Determinada na sua actividade como pintora, Paula Bravo sempre mostrou aptidões no mundo das Belas Artes; mesmo quando jovem, o universo e a panóplia das cores já a fascinavam. Nascida em Lourenço Marques, Moçambique, em Abril de 1956, vem para Portugal em 1977, acabando por ficar em Santo André, cidade do município alentejano de Santiago do Cacém. Exímia na técnica do Bristol, consegue transmitir, com as suas próprias mãos, toda a beleza dos seus trabalhos, recriando neles um sentimento que se esconde algures na sua alma. A sua obra escontra-se espalhada por numerosas colecções particulares e oficiais. Foi recentemente convidada a expor os seus trabalhos no Brasil, onde a crítica especializada lhe teceu os maiores elogios.
Biografia retirada de O Leme
quarta-feira, 26 de dezembro de 2018
Biografia - Augusto Bobone
Nasceu em 1852;
morreu em 1910.
morreu em 1910.
Estudou na Academia de Belas Artes de Lisboa, tendo concluído o curso com louvor. Tendo ficado, por motivo de herança, com o antigo e muito conhecido «Atelier Fillon» de fotografia, foi declarado fotógrafo das Casas Reais de Portugal e Espanha
Ganhou vários Grandes Prémios, diplomas e medalhas de ouro e prata em exposições realizadas um pouco por todo o mundo. Ficou conhecido sobretudo pelas suas reproduções de obras de arte.
Casou com Elisa do Amaral, tendo nascido do matrimónio Octávio Bobone, nascido em 11 de Dezembro de 1894, responsável da fotografia de filmes como a «Canção de Lisboa».
Notícia retirada daqui
Biografia - Joaquim Rodrigues Braga
Nasceu em 1793;
morreu em 1853.
morreu em 1853.
Conhecido por Braga Pintor, estudou em Roma à sua custa na Academia de São Lucas, por volta de 1822, ao mesmo tempo que António Manuel Fonseca, António Jacinto Xavier Cabral e Domingos Carvalho Pereira, também pintores.
Em 1824 trabalhou em Lisboa, trabalhando para D. João VI e para D. Miguel. Em 1835 voltou para o Porto onde dava lições particulares.
Foi escolhido em 1837 pelo pintor João Baptista Ribeiro para Professor de Pintura de História da recém criada Academia Portuense de Belas Artes, tendo sido seu director interino em 1845. Dedicou-se sobretudo ao professorado, já que lhe não são conhecidas muitas obras posteriores a 1837.
As suas obras incluem A Degolação de São João Baptista, que foi premiado em Roma, um S. João Menino que pintou para a Capela Real, um retrato de D. João VI, de meio corpo assim como uma miniatura do mesmo monarca, obras que citou num requerimento remetido ao futuro duque de Palmela e publicado por Sousa Viterbo, para além dos retratos de D. Miguel (1828) e de José da Silva Passos com sua mulher e filhos, e o Cerco de Lisboa por D. Afonso Henriques, que se encontram no Museu Nacional de Soares dos Reis, do Porto. No Palácio de Mafra existem quadros seus descrevendo caçadas de D. Miguel.
Notícia retirada daqui
Biografia - Paul Nash
Pintor surrealista inglês. Um dos mais importantes
pintores britânicos do século XX.
Nasceu em Londres, em 11 de Maio de 1889;
morreu em Boscombe, Hantshire, Inglaterra em 11 de Julho de 1946.
Filho dum famoso advogado londrino, estudou, na St. Paul's School e em 1910, durante um curto período de tempo na Slade School of Art, de Londres, sendo de facto um autodidacta. A sua primeira influência foi o pintor e gravador, politicamente radical, de finais do século XVIII e princípios do século XIX, William Blake. De facto, de 1910 a 1914 deu pouca atenção ao Pós-impressionismo e aos modernos movimentos artísiticos londrinos.
No princípio da Primeira Guerra Mundial, Nash alistou-se nos Artists Rifles, e foi enviado para a frente ocidental. Em 1916 foi promovido a tenente no regimento de Hampshire, tendo sido reformado devido a um acidente em Maio de 1917. Tendo desenhado muitos esboços durante o serviço em campanha, pintou uma série de quadros, em estilo abstracto e denotando influências cubistas, sobre a guerra que foram muito bem recebidos pela crítica, quando expostos em finais do ano. Devido a esta exposição o chefe da Repartição de Propaganda de Guerra recrutou Nash como artista de guerra, tendo-o enviado de regresso à frente ocidental em Novembro de 1917, onde pintou uma nova série de quadros. Mas o trabalho não lhe agradou, já que não se considerava um artista, mas sim «um mensageiro que transmite as declarações dos combatentes para aqueles que querem que a guerra continue para sempre. A minha mensagem será fraca e inconsistente mas será verdadeira, esperando que faça arder as suas miseráveis almas».
Depois da guerra, Nash experimentou o surrealismo e o abstraccionismo, tendo passado a ensinar no Royal College of Art, trabalhando também como designer, gravador e ilustrador de livros. Em 1933 foi um dos principais impulsionadores da organização da Unit One, grupo de artistas ingleses que incluía Ben Nicholson, Barbara Hepworth e Henry Moore, e que defendia os aspectos formais da arte. Em 1936 ajudou a organizar a primeira grande exposição surrealista de Londres, a International Surrealist Exhibition, em que também participou.
Durante a Segunda Guerra Mundial Paul Nash integrou o Ministério de Informação e o da Aviação, tendo pintado o célebre Battle of Britain e Totes Meer (Mar Morto).
Fonte:
Jane Turner (ed.), The Dictionary of Art, Nova Iorque e Londres, Grove, 1996
Biografia - Ernest Meissonier
Pintor histórico francês.
Nasceu em 21 de Fevereiro de 1815, em Lião, França
Morreu em 31 de Janeiro de 1891, em Paris
Tendo como nomes próprios Jean-Louis-Ernest, Meissonier foi um pintor e ilustrador francês de assuntos militares e históricos, especializando-se em batalhas Napoleónicas.
Meissonier começou por estudar com Jules Potier, então a trabalhar no estúdio de Léon Cogniet. Nos seus primeiros anos realizou muitas ilustrações para os editores Curmer e Hetzel, mas a partir de 1834, quando completou 19 anos, expôs regularmente no Salão francês, tendo recebido, a partir de 1840 e ao longo dos tempos, as mais importantes condecorações e prémios oficiais. A maioria das pinturas de Meissonier têm uma dimensão reduzida e como tema principal assuntos militares ou pessoas inseridas num enquadramento histórico.
A técnica minuciosa e escrupulosa de Meissonier teve origem fundamentalmente no estudo dos pintores holandeses do Século XVII, mas o tipo de aproximação documental dos seus estudos preparatórios, tanto dos trajes como das armaduras, assim como a sua observação da natureza (como a sua análise sistemática dos movimentos dos cavalos) liga-o ao Século XIX. Entre os seus principais trabalhos estão Napoleão III em Solferino, de 1863, e 1814, de 1864, ambos comemorando campanhas militares heróicas. Mas Meissonier não deixou de capturar também os horrores da guerra em trabalhos como Lembrança da guerra civil, de 1848-49, quadro que descreve o momento em que os insurrectos parisienses de 1848 foram dizimados nas barricadas pela Guarda Nacional Republicana
Fonte:
Enciclopédia Britânica
Biografia - Cesare Maccari
Pintor histórico italiano.
Nasceu em Siena, Itália, em 1840;
morreu em Roma em 1919.
Estudou decoração no Instituto de Arte de Siena tendo observado o escultor Tito Sarrocchi (1824-1900) a trabalhar no seu estúdio. Tendo-se tornado amigo de Luigi Mussini (1813-1888), pintor que se estabeleceu em Siena em 1852, ao ser nomeado director da Academia de Belas Artes, e de Alessandro Franchi (1838-1914), um especialista na execução de frescos, decidiu dedicar-se à pintura. Ganhou uma bolsa de estudo e foi estudar para Roma, tendo ganho notoriedade com Fabiola, começando depois a trabalhar na decoração da igreja do Sudário.
De 1872 a 1882 trabalhou para comerciantes de arte famosos, como o parisiense Adolphe Goupil (1806-1893), tendo travado conhecimento em Paris com o famoso pintor espanhol Mariano Fortuny y Marsal (1838-1874).
De 1882 a 1888 pintou frescos com cenas da história romana na «salla giala» do Senado de Roma. No Palazzo Pubblico de Siena - o actual Museu Cívico - pintou também a fresco, em 1887, «A apresentação do Plebiscito a Vítor Manuel II» e «O funeral de Vítor Manuel II».
Maccari esteve em contacto com o pintor Nino Costa (1826-1903), chefe do grupo «I XXV della Canpagna Romana» e participou nas exposições organizadas por paisagistas em Roma. É possível que também tenha exposto com o grupo, também de paisagistas, «In Arte Libertas» em Londres no ano de 1890. Realizou também alguns trabalhos para a Igreja tendo trabalhado em Génova, de 1886 a 1889, e na Basílica de Loreto, em 1888/89 e em 1907. Neste último trabalho adoptou um estilo que combinava o neo-renascentismo, com elementos venezianos e realistas.
Fonte:
Jane Turner (ed.), The Dictionary of Art, Londres e Nova Iorque, Grove, 1996, pág. 869.
Biografia - Samuel Cooper
Um dos melhores pintores ingleses de miniaturas Nasceu em Londres, em 1609, e morreu na mesma cidade em 5 de Maio de 1672.
Sobrinho de John Hoskins, célebre pintor de miniaturas no reinado de Carlos I, foi educado pelo tio, conjuntamente com o o seu irmão Alexandre, na mesma arte. Rapidamente ultrapassou em técnica o seu mentor, o que terá provocado no tio algum ciúme. Segundo Horace Walpole o «mérito de Cooper deviam muito às obras de Van Dyck, mas podia ser visto independentemente já que tinha sido o primeiro a utilizar a pintura a óleo nas miniaturas». Os seus bustos, pintados em velino sobre cartão, são excelentes na diversidade dos tons e no tratamento do cabelo, mas o desenho do pescoço e dos ombros é muitas vezes incorrecto, que faz pensar que é por isso que deixou por finalizar muitas obras.
Por volta de 1640, e durante muito tempo, viveu e trabalhou na Rua Henrietta, em Convent Garden, na época uma zona muito na moda, sendo referido por Samuel Pepys, o célebre escritor do diário, que era seu amigo e frequentador, como o pintor, do Café de Convent Garden. A mulher deste posou para Cooper, tendo-lhe também comprado uma miniatura de Oliver Cromwell, o Lord Protector de Inglaterra durante a República. Após a Restauração, continuou a ser solicitado. Evelyn, o outro célebre diarista da época, refere-se a ele em 1662 a desenhar a face de Carlos II para as novas moedas a cunhar. A partir de 1663 receberá uma pensão anual do rei.
Visitou a França, onde permaneceu durante algum tempo, tendo pintado retratos numa escala maior do que a habitual. Algum tempo depois passou à Holanda. Morreu em Londres, tendo sido enterrado na velha igreja de Saint Pancreas. A sua mulher, cunhada do poeta Alexander Pope, recebeu uma pensão da corte francesa.
Pintou várias vezes Cromwell, e membros da sua família, assim como membros da corte restaurada inglesa, como o rei Carlos II, a rainha D. Catarina de Bragança, o futuro Jaime II e o príncipe Rupert.
Fonte:
The Dictionary of National Biography, founded in 1882 by George Smith
Oxford, Oxford University Press, 1998;
Encyclopedia Britannica, edição de 1911 e na Internet.
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
Biografia - Paula Modersohn-Becker
Quando há uns anos a célebre actriz de cinema Demi Moore, casada então com, o não menos célebre, actor Bruce Willis, apareceu na capa da revista "Vanity Fair", nua e grávida, fotografada de lado de modo a mostrar o peito e a barriga no fim da gestação, choveram críticas negativas em muitas revistas e jornais dos Estados Unidos e nos meios mais con- servadores do mundo inteiro. Com esse gesto, ela quis combater o "tabu" da nudez aliada à gravidez e, por ser bonita e famosa, mexeu com os preconceitos sociais de muitos. Mas esta atitude de Demi Moore não foi original. Há sensivelmente um século a pintora alemã Paula Modersohn-Becker pintou diversos auto-retratos não só nua como nua e grávida ostentando orgulhosamente uma barriga de futura mãe, o que não era nada vulgar no seu tempo. Só que a pintura tinha um circuito restrito (não havia ainda Internet) e não consta que os seus nus tivessem escandalizado alguém.
Paula Becker nasceu numa família da alta burguesia alemã, em Dresden, em Fevereiro de 1876, terceira filha de uma irmandade de sete ir mãos. A mãe era de família aristocrática (os Bützings Löwen) e o pai nascido, em Odessa, na então Rússia, oriundo de uma família de intelectuais, cujo pai era por sua vez professor universitário. Foi esse ambiente artístico e culto que rodeou a infância de Paula Becker, que começou a mostrar, aos quatro anos, uma precoce tendência para o desenho.
Aos 12 anos a família passou a residir em Bremen e, aos 16, Paula Becker teve as primeiras lições de desenho com o mestre Wiegandt. Depois parte para Londres, hospedando-se em casa de uma tia, e aí frequenta, durante vários meses, a Escola de Artes. Paula percorre galerias, quer aprender muito, quer saber tudo o que se passa no meio artístico. Aos 20 anos instala-se em Berlim, em casa de um tio, e vai estudar na Escola Feminina de Artes. Não é por acaso que Berlim tem um, dos apenas dois (ou três) museus mundiais, onde as obras de mulheres estão juntas, o que facilita um estudo para os investigadores e apreciadores de arte.
Nesta fase da sua aprendizagem, Paula Becker sente-se fascinada com os pintores flamengos, que vê em museus, em especial Holbein e Rembrandt. Sempre na ânsia de aprender mais e mais, tem lições de retrato e paisagem.
A pintura que nos legou é extensa e profundamente vivida e interiorizada. Deixou cerca de 400 quadros e mais de 1000 esboços e estudos. Depois do tema maternidade, aleitamento e mãe com filho o retrato ocupa um lugar de destaque, bem como os auto retratos. Outro tema da sua preferência foram as meninas. Em segundo plano das suas preferências podemos agrupar as naturezas-mortas e paisagens. Ela foi, sem dúvida, uma das pintoras que privilegiou a mulher, como tema.
Em 1897, Paula Becker conheceu o pintor de paisagens Otto Modershon, que foi um dos funda dores, em 1889, com Fritz Mackersen e Hans am Ende, da colónia de artistas de Worpswede, perto de Berlim, numa povoação verdadeiramente campesina, para poderem sentir e pintar a Natureza, fugindo ao academismo e à pintora burguesa. O grupo de pintores e pintoras estava integrado na vida dos aldeões, com a sua religiosidade, trabalho e costumes. Aqui viveu Paula por alguns períodos da sua curta vida e isso é patente em várias telas e desenhos a carvão.
Paula pintava crianças, camponesas, jovens meninas, mulheres idosas, alguns velhos (os homens mais novos passavam o dia a trabalhar no cultivo das terras), paisagens e naturezas mortas.
A sua primeira exposição foi nesse ano de 1897, mas Paula Becker continuava na procura de algo mais e decidiu visitar museus em Viena, na Escandinávia e também na Suíça.Entretanto, os pais, conscientes de que a carreira de pintora era extremamente difícil para uma mulher (Paula tirara um curso de educadora entre 1893-95), sugerem-lhe que vá para governanta mas ela recusa liminarmente. Conhece, em 1898, a escultora Clara Westhoff e o grande poeta austríaco Rainer Maria Rilke e essa amizade irá perdurar para sempre. Rilke (1875-1926) teve grande influência sobre a maneira de encarar a vida de Paula Becker. Era, como muitos intelectuais da época, um homem preocupado com a morte, a pobreza e o misticismo. Ele próprio foi esporadicamente secretário de Rodin que, por sua vez inspira ao poeta novas formas de poesia. A concepção decadentista da vida, muito comum na época, fazem-no questionar o homem sem Deus e chega à conclusão de que só a criação poética o redime. Foi Rilke quem traduziu, em 1913, as célebres cartas da freira portuguesa Soror Mariana Alcoforado, mundialmente conhecida.
Paula expõe pela segunda vez em Bremen, em 1899. Faltava ainda uma etapa importante na sua vida - conhecer Paris capital da arte nessa época, onde afluíam pintores de todo o mundo. Ali chega no ano de 1900 e fica, fascinada. Passa horas no Louvre, percorrendo as imensas salas, deixando-se impressionar pór tudo o que vê. Milet, o pintor de temas populares e campesinos marcou-a muito. Paula arranja um pequeno estúdio onde pinta e tem como amigos Clara Westhoff - que tinha lições de escultura, com o mestre dos mestres de então - Rodin, O poeta Reiner Maria Rilker e Clara casaram em 1901, no mesmo ano em que Paula casou com Otto Modersohn (que enviuvara pouco antes). A pintora passa a assinar com o nome de Modetsohn-Becker e aproveita a viagem de núpcias para visitar diversas cidades com museus, entre outras, Munique e Praga. Sabe-se que foi um casamento de amor, e Otto apreciava muito a pintura da mulher. Isso é patente na sua frase, escrita, em 1903: "Ela é uma genuína artista, como há poucas no mundo, ela é muito rara. Ninguém a conhece, ninguém a estima. Um dia tudo isso mudará". E mudou, porque a cidade de Bremen dedicou-lhe um museu e as suas telas estão espalhadas por diversos museus do mundo. A sua sensibilidade e modernidade ali está para a posteridadeidade.
Paula trabalhava muitíssimo sobre cada tema e procurava ser inovadora. No seu diário conta como a tinha impressionado, numa das estadias em Paris, a pintura de Cézanne, Van Gogh e Gauguin. A sua pintura é muito e ecléctica, pois passa por várias experiências. O seu traço e o uso de cores quentes nas figuras, primordial- mente femininas, têm sempre um ar sereno e são .de grande força e beleza. O auto-retrato pin-tado em 1906 a que deu o título de "Auto-retrato com colar de âmbar" é dos mais divulgados, nos livros de pintura, e tem nítidas influências de Gauguin. Mas ela é mais autêntica e original, quanto a mim, na tela "Mãe com filho reclinados". Paula Modersohn-Becker nunca enjeitou as influências que sentiu. Os críticos de arte reconheceram-lhe o pioneirismo na arte moderna. Foi talvez a primeira pintora alemã a assimilar as correntes pós-modernistas. Embora inovadora, integra-se na corrente de pintura e escultura das suas contemporâneas, hoje também famosas, como a escultora e amiga Clara Westroff (já referida), Maria Bock e Ottilie Reylander-Bôhme, entre outras. Todas elas tinham o seu estúdio pessoal, onde pintavam sozinhas.
Em Paris, Paula Mendershon-Becker frequentou as duas escolas de pintura mais cotadas do tempo - a Academia de Cola Rossi e a Academia ]ulian. A "cidade-luz" foi muitas vezes o seu refúgio. Ali, onde passava períodos acompanhada da irmã Rema (que frequentava um curso de línguas), pintava dias e dias a fio. Ao contrário do que era vulgar, Paula Mendershon-Becker só saía para se encontrar com o casal Clara e Rilke, ir a museus ou a estúdios de artistas consagrados e esteve, como não podia deixar de ser no célebre "Salão dos-Independentes". Não fez vida boémia. O marido ficava na Alemanha e às vezes, com saudades, insistia para que regressasse a casa, mas ela só regressava quando tinha completado mais uma etapa da sua pintura.
Embora vivendo para a pintura, Paula não se alheava dos problemas sociais que a rodeavam. Sabia que as mulheres da viragem do século e início do século XX estavam a dar grandes pas- sos no sentido dos direitos cívicos (direito ao voto) e várias mulheres socialistas, encabeçadas por Clara Zetkin, viriam a tomar atitudes para essa emancipação. Porém, a pintora alemã não pôde assistir às conquistas mais significativas. Foi no ano da sua morte, no Congresso Socialis ta em Estugarda, que Clara Zetkin e Rosa Luxemburgo tiveram um papel fulcral na mudança de perspectiva do que deveria ser o papel das mu- lheres em todas as áreas da sociedade.
Numa antevisão, e porque desejou ser mãe, PauIa Mendershon-Becker, para sentir a maternidade "por dentro", pintou, em 1906, um auto-retrato grávida, mas só ficou à espera de bebé no ano de 1907. A filha, Matilde, nasceu no dia 2 de Novembro desse ano e o coração de Paula Mendershon-Becke parou de bater, devido a um ataque cardíaco, no dia 21 do mesmo mês.
Em 1900, como que numa premonição, escrevera no seu diário: "Sei que não viverei muito tem po. Mas porque é que isso há-de ser uma tristeza? Será que uma festa é mais bela por durar mais tempo? As minhas percepções são cada vez mais agudas - é como se tivessem que abarcar tudo nos poucos anos que me serão concedidos..."
Informação retirada daqui
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Biografia - Fogassa
Paranaense, veio para São Paulo em 1973, onde frequentou cursos técnicos de desenho e arquitetura. Autodidata nas artes plásticas, este empresário (dono de empresa de execução de maquetes) trabalha o mármore com sensibilidade e expressão.
Informação retirada daqui
Biografia - Jean-Baptiste Debret
Pintor e desenhador francês que viveu no Brasil de 1816 a 1831.
Nasceu em Paris, em 18 de Abril de 1768;
morreu na mesma cidade em 11 de Junho de 1848.
Estudou na Academia de Belas Artes de Paris, tendo sido discípulo de Jacques-Louis David. Continuou os estudos na Escola de Pontes e Estradas concluindo-os na Escola Politécnica.
Estreou-se no Salão de 1798 com um quadro com figuras em tamanho natural, com o título «O General Messénio Atistómeno liberto por uma rapariga», que lhe valeu a conquista do segundo prémio. Devido a este sucesso foi encarregue de trabalhos de ornamentação em edifícios públicos e de particulares.
Integrou a Missão Artística Francesa ao Brasil, solicitada por D. João VI, organizada pelo marquês de Marialva, e dirigida por Debreton que chegou ao Rio de Janeiro em Março de 1816. No Brasil se manteve até 1831, pintando e desenhando todos os grandes momentos que levaram à independência do Brasil, assim como os primeiros anos do governo do imperador D. Pedro I.
No Brasil pintou o retrato de D. João VI, de tamanho natural e com trajes majestáticos, assim como de outros membros da família real. Pintou também o desembarque da arquiduquesa Leopoldina, mulher de D. Pedro, e primeira imperatriz do Brasil.
Tendo recebido um atelier no novo edifício da Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro, para aí poder pintar numa grande tela a coroação imperial, ocorrida em Dezembro de 1822, reuniu oito discípulos a quem deu aulas de pintura. Desde 1820 que estava nomeado professor de pintura histórica da Academia de Belas Artes, instituição que só em 1826 começou a sua actividade. Em 1829 organizou a primeira exposição artística do Brasil, ao apresentar os trabalhos dos seus discípulos. O sucesso do acontecimento valeu-lhe ser nomeado oficial da Ordem de Cristo.
Tendo regressado a França em 1831, sendo desde 1830 membro correspondente da Academia das belas Artes do Instituto de França, publicou a partir de 1834 até 1839 uma numerosa série de gravuras na obra em 3 volumes intitulada Voyage pitoresque et historique au Brésil, ou Séjour d'un artiste français au Brésil (Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, ou Estadia dum artista francês no Brasil).
Informação retirada daqui
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
Biografia - O'Keefe
Pintora norte-americana, nascida no Wisconsin, estudou pintura em Chicago e Nova Iorque. Enquadrada na pintura modernista tem telas onde pinta os sedutores arranha-céus que nos finais do séc. XIX encantaram também outras pintoras como Tamara de Lempika. Em 1916 conheceu o fotógrafo Alfred Stieglitz . Casariam em 1924 e Georgia começou por expor no seu atelier de Nova Iorque. As suas telas de paisagens e flores foram muito apreciadas a partir de 1928. As flores chamadas, em português, jarros são de enorme sensualidade e beleza. Georgia é muito justamente considerada uma das pintoras norte-americanas de maior sucesso do séc. XX.
Informação retirada daqui
EFA - STC - Link - Nutrição - Sociedade, Tecnologia e Ciência
Aqui ficam alguns links para sites interessantes
Saúde e alimentação
A nova roda dos alimentos
Dieta Mediterrânica
Inconvenientes do "Fast-Food"
Higiene e segurança alimentar
Sabe para que função desempenha cada tipo de nutrientes no nosso organismo?
Experimente jogar!...
Subscrever:
Mensagens (Atom)