sábado, 10 de novembro de 2018

Notícia - Incêndios: Governo vai apoiar substituição de eucaliptos por espécies resilientes


O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural anunciou, no Parlamento, que o Governo vai apoiar a substituição de eucaliptos por espécies resilientes ao fogo.

«O Governo decidiu apoiar financeiramente a retirada de plantações de eucaliptos», disse Luís Capoulas Santos, esta quarta-feira, durante uma audição parlamentar conjunta com a Comissão de Agricultura e Mar e a Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa.

De acordo com o governante, a portaria que consagra a medida deverá ser publicada esta sexta-feira em Diário da República.

Apesar de não revelar mais detalhes, o governante disse que a «portaria vai beneficiar despesas de arranque desde que na mesma área seja colocada uma espécie resiliente ao fogo».

Em 25 de outubro, o ministério da Agricultura anunciou que a compra de plantas de eucalipto vai passar a exigir uma autorização prévia e os proprietários de plantações ilegais serão multados com coimas entre os 3700 e os 44 mil euros.

A decisão foi tomada durante uma reunião de Conselhos de Ministros, na Tapada de Mafra, e foi anunciada por Capoulas Santos, que afirmou que passa a ser «obrigatório a quem compra plantas de eucalipto a um viveirista ter uma autorização prévia».

Quem não cumprir com a nova regra e decidir avançar para plantações ilegais de eucaliptos será penalizado: «estão previstas coimas no máximo de 3700 euros para os cidadãos e de 44 mil para as entidades coletivas», explicou, na altura.

O combate à plantação ilegal de eucaliptos faz parte de um conjunto de normas que responsabilizam os produtores e os viveiristas, disse, à data, o governante, recordando algumas das medidas que em breve se poderão traduzir numa redução de zonas de eucalipto.

Desde o início do ano, é proibido plantar em determinas áreas e «por cada hectare retirado de uma área onde é inadequado que esteja em termos de reordenamento florestal» pode-se plantar apenas «meio hectare numa outra área sujeita a ordenamento».

Capoulas Santos acredita que, com esta medida, «a área do eucalipto ficará limitada e poderá ainda regredir um pouco», mas tal não irá «prejudicar a quantidade global de matéria-prima necessária para alimentar uma indústria que é importante para o país e representa muitos postos de trabalho».

Fonte: Lusa

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