quinta-feira, 5 de junho de 2008

Docentes defendem colega acusada


O julgamento da professora acusada de agressões físicas e psicológicas a três crianças na escola EB 2/3 de Condominhas, no Porto, entre 2002 e 2004, caminha para o fim. Ontem, a juíza marcou para 26 de Junho as alegações finais, numa audiência mais uma vez marcada pelo depoimento das testemunhas de defesa da docente que a catalogam como incapaz de ter maltratado os alunos.


Na próxima sessão será novamente ouvida a arguida e uma testemunha que por motivos de saúde não pode comparecer em tribunal.

Ontem, a presidente do Conselho Executivo do agrupamento escolar de Lordelo do Ouro afirmou que nunca "constou na escola que a professora agredisse os alunos" e acrescentou que ouviu a mãe de uma das crianças queixosas a dizer que só "descansaria quando a professora deixasse a escola".

Em relação a uma situação descrita na acusação, em que duas alunas se envolveram num confronto físico, que terá sido resolvido pela professora com um puxar de orelhas a uma das meninas, a presidente doConselho Executivo disse ter assistido mas ter na altura desvalorizado.

"Vi uma grande confusão, mas como a professora estava lá não dei muita importância. Uns dias mais tarde como se falou na escola que teria existido uma agressão fui ter com a menina e ela disse que tinha sido a professora a fazer-lhe a ferida na orelha", disse a testemunha, acrescentando que nesse momento "como o penso estava muito sujo e a cair, tirei-o e vi que não tinha nada. Aí a miúda disse que a ferida já tinha sarado".

Outro momento importante ocorreu quando foi ouvida uma professora da escola da Pasteleira, para onde uma das alegadas vítimas foi transferida depois das agressões. Numa sessão anterior, uma docente da mesma escola e que acolheu o aluno disse que este tinha sempre um gesto defensivo quando se aproximava dele. "Nunca assisti a isso", contrapôs a professora.

PORMENORES

CINCO ANOS

Acusada de três crimes de maus tratos a menor, arrisca uma pena de cinco anos de prisão.

AGRESSÕES

Bofetadas, unhadas, puxões de orelhas e palmadas fazem parte do rol de agressões.

CM

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Sócrates diz que deixa um marco na Educação


O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou esta quarta-feira que o combate a prazo às desigualdades faz-se pela melhoria do nível de qualificação dos cidadãos, área em que disse que a política educativa do Governo já deixou um marco, noticia a agência Lusa.

As palavras do primeiro-ministro foram proferidas numa sessão no âmbito do Fórum Qualificação 2008, no Centro de Congressos de Lisboa, que também contou com a presença da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

No seu discurso, feito de improviso, José Sócrates nunca se referiu directamente à polémica política em torno da evolução das desigualdades sociais em Portugal.

«Não serão [os privados] que irão lutar contra a pobreza», diz Soares
Pobreza: «O maior embuste da sociedade portuguesa»

No entanto, o primeiro-ministro salientou que o número de alunos em cursos profissionalizantes cresceu de 30 mil em 2005 para 80 mil em 2007.

De acordo com a estimativa de José Sócrates, no próximo ano lectivo, o número de vagas em cursos profissionalizantes no 10 ano de escolaridade aumentará de 30 para 42 mil (mais 60 por cento), o que permitirá a Portugal atingir a meta internacional de ter uma oferta de 50 por cento de estudantes em cursos profissionalizantes.

«O abandono escolar vence-se com o aumento da oferta dos cursos profissionalizantes. O abandono escolar é a maior chaga social», apontou o primeiro-ministro, que se referiu depois em concreto ao tema das desigualdades.

«Se nós queremos melhorar a igualdade em Portugal, temos de melhorar a qualificação dos portugueses. Os cursos profissionalizantes e o programa Novas Oportunidades, que é frequentado por 400 mil portugueses, são ferramentas essenciais», sustentou.

José Sócrates advogou a seguir a tese de que as desigualdades essenciais, traduzidas sobretudo nas diferenças de rendimentos, «resultam principalmente entre aqueles que têm ou não têm o nono ano de escolaridade».

Outra mensagem do discurso do primeiro-ministro foi a rejeição da desvalorização que no passado se fez em Portugal dos cursos profissionalizantes.

«¿Não aceito essa desvalorização. Todos os que escolherem a via profissionalizantes escolheram bons cursos. No final 12º ano de escolaridade terão uma dupla certificação profissional e académica», defendeu.


iol

Encontro sobre Educação Especial

A Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) promove, no dia 7 de Junho, no Auditório I do Centro de Congressos de Lisboa, o Encontro Temático – Educação Especial, que contará com a participação do director da Agência Europeia para o Desenvolvimento da Educação Especial, Cor Meijer, de peritos, estrangeiros e nacionais, que têm vindo a desenvolver, nos últimos anos, um trabalho aprofundado de investigação no âmbito da educação inclusiva.

O evento tem como principais objectivos apresentar actuais políticas e identificar indicadores para o desenvolvimento da educação inclusiva; reflectir sobre o contributo da Classificação Internacional de Funcionalidade - Crianças e Jovens (CIF-CJ) na organização de serviços para crianças e jovens; e perspectivar a CIF-CJ como referencial no planeamento e na articulação entre serviços da educação, saúde, segurança social e formação profissional.

O programa prevê temas centrais como "Políticas e Qualidade em Educação Inclusiva", "O Contributo da CIF-CJ na Educação Inclusiva e na Organização de Serviços" e a "CIF-CJ como Referencial no Planeamento e Monitorização da Intervenção".

Esta iniciativa tem como destinatários os profissionais dos serviços da educação, da saúde, da segurança social e do emprego e formação profissional.

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Na senda de DARWIN


Para comemorar os 200 anos do nascimento de Charles Darwin e os 150 da publicação do seu livro «A Origem das Espécies» que têm lugar em 2009, o jornal Ciência Hoje (www.cienciahoje.pt) vai lançar, em colaboração com a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica -, um concurso dirigido aos estudantes que em Setembro de 2008 estejam no 10º, 11º e 12º anos das escolas de todo o País. O concurso chama-se «Na Senda de Darwin».


A equipa vencedora terá como prémio três cruzeiros (mais um para um professor acompanhante) nas Ilhas Galápagos, no Oceano Pacífico, onde Darwin passou pouco mais de um mês em 1835 e onde fez observações que foram importantes para a elaboração da sua Teoria da Evolução das Espécies. A viagem inclui ainda uma visita de alguns dias ao Equador a que as Galápagos pertencem administrativamente.

A viagem dos vencedores terá lugar nesse mesmo ano de 2009, entre 5 e 15 de Abril . Para saber tudo, introdução, regulamento, as seis divertidas provas de que consta o concurso e ficha de inscrição ver «Na Senda de Darwin» em Ciência Hoje.

As equipas devem fazer a sua inscrição até 30 de Junho de 2008. Este é o primeiro factor de desempate caso haja equipas em igualdade pontual no fim da 1ª fase. A data limite de inscrição é 15 de Setembro de 2008.

Sindicato dos Professores quer redução do subsídio a colégios privados de Coimbra

O Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) defendeu hoje uma redução do número de alunos dos colégios privados de Coimbra subsidiados pelo Estado e reclamou melhor transporte escolar para os estudantes do público.

"Nos últimos três, quatro anos, não há uma redução do número de turmas (do sector privado) subsidiadas pelo Estado", afirmou Luís Lobo, dirigente do SPRC. Luís Lobo critica o facto de "a redução global de alunos no ensino obrigatório não se reflectir no financiamento dos estabelecimentos privados" em Coimbra.

"A DREC prepara-se para negociar a rede e a distribuição das turmas para os 2º e 3º ciclos e ensino secundário, para o ano 2008/09, sem que os colégios da cidade e da cintura do concelho percam o que têm tido nos últimos anos", refere o SPRC, numa nota, no seguimento de uma reunião com a DREC.

O Estado - afirmou Luís Lobo - "pouparia muito dinheiro, porque as escolas públicas têm actualmente condições para garantir a frequência de todos os alunos, incluindo os que estão no privado". Na opinião do dirigente sindical, outro dos factores que têm contribuído para a "perda de alunos" do público para o privado é o transporte escolar. "Há alunos, por exemplo de Taveiro ou de Eiras, que para poderem frequentar uma escola do centro da cidade têm de apanhar dois autocarros", criticou, frisando que, em contrapartida, "os colégios privados vão buscar as crianças a casa".

O SPRC solicitou uma reunião à Câmara de Coimbra, para discutir o acesso dos cidadãos aos transportes escolares, a rede pública dos estabelecimentos de ensino e a Carta Educativa.

Por sua vez,o presidente da câmara, Carlos Encarnação, questiona se a criação de transportes escolares dos alunos das escolas EB 2/3 da periferia para o centro da cidade não favorecerá o encerramento das "escolas comunitárias", da área de residência."Que racionalidade fazemos em defesa das escolas comunitárias ao dar o transporte para virem para o meio da cidade?", sustentou o autarca. Na reunião com a DREC, terça-feira passada, o SPRC recebeu, por outro lado, a garantia de que na transferência de alunos das escolas EB1 para as EB 2/3 do concelho de Coimbra, no próximo ano lectivo, serão salvaguardas as questões de segurança das crianças abrangidas.

Escolas públicas superam privadas

A modernização tecnológica conheceu um avanço assinalável no ensino público português, deixando, à distância, os investimentos feitos no privado. Em 2007, quase 80% das escolas estatais tinham PC, contra 23% no sector privado.

A prova está num estudo elaborado pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação, referente ao ano lectivo 2006/07. Nele fica-se a saber que 77% dos estabelecimentos de ensino oficial dispunham, àquela data, de computadores, contra 23% no ensino privado. Por isso, a relação alunos/computador era de 10,3 para o ensino público, contra os 6,5 para o ensino particular. O estudo pretende ser "um contributo para o aprofundamento do conhecimento sobre o processo de generalização das tecnologias da informação e comuniacção nos estabelecimentos de educação e ensino". Numa análise à relação alunos/computador por natureza do estabelecimento e nível de ensino, fica-se a saber que a média de 10,3 no ensino público era superada no 1.º ciclo, em que passava a ser de 15,1. A média mais baixa dizia respeito ao Secundário, cuja relação alunos/computador era de 8,1, um valor muito superior aos 4,4 no mesmo nível de ensino nos estabelecimentos privados. Ali, era o 2.º ciclo que dispunha da média mais elevada: 9 alunos por computador. Se se analisar a relação alunos/computador com ligação à Internet, também aqui o ensino oficial apresentava uma média superior à do ensino privado: 12,8 contra 7,6. Curioso é notar que é o 1.º ciclo, quer do ensino oficial quer do privado, o nível de ensino em que a relação era mais elevada: 22,4 e 11,7 alunos por computador, respectivamente. Quando se perspectiva o parque informático existente nas escolas, verifica-se que 77% dos estabelecimentos de ensino oficial estavam equipados, contra 23% do particular. Olhando para as escolas públicas, o 3.º ciclo era o detentor da melhor média (31%), sendo o Pré-Escolar o nível que se apresentava pior equipado (5%). Já no ensino privado, o Ensino Secundário foi privilegiado em investimentos (39%), sendo o mais fraco o 2.º ciclo (8%). Uma pergunta se impõe: quais as finalidades a que se destinam os computadores nos estabelecimentos de ensino? Dos 151064 computadores existentes em todas as escolas portuguesas, a maioria (122019) destinava-se a fins pedagógicos, sendo os restantes utilizados para fins administrativos. A maioria dos equipamentos eram não portáteis (127307). Outro dado ainda: dos 151064 computadores existentes nas escolas do país, 86865 tinham mais de três anos. Para além de computadores, o estudo procurou conhecer a existência de outros equipamentos nas escolas. Assim, a maioria dos estabelecimentos (89%) dispunha de impressora. De resto, apenas uma minoria tinha datashow/projector digital (20%) e quadros interactivos (5%). Numa análise por tipo de estabelecimento de ensino, verifica-se que havia uma média de quatro impressoras por cada escola pública e uma por cada escola privada. Quanto a quadros interactivos, a média é semelhante para escolas públicas e privadas : um por estabelecimento. O estudo demonstra, ainda, que dos 115273 computadores com ligação à Internet instalados nas escolas, a maioria (92880) destinava-se a fins pedagógicos. Apenas 39% dos estabelecimentos utilizavam regularmente o correio electrónico.

JN

terça-feira, 3 de junho de 2008

Rede Escolar prevista para 2008/2009 - Alentejo

A Rede Escolar prevista para 2008/2009 é a constante nos mapas de Reajustamento da Rede Escolar - Ensino Básico e Secundário.
Terá que, no entanto, ser tido em conta o seguinte:
1. O número de turmas constantes dos mapas tem carácter previsional, decorrente da informação disponível neste momento. Contudo, a constituição de turmas decorre da aplicação do disposto no Despacho n.º 14026/2007, de 3 de Julho.
2. A oferta relativa aos Cursos Profissionais e Cursos de Educação e Formação de cada escola é a que consta na Plataforma Sigo, depois da respectiva homologação.
3. Para validar a oferta referente aos Cursos Científico-Humanísticos e Tecnológicos devem as escolas preencher a oferta para 2008/2009 na Plataforma SIGO."


I Fórum Estudante em Braga


Os alunos do 3.º ciclo e do secundário são chamados a pronunciar-se sobre o actual estado do sistema educativo.

A cidade de Braga acolhe na próxima quarta-feira o I Fórum Estudante. Organizado pelo investigador José Precioso, do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho, o encontro pretende "dar voz aos alunos e auscultar as suas sugestões".

Baseando-se nas estatísticas sobre o insucesso escolar no 3.º ciclo e secundário, José Precioso defende que "grande parte da responsabilidade por este estado de coisas é do Ministério da Educação". No passado ano lectivo, a percentagem de reprovações no 3.º ciclo foi de 21%. O investigador acredita que este "é um fenómeno em expansão".

Pôr os alunos a dar a opinião sobre o actual estado do ensino, propondo soluções concretas para o melhorar, é o objectivo do I Fórum Estudante, que se realizará no Instituto Português da Juventude, em Braga. No encontro, serão apresentados alguns dados sobre as questões relacionadas com o insucesso escolar, que servirão de ponto de partida para a discussão entre os alunos.

Baseando-se na experiência colhida junto de associações de professores e investigadores na área, José Precioso faz o diagnóstico e avança com uma série de propostas para baixar a taxa de insucesso. São vários os factores que o investigador aponta como causas para o insucesso: elevada quantidade de disciplinas, excesso da carga horária, peso de conteúdos relacionados com a memorização, falta de relação entre os conteúdos e a vida, provas de avaliação mal elaboradas.

Por isso, José Precisoso sugere, entre outras medidas, o fim dos exames do 9.º ano, uma aposta nos trabalhos práticos e a redução do número de disciplinas.

Os alunos são chamados a pronunciar-se sobre esta abordagem, numa reunião cujas conclusões serão endereçadas ao Ministério da Educação

Julgamento de professor de música acusado de pedofilia adiado para Outubro


O início do julgamento do professor de música acusado de 19 crimes de pedofilia foi hoje adiado em Gondomar, apesar do advogado de uma das vítimas considerar que «não havia motivo processual» para a decisão.O adiamento foi requerido, à porta fechada, pelo advogado de defesa do arguido, obtendo uma resposta favorável ao final da manhã.

As sessões ficaram agora agendadas para 21 e 22 de Outubro próximo.

O advogado de uma das vítimas admitiu que a razão para o adiamento «poderá ter sido por causa do recurso» sobre a utilização de tribunal de júri neste julgamento.

Não se conhece ainda a decisão da Relação do Porto face ao recurso deste advogado que pretende um julgamento feito por um tribunal de júri, o que tem efeito devolutivo, ou seja implica a anulação do julgamento se entretanto já tiver sido realizado em tribunal comum colectivo.

A lei portuguesa prevê que jurados possam decidir a culpabilidade, ou não, dos arguidos, em crimes com moldura penal superior a oito anos, o que é o caso.

Se fosse deferido o requerimento, o Tribunal de Gondomar teria de iniciar um processo de selecção dos jurados a partir da lista de cidadãos eleitores do concelho.

O processo culminaria na escolha de quatro jurados efectivos e outros tantos suplentes, que decidiriam se o arguido é ou não culpado.

Para o colectivo de juízes ficava a decisão sobre a pena concreta, se o arguido fosse, entretanto, declarado culpado.

O docente arguido neste processo, de 28 anos, está pronunciado pela alegada prática de 10 crimes de abuso sexual de criança, dois de actos sexuais com adolescentes, seis de posse de fotografias ilícitas e um de actos exibicionistas.

Os alegados crimes foram perpetrados entre Setembro de 2003 e meados de 2005, em escolas de Ermesinde, Gondomar e Guimarães.

As vítimas eram alunas a seu cargo, dos 7.º e 8.º anos de escolaridade, com idades entre os 13 e os 15 anos.

O docente foi detido em Dezembro de 2005 e a PJ encontrou no seu computador fotos tiradas a alunas.

As autoridades obtiveram ainda testemunhos de relações sexuais tentadas ou consumadas e de diálogos obscenos com as alunas, pessoalmente e através de programas de conversação da Internet.

Lusa / SOL

Obesidade: Canal Educativo online disponível a partir de Setembro para professores, pais e alunos

Professores, pais e alunos poderão aceder a partir de Setembro a um Canal Educativo "online" sobre alimentação, num projecto promovido pela Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) em parceria com várias entidades, entre elas o Ministério da Educação.

Esta iniciativa, inserida no âmbito do projecto Vitalidade XXI e destinada a todas as escolas, visa auxiliar os professores no tratamento de temas relacionados com a alimentação e estilos de vida saudáveis, bem como apoiá-los na sensibilização dos mesmos assuntos junto dos alunos.

"O objectivo é simples e educativo, despertando a atenção dos jovens para algumas regras da alimentação, bem como para a importância do desporto escolar e exercício físico", disse o Presidente da FIPA, Jorge Tomás Henriques.

Considerando que actualmente não existem muitos conteúdos "online" sobre as questões da alimentação e dos estilos de vida saudáveis especificamente dedicados às escolas, o Canal Educativo será desenvolvido neste âmbito, disponibilizando conteúdos pedagógicos sobre temas como a alimentação saudável, a obesidade, a publicidade, entre outros.

"Sentimos que em algumas idades havia um certo vazio de conhecimentos em relação à problemática da obesidade", salientou Jorge Henriques. "O Canal Educativo colocará à disposição dos educadores instrumentos de trabalho úteis para que possam disseminar o conhecimento desta temática pelas escolas", reforçou o Presidente da FIPA.

Passar muitas horas sem comer, comer poucas frutas e vegetais e praticar uma alimentação pobre em fibras são apenas alguns erros alimentares mais comuns.

"Uma alimentação saudável deve ser variada, inserindo-se dentro de um estilo de vida que inclua exercício físico e actividades que promovam uma vida saudável", lembrou Jorge Henriques. Este projecto poderá ser acedido através do site oficial da FIPA a partir do próximo ano lectivo.


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Refeição "gourmet" servida a alunos do 1º ciclo e do pré-escolar de escola em Alvalade

Os alunos da escola nº 101 de Alvalade, em Lisboa, tiveram hoje direito a um almoço "gourmet", confeccionado pelo chefe Fausto Airoldi, uma iniciativa autárquica que pretende alertar para a necessidade de as crianças fazerem refeições saudáveis.

O chefe do restaurante Pragma e presidente da Associação dos Cozinheiros Profissionais de Portugal transformou hoje o menú pré-definido em propostas originais: uma sopa de macedónia tornou-se numa espuma de batata com macedónia salpicada, almôndegas com esparguete e salada de cenoura "tranformaram-se" em almôndegas com bolo de esparguete e cenoura e uma simples laranja foi apresentada pingada de mel e azeite.

Uma "refeição super diferente", com uma sopa "branca e com cores", na opinião de Clara, de 5 anos, e "um segredo" para Susana, também com 5 anos.

As duas crianças do jardim de infância e primeiro ciclo da escola n.º 101 partilham a opinião em relação a um ponto. Nenhuma gostou da sopa, até porque, segundo disseram à Lusa, não são grandes fãs daquele prato.

A opinião das duas meninas em relação à sopa é partilhada pelos colegas mais velhos. Bernardo e Simão, ambos com 8 anos, também não gostaram do prato. "Sabia a puré de batata, mas chama-se espuma", disse Bernardo.

Mas, sabores à parte, para Rodrigo, de 9 anos, que se afirma como "um grande apreciador" de comida, "o mais importante é que seja servida com requinte".

Fausto Airoldi concorda que é necessário sensibilizar os responsáveis das escolas para servirem "comida sã", mas mais importante que isso, o chefe defende que deve chegar-se aos pais.

"Comer bem começa em casa", disse.

A opinião é partilhada por Rosário Dias, uma das autoras sobre o estudo de comportamento alimentar "Mais olhos que barriga", que na fase 1 teve como "objecto de estudo" 373 crianças de 4, 5 e 6 anos. Na fase 2, em preparação, o estudo irá incidir nos miúdos com idades entre os 7 e os 10 anos.

"Pedimos às crianças que desenhassem a sua refeição preferida e também a que achavam que deviam comer. A grande maioria gosta muito do clássico bitoque e de salsichas, mas sabe que deve comer alimentos cozidos e vegetais", explicou uma das autoras do primeiro livro suportado por uma investigação científica sobre o comportamento alimentar de crianças entre os 4 e os 6 anos.

"Se alguém ensinar, temos a certeza que a criança aprende. Através do estudo conseguimos concluir que aos 4 anos, os miúdos já têm noção do que devem comer", afirmou a professora.

O livro infantil "Ora parte um prato", que é um "programa de educação alimentar" e teve como base o estudo "Mais olhos que barriga", foi apresentado no almoço preparado por Fausto Airoldi.

Na obra, uma edição da Câmara Municipal de Lisboa, um "prato encantado" ensina aos mais pequenos o que devem comer, e o que devem evitar, em cada uma das refeições que compõem o dia-a-dia.

O livro, que será distribuído às crianças do primeiro ano das escolas do primeiro ciclo da capital, tem ainda uma parte destinada aos pais e educadores, que, para Rosário Dias e Fausto Airoldi, "devem ser os primeiros a aprender".

As refeições "gourmet" irão chegar em breve a outras escolas da rede pública da capital.

Com esta iniciativa a autarquia pretende "chamar a atenção de pais e educadores, e sensibilizar a opinião pública e as empresas que fornecem as refeições, para os cuidados alimentares", disse a vereadora da Educação, Rosalia Vargas.

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Fórum Educação para a Cidadania sugere plano de acção para formação cívica nas escolas

Garantir a formação de professores e outros agentes educativos tendo em vista a aquisição de competências para "trabalhar" a Educação para a Cidadania Global nas escolas é uma das recomendações do relatório do Fórum Educação para a Cidadania.

Tendo como ponto de partida que "em Portugal a qualidade da democracia e o desenvolvimento estão reféns da persistência de importantes défices de cidadania que passam pela fragilidade da cultura crítica, por várias formas de iliteracia e apatia cívica", o Fórum define um conjunto de objectivos estrtégicos e recomendações tendo em vista um Plano de Acção de Educação e de Formação para a Cidadania.

Assim, para concretizar aquele objectivo, defende-se a formação adequada de todos os docentes de todos os níveis de ensino, com o objectivo de os responsabilizar pela transversalização da dimensão da cidadania nos conteúdos programáticos, metodologias e atitudes, em todas as situações vividas na escola.

Outro dos objectivos prende-se com a necessidade de criar condições para que a escola se assuma como um espaço privilegiado de exercício da cidadania e mais consequentemente de educação na e para a cidadania global.

"Encorajar as escolas e os agrupamentos de escolas a conceber os respectivos projectos educativos como projectos de cidadania global, desenvolvendo competências quer para identificar falhas de cidadania no seu funcionamento, quer para conceber e desenvolver processos partilhados de resolução que permitam ultrapassá-las com beneficio para a comunidade educativa", lê-se no documento.

Por outro lado, o relatório propõe o desenvolvimento de um projecto piloto de dois a três anos em três escolas representativas de diversos tipos e problemáticas para aplicação experimental, acompanhamento e avaliação das setes recomendações, a partir do qual deverá ser avaliada a pertinência da criação de uma disciplina de Educação para a Cidadania Global, como alternativa à actual área curricular não disciplinar de Formação Cívica.

Cidadania como tema obrigatório
Integrar a cidadania global como temática obrigatória na formação contínua quer de dirigentes, funcionários e agentes da administração pública a nível central, regional e local, quer de entidades que prestam serviço público, com particular relevo para o sector da comunicação social é outra das recomendações.

Em relação a estudantes especificamente, o relatório propõe que se assegure a educação para a Cidadania Global como uma componente do curriculo de natureza transversal, em todas as áreas curriculares e em todos os ciclos de ensino, bem como nos espaços curriculares não disciplinares como a Foramação Cívica, Área de Projecto e Estudo Acompanhado.

Um dos objectivos visa o estabelecimento de parcerias e aprofundar de cooperações entre várias entidades públicas e privadas envolvendo a sociedade civil "de modo a conferir maior diversidade, qualidade e relevãncia às actividades de educação para a cidadania global".

Neste objectivo, é ainda proposto a criação de um Observatório de Acompanhamento da concretização das recomendações propostas, devendo este entrar em funcionamentono 1º semestre de 2009.

Reflexão sobre cidadania
O Fórum Educação para a Cidadania reuniu diversas personalidades e instituições da sociedade civil que, a título independente, aceitaram prestar o seu contributo intelectual e o seu empenho cívico para uma reflexão alargada sobre a cidadania.

Presidido pelo ex-ministro da Educação Marçal Grilo, o Fórum iniciou o seu trabalho a 27 de Setembro de 2006 e apresenta hoje à tarde o resultado do mesmo aos membros do governo que lançaram o desafio, mas também a entidades e personalidades que desempenham um papel decisivo na promoção de uma cidadania activa e responsável, uma vez que este documento dirige as suas recomendações a um alargado leque de actores sociais.

Na cerimónia de apresentação do documento, que decorre hoje à tarde na Fundação Gulbenkian, estarão presentes, além de Marçal Grilo, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Jorge Lacão, e a coordenadora da Comissão de Redacção do documento, Maria do Céu Cunha Rego.

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ME abre propostas para fornecimento de 111.491 computadores

O Ministério da Educação procede hoje de manhã à abertura das propostas do concurso público internacional para o fornecimento e instalação de 111.491 computadores, aquisição orçada em 70 milhões de euros que beneficia cerca de 1.200 escolas.
As escolas abrangidas - escolas públicas com 2º e 3ºo ciclos do Ensino básico e Ensino secundário, localizam-se em Portugal continental, refere a nota à imprensa do Ministério da Educação.

A medida, inserida no âmbito do Plano Tecnológico da Educação (PTE), e que prevê também a manutenção e apoio técnico a esses computadores nas escolas abrangidas, é descrita no comunicado como «facilitadora dos processos de ensino e aprendizagem».

O PTE - um programa de modernização tecnológica destinado aos estabelecimento de ensino - é composto por três eixos de actuação (tecnologia, conteúdos e formação).

Cerca de 1.200 escolas terão, já no próximo ano lectivo, um computador por cada cinco alunos, rácio que «colocará Portugal entre os países europeus mais avançados neste domínio».

João da Mata, coordenador do Plano Tecnológico da Educação, reforça no comunicado: «Esta aquisição criará condições para melhorar o desempenho escolar dos nossos alunos e garantirá a igualdade de acesso às Tecnologias de Informação e de Comunicação».

Diário Digital / Lusa

Escolas estão a saque


A onda de assaltos e vandalismo que atinge as escolas de Coimbra desde o início do ano registou mais dois casos no fim-de-semana. Num dos estabelecimentos de ensino, as aulas foram canceladas ontem por falta de condições. Quando chegaram, os responsáveis da Escola Básica 2,3 Manuel da Silva Gaio, junto ao Estádio Universitário, encontraram um cenário de "grande destruição" e decidiram suspender as actividades escolares.


Segundo a vice-presidente do conselho executivo, Isabel Santos, os assaltantes entraram em dois blocos (secretaria e aulas), arrombaram as portas, "espalharam e destruíram documentos oficiais e ainda atiraram um cofre com mais de um metro de altura ao chão. Mas não o conseguiram arrombar". Os vândalos terão usado sacos de plástico nas mãos para não deixarem impressões digitais.

Para Isabel Santos, foi um acto de "puro vandalismo". Os objectos furtados – telemóveis, algum dinheiro e material informático – não justificam a elevada destruição deixada.

Desde o início do ano, é a segunda vez que o estabelecimento de ensino é invadido. "Mas não somos o único", diz Isabel Santos, explicando tratar-se de uma "onda de assaltos". Só nos últimos dois meses houve pelo menos mais quatro escolas assaltadas.

Neste fim-de-semana, também a Escola Secundária D. Dinis, em Pedrulha, foi assaltada por desconhecidos que entraram por uma janela da secretaria, depois de partirem um vidro. Remexeram gavetas e levaram 20 euros em moedas. A vice-presidente do conselho executivo, Judite Almeida, crê que os intrusos não foram mais longe porque se aperceberam de que o edifício tem alarme.

OUTROS

PORTAS ARROMBADAS

A Escola Básica do 1.º e 2.º Ciclos de Taveiro, foi assaltada e vandalizada em Janeiro. Numa das salas, a tinta vermelha, escreveram: "Só levei tudo!"

AULAS SUSPENSAS

O Instituto de Almalaguês esteve um dia sem aulas, em Março, por terem sido furtadas 12 portas e vandalizados outros bens, causando prejuízos elevados.

DUAS VEZES À MESMA

A Escola EB 2, 3 Inês de Castro, em S. Martinho do Bispo, foi assaltada em Março, tendo sido furtado computadores. Foi o segundo assalto num ano.

SEM ALARME

As escolas EB 2,3 de Ceira e de S. Silvestre foram assaltadas e vandalizadas em Março. Numa das escolas escreveram a giz a frase: "Ponham alarme, otários."

CM

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Petição n.º 4968/X/3ª


A petição da CONFAP que «Solicita que se legisle no sentido de atribuir aos pais direitos laborais que assegurem a sua participação na educação dos filhos, que se regulamente o estatuto do Dirigente Associativo Voluntário e que se isentem de IRC as Associações de Pais», será apreciada no âmbito da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, que na sua reunião de 20 de Maio de 2008, a admitiu com o n.º 4968/X/3ª.
A CONFAP, na sequência da audiência que lhe foi concedida por Sua Ex.ª o Senhor Presidente da Assembleia da República, em 24-04-2008, enviou a este Órgão de Soberania, ao abrigo do Direito de Petição, uma exposição com o seguinte teor:


1. Tempo para a Família e a Escola

«Promover, através da concertação das várias
políticas sectoriais, a conciliação da actividade
profissional com a vida familiar»
- Artigo 67º, h) da CRP


O papel dos pais na educação e na escola tem de ser valorizado através de medidas concretas.

Para se alcançar este desígnio e corresponder aos apelos que são feitos aos pais e famílias para participarem mais activamente na escola e na educação dos filhos, designadamente quanto à aplicação do DL 75/2008, de 22 de Abril– Regime Jurídico de Autonomia, Administração e Gestão de Estabelecimentos Públicos da Educação Pré-Escolar e Ensinos Básico e Secundário, é necessário, fundamental, que sejam criadas condições efectivas.

Não basta que a Constituição e as Leis da República consagrem direitos. É necessário e urgente a sua tradução, adaptação ou integração e regulamentação em sede de Código do Trabalho, por remissão ainda à demais legislação em que as associações de pais e representantes de pais detêm lugares de representação.


2. Regulamentação do Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário

A actividade associativa dos pais e encarregados de educação baseia-se no trabalho voluntário de muitas centenas de homens e mulheres, que “roubam” horas à sua família para as darem a todas as famílias portuguesas no âmbito do acompanhamento da vida das escolas, em particular, e das questões da educação, em geral.

Este trabalho não está minimamente protegido, quer em questões de eventuais acidentes, quer em crédito de horas para o exercício da actividade.

Neste contexto impõe-se a regulamentação do Estatuto do Dirigente Associativo Voluntário - Lei 20/2004, de 5 de Junho, no sentido de a aplicar aos dirigentes das associações de pais.


3. Fiscalidade das Associações de Pais

As Associações de Pais não estão enquadradas nas isenções previstas nos artigos 10.º e 11.º do CIRC, pelo que estão sujeitas a tributação em sede de IRC.

Muito embora numa análise simplista se possa entender que as Associações de Pais não visam a obtenção de lucros e daí a não decorrer o pagamento de imposto sobre os mesmos, será da mais elementar justiça que estejam em pé de igualdade com as demais associações nomeadas nos artigos 10.º e 11.º do CIRC.

Acresce referir, que a maioria das associações conseguem reunir condições para serem enquadradas em culturais, recreativas ou desportivas, pelo que estando as IPSS e outras de solidariedade social abrangidas pela isenção prevista no artigo 10.º do CIRC, restarão quase só ou mesmo só as associação de pais como associações não isentas, ou seja, sujeitas a IRC.

Constata-se, por isso, que no universo associativo nacional, as associações de pais estão deveras prejudicadas relativamente a obrigações fiscais e pagamento de impostos.

Assim, impõe-se que às Associações de Pais sejam atribuídas as isenções previstas nos artigos 10.º ou 11.º do IRC, considerando-se que as actividades desenvolvidas nas cantinas escolares, ATL’s e enquanto promotores das Actividades de Enriquecimento Curricular e outras de carácter educativo, cultural e social, sejam consideradas decorrentes do seu objecto social e isentas de tributação em IRC.



O Conselho Executivo da CONFAP
06 de Maio de 2008

Reordenamento e requalificação da rede escolar motiva criação de equipa de projecto

A equipa Redescolar tem como missão a concretização do processo de reordenamento e de requalificação da rede escolar do ensino básico e da educação pré-escolar, através do incentivo à modernização do parque escolar.

Com enquadramento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007/2013, esta equipa de projecto tem como objectivos:

Apoiar e monitorizar o processo de requalificação do parque escolar;
Promover o reordenamento da rede escolar, visando a criação de centros escolares;
Apoiar a construção, a ampliação e/ou requalificação de escolas básicas, tendo em vista a criação de centros escolares.

Contam-se, ainda, entre as competências da Redescolar a avaliação e a fundamentação da relevância das intervenções a realizar no contexto das cartas educativas, já homologadas ou em fase de homologação, tendo em conta a evolução da população escolar nos próximos 10 anos.

O apoio à gestão e operacionalização da plataforma informática Centroescolar, relativa ao Programa Nacional de Requalificação da Rede Escolar do 1.º Ciclo de Ensino Básico e da Educação Pré-Escolar, é outra das atribuições desta equipa de projecto, que tem como mandato temporal máximo o período de funcionamento do QREN.

A criação desta equipa reveste-se da maior importância num contexto em que ainda é significativo o número de escolas do 1.º ciclo que funcionam em regime duplo, que registam uma frequência inferior a 20 alunos e cujos edifícios não possuem espaços multifuncionais adequados às novas exigências que se colocam ao ensino.

Para ultrapassar estes constrangimentos, é de assinalar, por um lado, a relevância das cartas educativas municipais enquanto instrumentos de planeamento fundamentais para o reordenamento da rede escolar e, por outro lado, a assunção do conceito de centro escolar enquanto equipamento educativo dotado de excelentes condições de funcionalidade.

Destinados preferencialmente à leccionação de um ou mais níveis de ensino, os centros escolares estão apetrechados como espaços educativos flexíveis e multifuncionais, que possibilitam o acesso, por parte dos alunos, a refeições escolares, a actividades de enriquecimento curricular e, ainda, a recursos educativos como bibliotecas ou tecnologias da informação e da comunicação, entre outros.

A reconfiguração da rede de edifícios escolares, através da construção de centros escolares, poderá assumir dois tipos de intervenção, de acordo com o contexto em que estão inseridos.

Assim, nas zonas urbanas, com alta densidade demográfica, a intervenção poderá passar pela construção de novas escolas do 1.º ciclo, integrando sempre que possível instalações para a educação pré-escolar, ou pela efectiva ampliação das instalações existentes, procurando contemplar, igualmente, a criação de salas para o pré-escolar.

Nas zonas rurais, com baixa densidade populacional, a intervenção deverá privilegiar a requalificação ou ampliação dos edifícios existentes ou a construção de novas escolas do 1.º ciclo, de acordo com o conceito de centro escolar, em áreas geograficamente centrais, visando o acolhimento dos alunos provenientes de escolas de reduzidas dimensões.

Os centros escolares poderão ser utilizados, igualmente, pela comunidade educativa envolvente, com todos os benefícios que daí advêm.

Assalto fecha escola em Coimbra


Um assalto à EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio, em Coimbra, obrigou a cancelar as aulas no estabelecimento, revelou a vice-presidente do conselho executivo.

"É puro vandalismo, é profundamente lamentável", disse Isabel Santos à agência Lusa, ao princípio desta manhã, ao reportar-se ao assalto perpetrado no estabelecimento de ensino. A professora descreveu um cenário de documentos espalhados pelo chão, gavetas viradas e o cofre derrubado na secretaria e na sala do conselho executivo, adiantando que ainda não tivera tempo de se inteirar integralmente da dimensão do delito.

"Estes actos de vandalismo não levam a lado nenhum, só prejudicam tudo e todos. É o património de todos nós", sublinhou ao expressar a sua indignação com o sucedido. De acordo com a vice-presidente do conselho executivo, as aulas na EB 2,3 Silva Gaio, escola situada na margem esquerda do Rio Mondego, foram canceladas devido ao assalto mas deverão ser retomadas esta terça-feira.

Uma fonte da PSP de Coimbra disse à agência Lusa que o assalto foi perpetrado domingo, durante o dia, tendo sido detectado ao final da noite. Não se sabe como os assaltantes entraram na escola. No interior do estabelecimento, arrombaram portas e janelas das salas de aulas e dos sectores de serviços e directivos e assaltaram máquinas de bebidas e de café.

De acordo com a mesma fonte da Polícia de Segurança Pública de Coimbra, ainda não se sabe se foi furtada alguma coisa e ainda não foi apurado o valor dos danos causados na EB 2,3 Poeta Manuel da Silva Gaio. Segundo Isabel Santos, a escola já fora assaltada há algum tempo, tendo, nessa ocasião, sido levado dinheiro das máquinas de fornecimento de alimentos.

Alunos nas aulas com telemóvel


Estar numa sala de aulas não é razão para a maioria dos jovens deixar de utilizar o telemóvel. Um estudo do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) conclui que seis em cada dez alunos mantém o telemóvelligadona escola. Até porque a maioria (57%) afirma que se sente "muito ansioso quando não pode ter" o aparelho e 74% diz que o telemóvel "só lhe é útil se estiver constantemente ligado".


De acordo com os autores do "E-generation: os usos de media pelas crianças e jovens em Portugal", são muito poucos os que não têm telemóvel (a maioria recebeu um aos 11 anos). E menos ainda os que imaginam as suas vidas sem este meio de fazer chamadas e trocar mensagens com os amigos. Em média, fazem 3,6 telefonemas por dia e enviam 26 mensagens, refere a investigação, baseada num inquérito a 1353 crianças e jovens até aos 18 anos. Mas há quem chegue às 80 chamadas diárias e às 99 SMS.

O uso de telefone é tão comum que 21% admite nunca desligar nem retirar o som do aparelho em velórios e funerais, em missas (23%) ou em consultas e tratamentos médicos (29%).

"Não é aceitável e evidencia quase o comportamento aditivo", comenta Fernando Gomes da Confederação das Associações de Pais (Confap). Afirmando não "ficar surpreendido" com estes resultados, o representante dos pais sublinha a necessidade de uma educação para o uso destes aparelhos. "Muitas escolas têm nos seus regulamentos proibições de uso, mas que não são respeitadas pelos alunos", lembra, acrescentando, no entanto, "que esta proibição deve ser respeitada por todos", incluindo os professores.

Além das chamadas e mensagens, "mais de metade tem câmara digital incorporada". Em média, as crianças e jovens tiram seis fotografias por semana. Destas, 1,3 são enviadas para outras pessoas, com os valores máximos a chegarem às 15 imagens trocadas.

Factura chega aos 200 euros por mês

Dezanove euros é o custo médio que os jovens dizem ter com o telemóvel por mês, mas os valores variam dos cinco aos 200 euros para os mais gastadores. É entre os 16 e os 18 anos que a factura é mais pesada, com a média a subir para perto de 30 euros. Os amigos são os principais destinatários das SMS (77%) e só 17,6% as envia habitualmente para a família. Uma grande percentagem (45%) admite que só algumas das comunicações que faz são efectivamente necessárias e apenas 14% refere que todas as mensagens e telefonemas realizados são mesmo precisos. Quase metade troca mensagens para namorar, 32% já aceitou um encontro amoroso por esta via e 21% usa-as para seduzir alguém. Mas 80% admite que com telemóvel é mais fácil ser controlado pelos pais.

O caso da Carolina Michaelis

Foi o caso que colocou o País a discutir a violência nas escolas. Na Carolina Michaelis, no Porto, uma aluna agrediu uma professora para recuperar um telemóvel enquanto os colegas assistiam e um deles filmava. O vídeo na internet foi visto e revisto, alimentou páginas de jornais, levou o Presidente da República a afirmar-se "chocado" e a chamar o procurador-geral da República a Belém. A primeira medida da escola foi confiscar todos os telemóveis, mas o caso ficou encerrado quando a aluna foi sancionada com a transferência para outra instituição, o mesmo acontecendo com o colega que filmou.

RADIOGRAFIA

84% Quase todos os alunos, dos 9 aos 18 anos, tem telemóvel.

11 anos é quando recebem, em média, o primeiro telemóvel.

4 chamadas são feitas por dia, em média.

26 mensagens são enviadas diariamente, mas há quem chegue às 99.

28,6% diz que a vida ficaria pior sem telemóvel.

CM

domingo, 1 de junho de 2008

ASPL cria o Gabinete de Apoio Psicopedagógico: "A Oficina do Professor"


Na sociedade actual, o papel dos professores é cada vez mais posto à prova e submetido a formas de pressão. Nesta sociedade caracterizada por constantes mudanças exige-se dos professores uma multiplicidade de papéis, ao mesmo tempo que os pais têm mais dificuldade em cumprir o seu papel de educadores, atribuindo à escola e, principalmente ao professor, a responsabilidade pela educação dos seus filhos (Morgado, 2003).
Neste contexto, e como sabemos que o trabalho do professor não consiste somente em “dar aulas”, cumprir o programa e avaliar o rendimento dos alunos, surge o gabinete de apoio psicopedagógico da ASPL, denominado “A Oficina do Professor”. Aqui propomos a criação de um espaço de apoio, partilha e reflexão para os professores. Convidamos os professores a repensar a prática pedagógica, saberes e estratégias. Apoiamo-nos numa perspectiva desenvolvimentista e construtivista e temos como ponto de partida o desenvolvimento pessoal e profissional dos professores.
Uma vez que o apoio psicopedagógico abarca as questões técnico-científicas quer sob o ponto de vista da pedagogia, quer do ponto de vista da psicologia, o gabinete propõe-se apoiar os professores:


No âmbito psicológico:
Na clarificação e fundamentação teóricas;
Na promoção do auto-conhecimento e da auto-confiança;
Na redução da ansiedade;
Na promoção da satisfação e motivação para o trabalho;
Na reflexão de procedimentos resultantes da prática pedagógica;
Na reflexão crítica de questões de ordem pedagógica, psicológica e sociológica;
Na tomada de consciência das suas necessidades específicas;
Na cooperação entre professores;
No papel das expectativas.


No âmbito pedagógico:
Contribuir para a diferenciação de estratégias de ensino ;
Auxiliar os professores sobre possíveis estratégias a utilizar com alunos com algum tipo de necessidades especificas ;
Auxiliar na elaboração de planificações;
Colaborar na elaboração de adaptações curriculares;
Articular a comunicação entre os professores e as famílias de alunos específicos;
Contribuir com materiais de apoio pedagógico;
Auxiliar na definição de objectivos e tarefas de aprendizagem;
Auxiliar na elaboração de Planos Educativos Individuais.


De um modo mais abrangente, o gabinete propõe-se ainda apoiar os filhos dos professores associados centrando a sua intervenção na promoção de áreas como:
Competências sociais
Orientação vocacional
Métodos e hábitos de Estudo
Sucesso escolar
Concentração/Atenção
Auto-conceito e auto-estima
Criatividade


Como se processa?
Apoio aos Professores:
Assenta no modelo de consulta/assessoria, onde o psicólogo e o professor assumem responsabilidades partilhadas em todos os aspectos do processo de consulta. Ambos definem o problema conjuntamente, acordam os objectivos, desenvolvem um plano de acção e partilham a responsabilidade de o levar a cabo e avaliar.
Dimensões:
- Passado: Recolha de informação e clarificação do problema
- Presente: Formulação do plano conjunto de acção
- Futuro: Desenvolvimento do plano de acção e sua avaliação

Apoio aos Alunos:
Assenta na combinação do modelo clínico (counseling) e do modelo de Programas.
Consulta Inicial - Entrevista com os pais e o aluno para definição da dificuldade e posterior entrega de relatório para encaminhamento para a intervenção mais adequada às suas necessidades
Avaliação Psicopedagógica – Diagnóstico - conjunto de provas específicas.
Consulta de Intervenção - Entrega de relatório e Feedback, elaboração de um plano de intervenção adequado às necessidades da criança/adolescente e programação das sessões.
Intervenção Psicopedagógica - conjunto de sessões de aplicação do plano delineado na sessão anterior.

FENPROF rejeita "quotas" na avaliação e reafirma desacordo com modelo antidemocrático de gestão

Avançamos aqui as posições da FENPROF referentes aos dois projectos apresentados pelo ME (quotas na avaliação e gestão das escolas) e alvo de discussão na reunião realizada entre a FENPROF e o Ministério da Educação, na tarde de 30 de Maio, em Lisboa.

Como sublinha o Secretariado Nacional da Federação, "a não emissão de pareceres e a manifestação, apenas, de posições da FENPROF, deve-se ao facto de não ser possível emitir parecer sobre aspectos que não merecem acordo por razões de ordem estrutural e não apenas pela solução final encontrada."

Sobre estas duas matérias, o SN, reunido em 29 e 30 de Maio, decidiu:

Avaliação do Desempenho: promover uma nova campanha de denúncia do modelo imposto pelo ME. Construir, com os professores, um modelo alternativo ao do ME que será oportunamente apresentado e será assumido pela FENPROF no processo negocial que decorrerá no final do ano lectivo 2008/2009;

Gestão Escolar: lançamento de uma Petição dirigida à Assembleia da República com o objectivo de ser rediscutido o Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril, com vista à alteração do modelo de gestão. Pedido de parecer a um constitucionalista com vista a requerer, junto das entidades adequadas, que seja suscitada a fiscalização de constitucionalidade do diploma legal.


POSIÇÃO DA FENPROF FACE AO PROJECTO SOBRE A APLICAÇÃO
DE "QUOTAS" NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS PROFESSORES

A FENPROF reafirma o seu profundo desacordo com a aplicação de "quotas" no âmbito da avaliação de desempenho, mecanismo administrativo que impede que se manifeste o mérito absoluto dos docentes.

A existência de "quotas" para controlo administrativo e político da atribuição das classificações mais elevadas, no caso "Excelente" e "Muito Bom", nega um discurso que, hipocritamente, tem procurado fazer crer que a preocupação do Governo, com a avaliação de desempenho, seria a distinção do mérito. Não é, pois se assim fosse seria respeitado o princípio do mérito absoluto. É, aliás, lamentável que responsáveis do ME aleguem o interesse dos professores para justificarem o regime de "quotas".

Se a existência das "quotas" na avaliação, por si só, já significaria uma tremenda injustiça, a sua aplicação de forma desigual, tendo como referência a avaliação externa das escolas, torna-se ainda mais injusta e destaca, de novo, o pensamento negativo que o ME tem dos professores, quando reduz ao seu desempenho as razões das melhores ou piores classificações obtidas pelas escolas. Confirma essa opinião negativa o facto de, nas escolas que ainda não se submeteram a avaliação externa, se aplicarem as "quotas" mais baixas, isto é, as mesmas que se atribuem às escolas menos bem classificadas. Em suma, confirma-se que, para o ME, até prova em contrário, os professores têm um desempenho que não merece confiança.

Contudo, a existência de "quotas" é coerente com o próprio modelo de avaliação imposto pelo ME. Um modelo negativo, incoerente, burocratizado, desqualificado, de matriz punitiva e inaplicável. Essas foram as principais razões por que, através do Memorando do Entendimento, a FENPROF procurou e conseguiu que não se aplicasse, este ano, à generalidade dos docentes e apenas de forma simplificada ao pequeno grupo (cerca de 5%) que dela carece por razões sócio-profissionais; se aplicasse com carácter experimental em 2008/2009; seja alterado no final desse ano lectivo. Nessa altura, a FENPROF tudo fará no sentido da sua alteração, comprometendo-se a apresentar um modelo alternativo de matriz essencialmente formativa que construirá com os professores e educadores.

Lisboa, 30 de Maio de 2008
O Secretariado Nacional da FENPROF


POSIÇÃO DA FENPROF FACE AO PROJECTO DE PORTARIA QUE VISA ESTABELECER
AS REGRAS DE CONCURSO PARA DIRECTORES DE ESCOLA




A FENPROF manifesta o seu absoluto desacordo com o modelo de gestão de carácter antidemocrático imposto pelo Governo através do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril.

A FENPROF considera que este modelo de gestão escolar cerceia aspectos fundamentais de exercício da autonomia pelas escolas e liquida espaços de participação democrática da comunidade escolar.

Para a FENPROF, o director, pelas competências que lhe são cometidas, pelo poder que lhe é atribuído e pela sua dependência política directa do Ministro da Educação, que o pode demitir, assume, realmente, um papel de extensão da administração educativa dentro das escolas.

Pelas razões antes referidas, não poderia a FENPROF emitir qualquer parecer face ao projecto de portaria em questão, não podendo, contudo, deixar de reafirmar que tal projecto:

1. Não resolve o problema que subjaz a um sistema misto de selecção do director (procedimento concursal e eleição por colégio de representantes), copiado do que foi adoptado pelo regime experimental previsto no Decreto-Lei nº 172/91, de 10 de Maio e que tantas críticas mereceu, designadamente por parte do conselho de acompanhamento e avaliação criado para o efeito e, por isso, foi abandonado;

2. Confirma a falta de clareza e transparência do próprio modelo de selecção, já antes levantada pela FENPROF.

3. Assenta em princípios que se rejeitam, concretizados em aspectos como a possibilidade de um docente do ensino privado poder dirigir um estabelecimento público de ensino.

Na opinião da FENPROF, este modelo foi construído com o objectivo de liquidar a gestão democrática das escolas e qualquer laivo que dela ainda restasse no Decreto-Lei nº 115/-A/98, de 4 de Maio.

A FENPROF considera que através deste modelo de gestão escolar se desfere um dos maiores atentados contra a Escola Democrática, razão por que continuará a combatê-lo, designadamente recorrendo à Assembleia da República através de Petição e procurando criar condições que permitam suscitar a fiscalização da constitucionalidade do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril.

Lisboa, 30 de Maio de 2008
O Secretariado Nacional da FENPROF