quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Ministro Nuno Crato provoca dano inqualificável no sistema educativo
O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, acusou hoje o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, de estar "alheado da realidade" e de estar a provocar "um dano inqualificável" no sistema educativo do país.
"Como brilhante matemático que é, Nuno Crato é mais um convertido ao Excel. Vive dos gráficos e está alheado da realidade. Está a provocar um dano inqualificável no nosso sistema educativo", criticou.
Segundo Zorrinho, "podem até os indicadores económicos abrandar a sua queda", mas "o desinvestimento no conhecimento empobrece de forma estrutural" o país.
"Jamais haverá recuperação séria da economia e da sociedade portuguesa sem investimento nas pessoas e nas suas competências", defendeu.
Ao discursar na sessão de abertura da Universidade de Verão do PS, em Évora, o líder do grupo parlamentar socialista dirigiu particular atenção ao ensino superior público, lembrando que, "neste momento, as universidades e os politécnicos lutam desesperadamente contra a sanha do Ministério das Finanças".
Este ministério, continuou, "pretende, imagine-se, limitar a capacidade" de as universidades e os politécnicos "se financiarem com receitas próprias", o que "põe em causa a autonomia universitária" e "mostra sobretudo uma escolha política".
"A escolha de asfixiar o ensino superior público, para deixar o ensino superior também nas mãos do mercado", frisou, questionando por "onde anda o ministro Nuno Crato" e ironizando, a esse propósito: "Eventualmente, no Festival do Crato [festival de música que começou hoje naquela vila alentejana]".
O Ministério da Educação tem demonstrado, "também neste domínio" do ensino superior, a "sua profunda insensibilidade" e, até agora, criticou Zorrinho, "não se ouviu ainda uma palavra do ministro Nuno Crato".
"As universidades, os professores, as famílias e, sobretudo, os alunos, não têm o ministro da Educação do seu lado", argumentou.
Na intervenção que proferiu em Évora, o líder parlamentar socialista lembrou também que a Universidade de Verão do partido marca a 'rentrée' política do PS, ou seja, "um começo" de um novo ano político, que "define uma estratégia".
"Nós acreditamos num novo rumo para Portugal", salientou, defendendo que "é à esquerda da crise", em sentido de projecto político, que o país encontrará "as soluções para a ultrapassar".
Isto porque, sublinhou, todos sabem que "à direita da crise só" se encontra "mais crise".
Zorrinho deixou ainda "recados" aos partidos à esquerda dos socialistas, afirmando que "é preciso ter lata" para os porta-vozes desses partidos insinuarem que "o PS é também responsável pelo desgoverno" do país.
"É preciso ter lata para insinuar isto, quando são porta-vozes das esquerdas de protesto que ajudaram a derrubar a nossa governação e estenderam a passadeira do poder ao Governo PSD/CDS-PP", criticou.
Lusa/SOL
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Oeiras reutiliza 2000 livros escolares
Dos 2000 livros escolares em segunda mão disponíveis para o novo ano letivo, a Câmara de Oeiras já só tem 603 para dar. A população do concelho aderiu facilmente à iniciativa, e, desde 2009, o projeto “De mão em mão” tem apoiado as famílias no reaproveitamento do material escolar.
“Através deste projeto é realizado um reaproveitamento de recursos, com especial importância na atual situação económica das famílias, e participar é contribuir para uma sociedade mais equilibrada, justa e solidária”, escreveu a Câmara de Oeiras em comunicado.
As bibliotecas municipais de Algés, Carnaxide e Oeiras, que são o ponto de recolha e entrega dos materiais, são importantes parceiras no “De mão em mão”. Para usufruir dos benefícios desta acção, é necessário dirigir-se a um destes locais e apresentar o nome, número de leitor (se aplicável) e um comprovativo de residência ou frequência da escola. O projeto permite que qualquer aluno ou residente do concelho tenha acesso a livros do 1º ao 12º ano de escolaridade.
Até esta segunda-feira já tinham sido entregues 1485 manuais, sendo que os mais procurados são os do 7º e 8º ano.
Noticia retirada daqui
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Reitores proibidos de conseguir mais receitas
As universidades públicas portuguesas estão impedidas, pelo Ministério das Finanças, de aumentarem o valor das receitas próprias no orçamento de 2014. Em causa está, segundo o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), uma diretiva da Direção Geral do Orçamento que estabeleceu um teto igual ao orçamento de 2012.
“Não nos dão dinheiro, nem nos deixam ir buscar dinheiro a outros lados”, comentou António Rendas, presidente do CRUP, deixando um alerta ao Governo: “As universidades não podem ser tratadas como uma qualquer repartição de finanças. Nós competimos internacionalmente, com outras instituições, que não estão paradas. Não somos, nem nunca fomos, responsáveis pelos sucessivos buracos financeiros do país”.
O CRUP esteve reunido esta segunda-feira e decidiu que os orçamentos das universidades para 2014 não serão entregues até existir uma reunião com o ministro da Educação para negociar alternativas à medida. O pedido já foi feito e, acredita o CRUP, será possível reverter a decisão.
Para o CRUP, a possibilidade de aumentar as receitas próprias não é negociável. “Podemos aumentar as receitas próprias pela capacidade de conseguir projetos internacionais, pelos contactos diretos com empresas e por atrair mais alunos estrangeiros. O que o Ministério das Finanças nos está a dizer é que não podemos celebrar mais projetos internacionais, não podemos celebrar contratos com mais empresas, nem podemos receber mais alunos estrangeiros para não superar o valor das receitas próprias de 2012”, criticou Manuel Assunção, reitor da Universidade de Aveiro.
O orçamento das universidades é criado com base no Orçamento do Estado e nas receitas próprias. Em todas as universidades, a rúbrica das receitas próprias é superior a 50 por cento, variando em cada instituição. “A percentagem que resulta do Orçamento do Estado é cada vez menor, devido à capacidade das universidades em gerarem receitas próprias e do aumento da eficiência na aplicação dos seus recursos”, rematou António Rendas.
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Lançado sistema que acaba com cábulas no telemóvel
Os professores vão começar a ter a vida facilitada quando vigiarem testes e exames. Há uma invenção, criada pela ‘Berkeley Varitronics Systems’, – uma fábrica que produz equipamentos de segurança sem fios nos EUA – que pretende acabar com as cábulas no telemóvel.
Com o nome de ‘PocketHound’, este novo dispositivo vibra e emite luz sempre que há registo de transmissão de rede por parte de um telemóvel. O produto custa 500 dólares (cerca de 375 euros) e tem autonomia de duas horas.
Além do ‘PocketHound’, a empresa norte-americana criou recentemente o ‘Wolfhound Pro’. Este dispositivo portátil é colocado na roupa ou nas mochilas e permite, a pais e agentes da autoridade, controlar telemóveis e até armas.
Notícia retirada daqui
domingo, 25 de agosto de 2013
Menos meio milhão de alunos em dez anos
Menos nascimentos e menos crianças a estudar. Na última década, as escolas perderam quase meio milhão de alunos, entre Pré-Escolar e Ensino Básico e Secundário. A diferença entre o número de alunos nos anos letivos 2002/03 (1 807 522) e 2011/12 (1 321 174) é de 486 348, o que representa a redução de 26,9 por cento.
Cinfães é apenas um dos exemplos. Há 15 anos, existiam 54 escolas do 1º ciclo. Agora são menos de 20. "No ano letivo de 2003/2004 havia mais de mil alunos do 1º ciclo. No próximo ano letivo, estima-se que sejam 478 alunos. Em dez anos houve uma redução para metade. No interior do País é ainda mais catastrófica a diminuição da natalidade", disse Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares e diretor do Agrupamento de Escolas de Cinfães.
O encerramento de escolas primárias, sobretudo no interior de País, obriga muitas crianças a percorrer vários quilómetros diariamente. "Há alunos a fazerem 35 km, o equivalente a uma hora de viagem, para estudar. Esta realidade leva muitos pais a repensar as suas opções, nomeadamente a ter mais do que um filho. Nos 24 concelhos do distrito de Viseu, apenas Viseu aumentou a população, segundos os últimos dados", explicou Manuel Pereira, acrescentando que se reformaram, nos últimos oito anos, cerca de 20 mil docentes. "Há falta de professores, os que se aposentaram não foram substituídos", referiu.
Os sindicatos de professores apontam o dedo ao Ministério da Educação. Estimam que a tendência de redução de alunos se mantenha nos próximos anos, sobretudo no Ensino Básico, criticando Nuno Crato por justificar a quebra de alunos com a redução do número de professores nas escolas.
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Exame docente nos tribunais
Ministério da Educação e sindicatos de professores terminaram sem acordo as negociações da prova de acesso à carreira docente. Por isso, o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, garantiu, no final das reuniões de ontem, que todos os contratados terão de realizar a prova, já a partir de janeiro de 2014, para poderem dar aulas.
Por ser o primeiro ano da aplicação da medida, os professores mais velhos, que tenham maus resultados, poderão concorrer às escolas. Segundo a proposta, os professores que tenham positiva ficam aptos a dar aulas e só repetem a prova passados cinco anos. No caso e terem negativa, não podem concorrer às escolas. Será cobrada uma taxa de inscrição na prova.
Para os sindicatos, a prova é ilegal – contraria o decreto lei que dispensa de avaliação os contratados que tenham tido na avaliação de desempenho pelo menos ‘Bom’ e representa um novo requisito para a profissão, não previsto na Lei de Bases do Sistema Educativo.
sábado, 24 de agosto de 2013
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