domingo, 18 de junho de 2017

Biografia - Sir Wroth Palmer Acland

Entrou para o exército em 1787, sendo tenente em 1790 e capitão no ano seguinte do 17º regimento de infantaria britânico, quando foi  reformado com meio soldo. Com a declaração de guerra voltou ao serviço no 3º regimento.  Serviu na campanha da Flandres e em 1795 foi promovido a major, tendo logo a seguir adquirido o posto de tenente-coronel do regimento n.º 19. Em 1796 foi para o Ceilão com este regimento e mais tarde, em 1799, trocou o seu posto pelo de tenente-coronel, com exercício de capitão, no 2º regimento de guardas, com qual fez a campanha do Egipto em 1801. Em 1803 foi promovido a coronel, e após ter participado na batalha de Maida, em 1807, onde uma força britânica derrotou no sul de Itália uma divisão francesa, foi promovido a brigadeiro sendo-lhe dado o comando de uma brigada na expedição que foi enviada em 1808 em apoio da revolta em Espanha e Portugal contra o domínio francês.
A brigada sob o seu comando fez-se ao mar com a brigada de Anstruther e quando chegou a Peniche, a 18 de Agosto,  recebeu ordens de se dirigir mais para Sul e desembarcar na foz do Maceira, em Porto Novo. Participou, por isso, na batalha do Vimeiro, ocupando uma posição central à esquerda da povoação do Vimeiro. Atacou o flanco direito da coluna francesa que atacou o Vimeiro, ajudando decididamente na derrota do exército francês.

Pouco depois da batalha do Vimeiro regressou a Inglaterra devido a problemas de saúde, não participando na campanha da Corunha, com Moore. Em 1810 foi promovido a major-general e comandou uma divisão na expedição de Walcheren. Em 1814 foi promovido a tenente-general e feito cavaleiro da ordem do Banho.  Em 1815 foi nomeado cornel do 1º batalhão do 60º regimento, e em 1816 morreu devido ao reaparecimento das febres que tinham posto a sua vida em causa em 1808.

Biografia retirada de Arqnet

Conteúdo - AMI BIOS beep codes


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Conteúdo - Síndrome de Asperger - Classificação


A linha que separa a Síndrome de Asperger (SA) e o Autismo de alta funcionalidade (AAF) é incerta. O transtorno do espectro autista é, até certo ponto, um artefato de como o autismo foi descoberto e pode não refletir a verdadeira natureza do espectro; problemas metodológicos tem envolvido a síndrome enquanto um diagnóstico válido desde o começo. Na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), publicado em maio de 2013, a síndrome de Asperger, enquanto um diagnóstico separado, foi eliminada e encaixada dentro do espectro autista. Assim como o diagnóstico da síndrome, a mudança é controversa e a SA não foi removida do Catálogo Internacional de Doenças (CID-10).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Síndrome de Asperger como um dos transtornos do espectro autista ou condições do transtorno global do desenvolvimento, as quais são um espectro de condições neurológicas que se caracterizam por dificuldades na interação social e na comunicação, além de interesses restritos e comportamentos repetitivos. O Transtorno do Espectro Autista começa na infância e se instala antes dos 3 anos, tem um andamento estável, sem agravamento da condição já existente ou deterioração do funcionamento mental e geralmente apresenta melhoras que resultam da maturação de vários sistemas do cérebro. É comum que algumas pessoas e ao menos um dos pais de crianças diagnosticadas com a Síndrome de Asperger apresentem alguns traços semelhantes à síndrome, sem que preencham critérios suficientes para o diagnóstico de autismo, caracterizando o que se chama de fenótipo ampliado do autismo (FAA).  Das quatro formas de Transtorno do Espectro Autista, o autismo é a mais parecida com a Síndrome de Asperger em sinais e prováveis causas, mas seu diagnóstico requer comunicação prejudicada e permite atrasos no desenvolvimento cognitivo; a Síndrome de Rett e o Transtorno desintegrativo da infância compartilham vários sinais com o autismo, mas podem ter causas não relacionadas; e o Transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação é diagnosticado quando os critérios para distúrbios mais específicos são insatisfatórios.

sábado, 17 de junho de 2017

Biografia - Beethoven

Conteúdo - Francis Bacon


O pensamento filosófico de Bacon representa a tentativa de realizar aquilo que ele mesmo chamou de Instauratio magna (Grande restauração). A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo do estado em que se encontrava a ciência da época, acabariam por apresentar um novo método que deveria superar e substituir o de Aristóteles. Esses tratados deveriam apresentar um modo específico de investigação dos fatos, passando, a seguir, para a investigação das leis e retornavam para o mundo dos fatos para nele promover as ações que se revelassem possíveis. Bacon desejava uma reforma completa do conhecimento. A tarefa era, obviamente, gigantesca e o filósofo produziu apenas certo número de tratados. Não obstante, a primeira parte da Instauratio foi concluída.

A reforma do conhecimento é justificada em uma crítica à filosofia anterior (especialmente a Escolástica), considerada estéril por não apresentar nenhum resultado prático para a vida do homem. O conhecimento científico, para Bacon, tem por finalidade servir o homem e dar-lhe poder sobre a natureza. A ciência antiga, de origem aristotélica, também é criticada. Demócrito, contudo, era tido em alta conta por Bacon, que o considerava mais importante que Platão e Aristóteles.

A ciência deve restabelecer o imperium hominis (império do homem) sobre as coisas. A filosofia verdadeira não é apenas a ciência das coisas divinas e humanas. É também algo prático. Saber é poder. A mentalidade científica somente será alcançada através do expurgo de uma série de preconceitos por Bacon chamados ídolos. O conhecimento, o saber, é apenas um meio vigoroso e seguro de conquistar poder sobre a natureza.

Professor/a de Física/Química - Lagoa

A Nobel International School Algarve procura professor/a de Física / Química para o próximo ano lectivo. 

Oferecemos: 
Contrato anual;
Possibilidade de carreira estável;
Excelente ambiente de trabalho;
Possibilidade de desenvolver projetos interessantes e motivadores.

Enviar curriculo para:
daniel.vasconcelos@nobelalgarve.com

Biografia - Agatha Christie

Agatha Christie (1890-1976) foi escritora inglesa. "Hercule Poirot" é um detetive belga que aparece em 33 obras da autora. Agatha foi a maior escritora policial de todos os tempos. Escreveu 93 livros e 17 peças teatrais. Agatha Christie (1890-1976) nasceu em Torquay, condado de Devonshiri, Inglaterra, no dia 15 de setembro de 1890. Filha do americano FredericK Miller e da inglesa Clara. 

De família rica, Agatha estudou em casa, com professores particulares, aprendeu piano e canto. Passava a maior parte do tempo escrevendo poemas e contos. Em 1914, casa-se com o piloto inglês Archibald Christie, de quem adota o sobrenome. Em 1917, desafiada pela irmã Madge a criar uma trama policial, escreve seu primeiro livro, "O Misterioso Caso de Styles", em que o detetive belga, Hercule Poirot, aparece pela primeira vez. O livro só foi publicado em 1920. Escreveu outros livros mas, foi em 1826, com "O Assassinato de Roger Ackroyd", que ficou famosa. 

Depois que seu marido revelou que queria se separar, Agatha desaparece e só é encontrada depois de 11 dias. Algumas pessoas afirmavam que o desaparecimento foi uma trama para vender mais livros. Em 1930, já divorciada, casa-se com o arqueólogo Max Mallowan e com ele viaja pelo Oriente, onde se inspira para escrever vários livros entre eles "Assassinato no Expresso do Oriente" (1934), "Morte na Mesopotânia" (1936), "Morte no Nilo" (1937) e "Aventura em Bagdá" (1951). Seu personagem mais constante, o detetive Hercule Poirot, aparece em 33 livros. 

Outro personagem conhecido é a curiosa Miss Marple, inspirada em sua avó. A peça "A Ratoeira" (1951) é a mais popular de Agatha Christie, encenada mais de 13 mil vezes na Inglaterra. Alguns de seus livros foram adaptados para o cinema, televisão e teatro. Agatha Mary Clarissa Miller, morreu de pneumonia, no dia 12 de janeiro de 1976.

Biografia retirada de e-biografias

Notícia - O umbigo é um mundo de bactérias novas para a ciência

Quantas espécies de bactérias tem o seu umbigo? No caso do escritor e divulgador de ciência Carl Zimmer são 53, mas varia consoante a pessoa. O projecto Biodiversidade do Umbigo já descobriu ao todo 1400 variedades, das 95 amostras que já foram analisadas. Em 662 casos, os investigadores nem sequer conseguiram classificá-las dentro de uma família, o que é uma indicação muito forte de que estas bactérias são completamente novas para a ciência.

Apenas 40 espécies perfazem 80 por cento da população de bactérias que existem nos nossos umbigos (Sérgio Azenha (arquivo))

“Você sabe mais sobre as espécies que vivem na Austrália do que as que vivem no seu próprio umbigo”, diz uma frase no sítio de internet do projecto feito pela equipa de Jiri Hulcr, da Universidade de Raleigh do Estado da Carolina, Estados Unidos.

A ideia era divulgar a ciência de uma forma leve e atrair as pessoas para a microbiologia do corpo humano. “Cada pessoa é uma selva de micróbios tão rica, colorida e dinâmica que há uma probabilidade enorme de o seu corpo hospedar espécies que os cientistas nunca estudaram”, refere o site. E assim foi, o que começou por ser um projecto divertido, está a contribuir para a descoberta de uma flora completamente nova.

A equipa analisou o gene para o ARN ribossomal 16S das bactérias de 95 amostras. Este gene é muito utilizado para estudar as relações evolucionárias entre as bactérias, e comparou os resultados com os bancos genéticos que existem.

Ao todo, os cientistas já recolheram mais de 500 amostras. Entre as quais, está a “selva” do umbigo do divulgador de ciência Carl Zimmer, que escreveu um texto sobre esta experiência no seu blogue “The Loom”. A amostra tinha 53 espécies diferentes.

“Não tenho a certeza se devo sentir-me bem ou mal por esta revelação. Pelo lado positivo, sei que a diversidade faz com que os ecossistemas trabalhem melhor”, disse Zimmer, que escreve sobre ciência para o New York Times e tem vários livros publicados. Das 53 espécies, 35 só aparecerem em 10 ou menos voluntários, as outras 17 espécies Zimmer não partilha com ninguém.

Apesar das 1400 espécies encontradas ao todo ser um número grande, estes primeiros resultados indicam que apenas um pequeno grupo de 40 espécies perfaz 80 por cento da população de bactérias que existem nos nossos umbigos.

“É tentador pensar que as espécies abundantes são as boas, e que as raras são passageiras, à espera de tomar o lugar, o que por vezes pode ser feito às nossas custas”, disse citado pelo Washington Post Rob Dunn, chefe do laboratório onde a equipa trabalha e autor do livro “A vida selvagem dos nossos corpos”.

Notícia - Descoberto novo antibiótico para bactérias multirresistentes


Uma equipa internacional de investigadores descobriu um novo antibiótico eficaz contra bactérias multirresistentes, capaz de matar um amplo espectro de bactérias.

Os cientistas, coordenados por Richard H. Ebright, da Universidade de Rutgers em New Brunswick (nos Estados Unidos), aliados a uma empresa de biotecnologia, indicaram que o poderoso antibiótico, pseudouridimicina, produzido por um microorganismo encontrado em amostras de solo apanhadas em Itália, curou infecções bacterianas em ratinhos.

A informação foi divulgada esta quinta-feira na revista Cell, num artigo científico em que os investigadores explicam que o novo antibiótico inibe a enzima responsável pela síntese do ARN bacteriano (ácido ribonucleico da bactéria com funções reguladoras e catalíticas) de uma forma diferente do que fazem os actuais medicamentos.

Os especialistas dizem que o novo antibiótico tem essa função inibidora na bactéria mas não nas polimerases (enzimas) humanas e explicam, em termos técnicos, por que razão tem uma baixa taxa de resistência. Consideram ainda que a descoberta põe em destaque a importância de produtos naturais na criação de novos antibióticos, segundo um comunicado da Universidade de Rutgers. Porque, dizem, os microorganismos tiveram muitos milhões de anos para desenvolver “armas químicas” para matar outros microorganismos. 

Informação retirada daqui

Afinal, o Amazonas é muito mais velho do que se pensava


O rio Amazonas tem pelo menos nove milhões de anos, contrariando estudos anteriores que apontavam para 2,6 milhões, segundo um trabalho das universidades de Amesterdão e Brasília.

De acordo com o estudo publicado na revista Jornal Global and Planetary Change, a equipa de investigadores fez uma análise a sedimentos retirados de um furo de exploração de hidrocarbonetos ao largo do Brasil, situado a 4,5 quilómetros abaixo da superfície do mar. Essa análise mostrou uma diferença na composição sedimentar de resíduos de plantas que remontam ao Mioceno Superior, há cerca de 9,4 milhões de anos.

Estas novas datas contradizem anteriores informações sobre a idade do Amazonas. Estimativas recentes apontavam para que o rio tivesse 2,6 milhões de anos. Num estudo mais antigo estimava-se que tivesse entre um a 1,5 milhões de anos. Este é agora o primeiro que aponta para que o rio Amazonas tenha, no mínimo, nove milhões de anos.

A equipa diz que conseguiu determinar com mais precisão o início da formação deste rio graças ao estudo de amostras obtidas do “leque submarino” do Amazonas, que é a acumulação de sedimentos, precisamente em forma de leque, que foram transportados para o mar pelo rio e cujos depósitos permitem traçar a sua história evolutiva.

O estudo também descobriu como é que a flora da região do Amazonas se foi alterando, especialmente na época que antecede o Pleistoceno, marcado pelas descidas drásticas de temperatura. “Os nossos novos dados confirmaram que o rio Amazonas é mais velho, mas também apontam para uma expansão de prados durante o Pleistoceno que não era conhecida antes. A pesquisa subsequente na terra e no mar pode dar mais respostas, mas requerem investimento em termos de perfuração continental e marítima”, disse a principal autora do artigo científico, Carina Hoorn, do Instituto para a Biodiversidade e Dinâmica do Ecossistema da Universidade de Amesterdão, em nota de imprensa.

O Amazonas contribui para um quinto do total de água doce dos oceanos a nível global. É, também, o rio com a maior bacia de drenagem do mundo. A história do Amazonas e da sua bacia de drenagem têm sido difíceis de desvendar e têm-se revelado um verdadeiro desafio para os investigadores. O registo marinho que existe é completo, mas de difícil acesso. O registo continental é escasso e fragmentado.

No entanto, é importante conhecer as alterações pelas quais o Amazonas já passou. Não só porque há uma grande franja de população, na América do Sul (e não só), a depender deste rio, mas também porque estas informações podem traçar padrões de alterações climáticas a nível global que importa conhecer.

Informação retirada daqui

EFA - STC - Exercício - Meios de Transporte e Migrações - Sociedade, Tecnologia e Ciência

Faça uma pesquisa (internet, jornais, revistas, livros,…) e responda de forma clara e sucinta às seguintes questões:

1. Identifique meios de transporte utilizados nas migrações ao longo dos tempos.

2. Relacione as alterações dos custos e tempos de transporte na estrutura das migrações (locais de origem, períodos de retorno a casa,…)

Higiene e Segurança no Trabalho - Powerpoint sobre Análise de Riscos


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Vídeo - Já Conheces Esta App? ep.06

Biografia - Amadeu Avogadro

(1776 - 1856) Cientista italiano, nascido em Turim, que formulou a hipótese sobre a composição molecular dos gases (1811). Filho de um importante administrador público e advogado eclesiástico, o Conde de Avogadro, formou-se em ciências jurídicas, mas exerceu a advocacia por pouco tempo, dedicando-se como amador a matemática, a física e a química. Tornou-se professor de física e de matemática no Realli Collegio de Vercelli (1809). Com base nos estudos de Joseph-Louis Gay-Lussac, enunciou (1811) o extraordinário princípio de Avogadro: Volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de temperatura e pressão, têm o mesmo número de moléculas, que se constituiu num apoio decisivo à teoria atômica (posteriormente foi definido o número de moléculas em uma molécula grama, o chamado número de Avogadro: N = 6,0225 x 10²³ uma medida constante, válida para todas as substâncias), independentemente comprovado por Ampère (1815) e consagrado definitivamente (1858), pelo italiano Stanislao Cannizzaro. Essa lei permitiu explicar por que os gases se combinam quimicamente em proporções simples de números inteiros, como havia observado, anos antes, Joseph-Louis Gay-Lussac. Possibilitou, também, elucidar a estrutura diatômica das moléculas de gases como o nitrogênio, o hidrogênio e oxigênio. Foi o primeiro cientista a dar o nome de molécula aos átomos compostos resultantes de uma ligação química. Ingressou na Universidade de Turim (1820), onde permaneceu por dois anos, retornando (1834) e trabalhando até a aposentadoria, 16 anos após.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Vídeo - Isto é Matemática T03E12 A Proporção Divina - Parte 1

Desenhos para colorir - Primavera


Curiosidade - Malta - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


Não seria possível pedir um clima melhor. Malta tem mais de 300 dias de sol por ano, e está rodeada por águas límpidas e azuis. É uma cidade com templos pré-históricos, tem dos edifícios mais antigos do mundo.

Informação retirada daqui

Manual - Hardware - Processadores


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Conteúdo - Síndrome de Asperger


Síndrome de Asperger (SA), também conhecida por Transtorno de Asperger ou simplesmente Asperger é uma condição neurológica do espectro autista caracterizada por dificuldades significativas na interação social e comunicação não-verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. Difere de outros transtornos do espectro autista pelo desenvolvimento típico da linguagem e cognição. Embora não seja fundamental para o diagnóstico, ser fisicamente desajeitado e ter uma linguagem atípica ou excêntrica são características frequentemente citadas pelas pessoas com a síndrome. O diagnóstico com a nomenclatura de Síndrome de Asperger foi eliminado na quinta edição (2013) do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) e a síndrome foi incorporada aos transtornos do espectro autista, de grau leve. O termo técnico aplicado à Síndrome de Asperger nos manuais médicos atuais é Desordem do Espectro Autista de Nível 1, sem a presença de prejuízos intelectuais ou verbais. Existem 3 níveis de severidade no autismo, sendo 1 o mais leve, 2 o nível médio/moderado e 3 o grau mais severo.

A síndrome foi nomeada em homenagem a Hans Asperger, pediatra austríaco que em 1944 estudou e descreveu crianças nas quais, em seus cotidianos apresentavam falta de habilidades na linguagem não verbal, demonstravam limitada empatia por seus pares e eram fisicamente desajeitadas. A moderna concepção da síndrome de Asperger surgiu em 1981 e passou por um período de popularização, tornando-se um padrão diagnóstico no começo dos anos 1990. Muitas questões e controvérsias permanecem acerca de seus aspectos. Questiona-se sua distinção com o autismo de alta funcionalidade em parte por causa disso, sua prevalência não é firmemente estabelecida.

A causa exata da síndrome é desconhecida. Embora pesquisas sugiram uma possibilidade de bases genéticas, não há causa genética conhecida e técnicas de mapeamento cerebral não identificaram resultados claros e concisos. Há vários tipos de tratamento e sua efetividade é limitada. Os recursos médicos procuram atenuar os sintomas e melhorar as habilidades. A principal delas é a terapia comportamental em déficits específicos, tais como dificuldades de comunicação, rotinas obsessivas e/ou repetitivas e movimentos desajeitados. Muitas crianças melhoram conforme caminham para a idade adulta, mas dificuldades sociais e de comunicação podem persistir. Alguns pesquisadores e indivíduos defendem uma mudança de postura em relação à síndrome no sentido de tratá-la como uma diferença, em vez de uma deficiência que deva ser tratada ou curada.

Biografia - D.João Carlos de Bragança de Sousa Ligne Tavares Mascarenhas da Silva, 2.º duque de Lafões

n.5 de março de 1719.
f. 10 de novembro de 1806.

Marechal general, fundador da Academia Real das Ciências, etc. 

Nasceu em Lisboa a 6 de março de 1719, faleceu a 10 de novembro de 1806. 

Era filho segundo do infante D. Miguel, filho legitimado do rei D. Pedro II, o qual casara em 30 de janeiro de 1715 com D. Luísa Casimira de Nassau e Sousa, filha do príncipe Carlos José de Ligne, do sacro império romano, senescal do Arnaut, que foi feito em Portugal conde de Miranda pelo seu casamento com D. Mariana Luísa Francisca de Sousa Tavares da Silva, 5.ª condessa desse título, sendo depois o 2.º marquês de Arronches (V. este título), embaixador de Portugal na corte do imperador Leopoldo de Alemanha. Esta senhora foi sucessora da importante casa de Miranda, de todos os bens da coroa e ordens, morgados, padroados, etc. a ela pertencentes. O infante D. Miguel faleceu desgraçadamente em 13 de janeiro de 1724, afogado no rio Tejo, por se ter voltado o escaler que o conduzia da Outra Banda a Lisboa. Sua mulher sobreviveu-lhe perto de cinco anos, falecendo a 16 de maio de 1729. 

O herdeiro de toda esta importantíssima casa foi o filho primogénito de D. Miguel, o infante D. Pedro Henrique de Bragança, de quem adiante falamos, o qual foi o 1.º duque de Lafões, e por sua morte, ficou herdeiro seu irmão D. João Carlos de Bragança, nos senhorios, alcaidarias-mores, comendas, padroados e outros bens por ele possuídos, o qual teve o titulo de 2.º duque do mesmo titulo. A casa de Sousa, donde descendia pelo lado materno, era muito nobre e antiquíssima, pois a instituição daquele senhorio remonta ao ano 300. D. João Carlos de Bragança foi baptizado a 25 de abril de 1719 pelo patriarca D. Tomás de Almeida, sendo padrinho D. João V, seu tio. Estudou humanidades e filosofia juntamente com o duque seu irmão e com o maior aproveitamento, seguindo depois na Universidade de Coimbra o curso de Direito Canónico, entrando como porcionista no colégio de S. Pedro. D. João V destinava-o à carreira eclesiástica, e ainda na infância havia chegado a tomar o hábito; deu-lhe as honras de marquês por aviso de 31 de junho de 1738, tendo a precedência aos marqueses que depois dele fossem criados, e se lhe passou carta com excessiva vantagem, em razão do parentesco, às dos mais marqueses, para cujo efeito baixou o decreto pelo conselho da fazenda, 1 de setembro de 1740, do assentamento do dito titulo de 500$000 réis anuais, passando-lhe carta em 4 de novembro, e de que fossem, sem exemplo, assentados no almoxarifado da imposição dos vinhos desta cidade, onde em 25 de dezembro de 1753 se pôs apostilha de transferência para os receber pela alfândega, juntamente com uma tença de 300$000 réis, de que lhe fora dado um padrão em 25 de junho deste ultimo ano, principiando a vencer por essa casa desde 1 de janeiro de 1752, em diante. 

Em 31 de agosto de 1740 foi nomeado conselheiro do rei D. João, porém, não se conformava com a vida religiosa, para que não se sentia com vocação, o que muito desgostava o seu real tio e protector. Nascera na corte e para corte, atraíram-no os exercícios corporais, as artes nobres, as línguas e as belas letras. Às naturais fidalguias e à afável jovialidade que o tornava de todos tão procurado, juntava muito notável agudeza de espírito e grande propensão ao epigrama, pelo que poucas vezes perdoava a qualquer vício ou ridículo. Na universidade, tanto o reitor como os lentes não tinham tido nunca um discípulo de tão elevada categoria, e na época dos exames ficaram incertos sem saberem qual o formulário que deveriam empregar no modo de o examinarem. Expuseram as suas dúvidas para a corte, e receberam em resposta a seguinte repreensão: 

«Carta régia para Francisco Carneiro de Figueiroa, reitor da Universidade de Coimbra 

– Reitor e lentes da Universidade de Coimbra: eu el-rei vos envio muito saudar. Vi a consulta que me fizestes sobre o formulário dos actos de meu sobrinho D. João Carlos, e, como seja certo que as regras estabelecidas para se guardarem entre os meus vassalos não compreendam as pessoas reais nem as que lhe são imediatas: ora estranho muito as mesmas dúvidas assim por este respeito que não deveis perder de vista, como porque destes a conhecer a fraqueza dessa universidade na ignorância que tendes para poder tratar com pessoas de alta qualidade. Fazei também estudo político, que é preciso aos homens que desejam ser sábios, se quereis merecer a minha protecção, Lisboa, 4 de abril de 1742. 

Rei.»

«Aviso de Alexandre de Gusmão ao Sr. D. João; 

Ill.mo e Ex.mo Sr. El-rei viu a consulta da Universidade pela qual se certificava das dúvidas que tinham o reitor e lentes dela sobre o formulário dos actos de V. Ex.ª, e dando-se por mal servido, os repreende por carta deste correio. Viu também a carta de V Ex.ª, e ponderando os seus escrúpulos, o quer eximir deles, mandando que V. Ex.ª se recolha à corte, sem despedir-se de pessoa alguma empregada no ministério da Universidade. A pessoa de V Ex.ª guarde Deus muitos anos, Lisboa, 4 de abril de 1742, etc».

«No sobrescrito deste Aviso lia-se: «Ao Sr. D. João Carlos de Bragança, príncipe do sangue da real família de Portugal, Coimbra.» Em vista deste aviso, o príncipe D. João Carlos recolheu-se a Lisboa, e aqui se demorou até à morte do monarca. Começando o novo reinado, com a subida ao trono do rei D. José, mudou-se o aspecto da corte. Os foros da nobreza, sucessivas vezes exorbitantes e nem sempre pacíficos, eram forçados a abaixar-se ante o poder ilimitado do ministro Sebastião José de Carvalho e Melo. A nobreza não abandonou nunca de bom grado os seus privilégios, e à impressão de espanto sucedeu o instinto da resistência. Com a sua atitude mostrou a nobreza que as inovações do ministro não seriam aceites sem luta. D. João Carlos de Bragança, que pelas primazias do engenho e dotes do coração se fizera já bem quisto dos jovens fidalgos e do povo, pela hierarquia, pelo sangue e nome que o traziam perto do trono, e por isso o faziam menos acessível às repressões, parecia talhado, depois dos Marialvas, satisfeitos ou indiferentes, para chefe e centro temível das oposições áulicas. O conde de Oeiras, porém, não esmorecia na sua reconhecida energia, e não tardou, apesar de ser quem era, que D. João Carlos de Bragança recebesse as mais visíveis provas de desagrado do soberano. Morrera-lhe o seu irmão mais velho em 1761, sem deixar sucessor, e pertencia-lhe de direito a casa e o título de duque, e o rei negou-lhe a sucessão no ducado. 

O príncipe D. João percebeu o golpe, e não quis reagir, apesar de o poder fazer; considerando a sua falsa posição na corte, resignou-se e pediu licença para sair do reino, que logo lhe foi concedida. Foi então residir para Inglaterra, e ali se relacionou com os mais conhecidos eruditos, fortalecendo com o estudo e aquela convivência o amor à ciência, e tanto se salientou e tanta estima adquiriu, que mereceu a grande honra de ser nomeado membro da Sociedade Real de Londres, distinção que acima de todas apreciava, dizendo que só a devia a si próprio. Contudo, o culto pelas armas também o animava. Declarara-se a guerra entre a Áustria e a Prússia, e alistou-se como voluntário, defendendo a bandeira austríaca, militando na guerra dos Sete Anos, distinguindo-se na batalha de Maxen, em que a sorte das armas se decidiu contra Maria Teresa, de Áustria, terminando aquela guerra com a paz de Hubertsburgo, e a perda da Silésia, que passou às mãos do vencedor. D. João Carlos de Bragança ficara entre os vencidos, mas foi saudado pelos camaradas e pelos próprios inimigos pelo seu denodo e galhardia. Despreocupado, e impossibilitado ainda de voltar à pátria, empreendeu uma série de viagens, com as quais o seu esclarecido espírito muito se enriqueceu. Por duas vezes percorreu a Suíça, a Itália e a França. Visitou depois sucessivamente a Grécia europeia, o Egipto, a Trácia, a Frigia, a Lídia, a Tessália e a Mesopotâmia. Mais tarde esteve na Prússia, Polónia, Suécia, Dinamarca e Lapónia. Em todas as cortes estrangeiras era admirada a sua ilustração, sendo bem acolhido pelos soberanos e homens notáveis, mantendo com o imperador José II da Alemanha tão cordiais e afectuosas relações que, ainda depois de viver em Portugal, não deixou o imperador de se corresponder com o seu dilecto amigo. 

Falecendo o rei D. José em 1777 e terminando com a sua morte o governo do marquês de Pombal, voltou à pátria em 1779 D. João Carlos de Bragança, depois duma ausência de dezassete anos, já no reinado da rainha D. Maria I. Esperavam-no os mais altos favores do trono como para lhe compensar o longo, ainda que espontâneo, desterro. Recebeu o título de duque de Lafões, que lhe fora negado, sendo-lhe então restituídas as comendas de que fora, privado, com os seus atrasados rendimentos, por alvarás de mercê; nos anos de 1777 e 1778 e as custas no de 1781. Por carta de 11 de Abril de 1780 se lhe fez assentamento de mais 250$000 réis para, com os 500$000 réis que percebia como marquês, completar 750$000 réis do título de duque e vencendo este assentamento anualmente desde o dia em que o fora feito. Por decreto de 15 de setembro do mesmo ano teve a nomeação de conselheiro de guerra, e mais tarde, a de conselheiro de Estado, em 9 de julho de 1796. Sucedeu no governo das armas da corte ao tenente general conde de Azambuja, e comandou as tropas no seu funeral. Por decreto de 13 de maio de 1791 foi nomeado marechal general encarregado do governo das armas de todas as tropas de infantaria, cavalaria, artilharia e corpo de engenheiros, e director de todas elas. A carta régia do príncipe regente de 26 de janeiro de 1801 o nomeou mordomo-mor, mas já tinha esse cargo no dia 6 do referido mês, data do decreto porque o mesmo senhor o nomeara ministro assistente ao despacho do gabinete, para todos os negócios e incumbências de que o regente fosse servido encarregá-lo, em todos os ramos da administração publica, que se achavam divididos pelas secretarias do Estado, encarregando-o particularmente do expediente dos negócios da guerra, que o regente havia separado da secretaria de Estado a que pertencia. A sua ilustração e persistência durante largos anos nas cortes estrangeiras lhe adquiriram a maior influência na corte. O seu parecer era frequentemente consultado e as suas opiniões escutadas com o máximo interesse. 

No seu regresso a Portugal ouvira o duque de Lafões, em Nápoles, falar muito vantajosamente do erudito abade José Correia da Serra, que então vivia em Roma. O duque não se descuidou de relacionar-se com o seu ilustrado compatriota, e teve a fortuna de o trazer consigo para Lisboa, hospedando-o no seu próprio palácio. José Correia da Serra veio a ser o mentor e o guia do duque nas suas lucubrações literárias e científicas. O ilustre fidalgo e Correia da Serra lembraram-se então de fundar uma sociedade cientifica e literária, que estivesse à, altura das outras sociedades congéneres existentes na Europa, e substituísse a decadente e quase moribunda Academia Real de Historia Portuguesa, fundada por D. João V em 1720. Obtido o beneplácito régio instituiu-se a Academia Real das Ciências de Lisboa, cujos estatutos foram aprovados em 24 de dezembro de 1779. Esta academia ficou constituída com os homens mais eminentes em ciências e em letras que nessa época viviam em Portugal. A primeira sessão realizou-se em 16 de janeiro de 1780, em que o duque de Lafões foi eleito sócio efectivo na classe de literatura portuguesa, e na seguinte sessão nomeado presidente perpétuo, e o abade José Correia da Serra primeiro secretario (V. Academia Real das Ciências). Na sessão de 2 de outubro, foi o duque nomeado membro da comissão de Industria Nacional. Como estadista, o duque de Lafões, que perfeitamente conhecia o estado da Europa, não cessava de aconselhar que se mantivesse uma prudente , neutralidade nas guerras que rebentaram, quando começou em França a grande revolução, mas o seu voto não foi atendido, prevalecendo nos conselhos do príncipe regente D. João o fanatismo monárquico de alguns ministros, de que resultaram os graves acontecimentos já bem conhecidos. 

Entrámos com a Espanha e a Inglaterra na luta contra a França, fizeram-se terríveis sacrifícios, tendo-se em paga o abandono da Espanha que negociou sozinha com a França, deixando-nos nos maiores embaraços, e o abandono da Inglaterra que levara a nossa esquadra a sitiar Toulon, deixando a descoberto as nossas colónias e o nosso comércio. Finalmente, em 1801 a Espanha aliada com a França veio declarar guerra a Portugal, e a Inglaterra deixou-nos completamente sós. O exército espanhol do Príncipe da Paz transpôs as fronteiras do Alentejo. Todos se confiavam na experiência militar do antigo voluntário de Maria Teresa de Áustria, e o duque de Lafões, apesar de já ter oitenta e dois anos de idade, foi no seu posto de marechal general tomar conta do comando do exército português. Desenvolveu a maior actividade, procurando organizar energicamente a defesa, mostrando haver cursado boa escola. O rápido e deplorável desfecho da campanha com a capitulação das nossas praças de guerra, e o malogro de justíssimas esperanças, tudo devido a rivalidades, egoísmos, intrigas e vindictas, tornaram mal visto aquele período fatal do ano de 1801, ficando na sombra os verdadeiros autores e responsáveis das suas catástrofes. O general Francisco de Borja Garção Stockler justificou brilhantemente o duque marechal, conservando e publicando nas Cartas ao autor da Historia Geral das invasões francesas, as ideias que em tão breve prazo ele chegara a formular para o restabelecimento do sistema militar do país. Teoricamente, eram tais ideias e planos de um capitão consumado nas coisas da guerra. Praticamente, foi dirigida pelo duque em pessoa a única operação importante que teve lugar no Alentejo, operação por meio da qual salvou o exército, efectuando habilmente a junção das suas forças com a divisão inglesa do general Fraser e os regimentos de Lippe e Lisboa, que iam, com alguns esquadrões de cavalaria, em marcha pelo Crato sobre Portalegre. O duque de Lafões, nesse mesmo ano de 1801, retirou-se à vida privada, no seu palácio situado no sítio do Grilo, entregando-se nos últimos anos aos seus trabalhos literários e científicos. Ali reunia os homens mais eruditos, com quem sustentava conversações, e discussões científicas; inspeccionava as muitas obras que trazia nas suas quintas, e coligiu uma copiosa livraria rica de edições e manuscritos raros, e a galeria de pintura existente no referido palácio do Grilo. 

O duque de Lafões casou com D. Henriqueta Júlia Lorena e Meneses, filha dos marqueses de Marialva; deste consórcio houve um filho, que faleceu com seis anos de idade, e foi duque de Miranda do Corvo; e duas filhas: uma que herdou o titulo de duquesa de Lafões, e casou com D. Segismundo, irmão do duque de Cadaval; a seu pai fora feita mercê, por alvará de 19 de dezembro de 1805, dos bens da coroa e ordens, e dos títulos de juro e herdade, para esta sua filha sucessora da sua casa. A outra filha casou com o duque de Cadaval. O duque de Lafões era grã-cruz, alferes da ordem de Cristo, por decreto de 9 de novembro de 1789 tendo começado já a usar desta insígnia em 15 de setembro antecedente. Também possuía a grã-cruz da Legião de Honra, de França. A Academia Real das Ciências, em gratidão para com o seu fundador, resolveu em 1817 mandar fazer o busto do duque de Lafões para ser colocado na sala das sessões. O encarregado do trabalho da escultura foi o professor Joaquim Machado de Castro, que era sócio correspondente da mesma academia. A Academia tinha deliberado que as despesas da feitura do busto corressem por conta dos sócios, e não pela do cofre; sucedeu, porém, que a quota de contribuição se tornasse muito módica, porquanto Joaquim Machado de Castro se prestou generoso a executar de graça a parte mais essencial da obra, isto é tudo o que pertencia ao trabalho pessoal do artista. O vice-presidente disse que as diferentes transacções correriam pela sua mão, e se anunciara com prazer ao corpo académico o desinteresse do artista insigne, tivera também a satisfação de ver o bem merecido apreço que se fez daquela oferta, e o voto unânime de ela ser de alguma forma compensada por este testemunho publico de gratidão, e pelo dom de uma medalha de ouro, o maior prémio com que entre nós se costuma gratificar o saber e os talentos É honra para a Academia poder apresentar a nacionais e a estrangeiros este belo monumento de gratidão à memória do seu fundador. O busto fez se, e colocou-se efectivamente na referida Sala, sobre um pedestal feito de madeira. Em 1866, porém, sendo presidente o rei D. Fernando, resolveu a Academia substituir este pedestal, que se considerava impróprio, por um outro de mármore, que neste ano foi colocado na referida sala, onde ainda hoje existe. O pedestal de madeira está na sala que antecede a das sessões sobre o qual se vê o modelo da estátua equestre de D. Pedro IV, que está na praça de D. Pedro, no Porto. No pedestal gravou-se a seguinte inscrição:

JOANNIS CAROLI A BRAGANTIA
ALAFONENSIS DUCIS
AVIS EDITI REGIBUS
ANNO SALUTIS MDCCXIX NATI
MDCCCVI DEMORTUI
BELLICA VIRTUTE
MILITARIBUS DISCIPLINIS
OMNIBUS ARTIBUS INGENUIS
DOMI ET APUD EXTERAS GENTES
CLARISSIMI
INGENIORUM FAUTORIS MUNIFICI
HANC EFFIGIEM
OLIM A JOACHIMO MACHADO DE CASTRO SCULPTAM
REGNANTE LUDOVICO I
REGE FERDINANDO II PRESIDE
REGIA SCIENTIARUM OLYSSIPONENSIS ACADEMIA
TANTI VIRI FUNDATORIS SUI
NON IMMEMOR
HEIC PONENDAM CURAVIT
ANNO MDCCCLXVI

Acerca do duque de Latões, pôde ver-se o Arquivo Pitoresco, vol. IX, pág. 147; A Historia dos estabelecimentos científicos, literários e artísticos de Portugal, de José Silvestre Ribeiro; vol. II, pág. 37 a 61, e 267 a 369; Ilustração, vol. II, pág. 22; Universo Pitoresco, vol. III, pág. 328; Elogio histórico, por José da Silva Mendes Leal, recitado na Academia Real das Ciências em 1860.

Biografia retirada daqui