terça-feira, 21 de agosto de 2018

Vídeo - A arte urbana de Keith Haring


Levou arte para as ruas de Nova Iorque e isso fez dele uma lenda. Os traços gráficos de Keith Haring espalharam-se pela cidade em graffitis e painéis publicitários do metro. Símbolos, desenhos, cores... tudo é intenso na curta vida deste artista americano.
Keith Haring tinha esta ideia subversiva de que a arte devia ser para todos. Não lhe fazia sentido continuar a ser um artista de estúdio para apresentar os trabalhos no circuito fechado das galerias. Queria o grande público, por isso desafiou-se a usar o espaço da rua, onde todos passam e podem ver. Desenvolveu uma linguagem pictórica que explorou no graffiti e que, muito em breve, seria entendida e reconhecida.

Nestes anos oitenta, Keith, o rapaz da Pensivâlnia contagiado pela agitação cultural de Nova Iorque, produzia cerca de 40 desenhos por dia. A primeira assinatura de rua foi um animal, parecido com um cão, depois veio o bebé com raios à volta. Imagens que ficaram virais, copiadas exaustivamente até se transformarem em eternos ícones populares.

Desenhos irónicos ou infantis,  formas gráficas a preto e branco ou pintadas com cores fortes, figuras saídas da imaginação de Keith Haring que serviam também para o artista abordar temas sérios como a repressão étnica, a homossexualidade e SIDA. Morreu em 1990, aos 32 anos infetado com o vírus do HIV.

É todo este universo fascinante que podemos revisitar numa reportagem realizada em 1995, quando em Lisboa se fez uma exposição com várias obras do artista norte-americano. A peça, conduzida por Alexandre Melo, mostra ainda “vistas de Nova Iorque” filmadas em super 8 por Paulo Abreu.


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