A família Braamcamp é de origem holandesa. O primeira a exercer cargos políticos em Portugal foi Hermano José Braamcamp, embaixador prussiano em Lisboa, no reinado de D. José. O avô de Braamcamp Freire foi Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1882. Seu tio, Anselmo José Braamcamp Freire, desempenhou vários cargos ministeriais, entre os quais o de Primeiro-Ministro em 1878. Era uma família de tradições liberais, que muito influenciou a formação política e humana de Braamcamp Freire.
1849 - 1 de Fevereiro
Anselmo Braamcamp Freire, filho de Manuel Nunes Freire da Rocha, 1º barão de Almeirim e de Luísa Maria Joana Braamcamp, neta do barão do Sobral, nasce no Palácio Azul, na Praça da Alegria, em Lisboa.
1869 - 6 de Fevereiro
Casa com sua prima, Maria Luísa da Cunha Menezes, neta do conde de Lumiares.
1875 - 18 de Abril
Morre o seu filho, em Benfica.
1886 - 22 de Julho
Nomeado Par do Reino pelo rei D. Luís.
1921 - 23 de Dezembro
Morre em Lisboa, na sua casa da Rua do Salitre, nº 146, onde está afixada uma placa alusiva, colocada pela Câmara Municipal de Lisboa.
A obra historiográfica de Braamcamp Freire mantém ainda hoje uma enorme importância para os investigadores. Os medievalistas e os genealogistas não dispensam a consulta dos Brasões da Sala de Sintra. As dezenas de artigos e particularmente os documentos inéditos, publicados no Arquivo Histórico Português, a primeira grande revista portuguesa de História, têm um valor inestimável para os historiadores contemporâneos. A sua obra granjeia-lhe enorme prestígio, que lhe permite tornar-se Presidente da Sociedade de Geografia e da Academia das Ciências de Lisboa.
1867 - Matricula-se no curso de Matemática da Universidade de Coimbra, de que desiste no ano seguinte.
1874 - Estreia literária, no jornal Diário Ilustrado.
1899 - Publica o 1º volume dos Brasões da Sala de Sintra.
1901 - Publica o 2º volume dos Brasões da Sala de Sintra.
1903 - Funda a revista Arquivo Histórico Português.
1905 - Publica o 3º volume dos Brasões da Sala de Sintra.
1910 - Publica Crítica e História / Estudos.
1911 - Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa.
1912 - Presidente da Grande Comissão das Comemorações dos Centenários de Ceuta e Albuquerque.
1913 - Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa.
1914 - Sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa.
1915 - Director dos Portugalie Monumenta Histórica. Vice-Presidente da 2ª Classe da Academia das Ciências de Lisboa.
1917 - Presidente da 2ª Classe da Academia das Ciências de Lisboa.
1918 - Sócio correspondente da Royal Historical Society of England. Presidente da Academia das Ciências de Lisboa.
1921 - Publica A Censura e o Cancioneiro Geral.
Braamcamp Freire foi o 1º Presidente da Câmara Municipal de Loures (1887), onde desempenhou um segundo mandato presidencial (1893). Em 1907 adere ao Partido Republicano, o que lhe permite chefiar uma lista republicana à Câmara Municipal de Lisboa (1908), tornando-se o primeiro presidente de uma vereação republicana da Câmara em 1908-1913, embora o regime monárquico, despeitado com a sua adesão ao Partido Republicano, nunca o tenha investido nessas funções, à margem da própria lei. Só em 1910, após a implantação da República, viria a ser reconhecido como Presidente da Câmara, funções que exercia, de facto, desde 1908.
1887 - 2 de Janeiro
Eleito primeiro Presidente da Câmara Municipal de Loures.
1893
Eleito para novo mandato na presidência da Câmara Municipal de Loures.
1908 - 30 de Novembro
Eleito Vice-Presidente da vereação repu-blicana da Câmara Municipal de Lisboa.
Braamcamp Freire aderiu ao Partido Republicano em 1907, o que originou um movimento nacional de apoio à sua corajosa atitude, visto que era já considerado um conceituado historiador e um poderoso fidalgo, que nada tinha a ganhar pessoalmente com o regime republicano. A população de Sacavém, onde residia, recebeu-o em festa. Estava à frente da Câmara Municipal de Lisboa, quando foi proclamada a República da varanda do edifício camarário. O seu desempenho nesta Câmara muito contribuiu para a implantação da própria República. Em 1911 foi eleito deputado por Lisboa e 1º Presidente do Parlamento - a Assembleia Nacional Constituinte -, cargo que teve que abandonar para assumir a presidência do Senado. Ainda nesse ano, viu o seu nome proposto para 1º Presidente da República, mas recusou candidatar-se, em consequência das intensas lutas partidárias existentes, que envolveram o seu nome numa campanha injuriosa.
1907 - 19 de Novembro
Adere ao Partido Republicano.
1911 - Maio
Recusa nomeação como representante diplo-mático português em Berlim.
1911 - 28 de Maio
Eleito deputado nas listas republicanas de Lisboa, para a Assembleia Nacional Constituinte.
1911 - 20 de Junho
Eleito Presidente da Assembleia Nacional Constituinte.
1911 - 24 de Agosto
Eleito Presidente do Senado.
1912 - 17 de Outubro
Embaixador Extraordinário às Comemora-ções do Centenário da Constituição de Cádis, em Espanha.
Biografia retirada daqui
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