Álvaro Lins (1912-1970) foi crítico literário, jornalista, professor, editor, advogado, ministro e diplomata brasileiro. Recebeu, o Prêmio Centenário de Antero de Quental, o Prêmio Felipe de Oliveira, o Prêmio Pandiá Calógeras, da Associação Brasileira de Escritores, o Prêmio Jabuti Personalidade do Ano, da Câmara Brasileira do Livro e o Prêmio Luiza Cláudio de Souza, do Pen Club do Brasil.
Álvaro Lins (1912-1970) nasceu em Caruaru, Pernambuco, no dia 14 de dezembro de 1912. Filho de Pedro Alexandrino Lins e de Francisca de Barros Lins. Fez o curso primário em Caruaru e o secundário, já no Recife, no Colégio Salesiano e no Ginásio Padre Félix. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife e, ainda estudante, começou a lecionar História da Civilização no Ginásio Pernambucano e no Colégio Nóbrega.
Em 1930, Álvaro Lins já fazia política como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito do Recife. Em 1932, na abertura do ano letivo, pronunciou a conferência "A Universidade como Escola dos Homens Públicos", que despertou interesse nos círculos intelectuais da capital pernambucana. Logo em seguida passou a colaborar no Diário de Pernambuco e, em 1935, concluiu o curso de Direito.
A convite do interventor, e depois governador, Carlos de Lima Cavalcanti, tornou-se secretário de estado do governo de Pernambuco. Em 1936, seu nome fazia parte da chapa do Partido Social Democrático (PSD) de Pernambuco, fundado por Lima Cavalcanti, para disputar uma cadeira à Câmara dos Deputados, pretensão abortada pelo Estado Novo, que suspendeu as eleições de 1937.
Em 1939, publicou seu primeiro livro como crítico literário: "História Literária de Eça de Queirós". Em 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar no Correio da Manhã.
Em 1952, em Lisboa, lecionou a disciplina Estudos Brasileiros, na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Lisboa, onde permaneceu até 1953.
Álvaro Lins volta ao Brasil, em 1954, em consequência da crise política desencadeada pelo suicídio de Getúlio Vargas. Nesse mesmo ano reassume as atividades jornalísticas e a cátedra de Literatura do Colégio Pedro II, que exercera como interino durante dez anos, quando tornou-se titular. Em 1955, foi eleito por unanimidade para a Academia Brasileira de Letras, para a cadeira 17.
Álvaro Lins foi nomeado chefe da casa civil de Juscelino, mantendo-se no cargo até o fim de 1956, quando foi indicado como embaixador do Brasil em Portugal, onde permaneceu até 1959. De volta ao Brasil, recolheu-se à sua cátedra de Literatura e, em 1960, publicou "Missão em Portugal".
Álvaro Lins faleceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de junho de 1970.
Obras de Álvaro Lins
História Literária de Eça de Queirós, 1939
Alguns Aspectos da Decadência do Império, 1939
Poesia e Personalidade de Antero de Quenta, 1942
Palestra sobre José Veríssimo, 1943
Notas de Um Diário de Crítica, 1943
Rio Branco, 1945
No Mundo do Romance Policial, 1947
Roteiro Literário do Brasil e de Portugal, 1956
Discurso Sobre Camões e Portugal, 1956
A Técnica do Romance de Marcel Proust, 1956
Missão em Portugal, 1960
A Glória de César e o Punhal de Brutus, 1962
Os Mortos de Sobrecasaca, 1963
Literatura e Vida Literária, 1963
O Relógio e o Quadrante, 1964
Poesia Moderna no Brasil, 1967
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