Pedro Alcántara de Toledo y Salm-Salm
13.º Duque do Infantado, 10.º Duque de Lerma, 9.º Duque de Pastrana
n: 20 de Julho de 1768 em Madrid (Espanha)
m: 27 de Novembro de 1841 em Madrid (Espanha)
Chefe de uma das principais casas aristocráticas de Castela, e dono de uma fortuna apreciável, teve uma educação enciclopédica e ilustrada, como era costume na época, tendo tido como preceptor o naturalista espanhol Antonio Cavanilles.
Em 1793, quando a Espanha entrou na guerra contra a república francesa, levantou à sua custa um regime de infantaria. Lutou na Catalunha contra os franceses, ao lado da divisão auxiliar portuguesa., assim como na Guerra de 1801, em que comandou uma das brigadas da 2.ª divisão do exército da Extremadura, que invadiu o Alentejo em Maio.
Abandonou, provisoriamente, a carreira militar com a assinatura da paz de Amiens em 1802, tratado que terminou as guerras da revolução francesa. Favorito do princípe das Astúrias, futuro Fernando VII de Espanha, esteve implicado na «Conspiração do Escurial», tendo acompanhado o príncipe na sua viagem até Baiona, para a entrevista com Napoleão, reunião que teve como resultado a prisão tanto do rei Carlos IV como da do príncipe das Astúrias.
Aceitou servir José Bonaparte, rei de Espanha nomeado pelo irmão Napoleão, o imperador dos franceses, enquanto coronel da Guarda, mas abraçou a causa da independência espanhola logo que a população espanhola se revoltou contra a ocupação francesa, sendo presidente da Junta que tentou defender Madrid da conquista dirigida por Napoleão Bonaparte. Tendo-lhe sido entregue mais tarde o comando de um corpo do exército, foi derrotado na batalha de Uclés, em 1809, combate que terminou, de vez, a sua vida militar. Foi então nomeado embaixador em Londres, lugar que ocupou até ao fim da guerra, fazendo parte da regência de Junho de 1812 a Março de 1813.
Participou no governo nomeado por Fernando VII quando o rei, em 1814, regressou a Espanha, libertado por Napoleão Bonaparte. Até 1820 foi presidente do Conselho de Castela. Em 1823 foi nomeado presidente do Conselho de Regência, tendo substituído Zea Bermúdez na presidência do Ministério em 1824, tendo pedido a demissão do cargo, dois anos mais tarde, por não ter conseguido realizar as reformas que se tinha proposto.
Morreu solteiro, mas teve um filho que legitimou em 1825, e que acabou por herdar o título de duque de Lerma, após um longo processo judicial, e duas filhas, tendo os seus títulos e bens passado para a casa de Osuna.
Fonte:
Enciclopedia Universal Ilustrada Europeo-Americana
Biografia retirada daqui
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