Fundada no século XIII, esta imponente Igreja da cidade de Lisboa foi palco de casamentos reais, de conspirações e de terríveis tragédias humanas. Aqui teve início o massacre dos judeus e daqui saíam para os autos, os réus do Santo Ofício. Vamos conhecer o que resta desta obra exemplar do barroco joanino ou, como também se diz, do "barroco de racionalidade".
Poucos anos antes do grande terramoto, D. João V mandara construir um altar que projectava de forma majestática toda a encenação litúrgica. Este altar é a “evidência do barroco joanino”, diz o historiador António Camões Gouveia no início desta visita guiada à Igreja de São Domingos, em Lisboa.
O nome do rei, considerado o maior mecenas da Europa setecentista, fixou associado ao estilo que, embora seguindo o espírito do barroco, apresenta ligeiras modificações na sua representação. Será uma vez mais João Frederico Ludovice, o arquiteto de D. João V e autor do grandioso Convento de Mafra, a interpretar a visão estética do monarca e a executar o altar que engrandece a fé e a monarquia.
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