O olfacto tem uma enorme responsabilidade na nossa qualidade de vida. Pensemos no prazer que temos ao sentir aromas tão agradáveis como o das flores, certos alimentos, um perfume, ou o cheiro característico do mar ou do campo, e é de uma enorme importância o papel do olfacto no paladar e consequentemente no prazer de uma boa refeição . Recordemos ainda a importância do olfacto no alerta para vários perigos como o cheiro a fumo ou a queimado, a gás ou a comida estragada.
A perda total ou parcial do olfacto, anosmia ou hiposmia respectivamente, podem ter várias causas. As mais frequentes podem ser agrupadas em:
- Doenças da mucosa nasal em que a hiposmia resulta da irritação temporária ou permanente ou mesmo da destruição da mucosa das fossas nasais. São exemplos destas situações a rinossinusite, a rinite de causa alérgica ou outra, a vulgar constipação ou um sindroma gripal.
- Doenças obstrutivas das fossas nasais onde se agrupam todas as situações clínicas que causem obstrução à passagem do ar que transporta os odores pelas fossas nasais, como é o caso dos pólipos nasais, desvios do septo nasal e tumores benignos ou malignos
- Lesões neurológicas em que uma qualquer parte da via olfactiva, desde os receptores localizados nas fossas nasais até ao cérebro, é lesada ou destruida. Neste grupo inclui-se a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, o envelhecimento, tumores cerebrais, traumatismos cranio-encefálicos e vários medicamentos cuja toma pode causar, como efeito secundário, alterações do olfacto.
Uma vez que as causas de alterações do olfacto são várias a prevenção diz respeito a cada uma delas; no entanto de uma forma geral podemos falar da importância de uma regular e correcta humidificação das fossas nasais, evitar a exposição a fumos ou outros poluentes e apenas aplicar substâncias vasoconstritoras (as vulgares gotas para o nariz) por indicação médica e durante um curto período de tempo.
Os principais cuidados cuidados que as pessoas que sofrem deste problema devem ter estão relacionados com o risco de vida associado à não percepção de situações potencialmente perigosas como a fuga de gás ou o cheiro a fumo ou a queimado, pelo que a colocação de detectores de alarme para estes perigos é muito importante.
Também a não percepção do cheiro a comida estragada implica um redobrado cuidado na conservação e preparação dos alimentos bem como na verificação dos prazos de validade.
O otorrinolaringologista é um especialista fundamental para o diagnóstico, prevenção e tratamento da grande maioria das situações clínicas que estão na origem das alterações do olfacto e em particular da sua diminuição.
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