dissolver-se pela acção dos ácidos digestivos, acabando o chumbo por ser absorvido para a corrente sanguínea. Este metal pesado tóxico vai-se acumulando em vários órgãos, como o cérebro, o fígado e os ossos, debilitando as aves e podendo mesmo causar-lhes a morte por envenenamento.

Na opinião de David Rodrigues, investigador do Departamento Florestal da Escola Superior Agrária de Coimbra e autor de vários trabalhos sobre o saturnismo em Portugal, a probabilidade de ingestão de esferas de chumbo pelas aves aquáticas é maior do que nas aves terrestres. Isto acontece porque “nas zonas húmidas geralmente abundam lodo e vaza, sendo que a areia disponível [para facilitar a digestão] poderá ser escassa para a necessidade das aves que aí habitam”, esclarece.

Todavia, este não é um problema que se circunscreva apenas às aves aquáticas. Dado que se trata de um processo de bioacumulação, acabará por afectar toda a cadeia alimentar, nomeadamente os níveis tróficos superiores, com graves consequências também para as aves necrófagas e de rapina (estão referenciadas pelo menos 17 espécies afectadas, muitas delas em risco de extinção), como já ficou patente nos resultados de vários estudos. Além disso, não são de menosprezar os efeitos nas pessoas que consomem aves de caça intoxicadas por chumbo, uma vez que esse metal constitui um factor de risco para a saúde humana, afectando os sistemas nervoso central e periférico, cardiovascular, imunológico, pulmonar, urinário e reprodutor.

Segundo estimativas realizadas em Espanha, acumular-se-ão anualmente no solo e na água cerca de 5000 toneladas de chumbo resultante da actividade dos caçadores (cada cartucho tem cerca de 280 bagos de chumbo, num total de 35 gramas) e o saturnismo poderá ser responsável pela morte de 30 a 50 mil aves aquáticas por ano. Cálculos recentes para a Europa estimam em mais de 975 mil aves mortas por ingestão de bagos de chumbo, só durante cada Inverno (de Novembro a Fevereiro).

Num estudo realizado no Canadá, constatou-se que a densidade de bagos de chumbo rondava os nove a 180 mil por hectare na maioria das áreas de caça. Nas zonas húmidas sujeitas a elevada pressão de caça, esse valor poderia chegar mesmo aos dois milhões de chumbos por hectare, o que, feitas as contas, correspondia a aproximadamente duzentos chumbos por metro quadrado. Investigações levadas a cabo na Europa permitiram constatar que por cá a situação é igualmente inquietante: 399 chumbos por metro quadrado foram contados nos trinta centímetros superiores de sedimentos numa lagoa no Sul de Espanha, e mais de 100 chumbos/m2 nos vinte centímetros superficiais da maioria dos sedimentos das zonas húmidas europeias.

Quanto à realidade em Portugal, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves alvitrava em 2005 que o saturnismo afectaria mais de dez por cento dos anatídeos (patos) e ralí­deos (galeirões e galinhas d’água) portugueses. Além disso, em determinadas épocas do ano, nomeadamente durante e após a época de caça, 60% dos patos examinados tinham elevadas quantidades de chumbo no sangue.

Trabalhos coordenados por David Rodrigues, em 2001, nos estuários dos rios Vouga e Mondego, permitiram detectar até 99 chumbos numa única moela de pato-real (Anas platyrhynchos). Ao que parece, este problema agrava-se quando os patos se alimentam nos arrozais, onde os chumbos podem ser facilmente confundidos com grãos de arroz.

Sabendo-se que a “ingestão de uma única esfera de chumbo por uma ave pode causar a morte desta a curto prazo”, lembra o investigador, será fácil imaginar as consequências de tão elevadas quantidades na saúde e vitalidade das aves. Refira-se, no entanto, que o grau de saturnismo não depende apenas da quantidade de chumbo ingerida, mas é influenciado pelo teor de cálcio, proteínas e inertes ingeridos. Assim, embora as aves possam sobreviver quando ingerem um único bago de chumbo (pensa-se que 40% das aves aquáticas estarão nesta situação), verão as suas defesas e fertilidade consideravelmente afectadas, bem como a capacidade de acumular energia essencial para o esforço da migração.  

Já em 1992, num outro estudo realizado por Rodrigues, se havia verificado que o saturnismo atingia com preocupação os patos portugueses. Numa pequena amostra de apenas 75 moelas retiradas a patos-reais abatidos na foz do Mondego, constatou-se que cerca de 5% tinham chumbos.

Até ao momento, os estudos realizados em Portugal abordaram essencialmente o pato-real, no qual a taxa de envenenamento pelo chumbo variou entre 19% e 59%. Análises similares em marrequinha (Anas crecca), realizadas na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto, permitiram observar taxas de envenenamento entre 12% e 36%. No entanto, se espreitarmos os trabalhos realizados aqui ao lado, em Espanha, ficamos a saber que muitas outras espécies aquáticas que também ocorrem em Portugal são igualmente afectadas, como o arrabio (Anas acuta), o pato-trombeteiro (Anas clypeata), o ganso-bravo (Anser anser), a negrinha (Aythya fuligula), o zarro-comum (Aythya ferina) e o pato-de-bico-vermelho (Netta rufina), entre outras.  

Perante esta ameaça que tem vindo a dizimar as aves aquáticas de forma silenciosa, vários países (a Dinamarca em 1985, a Suécia em 2000 e a Espanha em 2007, por exemplo) adoptaram medidas legislativas que proíbem o uso de materiais tóxicos, como o chumbo, em todo o tipo de caça em zonas húmidas. A alternativa passa pela utilização de munições com ligas de aço, estanho, bismuto e tungsténio, substâncias inócuas para o ambiente.

Apesar de Portugal ter assinado convénios internacionais relativos à protecção das aves e dos seus habitats e de este tema já ser discutido há alguns anos, o nosso país foi o último da União Europeia a abolir o uso do chumbo na caça. A boa notícia chegou somente em Maio passado (através da Portaria n.º 288/2010, de 27 de Maio), com efeitos a partir da época de caça 2010/2011. Assim, de agora em diante, “não é permitida a utilização de cartuchos carregados com granalha de chumbo no acto venatório: a) na caça às aves aquáticas, independentemente do local; b) nas zonas húmidas incluídas em áreas classificadas”.

Conscientes deste problema ambiental, que afecta várias espécies cinegéticas e não se restringe apenas às aves aquáticas, algumas zonas de caça associativa e turística anteciparam-se à proibição e já haviam adoptado munições alternativas. Para todas as outras e para muitos caçadores, este será obrigatoriamente um ano de mudanças. No entanto, o problema não acaba de imediato, como se alertou na Conferência sobre Saturnismo em Aves Aquáticas Portuguesas, realizada em 2005, na Escola Superior Agrária de Coimbra. Além de pedirem urgência na utilização obrigatória de cartuchos não-tóxicos na caça em zonas húmidas, havendo necessidade de que essa medida fosse tomada o mais cedo possível, os congressistas concluíram que “o saturnismo continuará a ocorrer por muitos anos após a entrada em vigor da interdição do uso do chumbo”, devido às dezenas de anos que os bagos de chumbo já existentes no solo poderão demorar a decompor-se.

Ultrapassado o vazio legislativo, que se manteve durante décadas, as aves aquáticas lusitanas já podem suspirar de alívio, ainda que muitas venham a perecer silenciosamente enquanto persistirem resíduos de chumbo. Apesar de terem escapado aos tiros certeiros dos caçadores, numerosas não conseguirão livrar-se tão cedo dos chumbos das suas antigas munições.

J.N.- SUPER 152 - Dezembro 2010

LIPOR | Horta da Formiga: "Agricultura Biológica de modo Caseiro"

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3ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Estudo - O Mundo das Plantas


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Conteúdo - O Trenó do Pai Natal


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Higiene e Segurança no Trabalho - Manual sobre Curso Técnico Superior de Higiene e Segurança


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Ficha de Trabalho - Ficha de Enriquecimento - 5ºAno


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Atividade Experimental - Preparação de um sabonete




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Lista de Verificação - Especificação de Requisitos de Serviço - Turismo no Espaço Rural


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Conteúdo - Na escola: 27 atitudes para lidar com um aluno com TOD


Alunos com TOD podem beneficiar muito se na escola/sala de aula forem feitas algumas adequações tendo em conta a sua personalidade.
Apresentamos de seguida uma lista de desafios comuns enfrentados pelos alunos com TOD e pelos profissionais que com eles lidam, bem como as possíveis adequações que podem ajudar ao seu sucesso na escola.

Soluções para a sala de aula
1- Se o seu aluno é facilmente distraído pela actividade da sala de aula ou por actividades vistas pelas janelas ou portas tente sentá-lo na frente ou no meio, longe dessas distracções.

2- Se o seu aluno tem atitudes de forma a chamar atenção pelo lado negativo, tente sentá-lo perto de um colega que seja um bom exemplo para a turma.

3- Se o seu aluno não tem noção do espaço pessoal; caminha entre as carteiras para ir falar com os outros alunos, tente aumentar o espaço entre as mesas.

Tarefas
4- Se o seu aluno for incapaz de terminar uma tarefa no tempo permitido, tente permitir um tempo extra para ele terminar a tarefa solicitada.

5- Se o seu aluno se sai bem no início de uma tarefa, mas a qualidade diminui próximo do final tente dividir as tarefas longas em partes menores; encurtar as tarefas ou os períodos de trabalho.

6- Se o seu aluno tem dificuldade em seguir instruções, tente combinar instruções por escrito com as instruções faladas.

Distracção
7- Se o seu aluno for incapaz de acompanhar as discussões em classe e as anotações, tente providenciar ajuda de um colega para tomar notas e perguntar ao aluno questões que o encorajem a participar nas discussões.

8- Se o seu aluno se queixa de que as aulas são chatas tente procurar envolvê-lo na apresentação da aula.

9- Se o seu aluno se distrai facilmente, tente estimulá-lo a prestar atenção na tarefa por meio de um sinal combinado com ele.

10- Se o seu aluno entrega trabalhos com erros, por falta de atenção, tente reservar um período de cinco minutos para conferir o trabalho ou a tarefa de casa antes de entregá-los.

Comportamento
11- Se o seu aluno exibir constantemente um comportamento para chamar a atenção, tente ignorar os comportamentos impróprios.

12- Se o seu aluno falha em descobrir o objetivo da aula ou da actividade, tente aumentar o imediatismo dos prémios e das consequências.

13- Se o seu aluno responde intempestivamente ou interrompe os outros tente admitir as respostas correctas somente quando o aluno erguer a mão e for autorizado a falar.

14- Se o seu aluno necessitar de reforço, tente enviar relatórios diários ou semanais para os seus pais.

15- Se o seu aluno necessitar de ajuda por tempo prolongado para melhorar o comportamento, tente estabelecer um contrato de comportamento.

Organização/Planeamento
16- Se o seu aluno não guardar os seus apontamentos correctamente, tente recomendar pastas com separadores ou arquivos.

17- Se o seu aluno tiver problemas em se lembrar dos trabalhos de casa, tente providenciar um livro de tarefas para o aluno; supervisione a anotação das obrigações.

18- Se o seu aluno perde os livros, tente permitir que o aluno tenha um conjunto de livros em casa.

19- Se o seu aluno é inquieto e necessita de andar na sala, tente permitir que o aluno ande pela sala ou que fique de pé enquanto faz determinada tarefa.

20- Se o seu aluno tem dificuldade em manter a atenção por longos períodos de tempo tente fazer curtas pausas entre os trabalhos.

Humor/Socialização
21- Se o seu aluno estiver confuso sobre os comportamentos sociais correctos, tente estabelecer metas de comportamento social com o estudante e faça um programa de premiações.

22- Se o seu aluno não trabalha bem com os outros, tente encorajar as tarefas cooperativas de aprendizado.

23- Se o seu aluno não é respeitado pelos colegas tente atribuir responsabilidades ao aluno, na presença do grupo de colegas.

24- Se o seu aluno tem baixa autoconfiança, tente elogiar o comportamento e o trabalho positivos; dar ao aluno a oportunidade de agir em papel de liderança.

25- Se o seu aluno parece solitário e distante, tente encorajar as interações sociais com os colegas de classe; planear actividades de grupo sob a direcção do professor.

26- Se o seu aluno se frustra facilmente, tente elogiar frequentemente o comportamento apropriado e o bom trabalho.

27- Se o seu aluno fica enraivecido facilmente, tente encorajar o estudante a sair de situações que provocam a raiva.

Informação retirada daqui

Manual - A Inquisição


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