quarta-feira, 13 de setembro de 2017

EFA - STC - Exercício - Agricultura Portuguesa e a Politica Agrícola Comum - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Mais de três quartos do território da União Europeia são terras agrícolas (44%) ou arborizadas (33%). No entanto, nos últimos 40 anos, os seus recursos naturais têm sido sobreexplorados pela agricultura, pela silvicultura e pelas actividades comerciais, em nome do aumento da produção. Do mesmo modo, a evolução tecnológica e razões de ordem comercial 8maximização dos lucros e minimização dos custos) têm levado a uma intensificação da agricultura. A PAC foi, então, responsável pelos níveis elevados de apoio aos preços agrícolas, que favoreceram a agricultura intensiva e o aumento da utilização de adubos e pesticidas. Estas práticas provocaram: A poluição da água e do solo; A degradação de alguns ecossistemas; Alterações na paisagem (destruição de sebes, muros de pedra, valas e a secagem de terras húmidas contribuíram para a perda de habitats naturais de muitos pássaros, plantas e outras espécies naturais); O aumento da erosão dos solos.


Agricultura quer crescer


A maior feira ibérica de agricultura biológica – a Terra Sã – abriu portas este fim-de-semana, em Lisboa. Durante três dias, o lema é cativar novos consumidores para "uma alimentação biológica e saudável".
Porém, subsiste a ideia de que o que é bio é mais caro. A diferença de preços prende-se sobretudo com a substituição dos adubos e pesticidas, por mais mão-de-obra e com baixa produtividade.
Portugal começou a dar os primeiros passos na agricultura biológica há cerca de 20 anos, mas o salto só aconteceu há dez, com o reforço das medidas agro-ambientais. O número de agricultores biológicos quintuplicou entre 1994 e 2004, para os actuais 1300, ou seja, 0,3% da população agrícola tradicional. A área total de cultivo vegetal aumentou 28 vezes, ocupando actualmente 3,5% da superfície agrícola de Portugal. No campo da produção animal, as cabeças de gado triplicaram entre 2002 e 2004, pois só a partir de 2001 é que a certificação deste tipo de produtos permitiu a evolução.
Porém, o Plano Nacional para o Desenvolvimento da Agricultura Biológica, elaborado em 2004, ficou na gaveta. O actual Governo pretende integrar esta componente no Plano Nacional para o Desenvolvimento Rural. Para os responsáveis pelo sector "não se devem confundir produtos biológicos com os de denominação de origem: os biológicos têm as mesmas regras em todo o mundo (o que, em termos de exportação, é uma garantia), enquanto que um estrangeiro não sabe o que é a morcela de Aires". A exportação é uma das apostas deste mercado. Actualmente, Portugal já exporta cerca de 50% do azeite biológico que produz, por exemplo.
No entanto, é natural que se venha a registar uma descida na produção biológica porque há mais incentivos para outras medidas, como a de protecção dos aquíferos, aprovada este ano, através da qual os agricultores recebem quatro vezes mais para apenas reduzir o uso de químicos.

Adaptado de: "Expresso", 26 de Novembro de 2005



1. Diga o que entende por agricultura biológica.

2. Indique os motivos responsáveis pelos elevados preços dos produtos da agricultura biológica.

3. Relacione o desenvolvimento da agricultura biológica na União Europeia com as crescentes preocupações da população em geral para com a protecção do ambiente.

4. Enuncie outra estratégia (para além dos incentivos à agricultura biológica), referida no texto, que está a ser utilizada para valorizar os produtos da agricultura portuguesa.

5. De que forma a Agricultura Biológica pode contribuir para o desenvolvimento regional?

Powerpoint - Métodos e as Técnicas de Investigação na relação com o estudo das Práticas de Intervenção Social


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Biografia - Luís Bettencourt,


"Empty Space" é o título do primeiro álbum a solo deste músico e intérprete que, após vários anos de imigração nos Estados Unidos, resolveu 'regressar' à terra de origem em meados dos anos oitenta. A vinda deste Luís Bettencourt, (não confundir com o músico com o mesmo nome que já por cá andava e que tem o nome ligado aos Rimanço, Construção e outras aventuras), veio agitar positivamente a cena musical dos Açores.

Músico de grandes recursos, com um ouvido invulgar, muito dotado quer a nível de execução quer a nível de concepção de arranjos e composição, e de uma intuição prodigiosa, Luís Gil Bettencourt redescobre nos Açores as raízes do som de uma terra que havia deixado mas que ele teimava em redescobrir. Se na América, sempre bem acompanhado por bons músicos norte-americanos e pelos irmãos Roberto e depois Nuno (Extreme), foi a opção pelo "progressive rock", o regresso a Portugal é primeiro um tempo de transição e depois de uma enorme abertura para novos trilhos sonoros.

Para o 'Luisinho da Praia da Vitória', "o puto dos Mini-Sombras que esgalhava na guitarra em cima de mesas de salas de bailes e assaltos de outros tempos", começava então um tempo bastante produtivo e inspirado que viria a enriquecer, de forma muito particular, o que de bom se fazia e faz nos Açores em termos de música.

Salientamos ainda aqui a escolha de Luís Gil Bettencourt para produzir os álbuns "A Vez Primeira" (GVIT/1992) do Grupo de Violas da Ilha Terceira e de "Monte Formoso" (1989) da Brigada Victor Jara. Digna de nota também é a participação dele no álbum "Traz-os-montes" (EMI-VC/1994) de Né Ladeiras e a participação com o tema "Nado Morto", um poema de Vitorino Nemésio, no álbum "Manifestasons" (ACERT/1996). Na interpretação deste tema Luís Gil Bettencourt é particularmente bem acompanhado ao piano pelo jorgense Paulo Borges - uma das grandes confirmações da mais jovem geração de músicos açorianos.

A comprovar a versatilidade que, ao longo dos anos, lhe tem permitido trabalhar em várias frentes, faz sentido mencionar aqui o belíssimo trabalho de composição no tema "Lavadeira", com letra do poeta popular emigrado João Teixeira de Medeiros. "Lavadeira" faz parte do álbum "Açores, Um Convite" (Henda/1985) de Victor Cruz. Este álbum de música ligeira foi produzido por Luís Gil Bettencourt e inclui várias canções do 'histórico' músico, homem de piano bar e 'chefe de orquestra' micaelense Teófilo Frazão.

Quanto a discografia própria, para além do celebrado "Empty Space", Luís Gil Bettencourt conta com os singles "If There´s a Reason/In-Out" e "Tema d' Amor", o LP "Bilingual" e o CD "Antero.

Quanto ao álbum "Bilingual", para além de ser de um ecletismo e 'naiveté' perfeitamente assumidos, não gozou das possibilidades financeiras que merecia para permitir melhores condições de produção.

No que diz respeito ao CD "Antero", é um trabalho difícil de classificar. É complexo escrever música para sonetos de Antero. O Luís assumiu o risco. Em termos de voz, o álbum tem momentos muito sentidos, em que esta parece sair do mais fundo das entranhas e projectar-se até pairar no espaço. Por outro lado, alguns dos registos de voz terão ido além do que seria preciso e nem sempre se entendem muito claramente as palavras de Antero. Achamos também que é um disco para se ir aprendendo a ouvir. 

Falar de Luís Gil Bettencourt também é lembrar o papel que ele teve no nascimento do Festival Maré de Agosto e num sem número de outras iniciativas das quais teremos de destacar o Festival "Jazz - Sons de Uma Longa História" e o Festival Internacional do Ramo Grande/Praia da Vitória. 

ANTÓNIO MELO SOUSA / ILHAS DO SOM
Luís Bettencourt participou no Festival da Canção de 1986 com "Cais de Encontro".

DISCOGRAFIA
Empty Space (LP, MVM, 1985)
If There´s a Reason/In-Out (Single)
Tema d' Amor (Single)
Bilingual (LP)
Antero (CD)

Colectâneas
Manifestasons (1996) - Nado Morto

NO RASTO DE ...
A par de vários contributos nas bandas sonoras das realizações televisivas de José Medeiros e nos arranjos e produção de uma parte significativa dos temas incluídos no CD "7 Anos de Música" (Disrego/1992), Luís Gil Bettencourt tem também o nome associado a uma nova forma de "sentir" o mais açoriano de todos os instrumentos. Com virtuosismo, muita técnica e sensibilidade, ora respeitando a tradição ora reinventado sem barreiras, Luís Gil Bettencourt tem provado repetidas vezes que um instrumento, tao aparentemente 'rudimentar' como a viola da terra, pode ser portador de sonoridades "nunca dantes dedilhadas". Aliás, é esta vocação pelos mistérios e segredos da música popular portuguesa que estão na base da persistente caminhada de Luís Gil Bettencourt à frente do grupo Cantinho da Terceira e, posteriormente, da "Balada do Atlântico". (AMS/IDS)

Notícia retirada daqui


Desenhos para colorir - Primavera


Conteúdo - A tentar perder peso? Erros a evitar - Pesar-se com muita frequência


Nada pode superar a alegria de ver os números da balança como os quer. Mas pesar-se de vez em quando para manter uma faixa de seu progresso não vai realmente ajudar. Tente pesar-se uma vez por dia. No entanto, se se sente tentado a pisar a balança a cada hora, então limite o hábito para apenas uma vez por semana.

Biografia - D.Maria I


Primeira rainha reinante de Portugal, filha do rei D. José I e de Dona Mariana Vitória de Bourbon, de seu nome completo Maria da Glória Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana, foi a mais velha de quatro irmãs. Muito religiosa e pouco atractiva, teve uma infância despreocupada dado a mãe ser uma espanhola amante do ar livre, de música e de conviver. Maria Francisca casou com o tio D. Pedro e tiveram vários filhos tendo apenas sobrevivido D. José, D. João (mais tarde rei, com o título de D. João VI) e D. Mariana. O seu reinado, depois de vinte anos com o pai no trono e com a pesada influência do Marquês de Pombal, não foi fácil. 

A nova rainha deu ordem para que se soltassem todos os presos políticos (mais de oitocentos) e com uma personalidade fraca e piedosa não teve uma acção governativa marcante. Porém, o seu reinado viu realizarem-se obras de vulto como a Academia das Ciências, a Real Academia da Marinha, a Real Biblioteca Pública de Lisboa (mais tarde Biblioteca Nacional, quando mudou para Entre Campos), entre outras. A rainha, muito ligada aos problemas dos mais desprotegidos, reabriu as audiências populares, interrompidas no tempo do pai. Era respeitada e amada e o marido esteve sempre do seu lado. Foi ele que comprou o palácio de Queluz onde viveram e, quando este morreu, em 1786, logo seguido do filho e herdeiro do trono, D. José, em 1788, deixaram a rainha num estado que a levaria a manifestações de loucura. 

A ela se deve a edificação da Basílica da Estrela, riquíssima de esculturas e recheio, que merece uma demorada visita. Com a partida para o Brasil, em 1817, devido à invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, as manifestações de loucura foram-se agudizando. Nem os mais famosos médicos do estrangeiro a curaram. De referir que a loucura era também hereditária em D. Maria I. Embarcou contrariada para o Brasil, onde faleceu aos oitenta e um anos. Os brasileiros não souberam que D. Maria I quis diminuir a pena de morte para prisão perpétua a Tiradentes, que assim foi executado, como eram os usos do tempo. Hoje é, muito justamente, um herói nacional.

Informação retirada daqui

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Conteúdo - René Descartes - Geometria


O interesse de Descartes pela matemática surgiu cedo, no College de la Flèche, escola do mais alto padrão, dirigida por jesuítas, na qual ingressara aos oito anos de idade. Mas por uma razão muito especial e que já revelava seus pendores filosóficos: a certeza que as demonstrações ou justificativas matemáticas proporcionam. Aos vinte e um anos de idade, depois de frequentar rodas matemáticas em Paris (além de outras), já graduado em Direito, ingressa voluntariamente na carreira das armas, uma das poucas opções “dignas” que se ofereciam a um jovem como ele, oriundo da nobreza menor da França. Durante os quase nove anos que serviu em vários exércitos, não se sabe de nenhuma proeza militar realizada por Descartes.

A geometria analítica de Descartes apareceu em 1637 no pequeno texto chamado Geometria, como um dos três apêndices do Discurso do Método, obra considerada o marco inicial da filosofia moderna. Nela, em resumo, Descartes defende o método matemático como modelo para a aquisição de conhecimentos em todos os campos.

Manual - Aplicacion del Sistema de Analisis de Riesgos y Control de Puntos Criticos en Vinos


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Powerpoint - Processadores


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Notícia - ESA - Venus Express

A ESA chega a Vénus com a sua primeira missão, a Venus Express. Enviada para ser colocar na órbita de Vénus, efectua estudos da estrutura, composição química e dinâmica da atmosfera.

Notícia - Coimbra colecciona bactérias

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra tem uma das maiores colecções de bactéria ‘legionella’ do Mundo – responsável pela pneumonia atípica de consequências graves – com mais de duas mil estirpes.


Os exemplares estão guardados no Laboratório de Microbiologia, que reúne um total de cinco mil estirpes de bactérias, representando 20 anos de colheitas e isolamento de micróbios.

Para além de serem determinantes para o estudo nas áreas médicas, farmacêutica, genética, ecológica, industrial e cosmética, as culturas de bactérias são essenciais para garantir a preservação de microorganismos vivos para o futuro.

Segundo Milton Costa, director do Laboratório de Microbiologia, 'os microorganismos são solicitados por muitos cientistas estrangeiros que os querem estudar'. Alertando para a importância da colecção, os responsáveis da faculdade pedem ajuda ao Estado para que a mesma possa ser declarada como colecção oficial portuguesa.

M.G.

Biografia - Manuel de Arriaga

Manuel José de Arriaga Brum da Silveira nasceu na cidade da Horta em 8 de Julho de 1840. Era filho de Sebastião de Arriaga Brum da Silveira, oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos que se radicaram na Ilha do Faial no séc. XVII e de Maria Cristina Ramos Caldeira, natural de Lisboa, também descendente de nobre linhagem. Tiveram seis filhos Maria Cristina, a mais velha, viria a ser poetisa e a ela se refere Vitorino Nemésio em "Mau Tempo no Canal. Outros dois filhos do casal Arriaga vão distinguir-se também. José de Arriaga, que foi historiador ("História da Revolução Portuguesa de 1820", 4 v.,1889; "História da Revolução de Setembro", 3.v., 1892 e "Os Últimos 60 anos da Monarquia", 1911), foi viver para o Brasil, onde morreu; e Sebastião Arriaga Brum da Silveira Júnior, engenheiro agrónomo, que, depois de estudar no estrangeiro, tentou um programa inovador de recuperação do Alentejo, mas morreu com 39 anos sem acabar o seu projecto; por fim, Manuel, o quarto na linha de sucessão, mas que por morte do irmão e sendo o segundo varão deveria ser o herdeiro, optou muito cedo pela via política. 
             Foi durante o período em que estudava na Universidade de Coimbra para se "formar em leis", no contacto com outros estudantes e professores e na leitura de outras formas de pensamento, que aderiu ao ideário republicano. Para este jovem loiro e de olhos azuis a quem nada faltava, a opção política veio privá-lo de tudo aquilo que leva tantos outros a seguirem o mesmo caminho: ascensão social, prestígio e fortuna. Manuel de Arriaga perdeu tudo isso. O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o. Manuel de Arriaga teve então de trabalhar, dando lições de inglês para poder continuar o curso. 
             Este jovem açoreano, calmo e arguto, estava longe de saber que viria a ser o primeiro Presidente da República Portuguesa. Antes de ocupar a cadeira do poder (que nesse tempo era pouco), Arriaga passou cinquenta anos da sua vida como paladino de uma sociedade mais justa. Em 1876 fez parte do grupo que estudou o plano de reforma da instrução secundária. Foi membro do Directório do Partido Re-publicano depois de 31 de Dezembro de 1891. 
             Em 1882 fora deputado da minoria republicana. É com ardor que denuncia irregularidades no Governo, nomeadamente quando o ministro da Fazenda emprestou dos cofres do Estado elevadas quantias a socieda-des particulares sem dar conhecimen-to ao Governo. 
             Casa, com mais de trinta anos, com Lucrécia de Brito Barredo Furtado de Meio Arriaga, de famílias conhe-cidas da Ilha do Pico. A cerimónia ocorreu numa capelinha perto de Valença do Minho onde o pai era general e governador da Praça (de Valença). Os noivos vão viver alguns anos em Coimbra onde o Manuel de Arriaga exercia a profissão de advo-gado. Tiveram seis filhos, dois rapazes e quatro meninas. A família tinha o costume de ir passar as férias de Verão para Buarcos. Como ilhéu, Manuel de Arriaga e a mulher adoravam o mar, as crianças e as flores, dizia-se na família. 
             A última casa em que viveu Manuel de Arriaga seria em Lisboa perto da Rua das Janelas Verdes, precisamente para poder ver os barcos no Tejo. O quarto em que morreu o primeiro Presidente tinha na parede retratos de dois homens que muito admirava - Vítor Hugo e Alexandre Herculano. Por cima da cabeceira, a imagem de Cristo. 
             A par da sua actividade profissional, Arriaga foi fazendo o seu percurso político sem ódios nem exageros, o que, desde logo, lhe granjeou simpatia por parte dos seus correligionários e do povo, que se apercebia do seu empenhamento e carácter. 
             Era um orador admirado. Fizera comícios ainda durante a monarquia, como muitos outros, pugnando por uma sociedade mais justa, com menos privilégios e mais acesso ao ensino. Mais tarde, o Governo Provisório nomeou-o Procurador-Geral da República, "premiando assim um dos paladinos da propaganda republicana e que fora também um dos maiores causídicos portugueses" (J. Veríssimo Senão, "História de Portugal" vol. XII , p.l46). 
             A seguir à implantação da República, a 5 de Outubro de 1910, jovens republicanos estudantes de Coimbra entraram nas instalações do Senado e praticaram actos de vandalismo, tendo destruído parte do belíssimo mobiliário da secular Sala dos Capelos na Universidade, onde se efectuam as cerimónias dos doutoramentos, e numa atitude de selvajaria, balearam os retratos dos últimos reis portugueses que estavam pendurados nas paredes. "Para obstar a outras depredações o Dr. António José de Almeida, (republicano também desde a primeira hora), convidou o Dr. Manuel de Arriaga para reitor da velha Universidade e foi dar-lhe posse a 17 de Outubro de 1910, em cerimónia sem aparato académico, mas que bastou para serenar os ânimos estudantis" (Joaquim Veríssimo Serrão, História de Portugal", v. XII,p.320). 
             Em Agosto de 1911, já com 71 anos, Manuel de Arriaga é eleito Presidente da República. O outro candidato era o Dr. Bernardino Machado (também presidente mais tarde). Foi António José de Almeida, da facção moderada do Partido Republicano, quem se lembrou de sugerir o nome de Manuel de Arriaga como candidato à presidência, findo o período do Governo Provisório liderado por Teófilo Braga. Isto porque, segundo ele, Arriaga "era um dos poucos se não o único homem do Partido que se dava com toda a gente e de quem Homem Cristo não dizia mal". 
             Ser Presidente naquela altura não era cargo invejável nem particularmente prestigiado, pois Manuel de Arriaga teve de mudar para uma casa maior, um palacete na Horta Seca, e teve de pagar o mobiliário do seu bolso. E mais curioso ainda pagava renda de casa. Não lhe era dado dinheiro para transportes, não tinha secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado. Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas teve de o pagar também do seu bolso. Na falta de um secretário, Arriaga vai chamar um dos filhos para essa função e escolheu para chefiar o seu primeiro Governo o político e jornalista João Chagas. Mas dentro do Partido Republicano já havia cisões. António José de Almeida virá a fundar o Partido Evolucionista e Brito Camacho a União Republicana. Afonso Costa mantém-se à frente do Partido Republicano. 
             O nosso Primeiro Presidente não vivia no Palácio de Belém, mas num anexo e a entrada fazia-se pelo Pátio das Damas. Foi aí que nasceu a neta com quem falámos para a elaboração deste artigo. 
             O mandato de Manuel de Arriaga desenrola-se, como é sabido, num período agitado. Os governos sucedem-se por escassos meses. Oito mudanças na presidência do Governo, desordens nas ruas, reacções violentas contra a Igreja e movimentos de monárquicos. Por fim Manuel de Arriaga convida o Dr. António José de Almeida para chefiar o governo, mas perante a recusa deste, opta então por Afonso Costa que até 1917, foi o político mais influente da vida portuguesa. Afonso Costa consegue reduzir o défice, mas a instabilidade e a luta entre os Partidos é constante, agora agravada com a tensão internacional de 1914, que iria desembocar na Primeira Grande Guerra (1914-1918), desencadeada pelo assassinato do arquiduque austríaco Francisco Fernando em Sarajevo. O assassino pertencia a uma organização terrorista que lutava pela integração da Bósnia no reino da Sérvia 
             Logo no começo da 1ª Grande Guerra, há forte pressão sobre as colónias portuguesas de África principalmente em Angola e Moçambique. E a jovem república portuguesa vê-se a braços com demasiados problemas. Tentando evitar o pior, Manuel de Arriaga escreve aos três lideres dos partidos (Camacho, Afonso Costa e António José de Almeida) para se entenderem, para que se consiga formar um "ministério extrapartidário", mas Afonso Costa reagiu mal. O Presidente da República aconselha então a demissão do Governo presidido por Vítor Hugo de Azevedo e, para acalmar o exército, toma uma atitude, de que mais tarde se vai arrepender, ao chamar ao governo o general Pimenta de Castro, que já fora Ministro Guerra no tempo do governo chefiado por João Chagas. Arriaga conhecia-o e confiava nele. Joaquim Pereira Pimenta de Castro escolhe para os ministérios sete militares, não permite a reabertura do Parlamento, amnistia os monárquicos condenados, altera a lei eleitoral e vai governar como ditador. (Curiosamente em Lisboa há ainda uma rua com o seu nome.) 
             Os parlamentares, reunidos secretamente a 4 de Maio, no Palácio da Mitra, declaram Arriaga e Pimenta de Castro fora da lei e os seus actos nulos. A 14 de Maio de 1915 há uma revolta contra Pimenta de Castro, desencadeada pelo Partido Democrático, que conta com ao apoio da Marinha e começa uma autêntica guerra civil. Houve muitos mortos e feridos. Perante isto, o bondoso e pacifista Manuel de Arriaga só pode tomar uma atitude. Resignar do cargo. Escreve uma carta aos seus ministros e outra ao Congresso. Amargurado, o imponente tribuno de outros tempos (e também poeta, autor de "Cantos Sagrados" e "Irradiações") sai então da presidência, sem honra nem glória 
             Em política, as ingenuidades pagam-se caro. Manuel de Arriaga, que Raul Brandão definia com o um homem "profundamente altruísta e magnânimo de uma grande bondade e honradez", passou rapidamente a ser considerado um "criminoso político". Na época consideram-no culpado ou pelo menos conivente com as acções ditatoriais e violentas de Pimenta de Castro. 
             O deputado, escritor e jornalista, Augusto de Castro relata uma conversa com o ex-presidente Manuel de Arriaga pouco antes de este morrer, em 1917: "O velho, de admirável cabeleira de tribuno, de porte aristocrático e olhar romântico, que fora outrora um dos mais lindos rapazes do seu tempo, transformara-se em meia dúzia de meses, num velhinho curvado e triste (...) Arriaga contou-me os únicos prazeres do seu exílio - as flores, as suas telas, os seus poetas (...) Naquela tarde, sentado nessa saletazita que um raio de sol aquecia, contei ao pobre velho as minhas fáceis previsões. A política não fora feita para os idealistas e para os poetas, como ele - acrescentei. Arriaga escutou-me em silêncio, forçando um sorriso de comprazimento. Uma névoa de lágrimas velou-lhe o olhar. E como falando para si desenhando com a bengala no tapete pequenos traços trémulos, disse-me, com uma ironia em que procurou pôr altivez, mas em que apenas havia o fel de uma mágoa intraduzível: "Sou um criminoso político, meu amigo..." Quis consolá-lo e, para o fazer, lembrei-me de lisonjear o sentimento de popularidade e de justiça, que eu sabia ser a nota mais viva da sua velha alma de tribuno. "O povo que o estimou, continua, a despeito de tudo a amá-lo. Esteja certo disso. Ainda há pouco num teatro, o público, ao vê-lo caricaturado em cena, aliás sem o menor intuito desprimoroso, se levantou, numa manifestação de protesto e simpatia ao seu nome." E Augusto de Castro termina contando que, à saída de casa do primeiro Presidente da primeira República portuguesa, depois de comprar o jornal e ler que alguém se referia a Arriaga como "renegado e traidor", pensou: "Nunca, como nessa tarde, a política me pareceu uma tão cruel e sinistra coisa" (citado por João Medina, "História Contemporânea de Portugal", p. 257 e 258).

Nota: A autora agradece a uma neta de Manuel de Arriaga (entretanto falecida) a fotografia inédita da família e a autorização para fotografar um retrato pintado por Malhoa pertença da família Arriaga.

Biografia retirada de O Leme

Postal Antigo - Espanha - Grutas de Altamira - Bisonte rígido


EFA - STC - Exercício - Biotecnologia e Agricultura - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Quando os primeiros agricultores, há 10 000 anos atrás, começaram a guardar para os anos seguintes as sementes das plantas que lhes pareciam mais produtivas, vigorosas, resistentes ou melhor adaptadas às condições locais, estavam de facto a procurar salvaguardar e incrementar as suas fontes energéticas.
Em boa verdade, poderia dizer-se que há Melhoramento desde que existe Agricultura.
Contudo, só no séc. passado com os estudos de G. Mendel sobre a hereditariedade foram estabelecidas as 1ªs bases científicas da Genética. E será já no inicio do séc. XX que estas importantes descobertas começam a ser utilizadas no melhoramento de plantas cultivadas.
Nos anos seguintes a evolução foi muito rápida. Na década de 30 quebram-se as barreiras da Espécie. O triticale, resultado do cruzamento do trigo com o centeio, é hoje uma cultura comum. A produtividade do milho passou de 1t/ha para mais de 10 em pouco mais de 50 anos. Situação semelhante ocorreu com a generalidade das culturas agrícolas, com a contribuição importantíssima do Melhoramento.
O essencial do processo, pese embora a natural evolução de muitas técnicas, continua, contudo, assente no cruzamento entre dois indivíduos(ou populações) préviamente seleccionados, com o objectivo de fixar na respectiva descendência características identificadas como desejáveis nos progenitores. O que nem sempre ocorre, dificuldade agravada por vezes com o facto de algumas características pretendidas serem, por esta via, indissociáveis de outras absolutamente não desejadas.
Sendo uma técnica ainda hoje imprescindível, do Melhoramento dito tradicionais não podemos esperar os avanços espectaculares que já protagonizou no passado. A Engenharia Genética, no âmbito mais vasto da moderna Biotecnologia, pode ter aqui um papel fundamental, pelo extraordinário potencial que encerra.


1. Tendo em conta as previsões dos valores a alcançar pela população mundial em 2050, qual o papel que a Engenharia Genética, no âmbito mais vasto da moderna Biotecnologia, pode ter na resolução deste problema (referir as contribuições desta para uma agricultura sustentável).

Powerpoint - Linguagem Não Verbal


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Biografia - Maria Bárbara Júdice da Costa

Cantora lírica portuguesa, nascida em Lisboa, uma das mais famosas do séc. XIX, com uma fabulosa carreira no estrangeiro. Estudou dez anos no Conservatório Nacional e estreou-se no Teatro Nacional de S. Carlos, em Abril de 1888, numa récita de caridade e depois em 1890 em "La Gioconda", ao lado de Eva Tetrazzini. Fez uma carreira brilhante actuando em Roma, Nápoles seguiram-se as cidades de Moscovo, México, Madrid, Buenos Aires, Amesterdão, Málaga, Trieste, numa carreira apenas interrompida para ter os três filhos. Foi mãe da actriz de cinema Brunilde Júdice (1898-1979), nascida em Milão. A sua carreira levou-a várias vezes a Madrid, Barcelona, Palma de Maiorca e esteve em Portugal no Coliseu dos Recreios, em 1906, durante dois meses, novamente em 1910 e 1913. Em 1933 esteve com Amélia Rey Colaço no São Carlos, fazendo teatro declamado. Fixou residência em Milão, tendo regressado a Portugal em 1943 e aqui faleceu. Entre os papéis que a celebrizaram contam-se o de "Fedora", Amnerisna "Aida".

Desenhos para colorir - Primavera


Conteúdo - A tentar perder peso? Erros a evitar - Plano de Dieta Rigoroso


Seguir uma dieta super rígida para as primeiras semanas e, depois, sentir-se oprimido pelas mudanças repentinas acontece com demasiada frequência. Uma forma melhor de fazer isto é cortar nos late-night snacks, diminuir o consumo de refrigerantes ou mesmo substituindo batatas fritas por saladas. Estas mudanças pequenas e saudáveis são mais sustentáveis e vão fazer com que se sinta melhor.

sábado, 9 de setembro de 2017

Conteúdo - René Descartes - Medicina - Teoria Cartesiana do sistema circulatório

Segundo Descartes, o corpo é formado de matéria física e, por isso, tem propriedades comuns a qualquer matéria, como tamanho, peso e capacidade motora. Assim, as leis que regem a física, também regem o corpo humano. Incitando assim a separação do corpo de da alma.

Teoria Cartesiana do sistema circulatório
Note-se que só a partir desta distinção entre o corpo e a alma é possível inferir propriedades do corpo humano a partir do estudo da anatomia animal. A partir desse ponto, Descartes explica o funcionamento do sistema sanguíneo e como chegou a suas conclusões : “Desejo dar aqui a explicação do movimento do coração e das artérias o qual, sendo o que mais geralmente se observa nos animais, se julgará mais facilmente o que se deve pensar dos outros e, a fim de termos menos dificuldades em compreender o que vou dizer, desejava que os não versados em anatomia se resolvessem, antes de ler, a colocar ante eles o coração de qualquer grande animal que tenha pulmões, porque ele é em tudo bastante semelhante ao do homem” (1, p. 47). “(...) desejo adverti-los que este movimento que acabo de explicar resulta necessária e somente da disposição dos órgãos que se podem observar a olho nu no coração, e do calor que lá se pode sentir com os dedos, e da natureza do sangue que se pode conhecer por experiências, da mesma maneira que o movimento de um relógio resulta da força, da situação e da forma dos seus contrapesos e das rodas”

Observe-se que a teoria de Descartes, apesar de errada, é coerente com a nova visão mecanicista da natureza, como mostra a metáfora feita com o relógio. “A explicação cartesiana do corpo, considerado como máquina, necessita de um motor que possibilite todas as funções fisiológicas, e esse motor tem por base o fogo cardíaco que, por um processo semelhante à fermentação, faz com que o sangue entre em ebulição e distribua-se pelo corpo por meio das artérias. A defesa da fermentação, como estando na base do movimento do coração e do sangue, não sofre alteração ao longo da obra de Descartes”. Para Descartes, o batimento cardíaco era uma consequência do movimento do sangue e não a sua causa: o coração é obrigado a contrair-se quando não contém sangue; volta a inchar quando tem novamente sangue.

Manual - Construção Automática de Índices


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