sábado, 11 de junho de 2022

Uma rota numa Europa onde ninguém os quer

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Na fronteira da Polónia com a Bielorrússia, milhares de pessoas escondem-se nas florestas à espera de uma oportunidade para entrarem na União Europeia. Sob temperaturas negativas muitos acabam por perder a vida. Rejeitados pelos dois países, o único apoio humanitário é de habitantes locais.

Depois de toda a segunda década do século XXI ter sido marcada pelo fluxo de migrantes e refugiados a tentarem entrar na Europa pelo Mediterrâneo, as rotas terrestres dentro do próprio continente aumentam a olhos vistos. Desesperados por um sonho que muitas vezes não é mais do que uma fuga de um lugar onde a vida se tornou impossível, milhares de pessoas cruzam fronteiras ao mesmo tempo que Estados reerguem barreiras.

Em 2021, uma das mais penosas situações de fluxo migratório verificou-se entre a Bielorrússia e a Polónia. São sobretudo pessoas provenientes do Médio oriente e de alguns países africanos, mas também do Afeganistão, onde voltou a instalar-se o poder fundamentalista religioso talibã. Uns fogem da guerra, outros de perseguições religiosas, raciais, políticas, alguns querem apenas viver melhor.

A Bielorrúsia, que não pertence à União Europeia (UE), empurra estas pessoas – que apenas usam o território como rota de passagem – para a fronteira polaca, país integrante da UE, que por seu lado levanta muros de arame farpado e guarda a fronteira com militares, não permitindo uma entrada maciça de pessoas que diz não poder suportar.

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