domingo, 16 de abril de 2017

EFA - STC - NG7 - DR4 - Ficha de Trabalho nº2 - Capitalismo e Socialismo - Sociedade, Tecnologia e Ciência

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Conteúdo - Higiene Alimentar - Sugestões relativas ao serviço de refeições das escolas

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4ºAno - Estudo do Meio - Ficha de Trabalho - Os Ossos


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Notícia - Misteriosas migrações das baleias nos Açores estão a ser seguidas por satélite

São mais as incógnitas do que as certezas sobre as razões da passagem migratória das baleias pelos Açores. Uma equipa de investigadores, que as tem seguido por satélite, acredita que o arquipélago é um local de alimentação e orientação importante.

“Já estamos a aquecer os motores das embarcações, a melhorá-las e a preparar o equipamento”, contou Rui Prieto, do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores (DOP/UAç). Esta Primavera, uma equipa de investigadores sairá para o mar agitado do arquipélago à procura de três das espécies de baleias que ali ocorrem: a baleia-azul (Balaenoptera musculus), a baleia-comum (Balaenoptera physalus) e a baleia-sardinheira (Balaenoptera borealis).

A partir de semi-rígidos ou de uma embarcação cabinada, a equipa vai marcar as baleias com transmissores de satélite, com 300 gramas de peso, implantados com recurso a uma arma pneumática especialmente desenvolvida para este fim. “O nosso objectivo é marcar com sucesso entre 20 a 25 animais destas três espécies”, adiantou Rui Prieto

Desde 2008 que o Programa de Telemetria por Satélite de Grandes Baleias conseguiu marcar com sucesso um total de 16 animais. No entanto, os transmissores são rejeitados naturalmente pelas baleias ao fim de algumas semanas. “A bateria tem autonomia para vários meses mas o factor limitante é a rejeição pelo organismo do animal.”

Estas três espécies foram as escolhidas porque, segundo Rui Prieto, “a baleia-sardinheira é praticamente desconhecida no Atlântico Norte e as outras duas são bons indicadores do que outras espécies semelhantes podem estar a fazer”. “Não temos meios para trabalhar todas as espécies porque é algo que exige muitos recursos. Ainda assim, queremos, no futuro, expandir este trabalho, que actualmente é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia através do Projecto TRACE”, considerou.

Mas nem todas as baleias estão na mira destes investigadores. “Não colocamos transmissores em crias e tentamos causar a menor perturbação possível aos animais instrumentados com os transmissores.”

Dos dados já recolhidos, Rui Prieto pode dizer que as baleias utilizam os Açores como local de alimentação, a meio das suas migrações de Verão. “A alimentação acontece debaixo de água mas conseguimos reparar em alguns indícios, nomeadamente, os peixes que surgem à superfície, as manchas de krill [crustáceo altamente calórico que é abundante nos Açores durante a Primavera] e a defecação”, explicou.

Para este ano, um dos objectivos será saber quanto tempo se demoram estes grandes mamíferos no arquipélago. “Será que passam aqui um dia ou um mês? Param nos Açores para comer uma ‘sandes’ ou um verdadeiro ‘banquete’? Como escolhem os cardumes de presas e que estratégias utilizam para encontrá-las?”. Estas são apenas algumas das perguntas sem resposta. Mas desde 2008 já existem dados concretos que demonstram que as espécies não se comportam da mesma maneira. “As duas baleias-azuis marcadas com sucesso passaram quase dois meses dentro da ZEE (Zona Económica Exclusiva] dos Açores; andaram em ziguezague, sempre para Nordeste, muito lentamente, um padrão que indica que se estavam a alimentar. As baleias-comuns passaram cá alguns dias a alimentar-se e seguidamente retomaram a migração para Nortenum trajecto quase directo, aparentemente com destino às águas entre a Gronelândia e a Islândia. As baleias-sardinheiras marcadas não passaram cá muito tempo”, resumiu o biólogo.

De acordo com Rui Prieto, as três espécies não passam pelos Açores na mesma altura. “Embora ocorram em simutâneo, primeiro aparecem as baleias-azuis e as baleias-comuns e só mais tarde as sardinheiras”. Na verdade, pouco se conhece sobre as rotas migratórias das baleias no Atlântico Norte. Ninguém sabe ao certo onde passam o Inverno e que rotas tomam para ir para as áreas de alimentação de Verão. Mas os investigadores acreditam que o arquipélago poderá funcionar como ponto de orientação durante a migração destes animais. “As populações do Atlântico Norte podem estar sub-divididas em diferentes unidades, que utilizam áreas diferentes para alimentação e reprodução e têm pouco contacto, ou podem constituir populações coesas.”, salientou.

Por isso, os investigadores utilizam fotografias para identificar os indivíduos e recolhem material genético, como pele, para permitir a comparação com animais de outras localidades dos dois lados do Atlântico e perceber a organização populacional das espécies.

Recentemente, O DOP/UAç levantou a ponta do véu. “Descobrimos que as baleias-sardinheiras que passam por aqui seguem para o Mar do Labrador [mar do Atlântico Norte entre o Canadá e a Gronelândia]. Até hoje não se conhecia a origem dessas baleias que se sabiam estar naquele mar durante o Verão. Foi uma surpresa completa”, considerou.

“São muitas as coisas que queremos tentar saber. Por exemplo, a forma como as baleias usam o habitat, as ilhas, os montes submarinos e as frentes oceânicas (zonas entre massas de água com características físicas diferentes) nos Açores e nas outras regiões”.

A boa notícia é que enquanto os transmissores de satélite estiverem a funcionar, “vai ser possível acompanhar os movimentos das baleias quase em tempo real numa página da Internet”, garantiu Rui Prieto.

Conteúdo - Filosofia do século XX



No século XX, a filosofia tornou-se uma disciplina profissionalizada das universidades, semelhante às demais disciplinas académicas. Desse modo, tornou-se também menos geral e mais especializada. Na opinião de um proeminente filósofo: “A filosofia tem se tornado uma disciplina altamente organizada, feita por especialistas para especialistas. O número de filósofos cresceu exponencialmente, expandiu-se o volume de publicações e multiplicaram-se as subáreas de rigorosa investigação filosófica. Hoje, não só o campo mais amplo da filosofia é demasiadamente vasto para uma única mente, mas algo similar também é verdadeiro em muitas de suas subáreas altamente especializadas.”

Nos países de língua inglesa, a filosofia analítica tornou-se a escola dominante. Na primeira metade do século, foi uma escola coesa, fortemente modelada pelo positivismo lógico, unificada pela noção de que os problemas filosóficos podem e devem ser resolvidos por análise lógica. Os filósofos britânicos Bertrand Russell e George Edward Moore são geralmente considerados os fundadores desse movimento. Ambos romperam com a tradição idealista que predominava na Inglaterra em fins do século XIX e buscaram um método filosófico que se afastasse das tendências espiritualistas e totalizantes do idealismo. Moore dedicou-se a analisar crenças do senso comum e a justificá-las diante das críticas da filosofia acadêmica. Russell, por sua vez, buscou reaproximar a filosofia da tradição empirista britânica e sintonizá-la com as descobertas e avanços científicos. 

Ao elaborar sua teoria das descrições definidas, Russell mostrou como resolver um problema filosófico empregando os recursos da nova lógica matemática. A partir desse novo modelo proposto por Russell, vários filósofos se convenceram de que a maioria dos problemas da filosofia tradicional, se não todos, não seriam nada mais que confusões propiciadas pelas ambiguidades e imprecisões da linguagem natural. Quando tratados numa linguagem científica rigorosa, esses problemas revelar-se-iam como simples confusões e mal-entendidos. Ludwig Wittgenstein, o mais importante filósofo analítico do século XX Uma postura ligeiramente diferente foi adotada por Ludwig Wittgenstein, discípulo de Russell. Segundo Wittgenstein, os recursos da lógica matemática serviriam para revelar as formas lógicas que se escondem por trás da linguagem comum. Para Wittgenstein, a lógica é a própria condição de sentido de qualquer sistema linguístico.

Essa ideia está associada à sua teoria pictórica do significado, segundo a qual a linguagem é capaz de representar o mundo por ser uma figuração lógica dos estados de coisas que compõem a realidade. Sob a inspiração dos trabalhos de Russell e de Wittgenstein, o Círculo de Viena passou a defender uma forma de empirismo que assimilasse os avanços realizados nas ciências formais, especialmente na lógica. Essa versão atualizada do empirismo tornou-se universalmente conhecida como neopositivismo ou positivismo lógico. O Círculo de Viena consistia numa reunião de intelectuais oriundos de diversas áreas (filosofia, física, matemática, sociologia, etc.) que tinham em comum uma profunda desconfiança em relação a temas de teor metafísico. 

Para esses filósofos e cientistas, caberia à filosofia elaborar ferramentas teóricas aptas a esclarecer os conceitos fundamentais das ciências e revelar os pontos de contatos entre os diversos ramos do conhecimento científico. Nessa tarefa, seria importante mostrar, entre outras coisas, como enunciados altamente abstratos das ciências poderiam ser rigorosamente reduzidos a frases sobre a nossa experiência imediata. Fora dos países de língua inglesa, floresceram diferentes movimentos filosóficos. Entre esses destacam-se a fenomenologia, a hermenêutica, o existencialismo e versões modernas do marxismo. Para Husserl, o traço fundamental dos fenômenos mentais é a intencionalidade. A estrutura da intencionalidade é constituída por dois elementos: noesis e noema. 

O primeiro elemento é o ato intencional; e o segundo é o objeto do ato intencional. A ciência da fenomenologia trata do significado ou da essência dos objetos da consciência. A fim de revelar a estrutura da consciência, o fenomenólogo deve pôr entre parêntesis a realidade empírica. Segundo Husserl, os procedimentos fenomenológicos desvelam o ego transcendental – que é a própria base e fonte de unidade do eu empírico. Coube a um dos alunos de Husserl, o filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976), construir uma filosofia que mesclasse a fenomenologia, a hermenêutica e o existencialismo. O ponto de partida de Heidegger foi a questão clássica da metafísica: "o que é o ser?". Mas, na abordagem de Heidegger, a resposta a essa questão passa por uma análise dos modos de ser do ser humano – que foi por ele denominado Dasein (Ser-aí). O Dasein é o único ser que pode se admirar com a sua própria existência e indagar o sentido de seu próprio ser. O modo de existir do Dasein está intimamente conectado com a história e a temporalidade e, em vista disso, questões sobre autenticidade, cuidado, angústia, finitude e morte tornam-se temas centrais na filosofia de Heidegger. 

No final do século XVIII houve a fundação da escola tradicionalista, conhecida como conservadorismo tradicionalista, "conservadorismo tradicional", tradicionalismo, conservadorismo burkeano , conservadorismo clássico ou (no Reino Unido e Canadá) torismo (de Tory), que descreve uma filosofia política enfatizando a necessidade de aplicação dos princípios da lei natural e transcendentes morais: ordem, tradição, hierarquia e unidade orgânica, classicismo e alta cultura, e as esferas de intersecção de lealdade. Alguns tradicionalistas abraçaram os rótulos de "reacionário" e "contrarrevolucionário", desafiando o estigma que acompanha estes termos desde o Iluminismo. Este estigma acompanha o Tradicionalismo desde seu desenvolvimento na Europa do século XVIII, principalmente em resposta à Guerra Civil Inglesa e da Revolução Francesa. Em meados do século XX, a escola tradicionalista começou a organizar-se a sério como uma força intelectual e política. Esta expressão mais moderna do conservadorismo tradicionalista começou entre um grupo de professores universitários dos EUA (rotulado de "novos conservadores" pela imprensa popular) que rejeitou as noções de individualismo, o liberalismo, a modernidade e o progresso social, promoveu a renovação cultural e educacional, e reavivou o interesse na Igreja, a família, o Estado, comunidade local, etc.

Artigo - Sustainable management of tourism destinations

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sábado, 15 de abril de 2017

Desenhos para colorir - Outono


Biografia - Rita Levi-Montalcini


Médica e investigadora italiana. Não são muitas as mulheres que já receberam o Prémio Nobel da Medicina, mas, para lá desse prestigiado prémio, toda a vida de Rita Levi-Montalcini é recheada de interesse. Nasceu em Turim, numa família judia, em 1909 e teve uma irmã gémea. Rita e os outros três irmãos tiveram uma infância feliz. Rita cresceu, estudou e foi para um colégio, com a irmã. Paula enveredou pela carreira artística, a irmã mais velha Nina, casou e foi dona de casa a tempo inteiro e Rita refugiou-se na leitura. Leu Virginia Woolf e Selma Lagerlöf. Frequentou a Universidade de Turim seis anos. Mais tarde recordaria a sensação estranha que teve a primeira vez que entrou num Instituto de Anatomia. Havia mais cinco alunas no seu curso. Rita tinha de estudar os cadáveres e perscrutar os tecidos através do microscópio. Levou o seu curso de Medicina muito a sério e depois optou pela investigação. Pesquisou as células e suas mutações, bem como os nervos sensoriais. De 1945 a1947 foi assistente do Prof. Levi, em 1947 partiu para Washington para a Universidade de Saint Louis, onde passou grande parte da sua vida de investigadora. Continuando os estudos sobre o sistema nervoso chegou à descoberta de uma proteína que regula o crescimento dos tecidos, a que foi dado o nome de Nerve Grrowth Factor (NGF). Em 1986 recebeu o Prémio Nobel da Fisiologia e Medicina, partilhado com Cohen. É uma nonagenária particularmente bonita e manteve uma vida familiar paralela à investigação. Deixou várias obras da especialidade, a última na área da neurologia. Em 1999 ainda estava no activo e Roma organizou um simpósio científico na passagem dos 90 anos. Tem dupla nacionalidade. Italiana e norte-americana. O contributo de Rita Levi-Montalcini no campo da neuro-ciência é assinalável. É presidente honorária da Associação Italiana de Esclerose Múltipla.

Biografia retirada daqui

Biografia - James Prescott Joule

Físico Inglês (1818-1889). James Prescott Joule apreciava as pesquisas já na adolescência, principalmente aquelas que envolviam números e medidas. Quando seu pai adoeceu, a necessidade de cuidar da fábrica de cerveja da família praticamente impediu que se dedicasse àquela atividade. Com pouco mais de 20 anos, porém, ele determinaria a relação matemática que permite calcular o calor produzido por uma corrente elétrica.

A produção de calor foi, de fato, um de seus temas favoritos; a estudou em grande variedade de sistemas. Mais especificamente, calculava as quantidades de trabalho que entravam e saíam do sistema, acabando por concluir que havia uma relação entre essas duas grandezas. Isso lhe permitiu determinar, em 1843, a quantidade de trabalho necessária para produzir uma caloria de calor (essa relação, que é conhecida por equivalente mecânico de calor, já fora identificada anteriormente, embora com menor precisão, por Rumford e por Mayer, mas já havia caído no esquecimento.)

Em 1847, Joule publicou suas conclusões, mas elas foram recebidas com indiferenças pelo meio científico, em parte porque ele não era um professor nem estava ligado a qualquer grupo de pesquisadores. Apesar disso, ele tentou, sem sucesso, divulgá-las em periódicos científicos, sociedades de ciência, conferências públicas e até em jornais comuns.

Alguns meses depois, ao insistir, mais uma vez, num encontro científico, teve a surpresa de descobrir, entre os ouvintes, um rapaz bem mais jovem, que se mostrou entusiasmado por seu trabalho. Seu nome era William Thomson. Mais tarde, ficaria conhecido como Lord Kelvin. Dois anos depois, quando outros pesquisadores já lhe davam razão, Joule conseguiria apresentar seus trabalhos na importante Royal Society, que antes o havia rejeitado.

A descoberta do equivalente mecânico do calor abriu caminho para que, posteriormente, se demonstrasse, de forma mais geral, que a energia mecânica de um sistema se conserva, embora possa mudar de forma.

Nos anos seguintes, Joule também faria descobertas relacionada com o magnetismo e, em colaboração com Kelvin, com o estudo dos gases. Em 1850, foi eleito membro da Royal Society.

Embora sempre tivesse podido contar com a prosperidade familiar, sofreu problemas financeiros no final da vida, mas recebeu uma pensão do governo britânico aos 60 anos de idade (naquele tempo não existia aposentadoria.)

Segundo seus biógrafos, Joule foi uma pessoa sem grandes ambições materiais. No final da vida, amargurou-se por perceber que suas contribuições à ciências estavam sendo aplicadas na guerra.

Higiene e Segurança no Trabalho - Interferência com Linhas Eléctricas Subterrâneas


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Vídeo - Isto é Matemática T02E13 Sincronização - Parte 2

Fotogaleria - Trêsporcento


sexta-feira, 14 de abril de 2017

EFA - STC - NG7 - DR4 - Ficha de Trabalho nº3 - A Célula - Sociedade, Tecnologia e Ciência

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Lista de Verificação - Estabelecimentos de Fabrico de Bolos e/ou Pão


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4ºAno - Estudo do Meio - Representação da Terra

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Notícia - Já foram lidas todas as letras do genoma do orangotango

“Susie” é uma orangotango de Samatra que vive no Jardim Zoológico Gladys Porter, em Brownsville, no Texas. Até aqui nada de mais, só que Susie ficará na história quer da genética, quer da sua espécie: é o primeiro orangotango a ter o genoma lido de uma ponta a outra.

A sequenciação do genoma do parente mais afastado do homem entre os grandes símios — levada a cabo por cientistas de 34 instituições de vários países, incluindo os biólogos portugueses Rui Faria e Olga Fernando — chegou ao fim e amanhã, quinta-feira, é publicada a sua primeira análise na revista Nature.

Sequenciar um genoma significa ler as quatro letras do alfabeto genético ao longo da molécula de ADN. Essas letras — A, T, C, G — são, na realidade, pequenas moléculas dispostas na grande molécula de ADN, enrolada no núcleo de cada célula. Todo o livro da vida é escrito só com quatro letras, que comandam a produção das proteínas.

No caso de Susie, tratou-se de ler por completo os cerca de três mil milhões de pares de letras, um projecto liderado por Richard Wilson, da Universidade de Washington, em Saint Louis, nos Estados Unidos, que custou 20 milhões de dólares (14,6 milhões de euros). Tendo como referência a leitura do genoma deste representante dos orangotangos de Samatra (Pongo abelii), os cientistas partiram para o estudo menos pormenorizado do genoma de outros cinco orangotangos desta espécie e de cinco orangotangos do Bornéu (“Pongo pygmaeus”).

As espécies antepassadas dos orangotangos viveram por todo o Sudoeste da Ásia, mas os seus representantes actuais limitam-se às ilhas indonésias de Samatra e do Bornéu, cada uma albergando uma espécie distinta nas suas florestas tropicais. De facto, eles passam 95 por cento do tempo nas árvores: é aí que comem a sua fruta, que constroem os ninhos para dormir e quando se deslocam, geralmente muito devagar, fazem-no através das árvores.

Entre os resultados divulgados na Nature, a equipa revela que os orangotangos de Samatra e do Bornéu, ambos em risco de extinção, se tornaram espécies distintas há 400 mil anos, enquanto estudos anteriores estimavam que essa separação ocorrera há um milhão de anos.

Com o genoma dos orangotangos, poderá compreender-se melhor a árvore evolutiva dos humanos e dos grandes símios (chimpanzés, bonobos, gorilas e orangotangos), que são os nossos parentes mais próximos.

Orangotangos e humanos (cuja sequenciação do genoma ficou concluída por completo em 2003) partilham 97 por cento do ADN, conclui a equipa. Com o genoma dos chimpanzés, lido em 2005, temos uma semelhança de 99 por cento, o que faz deles os nossos parentes mais chegados.



Diversidade genética

Para os orangotangos, estes estudos podem revelar-se valiosos para a conservação das duas espécies. Na natureza, restam cerca de 7500 orangotangos de Samatra e 50.000 do Bornéu, o que leva a União Internacional para a Conservação da Natureza a classificá-los, respectivamente, como “criticamente em perigo” e “em perigo”. Se persistirem os factores que os ameaçam, como a degradação da floresta onde vivem, estima-se que daqui a 30 anos tenham desaparecido das florestas.

A análise do genoma dos orangotangos mostrou que estes nossos parentes de pêlo ruivo têm uma grande diversidade genética — um aspecto importante, pois aumenta a capacidade de se manterem saudáveis e se adaptarem ao ambiente, refere um comunicado de imprensa da Universidade de Washington. Foram catalogadas cerca de 13 milhões de variações do ADN dos orangotangos, o que pode ser usado para avaliar a diversidade genética das populações na natureza e em cativeiro e, com esses dados, traçar planos de conservação consoante a sua saúde genética.

“O orangotango médio tem mais diversidade, geneticamente falando, do que o humano médio”, frisa o principal autor do artigo, Devin Locke, da Universidade de Washington. “Encontrámos grande diversidade tanto nos orangotangos de Samatra como do Bornéu, mas não é claro que este nível de diversidade possa manter-se se a desflorestação continuar ao ritmo actual”, alerta.

“A observação de que a espécie que apresenta actualmente baixos efectivos populacionais ser aquela que tem maior variabilidade genética, e logo a que terá tido um maior efectivo histórico, levanta questões interessantes do ponto de vista evolutivo”, diz-nos por sua vez Rui Faria, de 33 anos, que participou no projecto enquanto estava com uma bolsa de pós-doutoramento na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, onde um grupo foi convidado em 2007 a entrar neste estudo. Rui Faria, que trabalha em formação das espécies, já voltou ao Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto. Olga Fernando, aluna de doutoramento do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, continua na Universidade Pompeu Fabra.

“Pode ser que a variabilidade genética ‘escondida’ nalgumas espécies que actualmente apresentam baixos efectivos seja suficiente para que possam resistir a pressões ambientais — se forem eliminadas a tempo e logo as espécies não continuarem em declínio — e se adaptarem a novos ambientes”, acrescenta Rui Faria, para quem a participação neste mega-projecto foi uma “experiência única” pela sua dimensão. “Ser investigador em biologia evolutiva numa altura em que começamos a desvendar os segredos dos códigos escondidos no genoma é extremamente motivante e sem paralelo no passado.”

Mas o resultado que mais surpreendeu a equipa tem a ver com a lentidão com que o genoma dos orangotangos evoluiu por comparação com o dos humanos e chimpanzés. “Em termos evolutivos, o genoma do orangotango é bastante especial entre os grandes símios, no sentido em que tem sido extraordinariamente estável nos últimos 15 milhões de anos [quando se separaram do ramo que depois deu origem aos gorilas, humanos, chimpanzés e bonobos]”, diz Richard Wilson. “Em comparação, o genoma de chimpanzés e humanos teve rearranjos em larga escala, o que pode ter acelerado a sua evolução.”

E agora desvende-se um pouco como são os orangotangos. De todos os os símios, são os menos sociáveis: a única unidade social estável é entre mãe e filhos, que ficam com a progenitora até por volta dos dez anos. Tal como nós, escolhem os amigos: de alguns indivíduos gostam, de outros nem tanto. E tal como nós, também têm o seu lado aparentemente negro: neste caso é a violação, algo muito banal entre eles, a ponto de contribuir para cerca de metade de todas as relações sexuais dos orangotangos.

Conteúdo - Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade - Critérios



Em vários casos os seguintes critérios também devem estar presentes: 
-Alguns sintomas de hiperatividade/impulsividade ou desatenção que causaram prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade. 
-Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por ex., na escola [ou trabalho] e em casa). 
-Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, académico ou ocupacional. 
-Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno invasivo do desenvolvimento, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico e não são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo transtorno do humor, transtorno de ansiedade, transtorno dissociativo ou um transtorno da personalidade). 

Os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade relacionados ao uso de medicamentos (como broncodilatadores, isoniazida e acatisia por neurolépticos) em crianças com menos de 7 anos de idade não devem ser diagnosticados como TDAH.

Pessoas com TDA-H têm problemas para fixar sua atenção pelo mesmo período de tempo que as outras, interessadamente. Crianças com TDA-H não têm problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDA-H prestariam. Crianças com TDA-H se sentem entediadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, conforme o entendimento da psicologia behaviorista. 

Essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos, mais rápidos, em troca de uma recompensa imediata, embora menor, em vez de trabalhar por mais tempo em troca de uma recompensa maior que só estaria disponível mais tarde. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDA-H manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforço e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagradáveis e enfadonhas.

Conteúdo - Filosofia do século XIX



Geralmente se considera que depois da filosofia de Kant tem início uma nova etapa da filosofia, que se caracterizaria por ser uma continuação e, simultaneamente, uma reação à filosofia kantiana. Nesse período desenvolve-se o idealismo alemão (Fichte, Schelling e Hegel), que leva as ideias kantianas às últimas consequências. 

A noção de que há um universo inteiro (a realidade em si mesma) inalcançável ao conhecimento humano, levou os idealistas alemães a assimilar a realidade objetiva ao próprio sujeito no intuito de resolver o problema da separação fundamental entre sujeito e objeto. Assim, por exemplo, Hegel postulou que o universo é espírito. 

O conjunto dos seres humanos, sua história, sua arte, sua ciência e sua religião são apenas manifestações desse espírito absoluto em sua marcha dinâmica rumo ao autoconhecimento. Enquanto na Alemanha, o idealismo apoderava-se do debate filosófico, na França, Auguste Comte retomava uma orientação mais próxima das ciências e inaugurava o positivismo e a sociologia. Na visão de Comte, a humanidade progride por três estágios: o estágio teológico, o estágio metafísico e, por fim, o estágio positivo. No primeiro estágio, as explicações são dadas em termos mitológicos ou religiosos; no segundo, as explicações tornam-se abstratas, mas ainda carecem de cientificidade; no terceiro estágio, a compreensão da realidade se dá em termos de leis empíricas de “sucessão e semelhança” entre os fenómenos.

Para Comte, a plena realização desse terceiro estágio histórico, em que o pensamento científico suplantaria todos os demais, representaria a aquisição da felicidade e da perfeição. Também no campo do desenvolvimento histórico, Marx e Engels davam uma nova formulação ao socialismo. Eles fazem uma releitura materialista da dialética de Hegel no intuito de analisar e condenar o sistema capitalista. 

Desenvolvem a teoria da mais-valia, segundo a qual o lucro dos capitalistas dependeria inevitavelmente da exploração do proletariado. Sustentam que o estado, as formas político-institucionais e as concepções ideológicas formavam uma superestrutura construída sobre a base das relações de produção e que as contradições resultantes entre essa base económica e a superestrutura levariam as sociedades inevitavelmente à revolução e ao socialismo. No campo da ética, os filósofos ingleses Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) elaboram os princípios fundamentais do utilitarismo.

Para eles, o valor ético não é algo intrínseco à ação realizada; esse valor deve ser mensurado conforme as consequências da ação, pois a ação eticamente recomendável é aquela que maximiza o bem-estar na coletividade. Talvez a teoria que maior impacto filosófico provocou no século XIX não tenha sido elaborada por um filósofo. 

Ao propor sua teoria da evolução das espécies por seleção natural, Charles Darwin (1809-1882) estabeleceu as bases de uma concepção de mundo profundamente revolucionária. O filósofo que melhor percebeu as sérias implicações da teoria de Darwin para todos os campos de estudo foi Herbert Spencer (1820-1903). Em várias publicações, Spencer elaborou uma filosofia evolucionista que aplicava os princípios da teoria da evolução aos mais variados assuntos, especialmente à psicologia, ética e sociologia. 

Também no século XIX surgem filósofos que colocam em questão a primazia da razão e ressaltam os elementos voluntaristas e emotivos do ser humano e de suas concepções de mundo e sociedade. Entre esses destacam-se Arthur Schopenhauer (1788-1860), Søren Kierkgaard (1813-1855) e Friedrich Nietzsche (1844-1900). Tomando como ponto de partida a filosofia kantiana, Schopenhauer defende que o mundo dos fenômenos – o mundo que representamos em ideias e que julgamos compreender – não passa de uma ilusão e que a força motriz por trás de todos os nossos atos e ideias é uma vontade cega, indomável e irracional. Kierkgaard condena todas as grandes elaborações sistemáticas, universalizantes e abstratas da filosofia. Considerado um precursor do existencialismo, Kierkgaard enfatiza que as questões prementes da vida humana só podem ser superadas por uma atitude religiosa; essa atitude, no entanto, demanda uma escolha individual e passional contra todas as evidências, até mesmo contra a razão.

Nietzsche, por sua vez, anuncia que “Deus está morto”; e declara, portanto, a falência de todas as concepções éticas, políticas e culturais que se assentam na doutrina cristã. Em substituição aos antigos valores, Nietzsche prescreve um projeto de vida voluntarista aos mais nobres, mais capazes, mais criativos - em suma, àqueles em que fosse mais forte a vontade de potência.

Powerpoint - Sustainable Development and Competitiveness in the Global Knowledge Economy – Global Knowledge Economy Improving Innovation and Quality through “Tourism Learning Areas”

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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Notícia - Aumentam os pedidos das autoridades portuguesas ao Google, Facebook e Microsoft



Com o aumento dos crimes cometidos pela Internet, aumentam também os pedidos de informação feitos pelas autoridades portuguesas às multinacionais tecnológicas. O objectivo é tipicamente obter dados sobre a identidade do utilizador ou sobre o conteúdo das contas nas redes sociais e noutros serviços online.

Entre Janeiro e Julho do ano passado (o período mais recente para o qual há dados), o Facebook, o Google e a Microsoft receberam, no total, 2035 pedidos de informação por parte das autoridades portuguesas. Trata-se de um aumento de 23% face ao mesmo período de 2015 e é mais do dobro do registado no último semestre de 2013, altura em que Portugal passou a pedir directamente a informação, sem ter de passar pelos canais internacionais. Os números, que são revelados periodicamente pelas próprias empresas, constam do recém-divulgado relatório de actividades do Gabinete do Cibercrime.

Aquelas três empresas são responsáveis por uma multiplicidade de serviços online. O Facebook, para além da rede social, é também dono do Instagram (uma plataforma de partilha de fotografias) e do WhatsApp (uma ferramenta de mensagens). O Google tem, entre outros, o Gmail e o YouTube. A Microsoft disponibiliza online serviços de email, de armazenamento de ficheiros e ferramentas de trabalho.

Um pedido feito pelas autoridades pode dizer respeito a mais do que uma conta. Mas as empresas tendem a ser cautelosas, uma vez que o fornecimento de informação pode traduzir-se em danos de imagem junto dos utilizadores, e muitos pedidos acabam por não produzir resultados, em parte devido a questões formais.

A este respeito, o relatório reconhece haver "margem para melhorar a eficácia nos procedimentos", mas nota que os resultados têm vindo a progredir. "Quanto à Google, a eficácia tem sido crescente, de semestre para semestre. No que respeita à Microsoft, a eficácia mantém-se em níveis muito bons. Já quanto aos pedidos ao Facebook, que têm sofrido um grande incremento (sendo, sobretudo, formulados por magistrados de secções não especializadas), esta operadora não tem fornecido dados em muitos dos pedidos que lhe são dirigidos." Os números de 2016 mostram que o Facebook forneceu dados em 49% dos pedidos (o que inclui três pedidos de emergência). O Google cedeu informação em 63% dos casos e a Microsoft, em 71%. 

O Gabinete do Cibercrime refere ter abordado o Facebook. A multinacional, através da subsidiária irlandesa, justificou que as recusas de informação “correspondem em geral a casos em que os pedidos são formulados de forma errada ou deficiente”.

O relatório não faz referências ao Twitter, uma rede social que é muito mais pequena que o Facebook. De acordo com os números da própria empresa, as autoridades portuguesas fizeram nos primeiros seis meses do ano passado apenas três pedidos, nenhum dos quais resultou no fornecimento de dados.

Informação retirada daqui