sexta-feira, 1 de setembro de 2017

EFA - STC - Vídeo - Hidroponia em Portugal - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Desenhos para colorir - Primavera


Conteúdo - René Descartes


René Descartes (La Haye en Touraine, 31 de março de 1596 – Estocolmo, 11 de fevereiro de 1650) foi um filósofo, físico e matemático francês. Durante a Idade Moderna, também era conhecido por seu nome latino Renatus Cartesius.

Notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Por fim, foi também uma das figuras-chave na Revolução Científica.

Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que, a partir de Descartes, inaugurou-se o racionalismo da Idade Moderna. Décadas mais tarde, surgiria nas Ilhas Britânicas um movimento filosófico que, de certa forma, seria o seu oposto - o empirismo, com John Locke e David Hume.

Biografia - Anna Vasilichia Aslan

Médica cardiologista e geriatra romena, fez o curso de medicina da Universidade de Bucareste e durante a 1ª Grande Guerra (1914-1918) esteve na frente com o médico Thomas Ionescu a tratar os doentes vítimas de ferimentos de guerra. Foi pioneira como médica em cardiologia e professora catedrática de Medicina no seu país. A ela se deve o poderoso anti-envelhecimento conhecido por Gerovital, com efeitos positivos sobre a arteriosclerose e doenças do sistema nervoso. Em 1970 começou a usar um medicamento que a sua equipa desenvolveu - o Aslavital. Foi membro das academias científicas de Bucareste de Nova Iorque e das Sociedade Gerontológica da Alemanha, EUA, Chile, Peru, República Dominicana, Rússia, entre outras. Condecorada pela França, Alemanha, Índia, Brasil, Venezuela. Em 1952 criou o Instituto de Geriatria de Bucareste, de que foi directora até ao dia em que nos deixou para sempre.

Biografia retirada de O Leme

Biografia - Manifesto

BIOGRAFIA
Grupo de Ança que participou no Festival Só Rock. Os Manifesto eram formados por José Tovim, Chico Parreiral, Jotta e Aurélio Malva.

Foram uma das apostas da editora Rotação. O primeiro single incluía os temas "Aos Domingos vou à bola" e "Você é um Homem Livre".

Lançaram depois o single "Nuclear (À Beira Mar)".

Em 2007 o grupo regressou para um concerto na sua terra natal.

DISCOGRAFIA
Aos Domingos vou à Bola/Você é um Homem Livre  (Single, Rotação, 1982)
Nuclear (À Beira Mar)/Sonho Acordado (Single, Rotação, 1982)

NO RASTO DE ...
 Tovim e Malva fazem parte da Brigada Vitor Jara.

Postal Antigo - Espanha - Andaluzia - Tipico pátio Andaluz


segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Biografia - Elina Guimarães (1904-1991)


Jurista, escritora e feminista portuguesa, nasceu em Lisboa, filha única de Alice Pereira Guimarães e de Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães, militar e republicano, que foi primeiro-ministro na 1ª República portuguesa. Elina estudou em casa com mestres e frequentou os Liceus Almeida Garrett e Passos Manuel. Em 1926 acabou a licenciatura em Direito. Nunca exerceu a advocacia. Trabalhou algum tempo no Tribunal de Menores. Casou em 1928 com o advogado Adelino da Palma Carlos. Defensora acérrima da participação das mulheres na vida política, foi uma continuadora dos ideais de Ana de Castro Osório e de todas as que na 1ª República lutaram por uma democracia que tardava a chegar, onde a educação das raparigas era primordial. Elina colaborou em imensos jornais e revistas, que é impossível enumerar. Desde O Rebate até ao Diário de Lisboa, passando pela Alma Feminina, Portugal Feminino, Seara Nova, Diário de Notícias, Primeiro de Janeiro, Máxima, Gazeta da Ordem dos Advogados e um não mais acabar de colaborações. A sua vida foi uma permanente intervenção a favor da liberdade de expressão, na educação das mulheres para os seus inalienáveis direitos como cidadãs. Fez conferências em Portugal e estrangeiro e, sem exagero, pode dizer-se que Elina Guimarães é o feminismo do séc. XX na sua mais completa expressão. Os seus conhecimentos dos direitos das mulheres do ponto de vista da jurista foram essenciais para despertar e informar muitas gerações de mulheres sobre os seus direitos. Esteve ligada a muitos movimentos e instituições feministas e de direitos das mulheres, desde o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, onde foi secretária-geral até à International Council of Women, International Alliance for Women's Sufffrage, Federation International des Femmes Diplômées em Droit. Foi condecorada em 1985 com a Ordem da Liberdade. Na passagem do centenário do seu nascimento, em 2004, foi organizada pela Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, uma sessão de palestras seguida de exposição retrospectiva da sua vida e obra, que teve lugar no Palácio Foz, com uma assistência assinalável, onde se destacavam muitos juristas.

Biografia retirada daqui

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Biografia - Lídia Jorge


Escritora portuguesa, natural de Boliqueime (Algarve). Estudou Filologia Românica na Universidade de Lisboa, dedicando-se, depois, ao ensino liceal. Como professora, trabalhou em Angola e Moçambique, radicando-se posteriormente em Lisboa, onde é professora universitária e colaboradora de vários jornais e revistas. Membro de diversos júris de prémios literários e da Alta Autoridade para a Comunicação Social, os seus romances têm uma grande variedade temática. Estão sobretudo ligados aos problemas colectivos do povo português e às circunstâncias históricas e mudanças da sociedade nacional após o 25 de Abril de 1974, assim como à condição feminina. Têm sido, por vezes, associados à literatura sul-americana, pela presença, neles de elementos fantásticos. A cultura de tradição oral, a linguagem dos grupos arcaicos, os seus mitos e simbologias sociais, servem também o objectivo de reflexão sobre a identidade cultural portuguesa. A sua escrita reflecte a captação da oralidade, bem como uma estrurura narrativa em que se afirma, a par do discurso do narrador, o discurso das personagens. A perspectiva da narrativa desdobra-se assim num experimentalismo que marca, sobretudo, as suas primeiras obras. Uma das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea, escreveu os romances O Dia Dos Prodígios (1980), O Cais das Merendas (1982, Prémio Município de Lisboa), Notícia da Cidade Silvestre (1984), A Costa dos Murmúrios (1988), A Última Dona (1992) O Jardim Sem Limites (1995), O Vale da Paixão (1998), O Vento Assobiando nas Gruas (2002), o conto a Instrumentalina (1992), e a peça de teatro A Maçon, encenada em 1997 e que tem como personagem principal Adeaide Cabete. 

Biografia retirada daqui

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Biografia - Maria da Conceição Vassalo e Silva da Cunha Lamas (1893-1983)


Escritora e interveniente política portuguesa. Mulher de personalidade admirável, oriunda de uma família burguesa de Torres Novas, ali estudou até aos dez anos. Aprendeu línguas o que lhe viria a ser útil mais tarde, quando teve de ganhar a vida com traduções. Traduziu mais tarde "Memórias de Adriano", de Marguerite Yourcenar, que conheceria em Paris. Casou nova e aos 25 anos já tinha duas filhas. Viveu em Luanda e quando o casamento naufragou divorciou-se e quis ser ela a assegurar a educação das filhas. Começa a escrever para os jornais Correio da Manhã e Época, mais tarde para O Século, A Capital e o Diário de Lisboa. Casou, em 1921, com Alfredo da Cunha Lamas, e foi mãe mais uma vez. Em 1928 passou a dirigir o suplemento Modas & Bordados do jornal O Século, dando-lhe uma feição diferente. Um jornal que dava prejuízo passou a dar lucro, tal a importância da sua colaboração. Era preciso chegar às mulheres trabalhadoras pouco esclarecidas quanto aos seus direitos. A sua colaboração no "Correio da Joaninha" passou a ser um diálogo educativo com as leitoras. Ligou-se ao MUD (Movimento de Unidade Democrática) e depois ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, onde desenvolveu intensa actividade política e cultural. Presa, pela primeira vez, por motivos políticos, em 1949 sofreu imenso na prisão, porque a PIDE a colocou numa prisão incomunicável durante quatro meses. Esteve muito doente. Depois de várias prisões viu-se forçada ao exílio. A sua actividade como escritora é intensa e diversificada. Escreveu contos infantis, estudos na área da mitologia, porém o seu livro mais importante, fruto de dois anos de viagens por todo o país é «As Mulheres do Meu País», uma obra de referência, onde colaboraram com ilustrações os mais famosos intelectuais do tempo, editado em 1950. Seguem-se «A Mulher no Mundo», 1952 e «O Mundo dos Deuses e dos Heróis», 1961.Esteve exilada por diversas vezes, entre 1953 e 1962. Passados sete anos regressou do exílio. Tinha 76 anos e ainda a mesma esperança de melhores dias para Portugal. Viveu o 25 de Abril de 1974 com enorme alegria. Foram-lhe atribuídas duas das mais honrosas condecorações portuguesas, a de Oficial da Ordem de Santiago da Espada e a da Ordem da Liberdade. Faleceu com 90 anos, em Dezembro de 1983. A cidade de Torres Novas relembra-a numa pequena intervenção escultórica. A jornalista Maria Antónia Fiadeiro dedicou-lhe um estudo monográfico.

Biografia retirada daqui

domingo, 9 de julho de 2017

Conteúdo - Síndrome de Asperger - Mecanismo


A Síndrome de Asperger é uma condição neuropsicológica que causa efeitos no desenvolvimento cerebral em geral, provocando mudanças nos vários sistemas funcionais existentes. Embora a dissociação da SA com outros transtornos do espectro autista ainda não seja clara e não tenha sido descoberta nenhuma patologia em comum para todos os distúrbios, há probabilidade de que a síndrome tenha mecanismos distintos das demais desordens. Alguns estudos neuroanatômicos e supostas ações de agentes teratogênicos presumem que a alteração no desenvolvimento cerebral ocorra logo após a fecundação. A migração anormal de células embrionárias durante o desenvolvimento fetal pode afetar a estrutura definitiva do cérebro e seus circuitos nervosos, afetando ligações diretamente relacionadas ao pensamento e comportamento. Existem várias teorias e estudos relacionados, porém nenhum fornece uma explicação completa a respeito do mecanismo da Asperger.

A teoria da underconnectivity trabalha com a hipótese do subfuncionamento das conexões e sincronizações neurais de alto nível e com um excesso de processos de baixo nível. Ela mapeia bem as teorias de processamento geral tais como a teoria da coerencia central fraca, que hipotetiza que uma capacidade limitada de ver grandes imagens adjascentes a disturbios centrais no TEA.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Conteúdo - Síndrome de Asperger - Os desafios da idade adulta de portadores de Asperger


Como explica Mónica Pinto, os “aspies” têm capacidades cognitivas normais e, por isso, têm capacidade de ser autónomos e ter a sua profissão: “claro que se não houver uma intervenção poderão manter dificuldades na integração social e comunitária e alguma dependência dos pais, mas os casos em que a intervenção é eficaz e atempada, evoluem com perfeita autonomia e integração (…)”

De acordo com a pediatra do desenvolvimento, são habitualmente adultos que gostam de rotinas, pelo que se adaptam melhor a profissões mais sistemáticas e com menos contacto social, da mesma forma que tendem a ter grupos de amigos mais restritos e alguns comportamentos peculiares. No entanto, podem ser completamente funcionais e alguns mesmo brilhantes na sua profissão pela enorme dedicação aos seus interesses que os caracteriza.

Mas mesmo quando não alcançam o brilhantismo, como refere a APSA, os portadores de Asperger têm características muito prezadas por qualquer entidade patronal: a pontualidade, a fiabilidade do trabalho executado e a dedicação às tarefas que realizam. Claro que, para que possam estar integrados, precisam que o ambiente de trabalho que os rodeia seja harmonioso e que as pessoas à sua volta estejam sensibilizadas para as suas diferenças de forma a compreenderem as suas características e “feitio” particular.

No caso de Bruno, a mãe descreve-o como um rapaz feliz, de bem com vida, sincero e honesto, carinhoso e também ele preocupado com seu futuro. A grande preocupação de Maria é o que acontecerá com Bruno depois dela, uma vez que, no seu caso, apesar de muitos anos de terapias, não tem autonomia suficiente para viver sozinho. No entanto, considera que pode continuar a ser feliz com uma autonomia protegida e até com um emprego, pela que a mãe sente essa necessidade de lhe criar esse “chão seguro”. Está certa de que haverá um lugar seguro com qualidade, privacidade, respeito pela individualidade, onde ele possa ficar protegido onde consigam lidar com ele e aprender com ele. E continuará a procurá-lo.

Informação retirada daqui

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Conteúdo - Síndrome de Asperger - O “Feitio” Especial dos Portadores de Síndrome de Asperger.


São por vezes acusados de ser antipáticos. São quase sempre obsessivos com os temas pelos quais se interessam. Têm dificuldade em entender uma piada com um sentido subentendido. E odeiam alterações a rotinas. Conheça o “feitio” especial dos portadores de síndrome de Asperger.

Comecemos por aquilo que aquilo que ainda não aconteceu: o Asperger é um síndrome em vias de extinção. Na nova versão do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM -V), que será publicado em maio, síndrome de Asperger deixará de constar.

Este manual, publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, serve de referência aos profissionais de saúde de todo o mundo na classificação e diagnóstico de perturbações mentais. A partir de maio, data em que sai a quinta versão, as perturbações do espectro do autismo passam a ter uma nova classificação na qual o Síndrome de Asperger desaparece e esta condição passa a designar-se como uma perturbação do espectro do autismo ligeira.

Mónica Pinto, pediatra do desenvolvimento que nos adianta esta informação, explica: “vai passar a haver sim uma gradação dos sintomas e a existência concomitante ou não de défice cognitivo e de perturbação da linguagem.”A pediatra do desenvolvimento explica que há muito pouco diferença entre o Asperger e o autismo de alto funcionamento: “a diferença era sobretudo a idade de erupção das palavras e das frases (normal no Asperger e tardia no autismo de alta funcionalidade), embora a clínica de ambos por volta dos 4-5 anos fosse completamente sobreponível.”

Informação retirada daqui

terça-feira, 4 de julho de 2017

Postal Antigo - Espanha - Grutas de Altamira - Bisonte barbudo


Biografia - Guiomar Vilhena

«Era abastada madeirense que mercê de um secular processo de concentração de morgadios, sucedeu na administração dessas terras vinculadas, revelando-se não só como uma gestora desses bens fundiários, mas sobretudo, como mulher de grande actividade comercial, fazendo concorrência à colónia inglesa que detinha o principal comércio da Ilha, sobretudo relacionado com o vinho» Aproveitou as terras da então desaproveitada Quinta das Angústias mandando restaurar as casas que iam da capela de Santa Catarina até à Quinta da Vigia (hoje sede do governo Regional, até ao mirante que ficou conhecido por «Mirante de Dona Guiomar» já assinalado no séc. XVIII em mapas, pois detinha ancoradouro. A Dona Guiomar se deve a introdução da casta malvasia que se deu particularmente bem naquelas terras. «Era possuidora do último engenho de açúcar ainda existente na Madeira (Ribeira dos Socorridos).» Desenvolveu a economia da Ilha, e soube com coragem e determinação lutar para ultrapassar os preconceitos da sua condição de mulher empresária. «Perdeu, nos negócios, algumas pratas e jóias, vendeu algumas das casas que reconstruíra no Funchal, mas os bens vinculados permaneceram invioláveis e puderam, mais tarde, passar para os herdeiros, um dos quais o conde Carvalhal, não só vendeu a Quinta das Angústias, como também a do Palheiro Ferreiro, hoje em dia morada de ingleses, grandes comerciantes.» (Paulo de Freitas, ex-director da Casa-Museu Frederico de Freitas- Funchal) 

Biografia retirada daqui

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Vídeo - Isto é Matemática T04E06 O Caminho Mais Curto

Notícia - Frenesim solar



A nossa estrela enlouqueceu?
A ciência está de olhos postos na estrela que nos aquece. O principal objectivo é saber a que se devem as suas repentinas e inquietantes mudanças de humor.

A cada segundo que passa, uma sucessão de potentes reacções nuclea­res no coração do Sol transforma um pouco mais de 667 milhões de toneladas de hidrogénio em um pouco menos de 663 milhões de toneladas de hélio. O processo liberta 4,5 milhões de toneladas de energia na forma de luz (isto é, calor), o que permite, por exemplo, que a vida prospere na Terra. Graças à decomposição do espectro luminoso nas suas mais ínfimas partes, os astrónomos conseguem determinar a composição da nossa estrela, a qual inclui, além dos já referidos hidrogénio (72 por cento da massa) e hélio (26%), outros 65 elementos mais pesados: o grosso destes dois por cento restantes é formado por oxigénio, carbono, néon, azoto, magnésio, ferro e silício. Conhecer com exactidão estes pormenores químicos é fundamental, pois só assim podemos saber como funcionam outros astros e mesmo o nosso próprio planeta.

Efectivamente, todos esses dados são inseridos em complexos modelos informáticos para verificar as previsões sobre a evolução das galáxias, compreender a transformação de átomos leves em pesados e determinar a frequência com que estes últimos se condensam em grãos de pó, um processo fundamental para a génese das estrelas. Os astrofísicos estudam igualmente a quantidade de raios cósmicos, assim como a densidade dos elementos, a fim de desvendar as interacções entre as velozes partículas e o meio interestelar.

“De qualquer modo, o mais importante é compreender a nossa própria estrela”, escreve o especialista Jim Kaler na revista Astronomy. “A velocidade do som no seu interior depende da composição química; e foi através disso que detectámos discrepâncias com os antigos modelos.”

Que tempo (solar) vai fazer?
Observada de perto, a superfície solar é como uma caldeira a ferver, em constante estado de convecção, termo físico que define a propagação do calor por um fluido através do movimento das partículas. O incessante remoinho de gases quentes a elevar-se e de gases frios a submergir cria línguas de fogo e partículas radioactivas, um bombardeamente que se intensifica periodicamente. Durante séculos, contemplámos o astro-rei pelos olhos da religião e da cultura; agora que a nossa civilização se tornou mais vulnerável do que nunca às alterações do clima espacial, a ciência procura aprender a conviver com os seus ímpetos.

“O Sol está a despertar de uma sesta profunda e, durante os próximos anos, deveremos observar níveis muito mais elevados de actividade”, vaticina Richard Fisher, da Divisão de Heliofísica da NASA. “Além disso, a nossa sociedade tecnológica desenvolveu uma sensibilidade sem precedentes às tempestades solares. Qualquer uma poderia inutilizar as redes de electricidade, a navegação por GPS, os transportes aéreos, os serviços financeiros ou as comunicações de emergência por rádio.”

Os ciclos de bom e mau humor do astro sucedem-se a cada onze anos, com uma precisão quase matemática mas ainda incompreendida. Estão relacionados com as escuras e frias manchas que surgem na superfície solar, e a próxima temporada de fúria terá provavelmente início em 2012 ou 2013. “Grande parte dos danos poderiam ser atenuados se soubéssemos quando se aproxima uma tempestade”, explica Fisher. “Nesse caso, poderíamos pôr os satélites a dormir e desligar os transformadores das redes eléctricas.”

A arte de prever o clima espacial ainda está no início, mas a NASA e a Administração Nacional norte-americana dos Oceanos e da Atmosfera (NOAA) têm vindo a lançar uma frota de satélites para remediar o problema. As missões revelaram-nos o modo como a Terra se desloca pela heliosfera, a exótica e gigantesca atmosfera do Sol. Agora, conhecemos melhor esse sistema complexo que evolui em reacção às condições da nossa estrela, dos planetas e do espaço exterior.

Durante o último meio século, duas descobertas permitiram melhorar exponencialmente o nosso conhecimento do astro-rei e da sua influência no Sistema Solar. A primeira foi constatar que a corona é centenas de vezes mais quente do que a fotosfera, a superfície visível. Depois, foi confirmada a teoria de que essa camada superior se expande a velocidades supersónicas, projectando o chamado “vento solar”.

Os cientistas determinaram pormenorizadamente a composição, as propriedades e a estrutura das partículas que compõem o vendaval, e seguiram a sua pista para além da órbita do “ex-planeta” Plutão. Através das últimas imagens enviadas pelos observatórios em órbita, sabemos que a corona e a região de transição acima da fotosfera apresentam uma complexa arquitectura de buracos e colunas. Além disso, um “tapete” de arcos magnéticos prolonga-se sob a corona.

Apesar dos avanços, no entanto, diversas interrogações essenciais permanecem sem resposta: por que motivo é a corona muito mais quente do que a fotosfera? Como acelera o vento solar? Por que se formam as manchas? O que causa as perturbações solares? Que reac­ção provocam na heliosfera e na Terra? E, mais importante ainda, que impacto tem tudo isso na humanidade?

O grande dínamo
O projecto da NASA Living With a Star (viver com uma estrela) vai tentar encontrar resposta para estas questões, nomeadamente através de duas missões principais. A primeira, baptizada com o nome Solar Dynamics Observatory (SDO), já está a enviar imagens extraordinárias de alta resolução, desde Fevereiro de 2010. O objectivo principal do SDO é compreender a influência da estrela sobre a Terra e a região imediatamente adjacente; para isso, estuda a heliosfera em pequenas escalas de espaço e tempo, em diversos comprimentos de onda simultaneamente.

“O Sol é incrível, pois produz, ao mesmo tempo, luz no espectro visível, radiação infravermelha e ultravioleta e raios X”, explica Fisher. “Lança também plasma e cospe partículas praticamente à velocidade da luz. As variações que sofre ocorrem em escalas de tempo que vão dos milésimos de segundo aos milhares de milhões de anos. É algo relacionado com o campo magnético, causado, por sua vez, pelo plasma que se desloca e roda dentro da zona de convecção, de modo a transformar a estrela numa espécie de dínamo. Trata-se de algo semelhante à magnetosfera criada pelo núcleo terrestre.” Os cientistas procuram averiguar as derradeiras causas deste fenómeno, assim como a forma como é libertada a energia magnética em forma de partículas.

“Em Outubro de 2010, assistimos a uma erupção solar colossal”, recorda Philip Scherrer, cientista-principal do SDO. “A explosão atingiu mais de 350 mil quilómetros de altura e projectou uma vaga de gases e matéria; felizmente, foi na direcção oposta à Terra. Nesse mês, o SDO observou um buraco negro no pólo norte do Sol. Depois, com o auxílio dos satélites gémeos STEREO, conseguimos confirmar a presença de outro grande vácuo na extremidade meridional. Os chamados ‘buracos polares da corona’ são lugares por onde emerge o campo magnético e se estende por toda a heliosfera, até chegar à Terra.” Se não fosse a protecção natural proporcionada pela atmosfera terrestre, o flagelo das partículas radioactivas teria esturricado o planeta há milénios. “Temos confiança de que o SDO continuará a enviar-nos informação valiosa”, acrescenta Scherrer.

“Cheirar” o Sol
Há outro projecto que mantém um abundante grupo de especialistas de várias universidades norte-americanas em estado de “insolação”. Trata-se da Solar Probe Plus, uma emocionante missão que irá mergulhar em cheio na corona solar para analisar o seu conteúdo. A sonda deverá passar a apenas 6,5 milhões de quilómetros da superfície, como um audaz Ícaro da era moderna. Para evitar que tenha o mesmo destino das asas de cera da personagem mitológica, o revolucionário satélite de 612 quilos, fabricado pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, estará protegido por um escudo de compostos de carbono de 2,5 metros de diâ­me­tro e 8 cm de espessura, o qual deverá defendê-lo dos 1370 graus que reinam naquele território hostil. Nenhuma outra nave esteve submetida a uma radiação tão extrema como a que irá atravessar sucessivas vezes a SPP. “Será a nossa primeira visita a uma estrela”, resume Fisher.

As cinco experiências escolhidas para arrancar os segredos do astro-rei vão contar electrões, protões e iões de hélio dentro do vento solar. Além disso, os instrumentos irão elaborar imagens tridimensionais da corona e da colisão das partículas em redor da nave. Outra ferramenta vai determinar os campos eléctrico e magnético, as emissões de rádio e as ondas que navegam através do plasma atmosférico. Por último, um detector gigante irá apanhar poeira cósmica. Como diz Lika Guhathakurta, uma astrofísica que trabalha na sede da NASA em Washington, “pela primeira vez, poderemos tocar, provar e cheirar o Sol”.

Preparados para a tempestade?
Filmes-catástrofe e profecias de calendários maias à parte, parece que a humanidade devia mesmo tomar algumas precauções em 2012: segundo um relatório da NASA, existe a probabilidade de a Terra ser atingida nesse ano (ou em 2013, o mais tardar) pela mais intensa tempestade solar dos últimos 50 anos. Os autores do estudo advertem que a zona afectada poderá ficar sem rede eléctrica e água corrente, e que poderá demorar entre quatro e dez anos a recuperar. As projecções massivas de plasma a partir do Sol já causaram problemas noutras ocasiões. Para nos situarmos no pior dos cenários, teremos de recuar até aos dias 1 e 2 de Setembro de 1859, quando as auroras polares, provocadas pelas partículas do vento solar, alcançaram o México e as Caraíbas. Esse acontecimento é conhecido como “fulguração de Carrington”, devido ao astrónomo britânico que o detectou, e destruiu a rede de telégrafos. Se ocorresse actualmente, seria o caos.



A.P.S.
SUPER 154 - Fevereiro 2011

Notícia - Descobertas três novas espécies de Lampreia que só ocorrem em Portugal


Uma equipa formada por cientistas de diferentes unidades de investigação portuguesas descobriu três novas espécies de lampreia que apenas ocorrem em Portugal. A sua descrição vai ser, a breve prazo, publicada na revista Contributions to Zoology.

Às novas lampreias foram dados nomes alusivos às áreas onde ocorrem: a lampreia da Costa de Prata (Lampetra alavariensis) habita apenas (é endémica) das bacias hidrográficas do Esmoriz e Vouga; a lampreia do Sado (Lampetra lusitanica) ocorre somente na rede hidrográfica do Sado; e a lampreia do Nabão (Lampetra auremensis) está presente apenas na sub-bacia do rio Nabão, afluente da margem direita do rio Tejo.

Os autores do trabalho, que foi desenvolvido no âmbito do projeto de doutoramento de Catarina Mateus, coautora do artigo prestes a ser publicado, determinaram que as novas espécies, para além de ocorrerem de forma localizada, têm áreas de distribuição fragmentadas e populações muito reduzidas, o que justifica a sua inclusão na categoria máxima de ameaça -  “Criticamente Em Perigo”  - do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

Na Península Ibérica já se sabia existirem três outras espécies de lampreia: a lampreia-marinha (Petromyzon marinus), a lampreia-de-riacho (Lampetra planeri) e a lampreia-de-rio (Lampetra fluvialis). Todas as três espécies ocorrem de forma extensa na Europa mas, na Península Ibérica apenas a primeira espécie tem uma distribuição pouco restrira por Portugal e Espanha, já que a segunda espécie está concentrada, sobretudo, em território nacional e a terceira, foi já declarada extinta em Espanha, podendo ser encontranda apenas no troço inferior dos rios Tejo e Sorraia.

A descoberta das novas espécies endémicas e do seu precário estado de conservação resultam assim, na prática, num aumento da responsabilidade de Portugal no que diz respeito à conservação do grupo das lampreias – a família Petromizontidae.

Na investigação participaram também Pedro Raposo, da Universidade de Évora, Judite Alves, investigadora do Museu Nacional de História Natural e da Ciência/Centro de Biologia Ambiental e Bernardo Quintela, do Centro de Oceanografia/Departamento de Biologia Animal – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. O trabalho foi financiado pelo Fundo EDP Biodiversidade e pela FCT, tendo o Fluviário de Mora prestado apoio logístico.

Fonte: Filipa Alves/www.ueline.uevora.pt

Biografia - Manuela Moura Guedes


BIOGRAFIA
Nasceu em 23 de Dezembro de 1955, no Cadaval mas a sua infância foi passada em Torres Vedras. Em 1978, quando frequentava o último ano do curso de Direito, entra para a RTP como locutora de continuidade. 

No início assinava Manuela Matos. Em 1979 apresenta o Festival da Canção com Fialho Gouveia. No dia 22 de Maio participou na sessão experimental do concurso "Écran Mágico" e os seus dotes musicais foram logo notados.

Ainda nesse ano edita o seu primeiro single, "Conversa Fiada". No ano seguinte foi editado o single "Sonho Mau".

Manuela Moura Guedes também trabalhava na rádio, primeiro teve, na Comercial, um programa de música, depois fez o programa "Jogo de Damas", com  Dora Maria e Maria João Aguiar, e depois colaborou no programa TNT da Rádio Comercial.

No fim de 1981 é editado o single "Flor Sonhada/Foram Cardos, Foram Prosas", com letra de Miguel Esteves Cardoso e música de Ricardo Camacho. No disco, produzido por Ricardo Camacho e por Jaime Fernandes, participaram  Ricardo  Camacho, nas teclas e sintetizadores, Tóli (bateria), Vítor Rua (baixo e viola) e Tó Pinheiro da Slva (guitarra). (1)

A seguir é editado o álbum "Alibi", feito em conjunto com os GNR (Tóli e Vítor Rua mais Rui Reininho), mas que não consegue repetir o sucesso obtido com o single.

Depois de três anos como locutora tinha passado para a informação. Acaba por largar a música, receando que o facto de cantar pudesse prejudicar a imagem de jornalista.

Em Novembro de 2007 foi editado, pela primeira vez em CD, o álbum "Alibi" com a inclusão dos dois temas do single anterior.

(1) Ricardo Camacho chega a preparar temas para o sucessor desse single. Um dos temas daria origem ao tema  "Sete Mares" dos Sétima Legião.

DISCOGRAFIA
Conversa Fiada/O Que Pode Ser (Single, Boom/Nova, 1979)
Sonho Mau/Sonho Bom (Single, Nova, 1980)
Flor Sonhada/Foram Cardos, Foram Prosas (Single, EMI/VC, 1981)
Alibi (LP, EMI/VC, 1982)

COMENTÁRIOS
«Tinha algum jeito, mas não propriamente talento, como aliás acontece com muitas coisas. A música fez um enorme sucesso, foi o «single» mais vendido em termos nacionais.» MMG

«foi, acima de tudo, um desafio. Provei a mim mesmo que seria capaz de fazê-lo e sinto-me orgulhoso por causa disso. É um orgulho adolescente e acho que o trabalho, tanto dos músicos, como da Manuela, tem uma sobriedade incrível.» Ricardo Camacho, 11/1981

«Tenho alguma pena de ter deixado a música, porque me divertia, satisfazia, realizava - e isso é extremamente importante, porque, se deixarmos de achar graça às coisas, é melhor largá-las. Tive algum receio de que a imagem de jornalista fosse deturpada pelo facto de cantar, por isso larguei a música.» MMG

«...talvez agora o disco [Álibi] seja bastante mais comercial do que o era na altura em que o gravei, pois estava avançado demais para esse tempo. Hoje, as pessoas talvez estejam mais habituadas aos sons do disco, sons esses da inteira responsabilidade dos GNR.» MMG

NO RASTO DE...
Ficou mais de quatro anos longe do pequeno ecrã e nesse período chegou a ser deputada pelo CDS/PP. Ingressa na TVI  onde assumiu as funções de "pivot" e de chefe de redacção. Cantou em algumas galas da TVI e em 2006 participou no programa "Canta Por Mim".

Informação retirada daqui