sábado, 5 de setembro de 2015

Notícia - Sondas procuram água em solo lunar


A agência espacial norte-americana NASA vai procurar provas definitivas da existência de água na Lua já este mês com o lançamento de duas novas missões.



No próximo dia 17, um foguete Atlas V será lançado do Cabo Canaveral, levando a bordo as missões ‘LRO (Lunar Reconnaissance Orbiter’ – Sonda de Reconhecimento Lunar) e ‘LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite’ – Satélite de Observação e Sensoriamento de Crateras Lunares).

Em conjunto, as duas missões permitirão o mapeamento de altíssima resolução da Lua, com precisão até um metro, o conhecimento da sua mineralogia, além da esperada resposta a uma pergunta que permanece no ar há décadas: existirá de facto água congelada no interior das crateras dos pólos lunares, menos expostas à acção solar?

A existir, a água estará, provavelmente, nas sombras das frias crateras, escondida e congelada.

Nos anos 90, recorde-se, duas sondas espaciais, a ‘Lunar Prospector’ e a ‘Clementine’, encontraram sinais de gelo nas crateras escuras, próximas dos pólos lunares – sensivelmente um quilómetro cúbico de gelo. Mas os dados não foram conclusivos.

A primeira descoberta ocorreu em 1996, quando a sonda ‘Clementine’ encontrou sinais de gelo em regiões escuras perto dos pólos lunares. A NASA, porém, não desiste de procurar provas definitivas da existência de água no satélite terrestre e investiu numa missão específica para este fim.

Utilizando sete instrumentos científicos diferentes, a missão ‘LRO’ ajudará a identificar locais de pouso seguros para as futuras missões tripuladas à Lua. Além do mapeamento da superfície lunar no espectro ultravioleta, as câmaras da ‘LRO’ construirão um mapa a três dimensões, em alta resolução, da superfície da Lua.

A sonda ‘LCROSS’ irá lutar por uma resposta definitiva sobre a presença ou não de água congelada nos pólos lunares. A missão usará o segundo estágio do foguete Atlas de uma forma inédita, culminando com dois impactos espectaculares sobre a superfície lunar.

Estas missões constituem um primeiro passo para o regresso do homem à Lua, mas também servem de trampolim para voos espaciais mais arrojados, como a exploração do planeta Marte.

CORRIDA MUNDIAL PARA O SATÉLITE

China, Japão, Rússia, Estados Unidos e Índia estão numa corrida intensa e todos têm planos para enviar satélites em direcção à Lua. O objectivo é olhar bem de perto o nosso satélite, e até pousar nele, em busca de novas descobertas geológicas e recursos naturais.

A proximidade torna esse desafio mais do que possível. A Lua é atingível e até mesmo países com programas espaciais ainda na sua fase infantil podem lá chegar, o que representa um grande salto tecnológico para esses países.

Os japoneses, recorde-se, rodearam a Lua com a missão ‘Kaguya’ e os chineses, com a missão ‘Chang’e-1’, também já marcaram presença e recolheram dados. Até a Índia tem planos para uma viagem especial em 2010, com seu veículo Chandrayaan, e os russos, um pouco mais devagar, planeiam regressar.

A primeira missão à Lua iniciou--se em 1958 com o Programa Luna, da União Soviética.

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