terça-feira, 8 de maio de 2018

Biografia - Herman Wall

Fotógrafo americano famoso pelas fotografias realizadas durante o Desembarque na Normandia, na 2.ª Guerra Mundial.

Nasceu em 1905;
morreu em 1997.

Herman Wall trabalhou nos balneários da Associação Cristã da Mocidade de Holywood (ACM) nos anos vinte, durante a adolescência, aproveitando para vender fotografias da equipa de basquetebol. O trabalho e as vendas ajudaram-no a pagar o curso de fotografia na escola do Centro Artístico de Hollywood.

Terminado o curso Herman tornou-se assistente e, mais tarde, sócio do fotógrafo comercial Charles Kerlee. Nessa época, o período dourado da fotografia, Herman Wall foi-se tornando cada vez mais conhecido como fotógrafo ilustrador.

Na Segunda Guerra Mundial, prestou serviço na Arma de Transmissões des de 1942, chegando ao posto de capitão e comandante da 165.º companhia fotográfica do Corpo de Transmissões em 1944. Nesta função, acompanhou a primeira vaga da 1.ª divisão de Infantaria do exército dos E.U.A. que desembarcou na praia de «Omaha» - sector «Easy Read» - em 6 de Junho de 1944. Foi ferido na praia, pouco tempo depois de desembarcar, por estilhaços de «shrapel», um dos quais lhe levou a maior parte da perna direita. Tendo recuperado a consciência, entre síncopes, várias vezes num dos barcos de evacuação de feridos, conseguiu recuperar a máquina fotográfica que tinha utilizado no desembarque, com a ajuda de enfermeiros a quem ia pedindo que a encontrassem. 

Num hospital em Inglaterra, um oficial americano mostrou-lhe as provas das cerca de 20 fotografias que tinha conseguido tirar na Normandia. Eram as fotografias tiradas nas barcaças de desembarque e na praia, com a sua câmara de 50 mm. O «Daily News» de Nova Iorque, tendo conhecimento da existência das fotografias, enviou um redactor para contactar Wall, já que o mau tempo durante os primeiros tempos da invasão tinha impedido as reportagens fotográficas. Por isso, as fotografias de Wall foram as primeiras do Desembarque a ser publicadas no jornal.

Durante a sua longa recuperação, Herman Wall casou-se, tendo posteriormente regressado a Los Angeles, continuando a trabalhar como fotógrafo. Em 1946 trabalhou para a Life fotografando a mundialmente famosa Oregon Bulb Farm, e que lhe proporcionou a publicação de uma fotografia espectacular de página dupla na revista. Regressará várias vezes à quinta, continuando a fotografar os lírios híbridos.

Em 1958 será enviado para o Médio Oriente para realizar fotografias para uma série de brochuras a publicar com o título colectivo «A Paz pela Educação», que após seis meses de estadia na Turquia e no Irão mostrarão um modo de vida em extinção. Em 1964 a Kodak mostrará algumas destas fotografias numa exposição na Feira Mundial de Nova Iorque e dá-lhe um «Special Award for Photographic Excellence». Herman Wall continuará a colaborar com a Kodak publicando na revista da empresa para profissionais, a «Applied Photography».

Fonte:
Paris-Match: «L'été le plus long», número especial de Junho de 1994. 

Biografia - Abramo, Lívio

1903-1992

Nascido em Araraquara (São Paulo), é considerado um dos principais nomes da gravura brasileira, com exposições por todo o mundo. Em 1962 radicou-se no Paraguai não perdendo suas raízes de artista engajado na cultura brasileira. Assinava Lívio Abramo.

UFCD - 0130 - Acabamento e apresentação de um trabalho fotográfico

0130 - Acabamento e apresentação de um trabalho fotográfico
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Acabamento e apresentação de um trabalho fotográfico
Código:
0130
Carga Horária:
50 horas
Pontos de crédito:
4,50
Objetivos

  • Executar técnicas de acabamento.
  • Descrever diferentes métodos de apresentação de trabalhos fotográficos.
Recursos Didáticos

Conteúdos

  • Retoque de fotografias
  • Escolha de molduras
  • Portfolio
  • Apresentação digital
  • Exposição
Referenciais de Formação

213005 - Operador/a de Fotografia
Histórico de Alterações

(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

Estatística - Necessidades Especiais de Educação - Dados estatísticos 2013/2014

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Notícia - 10 Mudanças que surgem no corpo de quem faz caminhadas diárias

8. Fortalecimento de ossos e articulações


Caminhar pode proporcionar mais mobilidade às articulações, previne a perda de massa óssea e também reduz o risco de fraturas. Entidades de estudo da artrite recomendam caminhar pelo menos 30 minutos por dia para reduzir a dor nas articulações, a rigidez muscular e as inflamações.


Informação retirada daqui

Resumo - Tipos de conflito e sua caracterização


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Biografia - Alphonsus de Guimaraens

Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) foi um poeta brasileiro. Um dos principais representantes do Movimento Simbolista no Brasil. Sua poesia é quase toda caracterizada pelo tema da morte da mulher amada, a morte de sua noiva aos dezessete anos. Todos os outro temas que explorou, como religião, natureza e arte, estão sempre relacionados com a morte.

Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 24 de julho de 1870. Filho do comerciante português Albino da Costa Guimarães e de Francisca de Paula Guimarães Alvim. Fez os cursos básicos em Minas Gerais e aos 17 anos se apaixona pela prima Constança, filha do escritor Bernardo Guimarães seu tio-avô. Com a morte prematura da prima, em 1888, o poeta se entrega a vida boêmia.

Essa época já colaborava no Almanaque Administrativo, Mercantil, Industrial, Científico e Literário do município de Ouro Preto. Viaja para São Paulo com o amigo José Severino de Resende. Inicia o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em 1891. Volta para Ouro Preto, em 1893, onde termina o curo de Direito na recém criada Academia Livre de Direito de Minas Gereis.

Volta para São Paulo onde estuda Ciências Sociais, terminando o curso em 1895. Vai ao Rio de Janeiro, onde conhece Cruz e Souza, poeta que já admirava e de quem tornou-se amigo. Volta para Minas e é nomeado promotor de Conceição do Serro, hoje Conceição do Mato Dentro, ocupando em seguida o cargo de juiz substituto. Em 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira, com quem teve 14 filhos.

Sua poesia expressa uma atitude melancólica sobre o tema morte. O sentimento resignado, o sofrimento e a desesperança estão presentes em seus versos. O seu espiritualismo é voltado para a religiosidade e o misticismo.

Seus três primeiros livros foram publicados no Rio de Janeiro, em 1899, são: Dona Mística, Câmara Ardente e o Setenário das Dores de Nossa Senhora. Kiriali que foi escrito antes, só foi publicado em 1902, na cidade do Porto, em Portugal. Em 1905 é nomeado juiz municipal da cidade de Mariana.

Afonso Henrique da Costa Guimarães (seu nome civil) morreu na cidade de Mariana, Minas Gerais, no dia 15 de julho de 1921.

Obras de Alphonsus de Guimaraens
Setenário das Dores de Nossa Senhora, poesia 1899
Dona Mística, poesia, 1899
Câmara Ardente, poesia, 1899
Kiriale, poesia, 1902
Mendigos, prosa, 1920
Pauvre Lyre, poesia, 1921
Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte, poesia, 1923
Poesias (Nova Primavera, Escada de Jacó, Pulvis, poesia, 1938

Biografia retirada de e-biografias

Postal Antigo - Estocolmo


Vídeo - Modern Talking - "The Space Mix"

Vídeo - Caminhos da Reportagem mostra a rotina de quem trabalha com agricultura familiar

Conteúdo - Pré-história e Proto-história


Os mais antigos fósseis conhecidos de hominídeos na Europa, datados de 1,1 a 1,2 milhões de anos, foram encontrados no norte da Península Ibérica, na serra de Atapuerca. Em Portugal, os vestígios humanos mais antigos datam de há cerca de 500-300 mil anos, quando a região era habitada por neandertais. Os vestígios mais antigos conhecidos de Homo sapiens são de homens de Cro-Magnon com "traços" de neandertal, com 24.500 anos. O fóssil de uma criança encontrado no Vale do Lapedo é interpretado como indicador de populações híbridas resultantes do cruzamento das duas espécies. São também os vestígios de seres com características neandertais mais recentes que se conhecem, possivelmente os últimos da sua espécie. Estas eram sociedades paleolíticas de subsistência, de caçadores-coletores que deixaram vestígios como a arte rupestre do Vale do Coa a norte  e a gruta do Escoural, a sul.

Após o fim da última idade do gelo, há cerca de 12 a 11 mil anos, as alterações climáticas permitiram iniciar a domesticação de animais de pastoreio, algumas culturas de cereais e a pesca. O neolítico é testemunhado no sul de Portugal por utensílios de pedra e pela cultura megalítica, com dólmens como a anta Grande do Zambujeiro, menires como no cromeleque dos Almendres, bem como arte esquemática como na anta pintada de Antelas e em ídolos-placa.

A idade do bronze da Península, com o desenvolvimento da olaria e outros metais como ouro e prata, iniciou-se cerca de 4 000 a.C. a sul, em locais como El Argar, de onde se espalhou. No III milénio a.C., várias ondas de povos indo-europeus celtas vindos da Europa Central invadiram o território. Misturando-se com as populações locais, formaram diferentes grupos étnicos, com numerosas tribos. As principais dessas tribos foram os galaicos, que estabeleceram a cultura castreja a norte, os lusitanos no centro, os célticos no Alentejo, e os cónios no extremo sul de Portugal (regiões do Algarve e Alentejo). Aí se desenvolveu a escrita do sudoeste, uma das escritas paleo-hispânicas. A sul, na mesma altura, estabeleceram-se também alguns postos comerciais costeiros semi-permanentes de fenícios e, a partir do século V a.C., de cartagineses.

Manual sobre Sistema de Gestão Ambiental


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Powerpoint - Actividade Enzimática


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Vídeo - 5 - O decantador - Mundo do Vinho

domingo, 6 de maio de 2018

Biografia - Francisco Xavier da Silva Pereira


n.      14 de março de 1793.
f.       20 de maio de 1852.

Tenente-general do exército, par do reino, vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar, inspector-geral da arma de infantaria, governador-geral dos Estados da Índia, deputado da Nação ao congresso constituinte de 1837, etc.

Nasceu em Valença a 14 março de 1793, e faleceu em Lisboa a 20 de maio de 1852. Era filho de Francisco Xavier Silva Pereira, cavaleiro da Ordem militar de S. Bento de Avis, coronel de infantaria do exército e governador da praça de Campo Maior, e de sua mulher D. Antónia José de Abreu.

A vida militar do conde das Antas ocupou um lugar vastíssimo na história politica do século XIX. Na época do seu nascimento, seu pai era oficial subalterno do regimento de Valença, em cuja cidade permaneceu com sua família até 1807, em que veio como licenciado fixar-se no Porto com a patente de capitão. Dedicava-se atentamente a educar seu filho, quando a revolução do 1808 o veio novamente chamar ao serviço militar, sendo encarregado de organizar um batalhão que o moço estudante, abandonando os estudos vem alistar-se, a 20 de junho desse ano. Quando se constituiu a Leal Legião Lusitana, o capitão Silva Pereira foi escolhido para major do 1.º Batalhão, e seu filho recebeu o posto de alferes no mesmo corpo, a 14 de setembro ainda de 1808, com a qual tomou parte na campanha da Restauração. Passou depois a tenente agregado ao 1.º Batalhão da Legião Lusitana por decreto de 3 de novembro de 1809. Seguiu-se a grande luta travada entre o nosso exército, e as hostes de Napoleão, e pode dizer-se que não houve acção importante a que não assistisse. Albuera, Buçaco, Nive, Nivelle, Salamanca, Vitoria, tomando parte em todas elas, sendo ferido na de Salamanca, que se realizou a 22 de julho de 1812. Nestas batalhas houve-se tão distintamente, que foi promovida a capitão de Caçadores 7 pela portaria de 11 de novembro 1813, par distinção no campo de batalha, proposta feita pelo marechal Beresford, juntamente com um ofício dirigido ao comandante da brigada, louvando a sua conduta. E em Orthez e Tolosa deu novas provas de valor, e regressou à pátria na fim da campanha, foi-lhe conferida a medalha da Guerra Peninsular, com o algarismo 6, a 21 de janeiro de 1821, que era a maior distinção militar; fora igualmente condecorado pelo rei de Espanha, com as medalhas de Albuera e de Vitoria.

Em 1820, aderiu à revolução de 24 de agosto, servindo às ordens do coronel e depois general Sepúlveda; em 1823 militou no Exército Constitucional contra as forças rebeldes do general conde de Amarante, sendo afinal desligado do exército com a mudança de política. A 28 de abril de 1826, foi reintegrado e colocado no Batalhão de Caçadores n.º 7 com o posto de capitão graduado em major, donde saiu em dezembro para o 12, já em major efectivo que foi promovido par decreto de 28 do referido mês e ano; comandando este corpo fez a campanha contra as tropas rebeldes do marquês de Chaves em 1827. Proclamada no Porto, em 16 de maio de 1828, a reacção cartista contra a usurpação de D. Miguel, o major Xavier aderiu ao movimento cartista com o seu Batalhão n.º 12 com o qual desbaratou uma coluna de guerrilhas na ponte do Espinhel em 15 de junho do referido ano, merecendo os elogios da general Saraiva, depois barão de Ruivoz; e entrou nas acções da Cruz de Marouços e da margem do Vouga.

Tendo-se dissolvido a célebre junta que se encarregara de manter a autoridade de D. Pedro IV, e marchando o exército para a Galiza, o major Xavier era de opinião que se devia combater, teve, porém de emigrar para Inglaterra com os seus companheiros, partindo a 2 de junho de 1828 a bordo do vapor inglês Belfast. De Inglaterra passou à ilha da Madeira, onde desembarcou em agosto, para sustentar a causa da legitimidade; estava ali o general Valdez, depois conde de Bonfim. Demorou-se pouco tempo naquela ilha, por causa do desembarque das forças realistas, e no dia 23 do referido mês de agosto, juntamente com outros oficiais e alguns habitantes, foi para bordo da corveta inglesa Alegator, donde duas semanas depois passou para o navio Jane, indo desembarcar no porto de Saint-Yves. Fez parte da expedição comandada pelo general conde de Saldanha, que saiu de Plymouth para a ilha Terceira, onde não pôde entrar por causa dos tiros dados pelo capitão Walpole de bordo do Ranger, em 11 de janeiro de 1829, tendo de desembarcar em Brest. Até ao mês de setembro conservou-se em França; sendo então encarregado de reunir as praças de pret emigradas, passou a Ostende, organizou o corpo que depois foi Caçadores 12, e, atravessando o bloqueio, conseguiu desembarcar com o seu batalhão na ilha Terceira, no dia 20 de janeiro de 1830. Nomeado no ano seguinte comandante de Caçadores 5, fez parte da expedição que, ás ordens do general conde de Vila Flor, tomou as ilhas do arquipélago dos Açores, onde se portou com a costumada bravura, especialmente na ilha de S. Miguel, entrando na acção da Ladeira-a-Velha. Em 1832 fez parte do Exército Libertador, desembarcando nas praias do Mindelo em 8 de julho desse ano; era então major de Caçadores 5, e neste posto assistiu e cooperou para o reconhecimento de Valongo em 22 de Julho do mesmo ano de 1832. A 23 de Agosto seguinte foi promovido a tenente-coronel efectivo. Pelos exemplos que deu de bravura e pela táctica com que dirigiu o seu batalhão na memorável defesa das linhas do Porto, desde a investida à fortificação da Serra do Pilar, a 8 de setembro de 1832 data em que principiou a celebridade daquele baluarte de fidelidade e valor, até à interrupção do cerco da cidade, por causa da retirada das forças sitiantes a 6 de agosto de 1833, em que o conde de Bourmont, depois da batalha de 25 de julho do referido ano, teve de acudir a Lisboa a tomar o comando das tropas miguelistas, até que de facto foi levantado pela ultima acção nas linhas do Porto a 18 do referido mês de agosto, contra as forcas realistas comandadas pelo general MacDonald, que substituíra Bourmont e do seu imediato o conde de Almer, que cobrira a retirada; mas sobretudo onde mais se distinguiu o tenente-coronel Xavier foi na sortida de 17 de novembro de 1832, e tomada das alturas das Antas com o bravo batalhão de Caçadores 5, de que então era coronel graduado e comandante, ostentando e ocupando a posição daquele monte, situado a distância da linha de defesa no intermédio, à direita da bateria do monte da Quinta dos Congregados, e esquerda da bateria da cumeada Guelas de Pau, até nele se construir um forte reduto; e, depois na acção de 24 de março de 1833, atacando intrepidamente a posição do monte das Antas, obrigando o inimigo a abandoná-la, e repelindo com a maior valentia e coragem os ataques sucessivos de forças contrárias muito superiores, que dali, por duas vezes, o pretenderam debalde desalojar. Por este facto lhe foi concedido em 3 de outubro o grau de cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, de Valor, Lealdade e Mérito, e igual condecorarão foi conferida a diversos oficias e soldados de Caçadores 5, pelo denodo e valentia que mostraram ali estes dois sanguinolentos combates. Por decreto de 22 de novembro de 1832 foi promovido a coronel graduado. Distinguiu-se na sortida de 28 de setembro do mesmo ano, sendo por isso encarregado do comando da segunda brigada da primeira divisão, na ordem do dia de 2 de março de 1833. Em 4 de abril seguinte foi condecorado com o hábito da Conceição, por ter na acção de 24 de março atacado intrepidamente a posição das Antas; entrou no combate de Covelo em 10 de abril de 1833 e foi nomeado comendador da Ordem de Avis, por decreto de 15 de agosto do mesmo ano; em 25 de julho tinha sido promovido a coronel efectivo; tendo marchado com o Batalhão de Caçadores n.º 5 para a defesa da capital, foi elogiado pelo seu comportamento na acção das linhas em 5 de setembro do mesmo ano. D. Pedro IV, por decreto do referido mês, nomeou o conde das Antas comendador da Torre e Espada e de Avis, pelos serviços prestados em 18 de agosto e 9 de setembro. Depois da acção de Cacilhas veio o Batalhão de Caçadores n.º 5 para Lisboa, e ainda no dia 18 de outubro nas linhas, e no imediato em Loures, teve o coronel Xavier ensejo de mostrar o seu valor na frente do inimigo. Cooperou para a tomada de Leiria em 15 de janeiro de 1834, e para a acção de Pernes em 30 do referido mês. A 24 de julho deste ano teve a nomeação de brigadeiro.

Por decreto de 17 de setembro de 1835 foi agraciado como título de barão das Antas. Quando terminou a guerra foi mandado governar a praça de Elvas, onde se conservou apenas um mês, por ter de ir a Évora, reassumindo depois o governo, que tornou a deixar em setembro indo comandar a terceira brigada do corpo do exército, que se formou em Trás-os-Montes para observar a fronteira, às ordens do general Avilez. Em Agosto de 1835 foi nomeado governador de Setúbal, continuando, apesar disso, no Exército de Observações. Tendo-se assinado entre Portugal e Espanha o tratado de 24 de setembro desse ano, marchou em cumprimento dele para Espanha uma Divisão Auxiliar sob o comando do brigadeiro barão do Vale, cuja vanguarda foi confiada ao brigadeiro barão das Antas. A vanguarda entrou em Espanha a 18 de outubro. Em fevereiro de 1836 comandava uma coluna de três mil homens; entrou na tomada de Valmacela cm 12 de março, e nas acções de Castelo da Pedra e Venda Mal Abugro. Nesta ocasião foi agraciado pelo governo espanhol com a cruz de S. Fernando. Quando o governo português chamou a coluna do barão das Antas para mais próximo da fronteira, o comandante em chefe do Exército de Operações do Norte e da reserva rendeu aos nossos soldados, apesar de espanhol, os mais rasgados louvores e a merecida homenagem ao destemido brigadeiro português que os comandava, e que acabava de realçar a sua brilhante carreira militar com as acções de 28 e 29 de junho, pelas quais recebia depois como prémio a grã-cruz de Isabel, a Católica.

Proclamada em Portugal a constituição democrática de 1820, na noite de 9 de setembro de 1836, por alguns batalhões revoltosos da Guarda Nacional de Lisboa, o barão das Antas aderiu à mesma revolução em 23 do referido mês com a divisão de que havia tomado interinamente o comando, por adoecer o barão do Vale. Sendo agraciado com o título de visconde, por decreto de 13 de outubro seguinte, prestou muitos serviços à causa da rainha Isabel nas margens do Ebro e em Vitoria, na campanha de 1837, inutilizando muitas fortificações dos carlistas com repetidos ataques às linhas de Arlaban, em 14 de maio; pretendendo destruir a fábrica de balas por eles estabelecida em Barambio, a seis léguas de Vitoria, feito este que mereceu os maiores elogios do ministro da Guerra espanhol e do conde de Luchano; salvando por três vezes a praça de Pena Serrada, batendo a 18 de junho as forças do pretendente em Salvatierra. No dia 21 de julho o visconde das Antas, com a divisão portuguesa, bateu-se nos campos de Zambrana, retirando-se para Armiñon com enorme perda. Durante a sua permanência em Espanha exerceu o comando geral das Merindades de Castela, o comando em chefe de reserva e o das forças de Alcoa, o vice-reinado de Navarra e o comando geral das províncias Vascongadas.

Em Portugal rebentou então a revolução cartista, e o governo chamou o visconde das Antas, que logo em 3 de setembro entrou em Almeida com o resto das tropas, quando a segunda brigada da Divisão Auxiliar, comandada pelo coronel José de Sousa Pinto, acabava de proclamar a Carta durante a sua marcha de Valadolid por Salamanca, e quando ia juntar-se aos revoltosos de Bragança. O visconde das Antas, que em 5 de setembro havia sido promovido a marechal de campo graduado, dirigiu-se por Lamego, onde entrou rio dia 9, chegando ao Porto em 13, saindo logo em 15 em perseguição das forças cartistas do barão de Leiria, que encontrou em Ruivães, e que depois de renhido embate pôs em debandada. Seguiu-se a convenção de Chaves, assinada em 20 de setembro, pelos marechais duque da Terceira e marquês de Saldanha, que obrigados a assiná-la juntamente com o visconde das Antas, e cuja convenção pôs termo ao movimento revolucionário. Por decreto do 27 do referido mês, foi o visconde das Antas promovido a marechal de campo efectivo, e encarregado do comando das tropas de observação nas províncias do norte, tomando assento no congresso constituinte como deputado na sessão de 10 de novembro. Por decreto de 4 de abril de 1838 foi elevado a conde do mesmo título, e por decreto de 15 de maio seguinte teve a nomeação de comandante da 3.ª Divisão Militar, continuando no comando das forças de observação. Prestou juramento à constituição de 1838 na praça de Chaves, à frente da divisão em grande parada no dia 6 de maio. Proclamada a Carta Constitucional no Porto a 27 de janeiro de 1842, o conde das Antas, na sua qualidade de senador, assinou com outros senadores o protesto contra este movimento, e foi nomeado comandante duma divisão de operações da Estremadura, por decreto de 7 de fevereiro daquele ano, com o fim de hostilizar este movimento, o que não se realizou. porque a rainha D. Maria II aderiu ao mesmo movimento, nomeando em seguida novo Ministério. Então foi o conde das Antas encarregado de dissolver a força e as guardas nacionais, que armara o ministério denominado do Entrudo, comissão que desempenhou através alguns insultos da plebe angariada. Por carta régia de 3 de maio seguinte foi nomeado par do Reino tomando assento na respectiva Câmara, votando sempre na oposição do Ministério cartista. Por carta régia de 18 de julho do referido ano de 1842 teve a nomeação de governador dos Estados da Índia, sendo promovido a tenente-general por decreto datado do dia seguinte, 19 de julho. Pouco tempo se demorou no governo da Índia de que tomou posse a 19 de setembro, deixando-o a pretexto de falta de saúde a 25 de abril de 1843 entregando-o ao chefe da divisão, Joaquim Mourão Garcez Palha, partiu para Portugal e chegou a Lisboa a 23 de julho. Tomou assento na Câmara dos Pares e foi eleito para a Comissão de Guerra por dezanove votos, na sessão de 3 de janeiro de 1844. Por decreto de 11 de julho deste ano, teve a nomeação de vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar.

Em maio de 1846 foi nomeado pelo ministério do duque de Palmela, que se acabava de formar, comandante da 1.ª Divisão Militar; transferido em agosto para o Porto, e encarregado do comando das forças do norte. Quando em 6 de outubro de 1846 rebentou a revolução contra o governo do conde de Tomar, o conde das Antas assumiu o comando geral do exército levantado pela junta do Porto, e, pondo-se à frente da revolução, explicou os motivos deste proceder numa carta que dirigiu à rainha. Marchou então para o sul com uma divisão dos corpos que seguiram a causa da junta, e, entrando em Santarém, foi logo obrigado a retirar-se ao Porto, por ter ficado prisioneira em Torres Vedras uma grande parte das suas forças, que obedeciam ao conde de Bonfim. Aproveitando o entusiasmo da cidade e imediações pela causa da junta, de pronto organizou novos regimentos, e em fevereiro de 1847 marchou para o norte contra o conde do Casal, que nessa época estava senhor de Viana. Depois dalguns movimentos no Minho. regressou ao Porto, e em Maio tomou o comando da expedição que seguiu por mar para Lisboa. Logo à saída da barra do Porto, o conde das Antas foi intimado pelo comandante da esquadra inglesa sir T. Maitland, para suster o movimento e ancorar debaixo do fogo dos seus navios. O conde protestou, mas vendo-se cercado por forças superiores entregou-se prisioneiro, e seguiu para a capital. Entrando a barra do Tejo foi logo remetido para a Torre de São Julião, onde esteve até à convenção de Gramido, em que recuperou a liberdade, sendo-lhe então restituídos os postos e honras de que o governo de Lisboa o tinha exautorado. Já velho, mais pelos trabalhos que pela idade, desgostoso e cansado, o conde das Antas afastou-se quase completamente da política. Pelos fins do ano de 1851 foi nomeado inspector de Infantaria, e em maio seguinte faleceu na sua casa da rua de Santa Isabel, hoje rua Saraiva de Carvalho. O seu nome era conhecido e respeitado dum extremo ao outro do país. Em todas as lutas civis que se travaram pronunciava-se sempre pelo partido do povo chamado patuleia.

O conde das Antas casou a 22 de julho de 1845 com D. Maria Teotónia da Guerra e Sousa de Rávago Santistevan, filha única e herdeira de Gaudino José da Guerra e Sousa, e de sua mãe, D. Maria Bernarda Josefa Fagundo de Rávago Santistevan (V. 3.º conde dos Antas). Deste matrimónio houve dois filhos, Francisco e Fernando, já hoje falecidos, e que foram os 2.º e 3.º condes deste título. A morte do conde das Antas foi muito sentida pelo povo; no dia do funeral, depois dos ofícios religiosos que se celebraram com grande pompa na igreja de Santa Isabel, o caixão foi levado a braços até ao cemitério dos Prazeres, seguindo-se o coche e um concurso enorme de convidados. As tropas de toda a guarnição estavam formadas no largo do cemitério, onde prestaram as últimas homenagens ao valente militar. Por uma subscrição popular que se abriu, construiu-se um soberbo mausoléu, para onde em 1859 foram trasladados os seus restos mortais, com todas as honras devidas. Sobre o tumulo vê-se a sua estátua, que é um primoroso trabalho do falecido escultor Victor Bastos.

A viúva do insigne tenente-general passou a segundas núpcias, a 22 de setembro de 1855, com Luís de Quilinan, 2.º secretário da legação portuguesa em Londres, cavaleiro da Ordem militar de S. Bento de Avis, comendador da Ordem de S. Gregório Magno, de Roma, cavaleiro da Ordem de Danebrog, de Dinamarca, comendador das ordens de S. Maurício e S. Lázaro, de Itália, bacharel formado na Universidade de Coimbra, em direito e matemática, capitão de cavalaria. Com o segundo casamento, a viúva perdeu o direito de usar o título e de gozar as honras de condessa que lhe pertenciam pelo seu primeiro marido, em consequência de não se lhe haver concedido alvará para poder continuar a gozar das honras e título de condessa das Antas, sem embargo de haver passado a segundas núpcias, como é de estilo e antiga praxe da corte. Faleceu em Londres a 10 de maio de 1872.
O conde das Antas publicou o Discurso pronunciado na sessão da Câmara dos Dignos Pares em 15 de Fevereiro de 1848.

Notícia retirada daqui

Conteúdo - Comme des enfants qui dansent...

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Biografia - Nadar

Pseudónimo de Gaspard-Félix Tournachon. Famoso pelos seus retratos fotográficos.

Nasceu em Paris, em 5 de Abril de 1820; 
morreu na mesma cidade em 21 de Março de 1910.

Estudou medicina em Lyon, França, mas devido à falência da editora do pai teve que abandonar os estudos e começar a trabalhar. Começou por escrever para jornais assinando os seus artigos com o pseudónimo «Nadar». Em 1842 foi viver para Paris, tendo começado por vender caricaturas aos jornais humorísticos.No princípio dos anos 50, Nadar já era considerado um fotógrafo de mérito, tendo mesmo aberto um estúdio. 
Começou a ser conhecido devido às suas acções espectaculares. Mandou pintar o edifício em que o seu estúdio estava albergado de encarnado e colocou na fachada um painel de 15 metros com o seu nome. O edifício, no boulevard des Capucines, no centro dos Grands Boulevards, tornou-se uma local de referência e o estúdio um ponto de encontro dos intelectuais parisienses.

Em 1854 acabou o seu primeiro «PanthéonNadar», um conjunto de dois painéis gigantes apresentando caricaturas de parisienses conhecidos. Foi ao preparar o seu segundo «PanthéonNadar», que começou a fotografar as personagens que tencionava caricaturar. É por isso que os retratos do ilustrador Gustave Doré e do poeta Charles Baudelaire, assim como os do escritor Théophile Gautier e do pintor Eugène Delacroix, todos realizados por volta de 1855, têm uma pose natural, que contrastava com as poses hirtas e formais dos retratos da época.

Nadar era um inovador e em 1855 patenteou a ideia de utilizar a fotografia aérea na cartografia. Tipo de fotografia que só conseguiu realizar três anos depois, em 1858, quando conseguiu tirar a primeira fotografia aérea de sempre de um balão. Em 1863 publicará o Manifeste de l'autolocomotion aérienne.

A litografia satírica que Daumier realizou mostrando Nadar a fotografar Paris de um balão, e a que deu o título «Nadar elevando a fotografia à altura da Arte», divulgou a façanha e ajudou Nadar a tornar-se ainda mais famoso. Nadar continuou a ser um apaixonado pelo balonismo até ter sofrido um acidente, com a mulher e alguns amigos, a bordo do Géant, um balão gigante que tinha construído e que podia transportar 80 pessoas.

Em 1858 também começou a fotografar com luz - magnésio -  tendo fotografado, em 1860, as catacumbas e os esgotos de Paris. 

Em 1874 emprestou o seu estúdio para a realização da primeira exposição de pintura dos Impressionistas, onde pontificavam entre outros Monet, Renoir e Cézanne, tendo ficado agradavelmente surpreendido com a tempestade levantada pela apresentação da nova escola.

Em 1886, não deixando de inovar, Nadar realizou a primeira entrevista fotográfica, uma série de 21 fotografias do cientista francês Eugène Chevreul a conversar. Cada uma das fotografias tinha uma legenda com as respostas de Chevreul às perguntas de Nadar, dando uma viva impressão da personalidade do cientista.

Fontes: 
Enciclopédia Britânica;

Biografia - Almeida Júnior

Almeida Júnior (1850-1899) foi pintor e desenhista brasileiro.

O dia do artista plástico é comemorado em 8 de maio, dia do nascimento do pintor. Foi o primeiro pintor a retratar em seu trabalho, o tema regionalista, na fase madura de sua obra. Produziu algumas obras sacras na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária. Com seu jeito caipira chamava atenção de todos. Teve professores importantes como Jules Le Chevrel, Pedro Américo e Vitor Meireles. Abriu atelier em Itu, onde trabalhava como professor e retratista. Estudou em Paris onde produziu grande número de obras-primas.

Almeida Júnior (1850-1899) nasceu em Itu, São Paulo, no dia 8 de maio de 1850. No ano de 1869 foi para o Rio de Janeiro onde ingressou na Academia Imperial de Belas Artes. Foi aluno de Pedro Américo e de Julio Le Chevrel. No ano de 1875 foi aluno do célebre Vitor Meireles. Em 1876 o imperador D. Pedro II, admirado com o trabalho de Almeida Júnior, financiou seus estudos em Paris. Matriculado na École National Supérieure des Beaux-arts, foi aluno de Alexandre Cabanel.

Morando no bairro de Montmartre, produziu várias obras-primas, permanecendo em Paris até o ano de 1882. Em sua curta permanência na Itália, entrou em contato com grandes pintores.

De volta ao Rio de Janeiro ainda em 1882, realiza sua exposição na Academia Imperial de Belas Artes, reunindo suas obras produzidas em Paris. Em 1883 abre seu atelier em São Paulo, onde além de formar grandes nomes da pintura, realiza várias exposições. Em 1884 recebe o prêmio concedido pelo governo Imperial, A Ordem da Rosa.

José Ferraz de Almeida Júnior morreu no dia 13 de novembro no ano de 1899, em frente ao Hotel Central de Piracicaba, São Paulo, assassinado por seu primo José de Almeida e marido de Maria Laura, ao descobrir que estava sendo traído.

Muitos de seus quadros representam nosso povo. O quadro "Picando Fumo" e "Caipiras Negociando" receberam o prêmio Medalha de Ouro, em Chicago. Outros belíssimos quadros são: Belisário, Leitura, Cupido, Partida da Nação, O Importuno, Casinha Caipira, Saudade, Recado Difícil e Nhá Chica. Seus trabalhos mais representativos encontram-se na Sala Almeida Júnior da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Entre as exposições de que participou destacam-se o Salão de Artistas Franceses, Paris, 1880/1881/1882; Academia Imperial de Belas-Artes, Rio de Janeiro, 1884/1889; Exposição Internacional Colombiana, 1893 (Medalha de Ouro); Bienal de São Paulo - Sala Paisagem Brasileira em 1900 e 1953.

Biografia retirada de e-biografias

Vídeo - Isto é Matemática - T11E10 - “A Corrente Que Levita”

Manual - Construções Alternativas - Permacultura


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