sexta-feira, 7 de julho de 2017

Conteúdo - Síndrome de Asperger - Os desafios da idade adulta de portadores de Asperger


Como explica Mónica Pinto, os “aspies” têm capacidades cognitivas normais e, por isso, têm capacidade de ser autónomos e ter a sua profissão: “claro que se não houver uma intervenção poderão manter dificuldades na integração social e comunitária e alguma dependência dos pais, mas os casos em que a intervenção é eficaz e atempada, evoluem com perfeita autonomia e integração (…)”

De acordo com a pediatra do desenvolvimento, são habitualmente adultos que gostam de rotinas, pelo que se adaptam melhor a profissões mais sistemáticas e com menos contacto social, da mesma forma que tendem a ter grupos de amigos mais restritos e alguns comportamentos peculiares. No entanto, podem ser completamente funcionais e alguns mesmo brilhantes na sua profissão pela enorme dedicação aos seus interesses que os caracteriza.

Mas mesmo quando não alcançam o brilhantismo, como refere a APSA, os portadores de Asperger têm características muito prezadas por qualquer entidade patronal: a pontualidade, a fiabilidade do trabalho executado e a dedicação às tarefas que realizam. Claro que, para que possam estar integrados, precisam que o ambiente de trabalho que os rodeia seja harmonioso e que as pessoas à sua volta estejam sensibilizadas para as suas diferenças de forma a compreenderem as suas características e “feitio” particular.

No caso de Bruno, a mãe descreve-o como um rapaz feliz, de bem com vida, sincero e honesto, carinhoso e também ele preocupado com seu futuro. A grande preocupação de Maria é o que acontecerá com Bruno depois dela, uma vez que, no seu caso, apesar de muitos anos de terapias, não tem autonomia suficiente para viver sozinho. No entanto, considera que pode continuar a ser feliz com uma autonomia protegida e até com um emprego, pela que a mãe sente essa necessidade de lhe criar esse “chão seguro”. Está certa de que haverá um lugar seguro com qualidade, privacidade, respeito pela individualidade, onde ele possa ficar protegido onde consigam lidar com ele e aprender com ele. E continuará a procurá-lo.

Informação retirada daqui

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