Pintor, gravador e coleccionador francês.
Nasceu em Montpellier em 1 de Abril de 1766;
morreu na mesma cidade em 16 de Março de 1837.
Filho de pintor Fabre começou a sua vida profissional como moço de cozinha do marquês de Montferrier. Este, tendo notado o seu talento de desenhador, encorajou-o a estudar, o que o jovem fará com Jean Coustou (1719-1791) na academia de artes da sua cidade natal, antes de entrar, em 1783, para o estúdio de Jacques-Louis David. Os estudos em Paris foram apoiados por Philippe-Laurent Joubert, financeiro e coleccionador de arte francês, que viu os seus esforços recompensados quando o seu protegido conseguiu, em 1787, o grande prémio de Roma, com o quadro Nebuchadnezzar ordenando a execução dos filhos de Zedekiah, o segundo pupilo de David a consegui-lo. Este sucesso foi consolidado com quatro anos de estudos na Academia de França em Roma e com o entusiasmo com que o seu quadro A Morte de Abel foi recebido no Salão de Paris de 1791.
As simpatias monárquicas de Fabre fizeram com que se mantivesse em Itália durante quase toda a sua vida, afastando-o das convulsões revolucionárias e napoleónicas da França, tendo ido viver para Florença em 1793. Amigo do conde Vittorio Alfieri (1749-1803), um poeta dramático italiano de nomeada, e da sua amante a condessa de Albany (1752-1824), aristocrata belga, mulher do príncipe Carlos Eduardo Stuart, o pretendente católico ao trono inglês, tornou-se membro da Academia de Belas-Artes de Florença. Professor, coleccionador e negociante de arte, François-Xavier Fabre tornou-se um membro importante da sociedade florentina.
As rápidas mudanças nos gostos, a falta de apoio dos seus clientes e a doença, fizeram-no abandonar a pintura histórica, passando a dedicar-se aos retratos, paisagens e gravuras, mantendo-se de qualquer maneira um defensor do neo-classicismo de David.
Em 1824 herdou da sua amante, a condessa de Albany, ela própria herdeira do conde Alfieri, uma substancial colecção de arte, que compreendia 224 quadros, 26 desenhos, 72 gravuras, 4 mármores, 6 bronzes e 30 gessos. Decidido a regressar a Montpellier, doou as obras de arte à sua cidade natal, que o acolheu triunfalmente em 26 de Julho de 1826. Feito barão pelo rei de França Carlos X, em 1828, será o primeiro conservador do Museu Fabre inaugurado nesse mesmo ano no seu dia de aniversário.
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