sexta-feira, 16 de junho de 2017

Biografia - D.João Carlos de Bragança de Sousa Ligne Tavares Mascarenhas da Silva, 2.º duque de Lafões

n.5 de março de 1719.
f. 10 de novembro de 1806.

Marechal general, fundador da Academia Real das Ciências, etc. 

Nasceu em Lisboa a 6 de março de 1719, faleceu a 10 de novembro de 1806. 

Era filho segundo do infante D. Miguel, filho legitimado do rei D. Pedro II, o qual casara em 30 de janeiro de 1715 com D. Luísa Casimira de Nassau e Sousa, filha do príncipe Carlos José de Ligne, do sacro império romano, senescal do Arnaut, que foi feito em Portugal conde de Miranda pelo seu casamento com D. Mariana Luísa Francisca de Sousa Tavares da Silva, 5.ª condessa desse título, sendo depois o 2.º marquês de Arronches (V. este título), embaixador de Portugal na corte do imperador Leopoldo de Alemanha. Esta senhora foi sucessora da importante casa de Miranda, de todos os bens da coroa e ordens, morgados, padroados, etc. a ela pertencentes. O infante D. Miguel faleceu desgraçadamente em 13 de janeiro de 1724, afogado no rio Tejo, por se ter voltado o escaler que o conduzia da Outra Banda a Lisboa. Sua mulher sobreviveu-lhe perto de cinco anos, falecendo a 16 de maio de 1729. 

O herdeiro de toda esta importantíssima casa foi o filho primogénito de D. Miguel, o infante D. Pedro Henrique de Bragança, de quem adiante falamos, o qual foi o 1.º duque de Lafões, e por sua morte, ficou herdeiro seu irmão D. João Carlos de Bragança, nos senhorios, alcaidarias-mores, comendas, padroados e outros bens por ele possuídos, o qual teve o titulo de 2.º duque do mesmo titulo. A casa de Sousa, donde descendia pelo lado materno, era muito nobre e antiquíssima, pois a instituição daquele senhorio remonta ao ano 300. D. João Carlos de Bragança foi baptizado a 25 de abril de 1719 pelo patriarca D. Tomás de Almeida, sendo padrinho D. João V, seu tio. Estudou humanidades e filosofia juntamente com o duque seu irmão e com o maior aproveitamento, seguindo depois na Universidade de Coimbra o curso de Direito Canónico, entrando como porcionista no colégio de S. Pedro. D. João V destinava-o à carreira eclesiástica, e ainda na infância havia chegado a tomar o hábito; deu-lhe as honras de marquês por aviso de 31 de junho de 1738, tendo a precedência aos marqueses que depois dele fossem criados, e se lhe passou carta com excessiva vantagem, em razão do parentesco, às dos mais marqueses, para cujo efeito baixou o decreto pelo conselho da fazenda, 1 de setembro de 1740, do assentamento do dito titulo de 500$000 réis anuais, passando-lhe carta em 4 de novembro, e de que fossem, sem exemplo, assentados no almoxarifado da imposição dos vinhos desta cidade, onde em 25 de dezembro de 1753 se pôs apostilha de transferência para os receber pela alfândega, juntamente com uma tença de 300$000 réis, de que lhe fora dado um padrão em 25 de junho deste ultimo ano, principiando a vencer por essa casa desde 1 de janeiro de 1752, em diante. 

Em 31 de agosto de 1740 foi nomeado conselheiro do rei D. João, porém, não se conformava com a vida religiosa, para que não se sentia com vocação, o que muito desgostava o seu real tio e protector. Nascera na corte e para corte, atraíram-no os exercícios corporais, as artes nobres, as línguas e as belas letras. Às naturais fidalguias e à afável jovialidade que o tornava de todos tão procurado, juntava muito notável agudeza de espírito e grande propensão ao epigrama, pelo que poucas vezes perdoava a qualquer vício ou ridículo. Na universidade, tanto o reitor como os lentes não tinham tido nunca um discípulo de tão elevada categoria, e na época dos exames ficaram incertos sem saberem qual o formulário que deveriam empregar no modo de o examinarem. Expuseram as suas dúvidas para a corte, e receberam em resposta a seguinte repreensão: 

«Carta régia para Francisco Carneiro de Figueiroa, reitor da Universidade de Coimbra 

– Reitor e lentes da Universidade de Coimbra: eu el-rei vos envio muito saudar. Vi a consulta que me fizestes sobre o formulário dos actos de meu sobrinho D. João Carlos, e, como seja certo que as regras estabelecidas para se guardarem entre os meus vassalos não compreendam as pessoas reais nem as que lhe são imediatas: ora estranho muito as mesmas dúvidas assim por este respeito que não deveis perder de vista, como porque destes a conhecer a fraqueza dessa universidade na ignorância que tendes para poder tratar com pessoas de alta qualidade. Fazei também estudo político, que é preciso aos homens que desejam ser sábios, se quereis merecer a minha protecção, Lisboa, 4 de abril de 1742. 

Rei.»

«Aviso de Alexandre de Gusmão ao Sr. D. João; 

Ill.mo e Ex.mo Sr. El-rei viu a consulta da Universidade pela qual se certificava das dúvidas que tinham o reitor e lentes dela sobre o formulário dos actos de V. Ex.ª, e dando-se por mal servido, os repreende por carta deste correio. Viu também a carta de V Ex.ª, e ponderando os seus escrúpulos, o quer eximir deles, mandando que V. Ex.ª se recolha à corte, sem despedir-se de pessoa alguma empregada no ministério da Universidade. A pessoa de V Ex.ª guarde Deus muitos anos, Lisboa, 4 de abril de 1742, etc».

«No sobrescrito deste Aviso lia-se: «Ao Sr. D. João Carlos de Bragança, príncipe do sangue da real família de Portugal, Coimbra.» Em vista deste aviso, o príncipe D. João Carlos recolheu-se a Lisboa, e aqui se demorou até à morte do monarca. Começando o novo reinado, com a subida ao trono do rei D. José, mudou-se o aspecto da corte. Os foros da nobreza, sucessivas vezes exorbitantes e nem sempre pacíficos, eram forçados a abaixar-se ante o poder ilimitado do ministro Sebastião José de Carvalho e Melo. A nobreza não abandonou nunca de bom grado os seus privilégios, e à impressão de espanto sucedeu o instinto da resistência. Com a sua atitude mostrou a nobreza que as inovações do ministro não seriam aceites sem luta. D. João Carlos de Bragança, que pelas primazias do engenho e dotes do coração se fizera já bem quisto dos jovens fidalgos e do povo, pela hierarquia, pelo sangue e nome que o traziam perto do trono, e por isso o faziam menos acessível às repressões, parecia talhado, depois dos Marialvas, satisfeitos ou indiferentes, para chefe e centro temível das oposições áulicas. O conde de Oeiras, porém, não esmorecia na sua reconhecida energia, e não tardou, apesar de ser quem era, que D. João Carlos de Bragança recebesse as mais visíveis provas de desagrado do soberano. Morrera-lhe o seu irmão mais velho em 1761, sem deixar sucessor, e pertencia-lhe de direito a casa e o título de duque, e o rei negou-lhe a sucessão no ducado. 

O príncipe D. João percebeu o golpe, e não quis reagir, apesar de o poder fazer; considerando a sua falsa posição na corte, resignou-se e pediu licença para sair do reino, que logo lhe foi concedida. Foi então residir para Inglaterra, e ali se relacionou com os mais conhecidos eruditos, fortalecendo com o estudo e aquela convivência o amor à ciência, e tanto se salientou e tanta estima adquiriu, que mereceu a grande honra de ser nomeado membro da Sociedade Real de Londres, distinção que acima de todas apreciava, dizendo que só a devia a si próprio. Contudo, o culto pelas armas também o animava. Declarara-se a guerra entre a Áustria e a Prússia, e alistou-se como voluntário, defendendo a bandeira austríaca, militando na guerra dos Sete Anos, distinguindo-se na batalha de Maxen, em que a sorte das armas se decidiu contra Maria Teresa, de Áustria, terminando aquela guerra com a paz de Hubertsburgo, e a perda da Silésia, que passou às mãos do vencedor. D. João Carlos de Bragança ficara entre os vencidos, mas foi saudado pelos camaradas e pelos próprios inimigos pelo seu denodo e galhardia. Despreocupado, e impossibilitado ainda de voltar à pátria, empreendeu uma série de viagens, com as quais o seu esclarecido espírito muito se enriqueceu. Por duas vezes percorreu a Suíça, a Itália e a França. Visitou depois sucessivamente a Grécia europeia, o Egipto, a Trácia, a Frigia, a Lídia, a Tessália e a Mesopotâmia. Mais tarde esteve na Prússia, Polónia, Suécia, Dinamarca e Lapónia. Em todas as cortes estrangeiras era admirada a sua ilustração, sendo bem acolhido pelos soberanos e homens notáveis, mantendo com o imperador José II da Alemanha tão cordiais e afectuosas relações que, ainda depois de viver em Portugal, não deixou o imperador de se corresponder com o seu dilecto amigo. 

Falecendo o rei D. José em 1777 e terminando com a sua morte o governo do marquês de Pombal, voltou à pátria em 1779 D. João Carlos de Bragança, depois duma ausência de dezassete anos, já no reinado da rainha D. Maria I. Esperavam-no os mais altos favores do trono como para lhe compensar o longo, ainda que espontâneo, desterro. Recebeu o título de duque de Lafões, que lhe fora negado, sendo-lhe então restituídas as comendas de que fora, privado, com os seus atrasados rendimentos, por alvarás de mercê; nos anos de 1777 e 1778 e as custas no de 1781. Por carta de 11 de Abril de 1780 se lhe fez assentamento de mais 250$000 réis para, com os 500$000 réis que percebia como marquês, completar 750$000 réis do título de duque e vencendo este assentamento anualmente desde o dia em que o fora feito. Por decreto de 15 de setembro do mesmo ano teve a nomeação de conselheiro de guerra, e mais tarde, a de conselheiro de Estado, em 9 de julho de 1796. Sucedeu no governo das armas da corte ao tenente general conde de Azambuja, e comandou as tropas no seu funeral. Por decreto de 13 de maio de 1791 foi nomeado marechal general encarregado do governo das armas de todas as tropas de infantaria, cavalaria, artilharia e corpo de engenheiros, e director de todas elas. A carta régia do príncipe regente de 26 de janeiro de 1801 o nomeou mordomo-mor, mas já tinha esse cargo no dia 6 do referido mês, data do decreto porque o mesmo senhor o nomeara ministro assistente ao despacho do gabinete, para todos os negócios e incumbências de que o regente fosse servido encarregá-lo, em todos os ramos da administração publica, que se achavam divididos pelas secretarias do Estado, encarregando-o particularmente do expediente dos negócios da guerra, que o regente havia separado da secretaria de Estado a que pertencia. A sua ilustração e persistência durante largos anos nas cortes estrangeiras lhe adquiriram a maior influência na corte. O seu parecer era frequentemente consultado e as suas opiniões escutadas com o máximo interesse. 

No seu regresso a Portugal ouvira o duque de Lafões, em Nápoles, falar muito vantajosamente do erudito abade José Correia da Serra, que então vivia em Roma. O duque não se descuidou de relacionar-se com o seu ilustrado compatriota, e teve a fortuna de o trazer consigo para Lisboa, hospedando-o no seu próprio palácio. José Correia da Serra veio a ser o mentor e o guia do duque nas suas lucubrações literárias e científicas. O ilustre fidalgo e Correia da Serra lembraram-se então de fundar uma sociedade cientifica e literária, que estivesse à, altura das outras sociedades congéneres existentes na Europa, e substituísse a decadente e quase moribunda Academia Real de Historia Portuguesa, fundada por D. João V em 1720. Obtido o beneplácito régio instituiu-se a Academia Real das Ciências de Lisboa, cujos estatutos foram aprovados em 24 de dezembro de 1779. Esta academia ficou constituída com os homens mais eminentes em ciências e em letras que nessa época viviam em Portugal. A primeira sessão realizou-se em 16 de janeiro de 1780, em que o duque de Lafões foi eleito sócio efectivo na classe de literatura portuguesa, e na seguinte sessão nomeado presidente perpétuo, e o abade José Correia da Serra primeiro secretario (V. Academia Real das Ciências). Na sessão de 2 de outubro, foi o duque nomeado membro da comissão de Industria Nacional. Como estadista, o duque de Lafões, que perfeitamente conhecia o estado da Europa, não cessava de aconselhar que se mantivesse uma prudente , neutralidade nas guerras que rebentaram, quando começou em França a grande revolução, mas o seu voto não foi atendido, prevalecendo nos conselhos do príncipe regente D. João o fanatismo monárquico de alguns ministros, de que resultaram os graves acontecimentos já bem conhecidos. 

Entrámos com a Espanha e a Inglaterra na luta contra a França, fizeram-se terríveis sacrifícios, tendo-se em paga o abandono da Espanha que negociou sozinha com a França, deixando-nos nos maiores embaraços, e o abandono da Inglaterra que levara a nossa esquadra a sitiar Toulon, deixando a descoberto as nossas colónias e o nosso comércio. Finalmente, em 1801 a Espanha aliada com a França veio declarar guerra a Portugal, e a Inglaterra deixou-nos completamente sós. O exército espanhol do Príncipe da Paz transpôs as fronteiras do Alentejo. Todos se confiavam na experiência militar do antigo voluntário de Maria Teresa de Áustria, e o duque de Lafões, apesar de já ter oitenta e dois anos de idade, foi no seu posto de marechal general tomar conta do comando do exército português. Desenvolveu a maior actividade, procurando organizar energicamente a defesa, mostrando haver cursado boa escola. O rápido e deplorável desfecho da campanha com a capitulação das nossas praças de guerra, e o malogro de justíssimas esperanças, tudo devido a rivalidades, egoísmos, intrigas e vindictas, tornaram mal visto aquele período fatal do ano de 1801, ficando na sombra os verdadeiros autores e responsáveis das suas catástrofes. O general Francisco de Borja Garção Stockler justificou brilhantemente o duque marechal, conservando e publicando nas Cartas ao autor da Historia Geral das invasões francesas, as ideias que em tão breve prazo ele chegara a formular para o restabelecimento do sistema militar do país. Teoricamente, eram tais ideias e planos de um capitão consumado nas coisas da guerra. Praticamente, foi dirigida pelo duque em pessoa a única operação importante que teve lugar no Alentejo, operação por meio da qual salvou o exército, efectuando habilmente a junção das suas forças com a divisão inglesa do general Fraser e os regimentos de Lippe e Lisboa, que iam, com alguns esquadrões de cavalaria, em marcha pelo Crato sobre Portalegre. O duque de Lafões, nesse mesmo ano de 1801, retirou-se à vida privada, no seu palácio situado no sítio do Grilo, entregando-se nos últimos anos aos seus trabalhos literários e científicos. Ali reunia os homens mais eruditos, com quem sustentava conversações, e discussões científicas; inspeccionava as muitas obras que trazia nas suas quintas, e coligiu uma copiosa livraria rica de edições e manuscritos raros, e a galeria de pintura existente no referido palácio do Grilo. 

O duque de Lafões casou com D. Henriqueta Júlia Lorena e Meneses, filha dos marqueses de Marialva; deste consórcio houve um filho, que faleceu com seis anos de idade, e foi duque de Miranda do Corvo; e duas filhas: uma que herdou o titulo de duquesa de Lafões, e casou com D. Segismundo, irmão do duque de Cadaval; a seu pai fora feita mercê, por alvará de 19 de dezembro de 1805, dos bens da coroa e ordens, e dos títulos de juro e herdade, para esta sua filha sucessora da sua casa. A outra filha casou com o duque de Cadaval. O duque de Lafões era grã-cruz, alferes da ordem de Cristo, por decreto de 9 de novembro de 1789 tendo começado já a usar desta insígnia em 15 de setembro antecedente. Também possuía a grã-cruz da Legião de Honra, de França. A Academia Real das Ciências, em gratidão para com o seu fundador, resolveu em 1817 mandar fazer o busto do duque de Lafões para ser colocado na sala das sessões. O encarregado do trabalho da escultura foi o professor Joaquim Machado de Castro, que era sócio correspondente da mesma academia. A Academia tinha deliberado que as despesas da feitura do busto corressem por conta dos sócios, e não pela do cofre; sucedeu, porém, que a quota de contribuição se tornasse muito módica, porquanto Joaquim Machado de Castro se prestou generoso a executar de graça a parte mais essencial da obra, isto é tudo o que pertencia ao trabalho pessoal do artista. O vice-presidente disse que as diferentes transacções correriam pela sua mão, e se anunciara com prazer ao corpo académico o desinteresse do artista insigne, tivera também a satisfação de ver o bem merecido apreço que se fez daquela oferta, e o voto unânime de ela ser de alguma forma compensada por este testemunho publico de gratidão, e pelo dom de uma medalha de ouro, o maior prémio com que entre nós se costuma gratificar o saber e os talentos É honra para a Academia poder apresentar a nacionais e a estrangeiros este belo monumento de gratidão à memória do seu fundador. O busto fez se, e colocou-se efectivamente na referida Sala, sobre um pedestal feito de madeira. Em 1866, porém, sendo presidente o rei D. Fernando, resolveu a Academia substituir este pedestal, que se considerava impróprio, por um outro de mármore, que neste ano foi colocado na referida sala, onde ainda hoje existe. O pedestal de madeira está na sala que antecede a das sessões sobre o qual se vê o modelo da estátua equestre de D. Pedro IV, que está na praça de D. Pedro, no Porto. No pedestal gravou-se a seguinte inscrição:

JOANNIS CAROLI A BRAGANTIA
ALAFONENSIS DUCIS
AVIS EDITI REGIBUS
ANNO SALUTIS MDCCXIX NATI
MDCCCVI DEMORTUI
BELLICA VIRTUTE
MILITARIBUS DISCIPLINIS
OMNIBUS ARTIBUS INGENUIS
DOMI ET APUD EXTERAS GENTES
CLARISSIMI
INGENIORUM FAUTORIS MUNIFICI
HANC EFFIGIEM
OLIM A JOACHIMO MACHADO DE CASTRO SCULPTAM
REGNANTE LUDOVICO I
REGE FERDINANDO II PRESIDE
REGIA SCIENTIARUM OLYSSIPONENSIS ACADEMIA
TANTI VIRI FUNDATORIS SUI
NON IMMEMOR
HEIC PONENDAM CURAVIT
ANNO MDCCCLXVI

Acerca do duque de Latões, pôde ver-se o Arquivo Pitoresco, vol. IX, pág. 147; A Historia dos estabelecimentos científicos, literários e artísticos de Portugal, de José Silvestre Ribeiro; vol. II, pág. 37 a 61, e 267 a 369; Ilustração, vol. II, pág. 22; Universo Pitoresco, vol. III, pág. 328; Elogio histórico, por José da Silva Mendes Leal, recitado na Academia Real das Ciências em 1860.

Biografia retirada daqui

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Biografia - Beatles

Conteúdo - Francis Bacon


Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio (Londres, 22 de janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) foi um político, filósofo, ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio) e visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna.

Desde cedo, sua educação orientou-o para a vida política, na qual exerceu posições elevadas. Em 1584 foi eleito para a câmara dos comuns.

Sucessivamente, durante o reinado de Jaime I, desempenhou as funções de procurador-geral (1607), fiscal-geral (1613), guarda do selo (1617) e grande chanceler (1618). Neste mesmo ano, foi nomeado barão de Verulam e em 1621, barão de Saint Alban. Também em 1621, Bacon foi acusado de corrupção. Condenado ao pagamento de pesada multa, foi também proibido de exercer cargos públicos.

Como filósofo, destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo, sendo muitas vezes chamado de "fundador da ciência moderna". Sua principal obra filosófica é o Novum Organum.

Francis Bacon foi um dos mais conhecidos e influentes rosacruzes e também um alquimista, tendo ocupado o posto mais elevado da Ordem Rosacruz, o de Imperator. Estudiosos apontam como sendo o real autor dos famosos manifestos rosacruzes, Fama Fraternitatis (1614), Confessio Fraternitatis (1615) e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz (1616).

Professor Biologia e Geologia

Professor de Biologia e Geologia para explicações individuais ou pequenos grupos para preparação de Exames Nacionais com o envio de currículo e horários disponíveis. 

Academia MADE - Centro de Estudos 
Rua 9 de julho, 436 
4535-023 - Lourosa Santa Maria da Feira. 

9127739765 

Biografia - Adélia Prado

Adélia Prado (1936-) é uma escritora e poeta brasileira. Recebeu da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de Literatura, com o livro "Coração Disparado", escrito em 1978. Mineira de Divinópolis, sua obra recria numa linguagem despojada e direta, a vida e as preocupações dos personagens do interior mineiro.
Adélia Prado (1936-) nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de dezembro. Filha de João do Prado Filho, ferroviário, e de Ana Clotilde Correa. Estudou no Grupo Escolar Padre Matias Lobato. Aos 14 anos, já escrevia seus primeiros versos. Ingressa na Escola Normal Mario Casassanta e em 1953 forma-se professora. Em 1955 começa a lecionar no Ginásio Estadual Luiz de Melo Viana Sobrinho. Em 1958 casa-se com o bancário José Assunção de Freitas, com quem tem cinco filhos. Ingressa na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e em 1973 forma-se em Filosofia. Publica seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte.
Em 1971 divide com Lázaro Barreto a autoria do livro "A Lapinha de Jesus". Sua estreia individual só veio em 1975, quando remete para Carlos Drummond de Andrade os originais de seus novos poemas. Impressionado com suas poesias, envia os poemas para a Editora Imago. Publicado com o nome "Bagagem", o livro de poemas chama atenção da crítica pela originalidade e pelo estilo. Em 1976 o livro é lançado no Rio de Janeiro, com a presença de importantes personalidades como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant'Anna, Clarice Lispectro, entre outros. Em 1978 escreve "O Coração Disparado", com o qual conquista o Prêmio Jabuti de Literatura, conferido pela Câmara Brasileira do Livro.
Nos dois anos seguintes, dedica-se à prosa, com "Solte os Cachorros" em 1979 e "Cacos para um Vitral" em 1980. Volta à poesia em 1981, com "Terra de Santa Cruz". Entre 1983 e 1988 exerce a função de Chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis. Publica "Componentes da Banda" em 1984. Em 1985, participa em Portugal de um programa de intercâmbio Cultural entre autores brasileiros e portugueses.
Em 1988 apresenta-se em Nova York na Semana Brasileira de Poesia, promovida pelo Comitê Internacional pela Poesia. Em 1993 volta para Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis. Em 1996 estreia no Teatro do SESI em Belo Horizonte, a peça "Duas horas da tarde no Brasil". Em 2000, em São Paulo, apresenta o monólogo "Dona de Casa". Em 2001, no SESI do Rio de Janeiro, apresenta um Sarau onde declama poesias do livro "Oráculos de maio". Entre outras obras publica, Quero minha mãe, em 2005; A duração do dia, em 2010 e Carmela vai à escola, em 2011.

Notícia - Nova espécie de macaco foi descoberta na Amazónia Colombiana



Uma expedição científica à Amazónia Colombiana descobriu uma nova espécie de macaco zogue-zogue (Callicebus caquetensis), anunciou a organização Conservation International. Mas a destruição da floresta onde vive ameaça de extinção os 250 animais que ainda restam.

A descoberta - a cargo dos professores Thomas Defler e Marta Bueno e do estudante Javier García, da Universidade Nacional da Colômbia - foi anunciada esta quinta-feira na revista científica “Primate Conservation”.

Segundo a organização, a expedição foi realizada em 2008 no estado colombiano de Caquetá, perto da fronteira com o Equador e o Peru, 30 anos depois do especialista em comportamento animal Martin Moynhian ter visitado a região e ter feito os primeiros relatos da espécie, do tamanho de um gato.

“Durante muitos anos foi impossível viajar a Caquetá devido à presença de guerrilhas armadas”, conta a organização em comunicado. Mas quando a violência diminuiu, Javier García, nativo da região, viajou até ao rio Caquetá e encontrou 13 grupos da nova espécie.

“Esta descoberta é extremamente empolgante porque tínhamos ouvido falar deste animal, mas por muito tempo não podíamos confirmar se era diferente dos outros zogue-zogue”, explicou Thomas Defler. “Agora sabemos que é uma espécie única, e isso mostra a rica variedade de vida que ainda está por ser descoberta na Amazónia”.

Mas nem tudo são boas notícias. Estima-se que existam apenas menos de 250 zogue-zogue de Caquetá; uma população saudável deveria ter milhares de indivíduos, considera a Conservation International.

“A principal razão para esse número reduzido é a destruição das florestas da região que têm sido abertas para plantios agrícolas. Isso diminui drasticamente as áreas para esses animais se reproduzirem, encontrarem alimentos e sobreviverem”.

Por isso, a espécie foi classificada como espécie Criticamente em Perigo (CR), segundo o critério da União Mundial para a Conservação da Natureza (UICN). Isto quer dizer que o animal enfrenta um risco extremamente alto de extinção no futuro muito próximo.

“A descoberta é especialmente importante porque nos lembra que devemos comemorar a diversidade de vida na Terra, mas que também precisamos agir agora para salvá-la”, alertou José Vicente Rodríguez, director da unidade de ciência da Conservação Internacional na Colômbia e presidente da Associação Colombiana de Zoologia. “Quando os líderes mundiais se reunirem na Convenção de Diversidade Biológica no Japão no final do ano, eles precisam se comprometer com a criação de mais áreas protegidas se quisermos garantir a sobrevivência de criaturas ameaçadas como esta na Amazónia e no mundo”.

A pesquisa liderada por Defler foi financiada pela Conservation International, pelo Fondo para la Acción Ambiental y la Niñez e pela Fundación Omacha.


Manual - Curso de Linguagem C em Construção v0.001


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

Biografia - Arquimedes

Imagina-te a andar por uma rua quando, de repente, sai a correr de uma casa um homem nu e molhado a gritar Eureka, Eureka! Isto aconteceu em Siracusa, uma colônia grega, há mais de 2200 anos atrás, e o nome do «maluco» em questão era Arquimedes. Na realidade, a descoberta que o levou a gritar fez dele um gênio. Foi julgado nos tribunais gregos da altura como um arruaceiro, mas, após vários e longos debates, os juizes da cidade resolveram absolvê-lo, pois havia descoberto algo realmente importante.

Este Arquimedes tinha nascido em Siracusa, Sicília em 287 a.C., e foi educado em Alexandria, no Egito. Dedicou-se à matemática desde sempre, mais especialmente aos estudos da geometria. Desde muito jovem começou a distinguir-se pelos seus trabalhos científicos.

Quando regressou a Siracusa dedicou-se ao estudo da Geometria e da Mecânica, conseguindo descobrir princípios e fazer aplicações que ainda hoje o tornam conhecido entre muitos.

O seu teorema mais famoso, é chamado Princípio de Arquimedes: “Um corpo mergulhado num líquido sofre uma impulsão vertical de baixo para cima igual ao peso do líquido deslocado". Este princípio é hoje utilizado nas ciências naturais, Farmácia e no nosso quotidiano, especialmente quando tomamos banhos de imersão. Pode-se enunciar este Princípio de maneira diferente, em duas partes:

1-Todo o corpo submerso em qualquer líquido, desloca desse líquido uma quantidade determinada, cujo volume é exatamente igual ao volume do corpo submerso.

2- O corpo submerso no líquido "perde" de seu peso uma quantidade igual ao peso do volume de líquido submerso do corpo.

Embora Arquimedes seja mais famoso pelo "Princípio de Arquimedes" na Hidrostática, talvez sejam mais notáveis as suas investigações sobre a quadratura do círculo, que vem a ser a descoberta da relação entre a circunferência e o seu diâmetro.

Arquimedes também inventou a balança, que tem seu nome, e foi o primeiro a determinar as leis do equilíbrio neste aparato.

Uma das histórias mais conhecidas a respeito de Arquimedes é a da "Coroa de ouro de Hieron":

Quando Hieron reinava em Siracusa, propôs oferecer, em um certo templo, uma coroa de ouro aos deuses imortais. Combinou a confecção da obra com um artesão mediante uma boa soma de dinheiro e a entrega da quantidade de ouro em peso. O artesão entregou a coroa na data combinada com o Rei, que a achou executada com perfeição, parecendo que contivesse todo o ouro que lhe havia sido entregue. Sabendo, porém, que o artesão retirara parte do ouro, substituindo-o por um peso equivalente em prata, o rei, indignado diante desse engodo e não tendo em mãos os meios para provar ao artesão sua fraude, encarregou a Arquimedes que se ocupasse da questão e que com sua inteligência encontrasse esses meios. Um dia em que Arquimedes, preocupado com este assunto, entrou por acaso em uma casa de banhos, percebeu que à medida que entrava na banheira, a água transbordava. Esta observação lhe fez descobrir a razão que procurava e, sem mais esperar, pela alegria que este fato lhe produzia, saiu do banho ainda nu, correndo para sua casa e gritando: Eureka! Eeureka!; isto é, "encontrei! encontrei!".

Baseado nesta descoberta, tomou, então, duas massas de igual peso que o da coroa: uma de ouro e outra de prata. Mergulhou depois a massa de prata em um vaso, o que fez sair uma quantidade de água igual ao volume dessa massa; tirou, então, a massa e voltou a encher o vaso com uma quantidade de água igual à que se derramara e que se preocupara em medir, de maneira que pode conhecer a quantidade de água que correspondia à massa de prata que introduzira no vaso. Depois desta experiência, mergulhou igualmente a massa de ouro no vaso cheio de água e, depois de havê-lo retirado, mediu novamente a água transbordada, encontrando que a massa de ouro não deslocara tanta água como a de prata e que a diferença para menos era igual à diferença entre os volumes da massa de ouro e da massa de prata em igual peso. Finalmente, voltou a encher o vaso, mergulhando desta vez a coroa, que deslocou mais água do que deslocara a massa de ouro de igual peso, porém menos que a massa de prata. Calculando, então, de acordo com estas experiências, em quanto a quantidade de água que a coroa desalojara era maior que aquela que deslocara a massa de ouro, soube quanta era a prata que fora misturada ao ouro, mostrando, assim, claramente, a fraude do artesão.

Dos seus trabalhos matemáticos destaca-se a medida do círculo, no qual considerou a medida de pi = 3 e 1/7 que obteve através da circunscrição e inscrição de um círculo com polígonos regulares de 96 lados.

Provou vários resultados geométricos entre os quais que o volume da esfera é dois terços do volume do cilindro circunscrito (Ve = 2/3 Vc).

Considerou esta como a sua mais importante realização pelo que mandou gravar no seu túmulo a representação de um cilindro circunscrevendo uma esfera.

Desenvolveu a mecânica, tendo inventado máquinas para a defesa de Siracusa como por exemplo os sistemas de roldanas, a catapulta (com base na alavanca) e o espelho de queimar (espelhos parabólicos de bronze que concentravam os raios solares).

O seu teorema mais famoso, é chamado Princípio de Arquimedes: “Um corpo mergulhado num líquido sofre uma impulsão vertical de baixo para cima igual ao peso do líquido deslocado.”

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Vídeo - Isto é Matemática T03E11 O Guarda Redes e a Geometria da Melhor Defesa

Curiosidade - Maiorca - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


É a maior ilha do arquipélago das Baleares, localizada a este de Espanha. Esta oferece a possibilidade de desfrutar tanto a sua linha costeira como o seu interior. Um clima de sonho, uma belíssima praia e uma cidade antiga, repleta de tradições.

Informação retirada daqui

Biografia - Alfred Rosenberg

Alfred Rosenberg (1893-1946) foi um político e escritor alemão.

Responsabilizado pela morte de milhões de judeus durante a segunda guerra mundial, Alfred Rosenberg -- o mais importante ideólogo do nazismo -- foi racista empedernido e combateu semitas, latinos e cristãos. Alfred Rosenberg nasceu em Reval, posterior Tallinn, Estônia, em 12 de janeiro de 1893.

Filho de um sapateiro, estudou arquitetura em Moscou -- a futura Estônia era então parte da Rússia -- até a revolução de 1917. Dois anos depois, foi para Munique, onde se juntou a Adolf Hitler, Ernest Röhm e Rudolf Hess no nascente Partido Nacional-Socialista. Como editor do jornal do partido nazista, o Völkischer Beobachter, entrou em contato com as idéias racistas do inglês Houston Stewart Chamberlain e os textos apócrifos dos Protocolos dos Sábios de Sion, do século XIX, sobre um suposto golpe judeu para dominar o mundo.

Em 1923, Hitler foi aprisionado após o golpe na cervejaria de Munique e colocou Rosenberg à frente do partido, embora o soubesse incompetente como organizador e para estabelecer posição de poder. O teórico nazista exigiu a conquista da Polônia e da Rússia no livro Der Zukunftsweg einer deutschen Aussenpolitik (1927; Futuras diretivas de uma política externa alemã).

Expôs a "pureza racial" dos alemães -- que por isso teriam o direito de dominar a Europa e o mundo -- em Der Mythus des 20 Jahrhunderts (1934; O mito do século XX). No início da segunda guerra mundial, como ministro dos territórios orientais ocupados, Rosenberg apresentou a Hitler o fascista norueguês Vidkun Quisling, para discutir um golpe de estado na Noruega. Discursos e escritos seus foram publicados em Blut und Ehre (1934-1941; Sangue e honra). Rosenberg, condenado pelo Tribunal de Nuremberg, foi enforcado em 16 de outubro de 1946.

Biografia retirada de e-biografias

Manual - Hardware - Barramentos


Download 1 - Dropbox
Download 2 - Mega
Download 3 - Google Drive
Download 4 - Box

Greve Nacional de Professores - 21 de Junho


FENPROF desmente existência de qualquer tipo de diálogo negocial com o ME

O Secretário-Geral da FENPROF esteve esta terça-feira na Edição da Noite da SIC Notícias para esclarecer que não existe, atualmente, qualquer tipo de diálogo negocial em curso com o Ministério da Educação, no que respeita à Greve de 21 de junho.

Mário Nogueira declarou que “não é verdade” que existam “contactos informais, reuniões mais técnicas” ou, sequer, “tentativas de aproximação de posições”, apesar de 2ª FENPROF ter dito que, até às 23h59 de dia 20, está perfeitamente disponível para dialogar”.

Recorde-se que o Ministro da Educação afirmou ao jornal Expresso que o diálogo com as organizações sindicais está em curso e que “estamos neste momento, como sempre, em diálogo com as organizações sindicais, também com outros atores que fazem parte da educação porque o caminho faz-se de diálogo e o diálogo continua”.

À margem de uma cerimónia sobre os 30 anos do Programa Erasmus, em Estrasburgo, Tiago Brandão Rodrigues acrescentou ainda que «o diálogo “não se cinge a reuniões formais, aquelas que são mais visíveis para o exterior”, mas que é “constante e acontece todos os dias”».

Nesta entrevista à Edição da Noite da SIC Notícias, Mário Nogueira recordou os motivos que levam os professores a recorrer à greve no dia 21 de junho, sublinhando que «quando um conflito estala neste momento [de final de ano letivo, com avaliações e exames], é porque alguma coisa muito séria está em cima da mesa». O Secretário-Geral da FENPROF aborda também a questão dos serviços mínimos e os resultados dos plenários sindicais a que tem assistido um pouco por todo o país.

terça-feira, 13 de junho de 2017

Biografia - Chopin

Professor(a) 1.º e/ ou 2.º ciclo - Estágio Profissional

Centro de Estudos, situado no Feijó, recruta professor com disponibilidade imediata.

Os candidatos devem cumprir os requisitos necessários para integrar a medida de Estágio Profissional promovida pelo IEFP. 

Os interessados deverão enviar o seu currículo para

Vídeo - Já Conheces Esta App? ep.05

Biografia - Anders Celcius

Anders Celsius nasceu em Uppsala, Suécia, como membro de uma grande família de cientistas, todos originários de uma paróquia em Ovanåker na província de Hälsingland no final do século XVI, e o nome de sua família é uma versão latinizada do presbitério (Högen). Seus avós foram professores em Uppsala; Magnus Celsius lecionava em matemática e Anders Spole em astronomia. Seu pai, Nils Celsius, foi professor de astronomia, e muitos de seus tios também foram cientistas. Após seus anos de estudos, notou-se seu talento em matemática desde muito jovem, e foi nomeado professor de astronomia em 1730.

Celsius iniciou sua "grande jornada" de cinco anos, quase imediatamente, e visitou quase todos os grandes observatórios da Europa à época, onde trabalhou em conjunto com muitos dos lendários astrônomos do século XVIII.

Logo após seu retorno a Uppsala, participou da famosa expedição do astrônomo francês Maupertuis, em 1736, à Tornea, a parte mais ao norte da Suécia ("A Expedição Lapland"). O objetivo desta expedição foi medir o comprimento de um grau através de um meridiano perto do pólo, e comparar o resultado com uma expedição similar ao Peru (hoje Equador) próxima à linha do equador. A expedição confirmou a opinião de Newton que o formato da Terra era elipsóide, achatada nos pólos. A participação de Celsius nesta expedição foi de tal maneira significativa que convenceu as autoridades suecas a construir o mais moderno observatório da época em Uppsala, em 1741.

Através de suas observações meteorológicas, construiu seu mundialmente famoso termômetro de Celsius, cuja escala iniciava-se no ponto de ebulição da água, 0 graus Celsius, e atribuindo 100 graus para o ponto de fusão (acredita-se que outro famoso cientista do século XVIII, Carl von Linné, foi o primeiro a tornar esta escala progressiva, como a conhecemos atualmente).

Juntamente com seu assistente Olof Hiorter, foi também o primeiro a compreender que o fenômeno da aurora boreal possuía causas magnéticas, através de um longo período de observações da inclinação de uma agulha de compasso e pelo grande desvio correlacionado com a forte atividade da aurora.

Na astronomia pura, Celsius fez observações de eclipses e de vários objetos astronômicos. Publicou catálogos de magnitudes cuidadosamente determinadas para um total de 300 estrelas usando seu próprio sistema fotométrico.

Celsius publicou a maior parte de seu trabalho em periódicos da "Royal Society of Sciences" em Uppsala, que é a sociedade científica mais antiga da Suécia, fundada em 1710, onde foi secretário entre 1725-1744. Também presidiu cerca de vinte dissertações em astronomia onde, como regra geral naquele tempo, foi o principal autor. Seu livro mais popular, "Arithmetics for the Swedish Youth" (1741) foi uma publicação original de um professor daquele tempo, mas com o espírito típico daquele período, o Iluminismo.

segunda-feira, 12 de junho de 2017