terça-feira, 30 de junho de 2015
Notícia - Deve dar 10 mil passos por dia
É uma meta a atingir. Chegar aos 10 mil passos por dia quer dizer que queima em média 300 calorias. Mas não é apenas para queimar calorias. O objectivo é ter uma vida saudável, já que esse exercício permite reduzir a tensão arterial e
os níveis de glicose no sangue de diabéticos e de quem tem com excesso de peso. Este número significa que praticou actividade física durante 30 minutos.
Chegou-se aos 10 mil passados nos anos 60. Quem criou esta meta pela primeira vez foi o japonês Yoshiro Hatano, refere o Huffington Post. A investigação de Hatano aconselhava a que no fim-de-semana se duplicasse o número de passos. Sempre com o objectivo de aumentar a esperança de vida, e dizia o japonês, que podia aumentar em oito anos. Actualmente, os especialistas são mais contidos nas vantagens, mas fazer exercício não faz mal a ninguém. E caminhar é uma questão de alterar os hábitos. Ir a pé para o trabalho, para o supermercado. E basta comprar um pedómetro para conseguir começar a contabilizar.
"As provas científicas que temos é que a dieta e a actividade física são dois domínios separados", disse o médico Eric Rimm, da Harvard School of Public Health, ao Huffington Post. "Há pessoas com excesso de peso que comem mal e fazem exercício, por outro lado, há pessoas que comem muito bem mas ficam no sofá." Outro investigador,
Ulf Ekelund, um dos autores do Estudo Europeu de Mortalidade, revelou que devemos mudar pequenos comportamentos: "fica em pé em vez de estares sentado, caminha em vez de estares parado, corre em vez de caminhares."
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Notícia - Falcões orbitais
As dunas do deserto, o urbanismo selvagem, o retrocesso dos glaciares. Nada escapa aos satélites de observação, que registam todos os pormenores da superfície da Terra com sofisticados sistemas de teledetecção. Através dos olhos destes guardiães espaciais, contemplamos a beleza do mundo em que vivemos, mas também a marca, por vezes embaraçosa, da acção humana.
A Terra está permanentemente vigiada. Orbitando em seu redor, a uns 800 quilómetros de altura, cerca de 200 satélites de observação de diferentes países e agências espaciais fotografam a sua superfície. Algumas são tão espectaculares como as que ilustram este artigo, reproduzidas do livro Globaler Wandel (alterações globais), dos alemães Stefan Dech, Rüdiger Glaser e Robert Meisner (Frederking & Thaler, Munique, 2008).
A principal missão destes falcões é registar dados físicos que, depois, os cientistas interpretarão nos seus laboratórios. A informação que lhes chega das alturas, quase de forma instantânea, é imprescindível para monitorizar a temperatura terrestre, a concentração de gases na atmosfera, a evolução das correntes oceânicas e a dinâmica dos ventos, tal como a situação dos incêndios florestais, o estado da vegetação, o avanço dos desertos e os processos de urbanização. Outro tipo de satélites, os meteorológicos, orbitam a 3600 km da superfície e são fundamentais para estudar o clima e fazer previsões atmosféricas.
No início, a investigação aeroespacial empregava câmaras fotográficas modificadas para cada missão. Em 1946, fotografou-se pela primeira vez a Terra a partir do espaço. Era uma fotografia a preto e branco, obtida a 104 km de altura, com uma câmara de 35 mm presa a um foguete V-2 do exército norte-americano. Desde então, tudo mudou. Os satélites modernos transportam sensores de teledetecção que operam em regiões do espectro electromagnético invisíveis para a nossa retina, como os infravermelhos e os ultravioletas. A sua acuidade visual, tendo em conta a altura e a velocidade a que orbitam (25 mil km/h), é equivalente à que seria necessária para ler este texto a 130 metros de distância, andando a passo largo.
Estes poderosos olhos artificiais mostram-nos as feridas e cicatrizes deixadas pela acção humana na pele do planeta. Por isso, a geovisualização não é apenas uma ferramenta científica; transformou-se também no melhor dos meios para compreender numa vista de olhos como é profunda a marca feita pelo homem no seu lar azul.
E.G.M.
SUPER 148 - Agosto 2010
Notícia - Descoberta de peixe grávida ajuda a perceber a origem do sexo nos vertebrados
O Museu de História Natural de Londres tinha uma gravidez escondida dentro de um fóssil de um peixe com 380 milhões de anos. Uma fêmea da espécie Incisoscutum ritchiei carregava dentro do útero um pequeno peixe com cinco centímetros.Até agora pensava-se que o embrião tinha sido a última refeição do fóssil, mas o investigador australiano John Long acabou por descobrir que se tratava de uma gravidez, dando mais pistas para compreender o início da fertilização interna nos vertebrados. A descoberta foi publicada hoje na revista “Nature”.
Antes dos répteis e dos anfíbios a vida agitada dos vertebrados estava cingida aos oceanos. O fóssil pertence ao grupo dos placodermos, peixes que existiram até ao final do período geológico do Devónico, que terminou há 360 milhões de anos.
“Este peixe mostra algumas das evidências mais antigas da reprodução interna”, disse à BBC News Zerina Johanson do Museu de História Natural. “Esperávamos que mostrasse um tipo de reprodução mais primitiva, onde os espermatozóides fecundassem os óvulos na água e o desenvolvimento dos embriões ocorresse externamente”, acrescentou.
Em Maio de 2008, John Long já tinha descoberto um fóssil de uma fêmea de outra espécie de placodermes com o cordão umbilical ligado a outro peixe, dando provas de reprodução interna. Os dois fósseis são provenientes da formação geológica Gogo da região Oeste da Austrália e viveram mais ou menos na mesma altura.
Apesar da penetração ser essencial para a fecundação e desenvolvimento dos mamíferos e répteis, em muitos anfíbios e peixes a fertilização dos óvulos dá-se externamente. Há excepções como nos tubarões e nas raias em que a reprodução é interna. Os autores do artigo explicam que o Incisoscutum ritchiei tem a barbatana pélvica, situada no ventre, modificada e defendem no artigo que a estrutura seria utilizada pelo macho para agarrar a fêmea durante a fecundação – existe um órgão semelhante nos tubarões dos nossos dias.
A antiga barbatana funciona como “órgão eréctil intermitente que seria inserido dentro da fêmea para transferir o esperma”, disse Long. “Nesta espécie [este órgão] é mais flexível e no artigo da 'Nature' sugerimos que este é o princípio da fertilização eréctil masculina, porque parte do órgão é formado por cartilagem menos dura”, explicou o paleontólogo citado pela BBC News.
Nicolau Ferreira
domingo, 28 de junho de 2015
Conteúdo - Os peixes e mariscos que deve evitar comer
O Huffington Post falou com Reid Bogert, especialista e coordenador de sustentabilidade em Chicago, acerca dos peixes e mariscos que devem deixar de fazer parte das refeições principais.
Em causa não estão possíveis malefícios para a saúde (embora em alguns casos o modo de captura possa condicionar o bom estado do alimento), mas sim para a própria espécie. Trata-se de animais perto da extinção e que devem ser substituídos por outros nas escolhas diárias das famílias de todo o mundo.
sábado, 27 de junho de 2015
Notícia - Ciberbichos
Peritos em biomimética aplicam as aptidões naturais e as estratégias dos animais na criação dos futuros robôs autónomos. Estes ciberbichos, dotados das capacidades de uma barata ou de um gato, permitirão explorarlugares que hoje consideramos inacessíveis.
Alguns observadores que assistem à exibição não conseguem evitar um sobressalto quando Big Dog atinge o cimo da colina e surge entre as árvores. Há algo de extremamente inquietante na forma como flecte os membros; os seus movimentos são demasiado fluidos, decididos e naturais para se tratar de uma máquina. Embora não passe, precisamente, disso mesmo.
Em vez de rodas ou lagartas, os engenheiros da Boston Dynamics (http://bostondynamics.com/) que desenvolveram o veículo decidiram dotá-lo de quatro patas articuladas cuja forma se baseia na dos membros de alguns animais. Equipado com um avançado sistema de navegação, sensores de força e de pressão e um dispositivo que absorve os impactos e recicla a energia para poder aproveitá-la em cada passada, o engenho pode transportar 150 quilos através de qualquer tipo de terreno, incluindo declives com uma inclinação de 35 graus cobertos de lama ou de neve, mais ou menos como o faria uma mula de carga.
A comparação não é gratuita. De facto, o desenvolvimento de Big Dog é considerado um dos grandes feitos da biomimética, disciplina que estuda as estruturas e capacidades dos seres vivos enquanto modelos para o desenvolvimento de novos materiais e dispositivos tecnológicos. Há inúmeros exemplos da sua aplicação, desde o velcro, inventado pelo suíço George de Mestral a partir dos ganchos que cobrem a flor do cardo, até às novas colas baseadas na capacidade adesiva dos moluscos, actualmente em estudo no Instituto Fraunhofer de Tecnologia Industrial (Alemanha).
No sentido mais vasto, biomimética tanto pode ser a recriação da organização social das formigas como a reprodução do modo como animais e plantas produzem diferentes compostos químicos. No entanto, o termo, criado nos anos 50 do século passado pelo engenheiro norte-americano Otto Schmitt, adquire uma nova dimensão quando é aplicado à robótica.
O biólogo Joseph Ayers, uma das maiores autoridades mundiais neste campo, está convencido de que as máquinas inspiradas na fisiologia e no comportamento dos animais nos irão auxiliar ou substituir, muito em breve, quando for preciso efectuar determinadas tarefas perigosas. A equipa deste neurocientista da Northeastern University, em Nahant (Massachusetts), concebeu um veículo autónomo, semelhante a um gafanhoto, que pode mergulhar nos rios e percorrer as margens e praias do litoral. O objectivo é fazê-lo detectar e desactivar de forma autónoma explosivos submersos. Segundo Ayers, o processo é muito semelhante ao que o animal que o inspirou segue em busca de alimento.
Não é por acaso que muitos especialistas em biomimética concentram a sua atenção nos artrópodes. Efectivamente, as patas articuladas conferem-lhes uma grande mobilidade, vantagem essa que não passou despercebida a Frank Kirchner, director do Laboratório de Robótica da Universidade de Bremen (Alemanha). O seu Scorpion, um autómato octópode de 60 centímetros de comprimento, imita o modo de locomoção de alguns aracnídeos, o que lhe permite deslocar-se através de locais inacessíveis à maior parte dos veículos equipados com rodas, incluindo, segundo a equipa de Kirchner, os precipícios de Marte.
A.A.
Para saber mais
http://robio.org/ Conferências internacionais Robio sobre robótica e biomimética.
SUPER 148 - Agosto 2010
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