sábado, 18 de março de 2017

Notícia - Viaja pelo mundo a viver há 20 anos em navios de cruzeiro


Mario Salcedo tem 65 anos e vive há cerca de vinte em navios de cruzeiro. Enquanto para a maioria das pessoas um cruzeiro não é mais do que uma escapadela fortuita, para este senhor é o seu dia-a-dia. Apesar de ter um apartamento num condomínio em Miami, nos EUA, prefere a vida em alto mar. E integra a elite de passageiros permanentes que, tal como ele, fazem de um navio o seu lar.

«Super Mario» é o nome que pode ler-se na pequena placa feita à mão, pendurada na porta de uma cabine no deque 11 do Navigator of the Seas. É o escritório de Mario Salcedo, onde ele trabalha no seu negócio de gestão de investimentos. Claro que só o faz quando não está a dançar, a fazer mergulho ou a fumar um charuto num lounge do navio.

Apesar de há 20 anos não idealizar tornar umas férias de cruzeiro num estilo de vida, aos 45 achou necessário fazer uma mudança: quis iniciar um novo capítulo, viajando pelo mundo. Decidiu começar com um cruzeiro. Depois de muito procurar e de ter viajado noutras companhias, reservou uma viagem no maior navio da época, o Voyager of the Seas, da empresa Royal Caribbean . A partir daí, sempre foi fiel a esta companhia de cruzeiros. Está agora prestes a comemorar a noite número 6 mil com a Royal Caribbean, depois de já ter passado por 850 cruzeiros desta companhia. A bordo, todos o conhecem.

O orçamento anual de «Super Mario» para as suas viagens varia entre 60 a 70 mil dólares. Os voos são pagos com cartão de crédito para ganhar milhas e poder pagar com elas o transporte aéreo entre as cidades de onde partem os navios. Salcedo reserva sempre tudo com mais ou menos dois anos de antecedência, o que lhe permite ficar sempre na mesma cabine – onde apenas dorme e toma banho – durante vários cruzeiros consecutivos.

Para não ter gastos exagerados, Mario Salcedo tenta manter aquilo a que chama “equilíbrio”: salta uma das refeições do dia e tenta comer de forma inteligente. Durante os dias em que o navio está atracado nos portos, dispensa a maioria das excursões pelas cidades e fica a dedicar-se a uma das suas grandes paixões – o mergulho. Os dias em alto mar são os seus preferidos – é aí que pode fazer novos amigos, dançando, saboreando uma bebida depois do jantar, e vendo jogos de basquetebol e futebol na televisão.

Durante todo o ano, «Super Mario» passa apenas 15 dias em terra, muitos dos quais aproveitando para ir ao médico ou ao banco, ou a viajar para a próxima escala do novo cruzeiro.








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