sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Biografia - Aleijadinho

Aleijadinho (1730-1814) foi escultor, entalhador e projetista brasileiro. "Os Doze Profetas", entalhados em pedra-sabão, para o terraço do "Santuário de Bom Jesus de Matozinho, em Congonhas do Campo; os "Sete cristos", para as seis "Capelas dos Passos"; a "Capela de São Francisco de Assis em Vila Rica", são testemunho do desenvolvimento artístico de Minas Gerais, no século do ouro. Suas obras estão espalhadas pelas cidades de Vila Rica, Tiradentes, São João del-Rei, Mariana, Sabará, Morro Grande e Congonhas do Campo. Aleijadinho (1730-1814) nasceu em Vila Rica, hoje Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 29 de agosto de 1730. 

Filho do português Manuel Francisco Lisboa, mestre de carpintaria, e da escrava Isabel. Estudou as primeira letras, latim e música, com os padres de Vila Rica. Teve como mestre nas artes, os portugueses João Gomes Batista e Francisco Xavier de Brito. Aprendeu a esculpir e entalhar ainda criança, observando o trabalho de seu pai e de seu tio Antônio Francisco Pombal, importante entalhador de Vila Rica. Em Minas gerais, na primeira metade do século XVIII, as construções religiosas eram só de igrejas paroquianas. Para evitar o contrabando de ouro o governo impôs que só permanecessem na capitania, os padres que realmente prestavam assistência aos paroquianos. 

Muitos padres que não justificaram sua permanência na região da mineração, se juntaram e criaram as confrarias e irmandades, contribuindo para grande número de construções religiosas. A medida que a situação econômica melhorava, graças ao ouro, na segunda metade do século XVIII, surgiram as ricas construções em pedra e alvenaria. Foi nessa época que Aleijadinho desenvolveu suas atividades de escultor e projetista. Com seu estilo barroco e rococó, suas talhas, sua obra em relevo e suas estátuas, que estão presentes em construções religiosas de várias cidades mineiras, foi chamado de "Michelangelo tropical", pelo biógrafo francês, Germain Bazin. Uma de suas obras mais famosas é o "Santuário de Bom Jesus de Matosinhos", em Congonha dos Campos, iniciado em 1758. A planta imita o Santuário de Bom Jesus de Braga, em Portugal. Na frente existe um terraço ornado por doze estátuas de profetas. 

O terraço conduz a uma rampa ladeada de sete "Capelas dos Passos" onde estão representadas por 66 imagens, em cedro e em tamanho natural, as cenas da Paixão de Cristo. A "Ordem Terceira de São Francisco de Assis da Penitência", em Ouro Preto, é outra obra-prima. Iniciada em 1776 e concluída em 1794. Aleijadinho com seu estilo inconfundível, traçava a planta a ser construída e supervisionava a construção. Terminada a obra, fazia os trabalhos de acabamento, dava seu toque aos frontispícios, às portas, imagens e púlpitos. Mesmo sofrendo vários preconceitos pela sua condição de mestiço, sua genialidade acabou por consagrá-lo como escultor e projetista admirável. 

O maior gênio na arte colonial no Brasil. Em 1777, no auge de sua fama, surgiram os primeiros sinais da Lepra, doença que o debilitou mas não interrompeu suas atividades. Um ajudante o levava para toda parte e atava-lhe às mãos o cinzel e o martelo. Antônio Francisco da Costa Lisboa, o Aleijadinho, Morreu no dia 18 de novembro, e seu corpo foi sepultado na Matriz de Antônio Dias, junto ao altar da Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte.

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