https://ensina.rtp.pt/artigo/e-se-nos-animais-falassemos/
Terão os porcos, as vacas, as ovelhas ou os frangos níveis de consciência que lhes permitam identificar o sofrimento, a alegria, a empatia, o medo? A ciência garante que sim. E que diferença tem feito para o ser humano ter conhecimento dessa capacidade?
Os animais que levamos para o prato têm perceções idênticas às dos que nos fazem companhia e às das pessoas. São seres sencientes, o que significa que têm sensações e sentimentos de forma consciente (Declaração de Cambridge, 2012). Ainda assim a maioria de nós não olha da mesma forma para um cão ou para um porco. Na cultura dos países ocidentais seria impensável comer um gato, já para os hindus é um pecado tocar numa vaca.
Mas não é apenas a cultura ou a religião que altera a nossa forma de tratar os animais. A industrialização alimentar tem um papel fundamental na matéria. O aumento do consumo de carne, muito sustentado em preços baixos, tem gerado um crescente fluxo de produção, transporte e abate de animais de pecuária. E em que condições tudo isto é realizado?
A União Europeia tem regras bem definidas sobre o bem-estar animal. Tanto para o gado, como para os bichos de estimação e também sobre o uso de animais para fins científicos. Como é feita a abordagem à consciência destes seres em Portugal é o que se reflete nesta reportagem, com imagens inéditas de um mundo resguardado dos olhos do consumidor.
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