domingo, 9 de outubro de 2016

RVCC -Trabalho - Ambiente e Sustentabilidade


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"Faltam professores com boa disposição e alegria"


As mulheres, hoje em maioria no ensino português, tiveram um percurso de conquista no século XX. A partir de 1950 iniciou-se uma participação mais efetiva das mulheres no ensino básico nacional

Maioria de docentes são mulheres, com mais de 40 anos e licenciatura. No dia do professor, traçamos o perfil, com a ajuda de um. Que, aos 59 anos, diz ser preciso "sangue novo" nas escolas

"Tenho 36 anos de serviço, e 59 de idade, feitos ontem". E um sorriso na voz enérgica, mesmo se a maioria do que tem para dizer é pouco prazenteiro. Teresa Santos Costa é docente do primeiro ciclo do ensino básico no agrupamento de escolas Eugénio de Castro, em Coimbra, está há quatro anos como "professora de apoio", por achar a função mais adequada à sua idade e por se sentir "muito cética, muito desencantada com o momento presente. Acho que a escola se tornou numa coisa pouco interessante."

Admite que a disposição possa ser fruto da idade e da energia decrescente que o tempo quase sempre implica, nesta profissão como noutras. "Pode suceder em todas mas com os professores quem sai prejudicado são os alunos. É aborrecido quando há um número significativo de professores que não estão satisfeitos, estão aborrecidos... "

Num grau de ensino no qual, de acordo com O Perfil dos Professor 2014/2015, do ministério da Educação, 86,6% dos docentes são mulheres (o que ainda assim nos coloca abaixo da média da OCDE) - só há mais na pré-primária, em que são uns impressionantes 99,1%, contra 72,3% nos segundo ciclo e 71,6% no terceiro ciclo e secundário - Teresa é parte dos 33,1% mais velhos; só 1,4% têm menos de 30 anos, 30,4% têm entre 30 e 39 e 35,2% entre 40 e 49. Um valor um pouco acima da média da OCDE (31% dos professores primários têm mais de 50 anos), em contraste com o facto de sermos o segundo país, depois de Itália, com menos docentes neste grau menores de trinta. "Os professores do primeiro ciclo estão envelhecidos. Se calhar não era normal a reforma ser aos 52, como era até há 10 anos. Mas ensinar até aos 66? Acho que não faz sentido." O que faria sentido, então? "Até aos 60, talvez. As pessoas a partir de uma certa idade perdem uma série de capacidades para estar perante crianças. Até em termos físicos. São cinco horas consecutivas com alunos na sala de aula: ó professora isto, ó professora aquilo..." Suspira. "Quando assinei o meu contrato tinha de dar 32 ou 34, já nem sei, anos de serviço... Precisamos de injetar sangue novo no sistema, boa disposição, alegria."

Com um salário líquido de cerca de 2000 euros, Teresa está no topo de uma carreira em que não existem, ao contrário do que passa na generalidade dos países da OCDE, diferenças de vencimento entre níveis de ensino (exceção feita aos professores universitários) mas sim em termos de tempo de serviço e na qual os docentes portugueses com mais anos de profissão se encontram entre os mais bem pagos (55 mil euros/ano), enquanto os que a iniciam (27 mil euros/ano) e os dos graus seguintes (aos 10 e 15 anos) se encontram numa posição contrária ou média. Sendo, aparentemente, os que menos protestam: "Os mais novos, que têm a situação mais periclitante, não falam. Cumprem, e cumprem bem. Mas é muito diferente do que era o ambiente de quando eu comecei, em que havia mais discussão, mais troca de ideias." É justa uma diferença de salário tão acentuada entre os novos e os mais velhos? A professora do primeiro ciclo hesita. "Provavelmente não deveria haver uma discrepância tão grande entre o princípio e o final da carreira. Mas não acho que um professor ganhe assim tão bem. Claro, poder-se-á considerar que sou uma privilegiada, porque as carreiras estão muito difíceis para os mais novos, que passando muitos anos como contratados terão muita dificuldade em chegar ao topo."

A comparação entre os salários dos professores e dos trabalhadores com o mesmo nível de habilitações - neste caso, licenciatura, já que mas de 80% dos docentes, da pré-primária ao secundário, tem-na - efetuada pelo mais recente relatório Education at a glance (Um olhar sobre a Educação) da OCDE, publicado no mês passado, não inclui Portugal: o país não terá disponibilizado dados. O que se sabe a partir do relatório é que, enquanto na generalidade dos países retratados os salários dos professores até ao secundário aumentaram entre 2005 e 2014, em Portugal, como no Reino Unido, desceram mais de 10% (e 30% na Grécia).

Teresa, que nasceu em Moçambique e veio para Portugal em 1974, aos 16 anos, tirou primeiro o curso do magistério primário. "Era o que equivale a um bacharelato, era de três anos. Depois, mais tarde, fiz licenciatura e mestrado. A ideia era arranjar trabalho o mais depressa possível e consegui. O meu primeiro posto foi numa escola num concelho rural, Góis, no interior do distrito de Coimbra. Tive uma má experiência no primeiro ano, porque os professores mais velhos deixavam para os mais novos as turmas piores e havia nessa altura estudantes de 13 e 14 anos, retidos, na primária. Tinha oito ou nove desses problemáticos, filhos de gente alcoolizada, agressivos, e foi muito difícil, até porque estava na mesma aula que os miúdos que tinham passado com sucesso para o terceiro ano." Como compara a escola de hoje com a desse tempo? "O que se verifica hoje é que há um número excessivo de alunos na mesma sala, incluindo crianças com dificuldades de aprendizagem, com autismo, até trissomia e sem o apoio necessário. Na minha escola entraram agora três crianças autistas. Temos uma unidade de autismo mas é insuficiente. Precisamos de mais pessoal especializado. Claro que quando comecei a trabalhar estas crianças não estavam nas escolas públicas, havia escolas vocacionadas para crianças com deficiência. Mas temos também em cada vez maior número crianças com dificuldades de aprendizagem. Porquê? Se calhar há uma grande diferença entre o que a escola ensina e oferece e o que os miúdos desejam aprender - acho que há um desfasamento cada vez mais profundo."

Os dados da OCDE referem um aumento do tamanho das turmas da primária em 14% entre 2005 e 2014, mas Portugal surge como estando, em 2014, abaixo da média de alunos por turma da OCDE quer no ensino primário (21) quer no segundo ciclo (23).

Falamos dos alunos. E os professores, como evoluíram? "Acho que há muita gente que teria vocação para ser professor, e que agora..."

Informação retirada daqui

sábado, 8 de outubro de 2016

Jogo - Animais da Selva




Notícia - Alda foi com o filho para o politécnico


Alda Serrazina partilha um quarto com o filho numa residência do Politécnico de Leiria. “Muita gente pergunta: ‘O teu filho vai estudar para quê?’ Eu pergunto: ‘Ele vai ficar em casa para quê? Ficamos os dois maluquinhos!’ Ele quis vir. Eu disse: ‘Quer ir, vai.’ O meu marido ainda perguntou: ‘Vai como?’ Eu respondi: ‘Vai como os outros!’ Eu estou cá para o ajudar. Não quero que um dia ele diga: ‘A minha mãe não me deu oportunidade de seguir o que eu queria.’”

Márcio é filho único. Há 14 anos, seguia com a mãe e o padrasto na estrada, houve um acidente. Era um menino. Ainda nem completara 11 anos. “O médico disse: ‘O seu filho está muito mal.’ Eu só pedia a Deus que não o levasse. Tinha ele dois aninhos, fiquei sem o pai dele num acidente.”

Perdeu a voz. Ficou tetraplégico. “Ele reagiu mal. Era um menino tão bem disposto. Falava muito. Tudo. Tentei dar-lhe força. Disse-lhe que não era o único, que a vida dele havia de seguir em frente, que eu estava cá para o ajudar.” Esteve cinco meses no Centro Hospitalar de Coimbra e um ano e meio no Centro de Reabilitação de Alcoitão. Recuperou alguns movimentos.

Findo o secundário, Márcio quis ir para o superior. E lá vieram as perguntas: 'Vais massacrá-lo para quê?’ Têm a ideia que estas pessoas [com deficiência] não precisam de se esforçar. Ele tem de se fazer à vida! De maneira diferente, mas tem.”

Antes de o filho regressar à Benedita, em Alcobaça, Alda mandou alargar as portas da casa, pôr uma rampa no jardim, despediu-se da fábrica. Ele não podia estar sozinho. E tinha de continuar os tratamentos. Matriculou-o na escola. “A dificuldade que elas lá tinham! Propus desempenhar o papel de tarefeira. Estava por ali. Dava-lhe as refeições, levava-o a casa de banho.” Fizeram-lhe um contrato de trabalho. 

Quando Márcio entrou no 7.º ano, mudou de escola. Alda ainda conseguiu trabalhar lá um ano. O programa do centro de emprego, através do qual fora colocada, não se pode repetir. Continuou, como voluntária. “Os professores sempre o ajudaram. Eu sempre a dar força.” Findo o secundário, o filho quis ir para o superior. E lá vieram as perguntas de vizinhos, de amigos, até de familiares: “'Vais pôr o teu filho a estudar para quê? Vais massacrá-lo para quê?’ Têm a ideia que estas pessoas [com deficiência] não precisam de se esforçar. Aqui ninguém é coitado nem coitadinho. Ele tem de se fazer à vida! De maneira diferente, mas tem.”

O rapaz, de 25 anos, já concluiu a licenciatura em Gestão. Começou agora o mestrado. Tem aulas à segunda, à terça e à quarta das 19h às 23h30. Ela leva-o e mantém-se perto. Senta-se no carro, costura, lê. Sai do carro, caminha um bocadinho. “Ele quer ir à casa de banho, dá-me um toque e eu vou.”

Márcio continua quase sem voz. No início, ninguém consegue ler-lhe os lábios, como a mãe dele faz. “É muito difícil a gente tentar perceber. Ainda hoje às vezes há coisas que eu não percebo. Ele troca-me as letras”, diz ela. Ele tem de escrever o que quer dizer. E a grande luta de Célia Sousa, do Centro de Recursos para a Inclusão Digital do Instituto Politécnico de Leiria, é convencê-lo a usar software de voz, como o de Stephen Hawking. “Terá de ser, se quiser defender a tese.”

Informação retirada daqui

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

EFA - STC - NG6 - DR1 - Urbanismo e Mobilidade - Construção e Arquitectura - Sociedade, Tecnologia e Ciência


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Manual - Movimento e Forças


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Resumo - Os Principais Tipos de Turismo


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Powerpoint - O conhecimento e a racionalidade científica e tecnológica


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Manual sobre Sistema de Gestão Ambiental


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Trabalho - Correntes Artísticas


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Manual - Primeiros Socorros


Manual - Plantas Aromáticas


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Higiene e Segurança no Trabalho - Livro Branco dos Serviços de Prevenção das Empresas


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Powerpoint - Conversation by Design


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2ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Profissões


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Notícia - Investigadores acreditam que hiperactividade de zona do cérebro pode significar aumento do risco de Alzheimer

A hiperactividade no hipocampo, zona do cérebro com um papel crucial na memória, pode querer dizer que uma pessoa tem um risco acrescido de vir a sofrer de Alzheimer nas próximas décadas, sugerem cientistas britânicos. Os resultados da investigação foram publicados ontem na revista “Proceedings of the National Academy of Science”.

A comunidade científica já tinha estabelecido a ligação entre o gene ApoE4 e a doença de Alzheimer. Agora, estes investigadores relacionaram este gene ao aumento da actividade no hipocampo em pessoas jovens, noticiou a BBC online.

Para a descoberta foram realizados testes a 36 voluntários - com idades entre os 20 e os 35 anos – a fim de comparar a actividade cerebral.

Os cientistas da Universidade de Oxford e do Imperial College London esperam que a sua descoberta possa simplificar os testes para identificar as pessoas com maiores riscos de desenvolver esta demência. Com uma identificação mais rápida seria possível começar um tratamento mesmo antes dos primeiros sintomas.

“Um simples teste poderia distinguir as pessoas que vão sofrer de Alzheimer”, comentou a investigadora que coordenou a investigação Clare Mackay, da Universidade de Oxford, citada pela BBC online.

No entanto, o neurocientista Peter Nestor, da Universidade de Cambridge, aconselha prudência. “As descobertas deste estudo são interessantes mas não devem ser consideradas prova irrefutável de que a doença de Alzheimer já se está a começar a desenvolver neste grupo de voluntários jovens e saudáveis”.

Ficha de Trabalho - Lugares Geométricos III


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Ficha de Trabalho - Setor Terciário - 9ºAno


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Sindicato quer que professores tenham redução de horas de aulas a partir dos 40 anos



O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) decidiu nesta segunda-feira lançar uma petição para que os professores tenham redução do tempo de aulas logo a partir dos 40 anos de idade e 10 anos de serviço, e não dos 50, como actualmente está consagrado no Estatuto da Carreira Docente (ECD). A concretizar-se, 80% dos professores teriam actualmente direito a esta redução.

No texto da petição o SIPE justifica esta posição com o facto de a profissão docente ser “uma actividade de enorme desgaste físico, psicológico e emocional”. “Não foi por acaso que, em 1981, a Organização Internacional do Trabalho considerou a profissão docente como uma profissão de risco físico e mental”, frisa.

Com base em dados da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, mais de metade dos professores do 3.º ciclo e secundário têm horário reduzido, a maior parte dos quais por terem 50 ou mais anos de idade, situação em que se encontram hoje quase 40% daqueles docentes.

A proposta do SIPE é assim que seja alterado o modo como se estipula a redução da componente lectiva no actual ECD e que se retome a redacção do diploma de 1990, que esteve em vigor até 2007 e onde se previa uma redução de duas horas do tempo de aulas aos 40 anos, a ser revista de cinco em cinco até ao máximo de oito horas.

A chamada componente lectiva dos docentes (o tempo de aulas) é de 22 horas antes de começarem a serem válidas estas reduções, mas o horário dos professores mantém-se sempre o mesmo: 35 horas por semana.

Segundo o ECD, o número de aulas a menos passa a ser contabilizado na chamada componente não lectiva, devendo ser ocupado pelos professores em trabalho na escola, por exemplo nas bibliotecas ou no apoio a alunos com dificuldades de aprendizagem. E esta é também a outra vertente que o SIPE pretende ver alterada, defendendo que o trabalho de apoio os alunos deve ser sempre contabilizado como tempo de aulas e não, como sucede agora, integrar também a chamada componente não lectiva 

A petição será lançada online nesta terça-feira. “Estamos à espera de receber milhares de assinaturas”, disse a presidente do SIPE, Júlia Azevedo. Esta dirigente sindical justifica a iniciativa com as queixas que têm recebido de muitos professores por causa do seu horário de trabalho. "Mesmo com redução de horários, os professores fazem substituição de aulas, estaão nas salas em apoio a outros docentes, trabalham com grupos de 10 ou mais alunos", especifica.

Júlia Azevedo acrescenta ainda que "o horário dos professores não se esgota nas aulas"." Há sempre muito trabalho na escola para fazer e este vai muito para além do que se encontra legalmente estipulado”, frisa, para acrescentar que actualmente os docentes “estão esmagados por reuniões intermináveis e montanhas de papéis para preencher, todo uma burocracia que lhe tira o tempo para a partilha, para a reflexão e para a formação que, por causa disso, é feita geralmente aos sábados”. 

Informação retirada daqui