segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

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Ficha de Trabalho - Natureza corpuscular da matéria


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“A educação não pode estar sujeita a períodos legislativos”


A comunidade educativa há muito que pede um “acordo supra partidário”, entre os partidos que mais alternam na governação, para criar a estabilidade necessária que professores e educadores asseguram ser vital no sistema educativo português. O último apelo para que a educação seja objeto de um debate com vista ao estabelecimento de “pacto de estabilidade” surgiu este sábado, proferido por Vasco Teixeira, administrador do Grupo Porto Editora. “Um pacto que permita definir políticas educativas de médio-longo prazo, que reflitam uma visão estratégica para o país, para o futuro das novas gerações, para uma sociedade mais desenvolvida e equilibrada.”

Sem esquecer a importância da diversidade ideológica partidária, Vasco Teixeira defendeu durante o lançamento do livro Salvar o SNS da autoria de António Arnaud e de João Semedo, que “a educação não pode estar sujeita a períodos legislativos, em que cada novo ministro altera os currículos e os programas”. E lembrou que o “incompreensível” e “permanente estado de instabilidade” em que vivem todos os agentes educativo, também atinge os editores e que o “prejuízo que daí advém para o desenvolvimento do país é incalculável”.

“Este pacto é tanto ou mais urgente porquanto testemunhamos o aprofundar de desigualdades de oportunidades nas aprendizagens que poderão prejudicar precisamente os que mais apoio merecem por parte do Estado. Uma desigualdade que se adivinha ainda mais gritante quando se equaciona a introdução do digital.”

Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), lembrou ao EDUCARE.PT que o movimento que representa “há muito” que pede um compromisso nas principais diretrizes do sistema educacional. No entanto, constata: “A maior parte das medidas educativas, ao longo de todos os governos, as grandes reformas curriculares, a reorganização da rede de escolas, não têm tido uma maioria parlamentar que, independentemente de se alterar o espetro partidário possam manter sustentáveis essas políticas nacionais.”

A realidade difere consoante o lugar que os partidos ocupam na Assembleia da República. “Quem está no poder, com responsabilidades governativas, acha sempre interessante que haja esse compromisso, quando está na Oposição já não acha”, reflete Jorge Ascenção.

Em dez anos, 40 reformas
Em março de 2017, o blog ComRegras, especializado no lançamento de inquéritos aos professores e com mais de 24 mil subscritores, perguntava: “Concorda com um pacto de estabilidade para a Educação entre os diferentes partidos políticos?”, de 1317 respostas, 67% diziam que sim, 12%, que não e para 21%, era indiferente.

Divulgado na mesma altura, um estudo do Conselho Nacional da Educação (CNE) mostrava que nos últimos dez anos houve 40 reformas curriculares no Ensino Básico e Secundário. O que mudou? Desde 2006, sucessivos governos alteraram os programas das disciplinas, metas curriculares, mas também nos tempos das aulas e a avaliação dos alunos. É o que se lia no relatório técnico do CNE que acompanhava o projeto de parecer deste órgão consultivo do Ministério da Educação sobre o “Perfil do Aluno no final da escolaridade obrigatória”.

Relativamente à mudança nos programas das disciplinas, o blogger Paulo Guinote, professor e doutorado em História da Educação, comentava ao jornal i que no caso do Português e da Matemática os programas e metas mudaram sempre cada vez que mudaram os ciclos políticos. No mesmo artigo, o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), Manuel Pereira, mostrava-se descontente: “Esta instabilidade constante não é boa para o sistema.”

As constantes reformas no ensino português são há muito objeto de contestação, por várias instituições e associações do setor da educação. São conhecidos os vários apelos a um “pacto alargado” entre os partidos em alternância no poder, de modo que reformas de fundo no ensino se mantenham em vigor além do prazo de uma legislatura.

Em declarações ao EDUCARE.PT, José Eduardo Lemos, presidente do Conselho das Escolas (CE), diz que “há muitas pessoas a pedirem consensos e pactos educativos e muito poucas a trabalharem para os alcançar”. “Até já vi algumas das que exigem consensos e pactos educativos a aplaudir as mudanças que os novos governos implementam nos primeiros dias de exercício do poder”, critica.

Ainda assim, o presidente do CE também reconhece que já existem exemplos de grandes consensos suprapartidários, fala na Constituição e na Lei de Bases do Sistema Educativo. “A questão que talvez se comece a colocar hoje é a de saber se as atuais Constituição e Lei de Bases ainda mantêm o consenso que granjearam aquando da respetiva aprovação. Talvez não, todavia também não vejo formarem-se outros consensos que sejam suficientes para as alterar.”

Autonomia para superar instabilidade
Ignoradas as críticas do CNE, expressas no relatório técnico sobre o “Perfil do Aluno” onde o Governo acabou por fixar as competências-chave que os estudantes devem dominar no final do 12.º ano, lembravam que as reformas curriculares foram “sucessivamente inscritas em regulamentação”, muitas vezes “condicionada” por razões financeiras, ideológicas ou contingentes. O CNE alertava ainda para uma nova reforma que então se afigurava. A que Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, batizava de “flexibilização curricular”, mas que para os peritos do CNE era vista como “necessariamente associada a uma revisão curricular”, lia-se no documento.

Contra a instabilidade das políticas, os diretores das escolas pediam mais autonomia. “Deem espaço à educação para que as escolas possam fazer o seu trabalho sem entraves. Exijam-nos mais, sim, mas deem-nos mais autonomia e mais estabilidade”, foi o apelo que se ouviu pela voz de Manuel António Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), num encontro nacional entre as principais associações de escolas públicas e privadas em novembro de 2017. A mensagem teve como destinatário não só o atual como os futuros ministros da Educação.

O primeiro Congresso das Escolas – A Pedagogia da Educação, realizado na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, terminava com o reforçar de posições das escolas para exigirem compromissos de futuro. "As escolas transformaram-se em espaços com muito valor acrescentado, com muita competência. Já não temos um Ministério da Educação que sabe tudo e que diz às escolas o que devem fazer", dizia António Sarmento, presidente da Associação de Estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), em declarações ao Diário de Notícias. “Por isso, entendemos que mais do que ninguém, seria interessante pôr professores, diretores a refletirem em conjunto sobre a escola que queremos e a forma de a pôr em prática."

Lembrando que a educação é palco de frequentes “clivagens ideológicas” entre governos de esquerda e de direita, António Sarmento defendia a autonomia como forma de superar essa instabilidade no setor: “As escolas têm uma palavra a dizer em termos de estabilidade. Temos a experiência. E cada escola deve ter a autonomia de que precisa para se adaptar à sua realidade. Precisamos de autonomia e de variedade.”

Consenso para alterar a LBSE
Do lado dos partidos, também se reconhece a necessidade de fazer perdurar algumas políticas educativas. Em setembro de 2016, o CDS pedia um pacto de estabilidade na educação para seis anos. A ideia dos centristas seria aplicar as mesmas medidas durante ciclos de seis anos, garantindo deste modo a estabilidade num setor em que, dizia a deputada Ana Rita Bessa, em declarações ao jornal i, “cada vez que muda um ministro mudam todas as políticas”.

Um pacto de estabilidade “é necessário e é maior que a vontade dos partidos políticos”, defendia a deputada, acrescentando que “a queixa mais forte” ouvida nas escolas dizia respeito às constantes alterações. Mas esta foi apelas uma das sugestões entregues pelo CDS no Parlamento, num conjunto de propostas para a revisão da Lei de Bases do Sistema Educativo.

Em vigor há 30 anos, a revisão da Lei de Bases do Sistema Educativo tem sido muitas vezes apresentada como urgente e necessária. No entanto, várias vozes sindicais e de associações do setor têm alertado que qualquer alteração implicaria, precisamente, um consenso alargado entre as forças partidárias. Que não existe.

Mudanças só com “uma base sólida de consenso", reforçava, em outubro de 2016, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira. Numa declaração à imprensa, em resposta à proposta de alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo do CDS-PP rejeitada nesse mês pelo Parlamento, o dirigente sindical admitia, no entanto, que as novas realidades da educação e formação pudessem justificar alterações à lei que orienta as políticas de educação. Mas nunca antes “de uma avaliação séria e profunda das potencialidades da que ainda vigora, mas também dos seus constrangimentos e das necessidades de adaptação” à realidade das escolas. A discussão em torno do esperado consenso para as alterações segue ainda sem fim à vista.

Marcelo Rebelo de Sousa juntava a sua voz a tantas outras e pedia também uma “aproximação de pontos de vista entre partidos políticos e parceiros sociais no domínio educativo”, no discurso durante a sessão solene de abertura do ano letivo de 2016/2017 no Conselho Nacional de Educação (CNE), em Lisboa. Lembrando a dificuldade em estabelecer um pacto de regime sobre as políticas educativas, o presidente da República apelava a um mínimo de estabilidade e diálogo institucional e à valorização de instituições como o CNE, um órgão independente, com funções consultivas, “onde se encontram todos para poderem dialogar”.

“Na dificuldade de se caminhar para um natural acordo de regime na educação, ao menos que se valorize quem pode, fora dos calores da luta parlamentar ou das solidões governativas, aplanar obstáculos, promover pontes, proporcionar entendimentos.”  No seu discurso, o Presidente da República dizia ainda que as mudanças na educação devem ser feitas "com o mínimo de estabilidade e previsibilidade no sistema" e criticou os governos e maiorias que chegam ao poder e querem "num ápice rever ou reformar tudo o que se lhes afigure contradizer posturas doutrinárias ou promessas eleitorais, a maior das vezes sem avaliação prévia dos regimes vigentes".

“Há espaço de enorme consenso”, diz Costa
Em junho de 2016 era a vez do Primeiro-Ministro, António Costa, defender que “em matéria de educação há um espaço de enorme consenso quanto aos objetivos principais”. Objetivos esses, explicou, que seriam “tornar o pré-escolar universal para todas as crianças, entre os 3 e os 5 anos; garantir o retomar da educação de adultos e a formação ao longo da vida como algo de essencial para enfrentarmos e vencermos o desemprego de longa duração, para conseguirmos alcançar as metas de redução do abandono escolar precoce no Ensino Secundário”. Reagindo aos apelos a mais consensos por parte do Presidente da República, António Costa dizia ser preciso dar tempo ao partido de Pedro Passos Coelho. “É preciso dar tempo e respeitar as diferenças dos outros. Temos que conseguir ir superando e vencendo essas diferenças”, apelava o primeiro-ministro durante uma deslocação a França.

Mas para Jorge Ascenção, não se trata apenas de uma questão de “dar tempo”. “Não há confiança partidária para assumir um acordo de regime na educação”, lamenta, em declarações ao EDUCARE.PT. Se houvesse, acrescenta, “com tantas pessoas a passar pelas funções governativas, como investigadores com experiência na educação e funções docentes no Ensino Superior, já se teriam posto em prática as melhores políticas para o setor”. E assim, conclui, “vamos percebendo que outros interesses se vão opondo ao principal”.

Reconhecida a necessidade de que as principais políticas subsistam à mudança de governos, resta a questão: Porque não se atinge tal objetivo? José Eduardo Lemos, presidente do Conselho das Escolas, avança com outra explicação: “Desde 2011, a agenda política tem estado preenchida com problemas mais prementes que os problemas educativos.” “Têm sido outras as preocupações dos governos e da própria população, pelo que também não é de admirar que não tenham surgido condições políticas e sociais geradoras de ambiente propício à discussão de ideias e à procura de consensos nestas matérias”, conclui.

Informação retirada daqui

sábado, 13 de janeiro de 2018

Biografia - José António da Rosa

n: 14 de Fevereiro de 1745, Mourão (Portugal)
m: 28 de Novembro de 1830, Lisboa (Portugal)

Filho de pequenos lavradores de Mourão, assentou praça em 1761 no Regimento de Artilharia do Alentejo, sendo cabo de esquadra em 1770 e furriel em 1772. Tendo frequentado a aula regimental, e passado no exame, foi promovido a segundo-tenente em 1774. Entre 1780 e 1783 foi aluno da Academia Real de Marinha e Engenharia, tendo sido promovido a primeiro-tenente em 1784, na companhia de Artífices e Pontoneiros do Regimento de Artilharia do Algarve. Em Janeiro de 1787 foi graduado em capitão, tendo casado no mês seguinte, em Lisboa. Em 1781 tinha-lhe sido concedido o hábito de Cristo com cinquenta mil reis de tença.
Em 1789 foi nomeado Lente da terceira cadeira de Artilharia, do terceiro ano da Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, que acabava de ser instituída, ficando agregado ao Regimento de Artilharia da Corte, com o posto de capitão efectivo. A cadeira dizia respeito ao estudo das minas e contra-minas e a sua aplicação ao ataque e defesa das praças, tendo dado origem à publicação em 1791 do livro Compêndio das Minas. Em Setembro de 1793 foi promovido a Major, continuando agregado ao Regimento de Artilharia da Corte, mas recebendo o soldo de oficial efectivo. Em 1793 era cavaleiro da Ordem de Avis, com doze mil reis de tença, devido aos seus 20 anos de serviço como oficial, e mais de 40 anos de idade.

Quando, em 1793, se organizou a Divisão Auxiliar para serviço em Espanha, José António da Rosa foi nomeado comandante da Brigada de Artilharia, tendo sido promovido ao posto de Tenente-Coronel em 1795, "em atenção aos distintos serviços que [tinha] efectuado nas campanhas do Rossilhão e Catalunha." Em 1797 era graduado em coronel.

Por motivo da Guerra de 1801 com a Espanha, foi nomeado comandante dos Parques de Artilharia do exército. Em 1803 foi mandado rearmar algumas praças do Alentejo, assim como reorganizar os trens de Artilharia da província., enquanto Inspector dos municiamentos da província do Alentejo. Em Junho foi promovido a Brigadeiro. Mais tarde, de acordo com o Plano de Reorganização do Exército de 1806, foi nomeado Inspector da Artilharia e munições de guerra das Praças do Reino em 13 de Julho de 1807, sendo nomeado comandante das baterias a sul do Tejo.

Beresford fê-lo Comandante-Geral da Artilharia em Maio de 1809, o que não foi mais do que o confirmar no antigo cargo de Inspector. No ano seguinte foi promovido a marechal de campo.

Em 1815 foi nomeado para o Conselho de Guerra, e no ano seguinte foi promovido a tenente-general, o que o levou a ser feito Cavaleiro Fidalgo da Casa Real em 1819.

Em 1821 foi eleito deputado às Cortes Constituintes pelo Alentejo, sendo conhecido pela assiduidade nas votações e silêncio nos debates.

Fonte:
Henrique de Campos Ferreira Lima,
O tenente-general José António da Rosa, no 1.º centenário da sua morte (28-XI-1830 - 28-XI-1930,
Separata da Revista de Artilharia, n.º 65, Novembro de 1930,

Salve o Planeta - Uma campanha inteligente para crianças de 3 a 103 anos

Resumo - Caracterização da Erva-Cidreira


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UFCD - 0104 - Execução de desenho vetorial

0104 - Execução de desenho vetorial
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Execução de desenho vetorial
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Referenciais de Formação

342360 - Técnico/a de Comunicação - Marketing, Relações Públicas e Publicidade
213004 - Técnico/a de Desenho Gráfico
Histórico de Alterações

(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

Postal Antigo - Grécia - Paulo, o apóstolo dos gentios


Vídeo - Pulp - "Disco 2000"

Vídeo - Isto é Matemática - T08E08 - “As Dobrinhas das Orelhas”

Planificação - Actividade Laboratorial no contexto dos Novos Programas


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Conteúdo - História do estudo da célula

   

1590 – Jansen inventou o microscópio óptico / composto
1665 - Robert Hooke descreveu pela primeira vez a célula (células da cortiça)
1676 – Anton Van Leeuvvenhock, observou pela primeira vez bactérias
1831/ 1836 – Robert Brown, descobriu um corpo esférico nas células das plantas (núcleo)
1840 – Purkinje deu o nome de protoplasma ao conteúdo das células
1866 – Haeckel estabeleceu o núcleo como sendo o responsável pelos caracteres genéticos
1930 – V. Zworkin inventou o microscópio electrónico
1935 – Watson e Crick propõem o modelo de D. N. A. (dupla hélice)
1983 – Equipa do Prof. Montagnier do Instituto Pasteur, descobre o vírus HIV

Nas escolas e na rua, Professores e Educadores responderão adequadamente à provocação do ME/Governo


A FENPROF fez hoje saber no Ministério da Educação/Governo que considera o projeto de portaria sobre reposicionamento na carreira docente uma verdadeira provocação aos professores. Aliás, se juntarmos este projeto às normas impostas sobre progressão aos 5.º e 7.º escalões, bem como a alguns indícios sobre o que poderá ser a proposta de recuperação do tempo de serviço, pode-se afirmar que está em curso uma estratégia de destruição da estrutura da carreira docente, recorrendo o Ministério da Educação/Governo a interpretações abusivas dos quadros legais vigentes para tentar impor as suas posições. Contudo, em muitos aspetos, a incoerência de tais posições não consegue disfarçar que o rei vai nu.

Relativamente ao reposicionamento dos professores que, tendo ingressado na carreira durante o período de congelamento, foram retidos no 1.º escalão, a FENPROF recorda que este processo se destina a colocar tais docentes no escalão em que se encontram os seus colegas que, com o mesmo tempo de serviço, já tinham ingressado na carreira antes de 2011.

Foi por essa razão que, no recente processo negocial que culminou com a assinatura de uma Declaração de Compromisso, o Governo aceitou que o reposicionamento tivesse lugar em 1 de janeiro de 2018 e não de forma faseada, como acontece com o descongelamento. O objetivo era permitir que os docentes a reposicionar estivessem em igualdade de condições com os seus colegas no momento de progredir na carreira. O projeto em negociação nega o espírito que presidiu a este processo de reposicionamento, o que significa que, de uma assentada, o ME/Governo viola o compromisso que assumiu e também os direitos de professores que, durante anos, já foram fortemente penalizados.



PRINCÍPIOS APRESENTADOS PELA FENPROF
Nesta reunião, a FENPROF apresentou um conjunto de princípios que procurou consensualizar com o Ministério da Educação/Governo. Mas isso não foi possível, pois as posições reiteradas por ME/Governo negam quase todos estes princípios. Senão vejamos:

- Estes docentes são, mais uma vez, discriminados em relação aos seus colegas;

- A estes professores, o Governo pretende aplicar procedimentos que a lei estabelece para efeitos de progressão, mas não de reposicionamento;

- O ECD estabelece que só os portadores de habilitação profissional podem ingressar na carreira, mas prevê que todo o tempo de serviço prestado em funções docentes (sem distinguir os portadores de habilitação profissional dos demais) deverá relevar para efeitos de carreira. Apesar disso, ME/Governo, ilegalmente, quer apagar todo o tempo prestado antes da profissionalização;

- Mesmo após a profissionalização, o ME/Governo pretende apagar todo o tempo de serviço não avaliado, apesar de, nos termos da lei, durante vários anos, a avaliação só ter lugar quando os contratos eram de tempo superior a seis meses. Quer também eliminar, para efeitos de carreira, o tempo de serviço prestado no ensino particular e cooperativo, em IPSS, ou em outras funções docentes sujeitas a modelos diferentes de avaliação;

- O ME/Governo pretende dar por concluído o reposicionamento quando o docente atinge o 5.º escalão, ainda que alguns tenham tempo de serviço que permitiria ser posicionado em escalão superior;

- Qual cereja no topo do bolo, o ME/Governo coloca exigências não verificáveis: a atribuição da menção de Bom e a frequência de ações de formação após o ingresso na carreira, apesar de saber que, tendo este ocorrido durante o período de congelamento, nem uma nem outra das exigências se podem verificar.



12 PERGUNTAS QUE NÃO OBTIVERAM RESPOSTA
Para além dos princípios que defendeu, a FENPROF colocou diversos pedidos de esclarecimento ao ME acerca do projeto de portaria apresentado:

1) Se, segundo o artigo 2.º, número 1, alínea a) se refere que o reposicionamento se destina a docentes portadores de qualificação profissional que ingressaram na carreira, que outros há que também ingressaram?

2) Pela alínea b) do mesmo número 1 pode depreender-se que quem, por exemplo, em 20 anos de serviço como contratado, teve uma avaliação de Regular, daí resultará a não contagem da totalidade desse tempo?

3) Da alínea c) retira-se que quem se encontrar em período probatório (ingresso em 2017) não será abrangido pelo reposicionamento?

4) Qual a fundamentação para não contar o tempo de serviço prestado em funções docentes antes da profissionalização (número 2 do artigo 2.º), quando o número 3 do artigo 36.º do ECD prevê que todo o tempo prestado em funções docentes seja contado?

5) O tempo de serviço não avaliado inclui o que o ECD excecionava, como os contratos até 6 meses? E o tempo de serviço prestado em funções docentes para outras entidades empregadoras, que não o ME, e que até hoje nunca foi posto em causa?

6) Que coerência existe na proposta de eliminação de 9 anos 4 meses e 2 dias quando, para efeitos de recuperação, o ME/Governo não reconhece mais que 7 anos?

7) Se no artigo 3.º, o ME/Governo refere que o reposicionamento se fará “de acordo com os critérios gerais de progressão”, como pode, depois, pretender aplicar os “critérios específicos” (observação de aulas e vagas)?

8) Como pode exigir-se (artigo 3.º, número 2, alínea a) a obtenção de Bom ou Muito Bom “na avaliação de desempenho na carreira”, se estes docentes ingressaram num período em que a conclusão dos ciclos avaliativos se encontrava suspensa? Quererá o ME, em 2018, manter todos os docentes no 1.º escalão para efetivar o reposicionamento, apenas, em ano eleitoral?

9) Relativamente à alínea b) deste número, a questão é semelhante, só que em relação à formação contínua. Repare-se: para quem já se encontra na carreira, aos anos de congelamento não terão de corresponder horas de formação, contudo, a estes docentes, o ME/Governo exige 12,5 horas por ano de congelamento.

10) Por que razão o ME/Governo considera concluído o reposicionamento quando for atingido o 5.º escalão quando muitos destes docentes, pelo seu tempo de serviço, deverão ser posicionados em escalão superior?

11) Que igualdade poderá existir entre pares quando, até 2021, no mínimo, estes professores estarão em processo de reposicionamento e os seus colegas com o mesmo tempo de serviço, nesses anos, retomarão a progressão na carreira, alargando, ainda mais, o fosso entre professores com o mesmo tempo de serviço?

12) Depois de ter divulgado publicamente que o processo de reposicionamento dos docentes custaria 18,3 milhões de euros, quanto, afinal, custaria tal processo, caso vingasse este projeto ministerial?

O Ministério da Educação/Governo não respondeu a estas questões, comprometendo-se, apenas, a apresentar novo projeto antes da próxima reunião, que terá lugar em 18 de janeiro, de manhã. A FENPROF ficará a aguardar essa nova versão, deixando, desde já, claro que, a manterem-se os aspetos negativos que se assinalam, irá apelar aos professores e educadores a vinda para a rua em defesa dos seus direitos. Isso será inevitável!

UMA LUTA QUE DEVERÁ ENVOLVER TODOS OS DOCENTES, EM UNIDADE,
EM DEFESA DA SUA CARREIRA E DO COMPROMISSO OBTIDO EM NOVEMBRO

Como no início se refere, esta é uma luta que deverá envolver todos os professores e educadores, pois o que está em causa hoje é o reposicionamento, ontem era a progressão aos 5.º e 7.º escalões e amanhã (reunião em 24 de janeiro) será a recuperação do tempo de serviço roubado aos professores. Por esse motivo, a mobilização deverá ser geral, em defesa da atual estrutura da carreira docente, da sua recomposição e de um tratamento justo para todos os docentes, face a propostas que se encaminham no sentido da destruição dessa estrutura.

Acresce que o projeto de portaria apresentado por ME/Governo põe em causa o compromisso que assumiu em 18 de novembro, p.p.. Como tal, a FENPROF vai propor a todas as organizações sindicais signatárias da Declaração de Compromisso a realização de uma reunião, com o objetivo de avaliar os processos negociais sobre aspetos da carreira docente, o grau de cumprimento, pelo ME/Governo, dos compromissos que assumiu e o eventual desenvolvimento de formas de luta convergentes.

O Secretariado Nacional

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Biografia - Frederico Armando, conde de Schomberg

n.     [ 16 de dezembro de 1615 ].
f.      [1 de julho de 1690 ].

Conde de Mértola e mestre de campo general em Portugal, marechal de França, generalíssimo das tropas da Prússia, etc..

Nasceu na Alemanha em 1618, sendo filho de Hans Meynard (ou Armando), conde de Schomberg, marechal do Alto e Baixo Palatinado, etc.. 

Estreou-se na carreira das armas , militando nas fileiras do exército sueco, então ao serviço de Richelieu, e assistiu a diversas batalhas e a quase todas as acções e recontros do período, chamado francês, da guerra dos Trinta Anos. Em 1636 passou ao serviço da França como capitão de uma companhia de cavalos ligeiros, tomou parte na campanha do Franco Condado, acompanhou o marechal de Qantzan à Alemanha, e foi chamado para junto de Henrique de Nassau, que o nomeou seu lugar-tenente. Voltando depois à França, em 1650, comprou o lugar de capitão da companhia dos guardas escoceses, e daí a dois anos foi feito marechal de campo. Entrou em diversos combates na guerra da Fronda; serviu às ordens de Turenne com o posto de tenente general, foi governador da praça de Saint-Julien, que defendeu em 1657; assistiu à batalha das Dunas e ao cerco de Dunquerque, e em 1660 veio para Portugal com uns 600 companheiros, a maior parte oficiais de cavalaria, artilharia e engenharia, para tomar parte na guerra da Restauração. 

Como é sabido, o cardeal Mazarin, ajustando a paz dos Pirinéus, abandonou vergonhosamente a causa da nossa independência, e por isso o conde de Soure, embaixador português na corte de França, recebeu ordem de voltar apressadamente à pátria, afim de evitar a afronta de o mandarem sair. Segundo as instruções que recebeu do governo, devia tratar apenas de aliciar particularmente o maior número de bons oficiais e um general hábil, embarcando para Lisboa logo que tivesse cumprido esta missão. Para o conseguir foi o nosso diplomata muito auxiliado pelo marechal de Turenne, que lhe indicou oficiais que tinham servido debaixo das suas ordens, entre outros o coronel Jeremias, Jovet, e o general conde de Schomberg, que mais facilmente podia tomar o serviço de Portugal, porque apesar de ter militado nos exércitos franceses era alemão de nascimento. Esta negociação foi conduzida secretamente em casa do duque de Albrect, rapaz de dezanove anos e sobrinho de Turenne, em cuja casa este escondido o conde de Soure. A 29 de outubro de 1660 embarcou finalmente no Havre o nosso diplomata acompanhado do conde de Schomberg e dos oficiais que vinham servir nos exércitos portugueses, e a 11 de novembro seguinte chegavam ao porto de Lisboa. Não foi isto muito bem visto pelos generais portugueses, e principalmente pelo marquês de Marialva, que se ufanava da sua vitória das Linhas de Elvas. 

A 17 de dezembro foi o conde de Schomberg nomeado para o posto de mestre de campo general da província do Alentejo, com o soldo de mil cruzados por mês, na forma que tinha sido contratado em França pelo conde de Soure, partiu pouco depois para essa província, cujo governo supremo havia sido dado ao conde de Atouguia. No ano imediato as operações militares nessa fronteira foram de pouca importância, mas o conde de Schomberg deixou ali assinalada a sua presença pelos esforços que fez para o nosso exército adoptar o hábito de marchas de costado, que já se usava na Europa, mas era cá desconhecido, para acabar com os privilégios que certos terços gozavam de formarem na vanguarda ou em determinados postos e para introduzir na formatura e disciplina das nossas tropas melhoramentos e princípios que lhe facilitassem a vitória. Essas novidades foram mal aceites, custaram muito a ser seguidas, e os chefes superiores levados de ciúme eram os primeiros a fazerem oposição às ideias do conde de Schomberg. Daí resultaram ao oficial estrangeiro vários desgostos que ele suportou sem quebra de zelo, e continuou a servir sempre com igual valor e actividade, ainda depois de ver o marquês de Marialva substituir o conde de Atouguia, faltando assim o  governo à promessa que fizera de lhe dar o mando superior do Alentejo. 

Na campanha de 1662 também o conde de Schomberg teve ocasião de se assinalar, porque foram de pouca monta as operações realizadas pelo nosso exército no Alentejo, e alguns sucessos infelizes, que ali sofremos, podem até certo ponto atribuir-se à turbação produzida no ânimo do marquês de Marialva pela ideia de que um general estrangeiro podia murchar-lhe os louros da sua vitória das Linhas Elvas. Durante todo esse ano, apesar da má vontade do chefe, prosseguiu o conde de Schomberg no intento de melhorar a disciplina do exército e na marcha de Elvas para Estremoz, em que o marquês de Marialva desprezou as indicações do conde, se não estivesse cego pelo ciúme, poderia reconhecer a vantagem de seguir à risca o que propunha para as marchas do homem que militara largos anos nas fileiras dos exércitos bem organizados e adestrados. 

Em 1663 foi o conde de Vila Flor, D. Sancho Manuel, encarregado do governo das armas do Alentejo, e com esse parece terem subido de ponto as desinteligências com Schomberg, porque, segundo consta, mais de uma vez esteve este último para se retirar para França, sendo preciso todo o zelo do general D. Luís de Menezes para que os dois generais se reconciliassem, e quando o exército saiu de Estremoz para Évora, o plano de campanha foi estabelecido com perfeito acordo dos dois. Ao chegarem a Évora Monte e serem informados da queda de Évora, tiveram os nossos de modificar o projecto traçado, e o exército português marchou rapidamente contra D. João de Áustria para ver se conseguia surpreendê-lo. Quando as nossas tropas chegaram quase perto dos castelhanos, ainda uma pequena pendência se levantou entre Vila Flor e Schomberg, porque estando já próxima a noite, queria este último que o exército a passasse a noite em ordem de batalha e aquele que a passasse à vontade cobrindo-se com os carros. Schomberg, que conhecia por experiência os inconvenientes de ter de formar as tropas na presença do inimigo, insistiu e como todos os oficiais o apoiassem, Vila Flor cedeu, e desde então foi o mestre de campo general sempre o encarregado de escolher as posições que o exército devia ocupar desempenhando-se admiravelmente dessa incumbência. Não tardou a dar-se a batalha do Ameixial, em que as nossas  tropas ficaram vencedoras (V. Ameixial). Ainda durante a campanha, o mestre de campo general conde de Schomberg, no cerco de Évora, teve ensejo de revelar os seus conhecimentos militares nos entrincheiramentos militares que levantou para cobrir o exército sitiador, e depois quando o marquês de Marialva e o conde de Vila Flor regressaram a Lisboa, ficou à testa do governo militar do Alentejo até ser no ano seguinte nomeado para esse importante posto o marquês de Marialva. Todos os generais portugueses se mostravam ciosos do conde, mas principalmente o marquês de Marialva. Além disso, Schomberg irritou-se deveras por lhe não darem o comando dizendo que no contrato que fizera, vindo para Portugal, se lhe assegurara que servia unicamente debaixo das ordens do conde de Atouguia para se não demitir o general que estava comandando quando ele veio, e que  tendo cedido já duas vezes do seu direito para não suscitar embaraços ao governo, considerava ofensiva a persistência em não lhe darem o comando. Ninguém se atrevia a dizer-lhe a verdade, que era não haver general português que se prestasse a servir debaixo das suas ordens. Aceitavam-no como mestre de campo general, exercendo muitas vezes na sombra o verdadeiro comando, mas queriam que pertencesse a um compatriota o título de general em chefe. 

Em 1664 o marquês de Marialva foi o mais exigente, o que ainda mais desesperou Schomberg, não o aceitando nem para mestre de campo general, sendo preciso que se criasse para ele um novo posto, comandante das tropas estrangeiras ao serviço da coroa portuguesa, mas felizmente aplanaram-se no princípio do ano imediato, e em Junho de 1665 o marquês de Marialva e o conde de Schomberg podiam repartir equitativamente a glória da batalha de Montes Claros, porque se o primeiro sustentou inabalável à frente da segunda linha o ímpeto do inimigo, e se reconhecendo com segurança e rapidez o enfraquecimento da esquerda correu a suportá-la, ao conde de Schomberg se deve a boa formatura com que as nossas tropas marchavam e a presteza com que fazendo passar a cavalaria quase toda da esquerda à direita, pôde oferecer uma importante massa às cargas dos esquadrões castelhanos ( V. Montes Claros). Em 1666 obteve afinal o conde de Schomberg o governo das armas do Alentejo. A Guerra da Restauração ainda se alongou até 1668, mas sem grande calor nem feitos dignos de menção, e concluída a paz voltou o conde de Schomberg para a França, onde recebeu em 1674 o comando do exército da Catalunha, sendo elevado a marechal de França no ano seguinte.

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