Presidente do grupo parlamentar do CDS na Assembleia Constituinte, foi Ministro da Defesa do governo da AD.
Engenheiro civil pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, em 1966, colaborou com Veiga Simão no ministério da Educação, enquanto director do Gabinete de Estudos e Planeamento.
Fez o serviço militar na Marinha de guerra.
Em 1975, após o 25 de Abril, fundou com Diogo Freitas do Amaral o Centro Democrático-Social (CDS), com as dificuldades impostas pela radicalização da política portuguesa, que dificultaram a implantação do partido a nível nacional, devido aos boicotes sucessivos à sua actividade partidária, sendo considerado nessa época quase como um partido neo-fascista.
As eleições para a Assembleia Constituinte legitimaram de uma vez por todas o partido, que conseguiu eleger 16 deputados para a câmara legislativa, formando um grupo parlamentar. Se não teve grandes intervenções de fundo, distinguiu-se nessa época como um tribuno sagaz, irónico e competente, tornando-se o principal ideólogo do partido.
Em 1978 ajudou a celebrar o acordo político que viabilizou o 2.º governo constitucional, dirigido por Mário Soares, e que teve a participação de membros do partido, como Sá Machado e Rui Pena. No ano seguinte, com o falhanço do acordo político com o PS, negociou pelo CDS a criação da Aliança Democrática (AD), que juntou o PPD, o PPM e o CDS, numa coligação eleitoral, que se apresentou às eleições em todos os círculos eleitorais, à excepção da Madeira.
Após os quatro governos de iniciativa do presidente da república Ramalho Eanes, que se sucederam de Agosto de 1978 a Janeiro de 1980, completando parcialmente a 2.ª legislatura da Assembleia da República, após a exoneração de Mário Soares de primeiro ministro, as eleições intercalares de 2 de Dezembro de 1980 deram a maioria absoluta à AD.
Amaro da Costa foi nomeado ministro da defesa nacional, tendo sido empossado com todo o restante governo em 3 de Janeiro de 1980, o primeiro ministro civil da defesa desde o 25 de Abril de 1974.
A passagem pelo governo foi muito curta, devido à sua morte no desastre de aviação ocorrido em Camarate na noite de 4 de Dezembro de 1980, quando se dirigia de avião com o primeiro ministro Sá Carneiro e respectivas mulheres para o Porto, para um comício eleitoral no âmbito da campanha para a Presidência da República, que decorria nessa altura.
A queda do avião Cessna foi considerado pelas instituições do estado e pelo sistema jurídico português como um desastre, mas algumas das várias comissões parlamentares de inquérito consideraram o acontecimento como um atentado.
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