terça-feira, 21 de agosto de 2012

FNE exige trabalho docente para todos os professores


A Federação Nacional da Educação (FNE) exigiu esta terça-feira a atribuição de serviço docente a todos os professores e que nenhum seja prejudicado na carreira pelas funções que lhe venham a ser atribuídas. "Não há, não pode haver, nem seria tolerável que nas nossas escolas houvesse professores que não tivessem trabalho e que estivessem a receber um ordenado no final de cada mês", afirma a FNE em comunicado.

No mesmo documento, a federação diz que à escola estão atribuídas múltiplas tarefas que só podem e devem ser exercidas por docentes, do ensino das disciplinas a outras respostas educativas para garantir o sucesso educativo. "A menos que se tivesse registado uma mudança extremamente significativa é que poderíamos dizer que essas respostas educativas se tinham tornado desnecessárias", defende a FNE.

A estrutura frisa, no entanto, que nenhum docente pode ser prejudicado na evolução na carreira "em função da tipologia das funções docentes que lhe estão atribuídas". A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) estimou na segunda-feira em 10 mil o número de professores que em Setembro ficará com horário zero e pediu esclarecimentos ao Ministério da Educação sobre o que estará destinado a estes docentes.

Hoje, a FNE promete estar "muito atenta à distribuição de serviço docente" nas escolas no ano lectivo que se inicia no próximo mês. A estrutura sindical quer garantir que o serviço distribuído aos professores corresponde ao âmbito da respectiva categoria profissional e que não representa qualquer prejuízo. Segundo o Ministério da Educação, os professores podem exercer na escola outras funções, nomeadamente na promoção do sucesso educativo e prevenção do abandono escolar.

"Poderão ser funções de promoção da leitura, funções no âmbito das equipas multidisciplinares, prevenção do abandono [escolar], etc. São projectos que as escolas têm e nos quais esses professores todos os anos colaboram", disse à agência Lusa na semana passada o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida.

Texto: Correio da Manhã

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