segunda-feira, 3 de julho de 2017

Conteúdo - Francis Bacon - Linha do tempo


1558 — Morte de Maria I, que é sucedida por Elizabeth I.
1561 — Nasce Francis Bacon.
1564 — Nasce Galileu Galilei
1576 — Bacon viaja para França.
1588 — Derrota da Invencível Armada.
1596 — Nasce Descartes.
1618 — Bacon é Lorde Chanceler e barão de Verulam.
1620 — Publicação de Novum Organum
1621 — Bacon é acusado de corrupção
1624 — Publicação de Nova Atlantis
1626 — Morte de Bacon.

Conteúdo - Síndrome de Asperger - Afinal o que é?


Maria Viana, mãe de Bruno, recorda que o filho, por volta dos dois ou três anos, tinha pouca iniciativa em procurar os outros, sobretudo crianças, e, se o fazia, era de forma desajustada mordiscando ou beliscando. Achava-o também muito contido nas emoções, com poucos risos e poucos choros, e embora tivesse com grande léxico de palavras falava pouco, era repetitivo, e não usava o “eu”. A memória era excelente, sobretudo para temas que lhe interessavam, com dois anos foram as marcas de carros. O Bruno tem hoje 27 anos e sabe tudo sobre o clima. Desde os quatros anos passou por vários especialistas, sendo que o diagnóstico de Asperger só chegou aos 18 anos.

Os sintomas clássicos de Asperger são as dificuldades em contacto visual, a ausência de resposta ao ser chamado, a não utilização de gestos ou do apontar, falta de interesse ou uma certa indiferença pelas outras crianças e por jogos interactivos. De acordo com o MedlinePlus, os sintomas podem ser percetíveis logo nos primeiros meses de vida, sendo que pelos três anos os problemas já são óbvios.

O National Institute of Neurological Disorders and Stroke (NINDS) refere ainda que em crianças mais velhas os interesses obsessivos são um importante sintoma, é referido que muitas crianças se tornam autênticas especialistas em dinossauros, marcas e modelos de carros ou até em objetos aparentemente tão estranho como aspiradores. Igualmente significativa é a dificuldade em entender certos sinais sociais e reconhecer os sentimentos dos outros, sendo que o terceiro sintoma que pode estar presente são alguns problemas a desempenhar certas habilidades motoras como ter dificuldade em aprender a andar de bicicleta ou a apanhar uma bola.

Além dos exames clínicos, outros testes físicos e mentais são sempre feitos de forma a descartar outras possíveis causas e a equipa que segue a criança por norma é multidisciplinar: pediatra do desenvolvimento, neuropediatra, psicólogo ou pedopsiquiatra, terapeuta da fala, etc. Até porque a intervenção precoce pode fazer toda a diferença.

Como nos explica a pediatra do desenvolvimento Mónica Pinto, o Asperger é uma perturbação do espectro do autismo em que não há compromisso da linguagem em termos dos principais marcos – embora possa haver algumas alterações qualitativas – e não existe défice cognitivo associado, pelo que é considerado o extremo “bom” do espectro.

No caso de Bruno, talvez porque os primeiros sintomas surgiram há mais de duas décadas, a psicoterapia só teve início aos 7 anos, mantendo-se até aos 22 anos. Foi avaliado quanto à necessidade de fazer terapia da fala e psicomotricidade mas, na altura, não foram consideradas necessárias, embora hoje em dia a mãe ache que a psicomotricidade teria sido importante.

No caso do Asperger, como de outras perturbações do desenvolvimento, o diagnóstico e intervenção precoces são essenciais. De acordo com Mónica Pinto, uma vez que os sintomas surgem muitas vezes bastante cedo e os pais estão hoje em dia muito atentos, é frequente receber crianças com alterações logo desde os 18 meses ou dois anos, altura em que ainda se pode intervir de forma muito eficaz.

Como explica a pediatra do desenvolvimento, a criança pequena apresenta grande plasticidade cerebral, pelo que através de intervenção precoce dirigida às suas dificuldades específicas é possível modelar o comportamento e melhorar as suas competências sociais e comportamentais. O que quer dizer que quanto mais cedo for feito o diagnóstico e a intervenção, melhores são as possibilidades de tornar a criança funcional.  Em casos raros pode ser necessário recorrer a algum tipo de medicação, mas o principal é o treino da interação, socialização e relação com os outros, idealmente feito nos ambientes naturais da criança (na escola, em casa) e não em gabinete.

Informação retirada daqui

Postal Antigo - Espanha - Grutas de Altamira - Vista parcial - Sala de pinturas


domingo, 2 de julho de 2017

Biografia - Cesina Borges Adães Bermudes

Médica e investigadora portuguesa, feminista, nascida em Lisboa, filha do escritor teatral e ensaísta Félix Bermudes. Frequentou o Liceu Camões, sendo no final, a única rapariga numa turma de quinze rapazes. Licenciou-se em Medicina, em 1933. Fez o Internato Geral em 1933/34 e o internato de cirurgia em 1937/38. Contou em entrevistas que decidira ser médica aos onze anos quando um tio materno, de nome Lacerda e Melo lhe falou do que era ser médico de aldeia e fazer visitas a gente pobre e sem cobrar nada. A figura desse tio seria o "João Semana" imortalizada pelo escritor Júlio Dinis, no livro, depois filme e série televisiva "As Pupilas do Sr. Reitor". Cesina Bermudes depois de ser assistente na cadeira de Anatomia e Clínica Geral especializou-se em Obstetrícia. Começou a ter consciência política nos anos quarenta, simpatizando com o único partido que se opunha a Salazar e esteve na campanha de apoio a Norton de Matos ao lado de Maria Lamas e Isabel Aboim Inglês. Prestou provas de doutoramento em 1947, tendo obtido a nota de dezanove valores. O regime vigente não lhe permitiu fazer uma carreira de docente em medicina. Foi professora de Puericultura nas escolas industriais. Em 1954 partiu para Paris para estudar o que de mais avançado havia quanto aos partos. Foi Cesina Bermudes quem introduziu em Portugal o método do "parto sem dor", que era uma novidade nos recuados anos cinquenta do séc. XX. Figura muito respeitada no meio médico, deixou vários textos espalhados por revistas médicas sobre a sua especialidade, de que se destacam "Bases Científicas do Parto sem Dor", 1955 e "Notas Soltas sobre o Parto sem Dor", 1957. Quando faleceu, em 2001 comunicação social deu bastante relevo a esta mulher notável.

Biografia retirada de O Leme

Postal Antigo - Espanha - Grutas de Altamira - Cerva


Biografia - Infante D. Henrique

n.      4 de março de 1394.
f.       13 de novembro de 1460.

Infante de Portugal, 5.º filho do rei D. João I, e da rainha sua mulher, D. Filipa de Lencastre; grão-mestre da Ordem de Cristo, duque de Viseu, fronteiro-mor de Leiria, cavaleiro da Ordem da Jarreteira, de Inglaterra, senhor da Covilhã, de Lagos e de Sagres, do Algarve, de cujo reino foi governador perpetuo. Nasceu no Porto a 4 de março de 1394, faleceu em Sagres a 13 de novembro de 1460.

Dedicou-se muito ao estudo das Matemáticas, e em especial ao da Cosmografia, quando estas ciências apenas começavam a ser conhecidas na Europa, e que ele fez cultivar em Portugal. Foi devido a esses estudos, ás meditadas informações que alcançou de seu irmão D. Pedro, que viajara na Europa e na Ásia, e à leitura dos escritores antigos, que no seu espírito se formou a certeza de que ao norte do Senegal, então considerado braço do Nilo, existiam povos hereges, que comerciavam entre si. Levar a luz cristã ao espírito desses povos e colher fruto do seu comércio, foi o grandioso plano do infante.

Contava apenas vinte e um anos de idade quando D. João I determinou armá-lo cavaleiro e aos seus dois irmãos D. Duarte e D. Pedro, com as festas publicas de grande solenidade, segundo o costume daqueles tempos. Mas o infante D. Henrique desejava antes receber as armas em verdadeira guerra, para onde o arrastava a sua inclinação e valor. O monarca louvou-o muito, e quando se pensou na tomada de Ceuta, a maior e a mais fortalecida praça de toda a Mauritânia, os três infantes tomaram parte, distinguindo-se na renhida batalha realizada em 21 de Agosto de 1415, sendo e infante D. Henrique quem ainda mais se distinguiu. Foi o comandante da frota do Porto, e o primeiro que saltou em terra. No dia 25 do referido mes de Agosto seu pai o armou cavaleiro da ordem de Cristo. D. João I saiu de Ceuta com a armada em 2 de Setembro seguinte, e pouco dias depois ancorou em Tavira, no meio das jubilosas aclamações do povo. Reunindo ali os seus filhos, declarou querer remunerar-lhes o grande serviço que tinham prestado. Ao príncipe D. Duarte, como herdeiro da Coroa, nada podia oferecer que fosse de maior valor; mas a D. Pedro conferiu-lhe o título de duque de Coimbra, e o senhorio de Montemor-o-Velho, Aveiro e outras terras que daí em diante, por constituírem o apanágio da sua categoria, passaram a denominar-se do Infantado; o infante D. Henrique foi feito duque de Viseu e senhor da Covilhã. O título de duque era então desconhecido em Portugal. Foi a conquista de Ceuta que vem ainda mais fixar os vagos desejos do infante D. Henrique de desvendar os mistérios do oceano. Portugal, efectivamente, formava nessa época, para o ocidente o extremo do mundo conhecido. O mar para o ocidente e para o sul era a região dos profundos misteriosos, povoado de terrores e de visões fantásticas. Foi na expedição de Ceuta, em que ele apenas viu primeiro como seus irmãos o ensejo de praticar brilhantes feitos de armas, e de conquistar dignamente as suas esporas de cavaleiro, que não tardou a achar também estímulo para empresa de maior alcance. Ceuta era um empório do comércio entre a Ásia, a África e a Europa. Além de todas as razões que já tinha para tentar estas novas aventuras, não deixou também de actuar no seu espírito a razão comercial. Como de costume foi o infante D. Pedro o confidente das intenções de seu irmão, e não se esqueceu de auxiliá-las. Em 1416 saiu do reino para viajar, e quando regressou em 1428, trouxe-lhe um tesouro precioso, o livro manuscrito das viagens de Marco Pólo com que o presenteara a senhoria de Veneza. O infante D. Henrique, em 1416 ou 1419, fundou uma vila no promontório de Sagres, para onde foi viver; começou a encarar as ondas do Oceano Atlântico, e a pensar na forma de intentar por elas as suas expedições descobridoras. Chamou do estrangeiro um cosmógrafo celebre, Jaime de Maiorga, e auxiliado por ele, entregou-se com fervor ao estudo. A vila ficou conhecida por Vila do Infante, e actualmente tem o nome de Sagres. D. Henrique estabeleceu ali uma escola de cosmografia e de navegação que foi frequentada pelos cavaleiros da sua casa, e por outros homens que se entusiasmavam pelas suas empresas. Ainda que não tivessem a forma regular dum curso aqueles estudos, contudo a conversação do infante, de Jaime de Maiorga, e de outros homens célebres que se agrupavam em redor do filho de D. João I, seria altamente instrutiva para os cavaleiros que os escutavam, e foram os mesmos que depois guiaram as caravelas de D. Henrique nos seus empreendimentos. Na vila, também o infante estabeleceu estaleiros e oficinas de construção naval, e erigiu o primeiro observatório astronómico que existiu em Portugal. Dentro da povoação havia uma capela dedicada a N. Sr.ª da Conceição, e fora a igreja de Santa Catarina, acima do porto onde desembarcavam os que vinham nos navios, e para que os mareantes que ali morressem, fossem enterrados no cemitério dela.

Estavam pois reunidos todos os, elementos precisos para se levar a efeito a empresa intentada pelo infante. Recursos não lhe faltavam; como grão-mestre da ordem de Cristo, podia aplicar os imensos rendimentos dessa cavalaria religiosa a expedições em que tanto lucrava a propagação da fé cristã. Armado com as informações que obtivera em Ceuta, decidiu-se a mandar todos os anos alguns navios tentar explorações para o sul. Começou então a série de descobrimentos, que deviam levar o pendão das quinas aos confins da terra, e imortalizar a memória do infante D. Henrique. Em 1418 Bartolomeu Perestrelo descobriu a ilha do Porto Santo, cuja capitania lhe foi confiada com permissão de el-rei; e João Gonçalves Zarco acompanhado de Tristão Vaz Teixeira encontrou a Madeira; estas ilhas, contudo, e a dos Açores, está provada já serem conhecidas, tendo sido descobertas no tempo de D. Afonso IV. Quando os navegadores voltaram ao reino trazendo notícias maravilhosas do que tinham visto. D: João I e o infante rejubilaram; este por ter conseguido o fim a que aspirava, aquele pela glória e proveito que destes descobrimentos provinham para o país, ilustrando o seu reinado. D. Henrique, porém, não se limitou a dirigir as navegações, procurou colonizar as ilhas que se iam descobrindo. A Madeira, principalmente, mereceu-Ihe os maiores desvelos. Anos depois, em 1432, Gonçalo Velho Cabral, comendador de Almurol, encontrou as ilhas dos Açores. No entretanto, não eram as ilhas do Atlântico que cativavam os cuidados do infante; o que mais o preocupava era esse mar tenebroso, que os mareantes da Idade Média julgavam impossível de transpor. Passar além do cabo Bojador, julgava-se impossível. Vinte tentativas se haviam feito para dobrar o cabo, mas os navegantes sempre recuavam por terror supersticioso. Finalmente, D. Henrique armou uma barcha, cuja capitania confiou a Gil Eanes, seu escudeiro, que partiu cm 1433 cheio de terror, e voltou sem nada ter adiantado. Aportando às Canárias, retrocedeu com uns cativos, convencido de que ir além, era empresa que Deus puniria com severidade. Instado pelo infante, tornou a embarcar em 1434, e vencendo o terror, teve a fortuna de dobrar o cabo fatídico. (V. Eanes, Gil). Este facto ficou registado como a data mais memorável da história das nossas descobertas. As navegações continuaram, recomendando sempre o infante aos navegantes nas suas instruções, que estudassem minuciosamente as costas que percorriam, colhessem o maior número possível de informações, e sobretudo não deixassem de procurar saber onde vivia o famoso Prestes João das Índias. Em 1436 Afonso Gonçalves Baldaia, copeiro de D. Henrique, percorrendo a costa ao sul do Bojador, descobriu o Rio do Ouro, e desembocando na Angra dos Cavalos, continuou navegando para o sul, e chegou à Pedra da Galé. Distraiu-o desta ocupação, que foi a sua glória, a infeliz empresa de Tânger, em que ele foi com seu irmão, o infante D. Fernando, que por ser ainda muito criança não pudera acompanhar el-rei seu pai e seus irmãos na tomada de Ceuta. Obtida a licença de el-rei D. Duarte, partiram ambos os irmãos a 22 de Agosto de 1437 para Tânger, com uma esquadra e um exército bem pouco proporcionado à grandeza da empresa que iam tentar. Foi uma fatalidade, de que resultou o cativeiro e morte do infante D. Fernando, que ficou conhecido pelo cognome de infante santo (V. Fernando, D.) Regressando a Portugal, por ordem do monarca seu irmão, D. Henrique continuou com os descobrimentos. Em 1441 Nuno Tristão descobriu o Cabo Branco, em 1443 a ilha de Arguim, onde se estabeleceu uma feitoria, e em 1445 visitou a costa da Senegâmbia, chegando até Palmar. A seguir, Diniz Dias dobra o Cabo Verde; João Fernandes, em 1445, que sendo cativo em Mauritânia, aprendera o árabe, penetra no interior do Sudão e chega ao país dos Tuaregues, sendo o primeiro europeu que explorou o interior do continente negro até Taguor; no ano seguinte, 1446, Álvaro Fernandes descobre a Serra Leoa, e reconhece a ilha de Gorea; em 1457 o veneziano Luís de Cadamosto e o genovês António Nola, ambos ao serviço do infante, descobriram a Gambia; em 1460 Diogo Gomes descobriu o arquipélago de Cabo Verde, que Cadamosto pretendia haver descoberto, e que mais tarde se provou não ser verdade, pela relação do próprio Diogo Gomes publicada em 1847 pelo Dr. Schmelles, de Munique.

A fama de D. Henrique chegara às nações estrangeiras e muitos homens ávidos de aventuras, vinham pedir-lhe emprego nas suas caravelas. Devotado apaixonadamente às ciências cosmográficas, D. Henrique foi o maior matemático do seu tempo; aplicou utilmente o astrolábio à navegação, e inventou as cartas planas. Quando se reformou a Universidade, em 1431, estando em Lisboa, fez-lhe doação por escritura da 12 de Outubro, dumas casas que comprara na freguesia de S. Tomé, para nelas se lerem as ciências que eram então aprovadas, e teve o cuidado de distribuir ordenadamente as diversas salas para os diversos exercícios escolares. Em 25 de Março de 1448 fez mercê à mesma Universidade de 12 marcos de prata, anuais, e consignados nos dízimos da ilha da Madeira, para salário da cadeira de prima de teologia. Esta mercê foi confirmada por carta de 12 de Setembro de 1460, pelo que se lhe deu o título de Protector dos Estudos em Portugal. O infante D. Henrique deixou um nome glorioso, e à, sua pátria uma herança sublime. Foi o vulto mais brilhante da história da Idade Média, o homem que deve simbolizar para a história a glória dos descobrimentos.

Apesar de não ter nunca sulcado as ondas do Oceano; senão para as suas expedições de conquista africana, teve o cognome de Navegador, e na verdade bem merecido, porque a ele se deve o primeiro impulso e o grande incitamento das grandes navegações, que tanto contribuíram para o progresso da civilização, que ampliaram tanto o conhecimento do mundo. Faleceu em Sagres, conforme dissemos, no estado de solteiro. Seu corpo foi primeiramente depositado na igreja de Lagos, sendo dali trasladado para o convento da Batalha em 1461, pelo infante D. Fernando, seu sobrinho, filho de el-rei Duarte, a quem pouco tempo antes havia constituído herdeiro e adoptara como filho. D. Fernando veio a casar com sua prima D. Beatriz, filha do infante D. João, e foi o pai de D. Diogo, duque de Viseu, e de D. Manuel, duque de Beja, e rei de Portugal (V. Beja, duques de). Sobre o túmulo vê-se a sua estátua de pedra, que em relevo o representa ao natural, vestido de armas brancas. e coroado de coroa real entretecida de folhas de carvalho, e uma rosa no meio; tem nela três escudos: o primeiro com as armas do reino de Portugal e as suas, e nos outros dois as insígnias das duas ordens que professara, de Cristo e da Jarreteira. Foram sua divisa uns ramos pequenos, e curtos como de carrasco com seus frutos pendentes, e por mote em língua francesa as palavras: Talent de bien faire. Esta divisa também se vê no túmulo, tendo por baixo numa só linha, em todo o comprimento do túmulo, um epitáfio em letra alemã. El-rei D. Manuel lhe mandou colocar também seu retrato na estátua de mármore sobre a coluna, que divide a porta travessa da igreja de Belém, como fundador da antiga ermida de Nossa Senhora do Restelo, que existiu primeiro naquele local.

Para perpetuar a memória do infante D. Henrique, erigiu-se em Sagres um monumento modesto. A portaria tem a data de 8 de Abril de 1836, reinando D. Maria II, e é referendada pelo então ministro do reino, marquês de Sá da Bandeira. O escultor do monumento foi Manuel Simões. Consta duma lápide de mármore com 10 palmos e meio de altura e 5 e meio de largura, embutida na parede sobre a porta interior da entrada principal da fortaleza de Sagres. Este corpo é dividido em dois planos, tendo o superior. em meio relevo, o escudo das armas do infante com a legenda Talent de bien faire e uma esfera armilar à direita e um navio à vela, à esquerda. O plano inferior compreende duas almofadas, na do lado esquerdo com uma inscrição latina e na do direito com a versão em português. Esta lápide foi lavrada no arsenal da marinha, levando o fabrico mais de três anos. O encarregado de a levar a Sagres, foi o capitão-de-mar-e-guerra Lourenço Germach Possolo. A colocação do monumento realizou-se solenemente a 21 de Julho de 1840, assistindo a câmara municipal, o capelão e a oficialidade de guarnição, o governador da praça, e outras pessoas. Em 1844, o abade titular de Santa Eulália de Rio de Moinhos, António Dâmaso de Castro e Sousa, mais conhecido pelo abade de Castro, requereu ao governo para ser colocada uma estátua do infante D. Henrique na sala do risco do arsenal de marinha, e sendo nomeada uma comissão para estudar o assunto, decidiu ela que a estátua devia ser levantada de Belém. Afinal nada se fez, até que, na sessão da Sociedade de Instrução no Porto, realizada em 4 de Março de 1882, houve uma proposta para que se erigisse uma estátua ao grande navegador. Depois de muitos trabalhos e contrariedades, constituiu-se em 1892 uma grande comissão que dedicadamente trabalhou, celebrando-se no Porto, sua terra natal, o centenário do infante D. Henrique com toda a solenidade e brilhantismo. Efectuaram-se as festas nos dias 1, 2, 3 e 4 de Março de 1894, sendo os dias 3 e 4 considerados de grande gala, por decreto de 28 de Fevereiro de 1894. No dia 4 foi solenemente assente a primeira pedra no momento, na praça do Infante D. Henrique, assistindo a esta cerimónia suas majestades el-rei senhor D. Carlos e a rainha senhora D. Amélia, representantes do governo, autoridades, etc. O monumento é obra do escultor Tomás Costa, e inaugurou-se, também com a assistência da família real, em31 de Outubro de 1900.

Publicou-se no Porto em 1894 um livro, O centenário do infante D. Henrique, comemorativo do centenário henriquino, profusamente ilustrado, com muitos artigos e notícias curiosas. Em Londres, no ano de 1868, publicou-se uma grandiosa obra intitulada: The life of Prince Henry of Portugal, surnamed the navigator, de que é autor Richard Henry Major. No Archivo Pittoresco, vol. IX vem a biografia do infante D. Henrique, escrita por Luís Augusto Rebelo da Silva. Também se encontram artigos no Summario de varia historia, do Dr. José Ribeiro Guimarães, vol. IV, pág. 50; nos Varões e Donas; Occidente de 1894, número dedicado ao centenário henriquino, etc.

Biografia retirada daqui

sábado, 1 de julho de 2017

Vídeo - Isto é Matemática T04E05 O 3D e a Trignometria

Notícia - ESA - Rosetta

A sonda Rosetta foi lançada pelo foguete Ariane 5 G+ na base de Kourou, a 2 de Março de 2004. A sua missão é estudar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, que viaja entre as órbitas da Terra e de Júpiter.

Biografia - Mão Morta


BIOGRAFIA
Joaquim Pinto encontra em Berlim um dos elementos dos Swans que lhe disse que ele tinha cara de baixista. Volta para Portugal, compra um baixo e decide formar um grupo. 

Os Mão Morta aparecem, em Novembro de 84, para satisfazer o desejo de Joaquim Pinto e para ir tocar a Berlim. O grupo era formado por Joaquim Pinto (baixo), Miguel Pedro (guitarra) e Adolfo Luxúria Canibal (voz), que anteriormente se tinham juntado nos PVT Industrial.

Estreiam-se ao vivo, em Janeiro de 1985, no Orfeão da Foz, no Porto. Como estavam muito vazios em palco decidiram alargar a formação a um quarto elemento. Entra, assim, o guitarrista Zé dos Eclipses (antigo colega de Adolfo Luxúria Canibal nos AuAuFeioMau) passando Miguel Pedro para a bateria. 

Começam a participar em concursos e ficam em 4º lugar no Festival Nacional de Nova Música Rock, no Porto, em 1985 e  ganham o Prémio de Originalidade do III Concurso de Música Moderna do Rock Rendez-Vouz (1986).

Em 1986 participam no Rock Vigo-Oporto, no El Kremlin, em Vigo. No fim desse ano entra para a banda o guitarrista Carlos Fortes.

O tema "1º de Novembro" é utilizado na banda sonora do filme "Um Dia no Bairro" de Paulo Miguel Fortes. Em Agosto de 1987 é editada uma k7 pela "Malucos da Pátria". Fazem a primeira parte dos Gun Club nas Jornadas do Império, em Lisboa.

Gravam para a Ama Romanta o mini-LP "Mão Morta" que seria editado em Julho de 1988. Gravado e misturado em três dias, o disco incluía seis temas. Englobava alguns dos primeiros temas ("Oub'Lá", "Aum") e músicas mais recentes que ainda não tinham sido tocadas ao vivo.

Em 1989 participam, com "1º de Novembro", na colectânea "À Sombra de Deus". No dia 2 de Junho desse ano actuam no Rock Rendez-Vous num concerto em que Adolfo Luxúria Canibal corta a própria perna com uma faca. (1)

Joaquim Pinto abandona o grupo, por motivos pessoais, em Janeiro de 1990. Entram para o grupo José Pedro Moura (baixo) e António Rafael (teclas).

O segundo álbum, "Corações Felpudos", é editado em Setembro de 1990 pela Fungui, editora ligada ao agenciamento da banda. 

Em Junho de 1991 editam "O.D., Rainha do Rock & Crawl" através da Área Total. O disco, gravado numa semana, funcionou quase como uma encomenda da editora da Guarda que já tinha mostrado interesse em editar o disco anterior. Zé dos Eclipses sai da banda e é substituído por Sapo (ex-Pop Dell'Arte).

Devido a alguns problemas com a Área Total, o grupo regressa à Fungui que edita o álbum "Mutantes S.21" em Dezembro de 1992. O disco obtém um grande êxito devido sobretudo aos temas "Budapeste" e "Lisboa".

Em Maio de 1993, o álbum  "Mutantes S.21" seria reeditado, numa edição limitada a 500 exemplares, acompanhada por uma banda desenhada.

Os Mão Morta fazem a banda sonora da curta metragem "Os Primeiros cinco Minutos Depois da Morte" produzida pela Oh! Brother Productions.

Assinam com a multinacional BMG e lançam, em Março de 1994, o álbum "Vénus em Chamas". («Os Escorpiões com Sida entram minúsculos pelas frinchas das portas e tornam-se gigantes no calor do corpo...»). O disco inclui temas como "Cães de Crómio" (lançado também num single que incluía  remisturas desse tema) e "Velocidade Escaldante". 

Ainda em 1994 participam nos discos de homenagem a António Variações e a José Afonso.

Devido a alguns conflictos, Carlos Fortes acaba por sair do grupo e é substituído por Vasco Vaz (ex-Braindead).

A BMG lança, em 1995, a compilação "Mão Morta Revisitada" que assinala o 10º aniversário da banda. Nesse ano, o grupo recebe a Medalha de Mérito (Grau Prata) da Cidade de Braga. 

"Chabala" é lançado como single. O teledisco, realizado por Nuno Tudela, venceria no ano seguinte a categoria video dos Prémios Blitz.

Adolfo Luxúria Canibal participa no tema "E O Verbo Criou A Mulher" dos Diva.

Em Janeiro de 1997 apresentam a peça "Müller no Hotel Hessischer Hof" no pequeno auditório do CCB. O registo do concerto seria depois lançado em CD pela editora Norte Sul. A edição em VHS seria lançada no ano seguinte.

O álbum "Há Já Muito Tempo que Nesta Latrina o Ar se Tornou Irrespirável",  baseado no movimento da Internacional Situacionista(2), é editado em 1998. 

Os discos "Mão Morta" (incluindo os temas da K7 de 1987), "Corações Felpudos" e "O.D., Rainha do Rock & Crawl" (incluindo como faixas bónus os temas das colectâneas "À Sombra de Deus") são reeditados pela Norte Sul.

Participam no disco de homenagem aos Xutos e Pontapés com uma versão de "Mãe".

O 15º aniversário do grupo é celebrado no  Lux e enchem o Coliseu dos Recreios. Fazem uma versão de "No Domingo Fui às Antas" para o disco de tributo a Rui Veloso.

O álbum "Primavera de Destroços"(3) foi editado em 2001. O disco, com produção de Miguel Pedro, contou com a prestação da baixista Marta Abreu, que substituira José Pedro Moura, mas após a gravação do disco é substituída por Joana Longobardi.

O grupo recebe, em 2001, o "Prémio Carreira" atribuído pelo semanário "Blitz".

No início de 2002 é lançada uma edição limitada do álbum "Primavera de Destroços" que inclui um cd bónus com 12 temas gravados ao vivo no concerto de 8 de Maio na Aula Magna e ainda a versão longa de "Chabala" incluída no Cd-single promocional de "Cão da Morte".

No final de 2002, o grupo percorre vários bares e discotecas na Carícias Malícias Tour.

Em Fevereiro de 2003 apresentam o espectáculo "Carícias Malícias" no auditório da RDP. O disco seria editado em Maio por uma nova editora, criada pelo grupo, a Cobra Records.

"Narradores da Decadência", a primeira biografia dos Mão Morta, da autoria de Vítor Junqueira, é lançada em Março de 2004. O disco "Nus" é editado no dia 13 de Abril.

Em 2006 é editado no formato DVD o espectáculo "Muller ...". Miguel Pedro e Adolfo Luxúria Canibal editam em disco a banda sonora para "Estilhaços".

Em Maio de 2007 estreiam em palco o espectáculo baseado nos "Contos de Maldoror".

(1) «O concerto do RRV foi um concerto especial. Aconteceu assim porque tinha de acontecer. As condições levaram a isso. O ambiente daquela sala era... de cortar à faca. De maneira que era necessário sangue ali senão aquilo podia ser trágico.» ALC

(2) «Tínhamos há muito um tema perfeitamente Situacionista, que nunca chegou a ser gravado, que era o "Broche É Bom", e que tinha um olhar com alguma ironia sobre o mundo que era uma ironia profundamente Situacionista. Aliás, essa ironia Situacionista está presente em toda a nossa obra, mas este disco foi talvez o que fez melhor a ligação entre todos os retratos que sempre traçámos com as nossas canções»ALC/Blitz

(3) "Primavera dos Destroços", com letra e música de Zé dos Eclipses, era um tema dos AuAuFeioMau. Contactaram José Mário Branco para que fizesse um arranjo de cordas e participasse vocalmente mas por dificuldades de agenda não foi concretizada essa ideia.

DISCOGRAFIA
Mão Morta (LP, AmRo, 1988)
Corações Felpudos (LP, Fungui, 1990)
O.D., Rainha do Rock & Crawl (LP, Área Total, 1991)
Mutantes S.21 (LP, Fungui, 1992)
Venús em Chamas (CD, BMG, 1994)
Mão Morta Revisitada (Compilação, BMG, 1995)
Müller no Hotel Hessischer Hof (CD, Nortesul, 1998)
Há Já Muito Tempo que Nesta Latrina o Ar se Tornou Irrespirável (CD, Nortesul, 2000)
Primavera de Destroços (CD, Nortesul, 2001)
Primavera de Destroços+Ao Vivo na aula Magna - 8 Maio 2001 (2CD, Nortesul, 2002)
Carícias Delicias (CD, Cobra, 2003)
Nus (CD, Cobra, 2004)
Maldoror (CD, Cobra, 2008)
2009

Colectâneas
À Sombra de Deus - Braga 1988 (1989) - 1º de Novembro
Insurrectos (1990) - Véus Caídos
Variações - As Canções de António (1994) - Visões - Ficções (Nostradamus)
Os Filhos da Madrugada (1994) - O Avô Cavernoso
À Sombra de Deus Vol. 2 (1994) - Rotte - A Morte é um Acto Solitário
XX Anos XX Bandas (1999) - Mãe
Ar de Rock - Vinte Anos Depois (2000) - No Domingo Fui Às Antas
Manifesto (2004) - Estilo / Berlim
À Sombra de Deus Vol. 3 (2004) - Sobe, Querida, Desce
3 Pistas (2005) - 

NO RASTO DE...
Zé Eclipses saiu do grupo porque foi para os Estados Unidos onde concluiu o seu doutoramento.

José Pedro Moura ainda faz parte dos Pop Dell' Arte. É também DJ e é gerente da antiga loja VC de Santa Apolónia. Antes de entrar para os Mão Morta tinha estado nos Pop Dell' Arte, SPQR e Acidoxibordel.

Carlos Fortes está nos Um Zero Amarelo.

 Informação retirada daqui

Notícia - Madagáscar precisa de três anos para vencer praga de gafanhotos



Três anos e cerca de 33 milhões de euros serão necessários para que Madagáscar consiga vencer uma devastadora praga de gafanhotos que está a afectar o país.

O alerta é da organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO, na sigla em inglês), que diz que a segurança alimentar de 13 milhões de pessoas está em risco.

No final do ano passado, o Governo do país já tinha lançado um alerta e pedido auxílio técnico à FAO. A situação degradou-se depois do ciclone Haruna, que atingiu Madagáscar em Fevereiro. Além dos danos em si, o ciclone deixou zonas alagadas, proporcionando boas condições para a reprodução dos gafanhotos, que se espalharam pelo país em densos enxames.

Se nada for feito, segundo a FAO, dois terços do país poderão ser afectados pela praga, com consequências dramáticas sobretudo na Região Sudoeste, onde 80% da população vive abaixo do limiar da pobreza. “Dependendo do seu tamanho e densidade, uma enxame de gafanhotos pode consumir até 100.000 toneladas por dia de vegetação, incluindo culturas agrícolas”, lembra a FAO, num comunicado.

Serão necessárias três campanhas anuais para controlar a situação, com a aplicação de insecticidas e outras medidas de controlo. A primeira deverá começar já a partir de Setembro, com o tratamento de 1,5 milhões de hectares.

http://www.publico.pt

Powerpoint - As cores


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EFA - STC - Texto - Casa ideal - Sociedade, Tecnologia e Ciência


Uma casa ecológica é uma casa saudável que respeita o ambiente e tira maior partido do que a natureza dá.

Por exemplo, uma casa com orientação a sul permite um maior aproveitamento da energia e luminosidade do sol. A escolha do isolamento térmico adequado é igualmente determinante, evitando perdas de calor no Inverno e ganhos de calor no Verão.

Os materiais de construção são uma componente importante numa casa ecológica. Existem diversos materiais aconselhados, de baixo impacte ambiental na produção e ao longo da vida útil: cerâmica, isolamentos naturais (feitos de fibras vegetais, cânhamo e celulose), tintas biológicas, cal, vidro, ferro, cobre, plásticos ecológicos e pedra.

O nosso comportamento na utilização da energia e da água é também fundamental na preservação dos recursos naturais e do ambiente. Opte por lâmpadas florescentes compactas e electrodomésticos de classe A, energeticamente mais eficientes, utilize equipamentos que funcionem com energias renováveis, tais como colectores solares térmicos e mini-turbinas eólicas e instale dispositivos adequados à poupança de água em torneiras e autoclismos.

Estes pequenos gestos diários e escolhas acertadas em termos de equipamentos e de materiais tornam a nossa casa mais saudável e amiga do ambiente. O Planeta Agradece!

Desenhos para colorir - Primavera


Conteúdo - Francis Bacon - Morte e legado de Bacon


Francis Bacon esteve envolvido com investigações naturais até o fim de sua vida, tentando realizar na prática seu método. No inverno de 1626, estava envolvido com experiências sobre o frio e a conservação. Desejava saber por quanto tempo o frio poderia preservar a carne. A idade havia debilitado a saúde do filósofo e ele acabou não resistindo ao rigoroso inverno daquele ano. Morreu em 9 de abril, vítima de uma bronquite. Encontra-se sepultado em St Michael Churchyard, St Albans, Hertfordshire na Inglaterra.

Efetivamente, Bacon não realizou nenhum grande progresso nas ciências naturais. Mas foi ele quem primeiro esboçou uma metodologia racional para a atividade científica. Sua teoria dos idola antecipa, pelo menos potencialmente, a moderna Sociologia do Conhecimento. Foi um pioneiro no campo científico e um marco entre o homem da Idade Média e o homem moderno. Ademais, Bacon foi um escritor notável. Seus Essays são os primeiros modelos da prosa inglesa moderna. Há muitos que acreditam que tenha sido ele o verdadeiro autor das peças de Shakespeare, teoria surgida há séculos, na chamada Questão da autoria de Shakespeare.

Conteúdo - Síndrome de Asperger - Causas


Hans Asperger afirmou existir semelhanças no comportamento de seus pacientes com alguns de seus familiares, principalmente os pais, defendendo a tese de que a origem da Síndrome de Asperger pode ser genética. Embora as pesquisas ainda não apontem um gene especificamente responsável, muitos fatores embasam tal crença, principalmente devido à variabilidade fenotípica observada dentre as crianças com SA. Uma destas evidências se concentra no fato de que a síndrome pode ser diagnosticada em mais de um membro da família e uma maior incidência de indivíduos, dentro do mesmo círculo familiar, apresentarem sintomas de forma extremamente leve (como por exemplo, dificuldades de leitura, interação social ou linguagem). Grande parte dos estudos sugerem que todos os transtornos do espectro autista compartilham mecanismos genéticos, podendo ter uma origem comum e de maior destaque, no caso, o autismo em si. No entanto, sua origem provavelmente não é causada por um grupo de genes comuns nos quais os alelos tornam um indivíduo vulnerável ao ponto de desenvolver Asperger, mas, se for o caso, a combinação de alelos, em cada caso determinaria a gravidade e os sintomas de cada indivíduo que possui a condição. 

Exames de imagem apontam evidências de alterações estruturais em determinadas regiões do cérebro, o que comprova o forte fator genético. Tais formações se dão logo após a concepção, ainda em estado embrionário, e são características que quase sempre podem observadas também nos pais ou em um deles, caracterizando o que se chama de Fenótipo Ampliado do Autismo (FAA), que é quando o indivíduo não tem a síndrome completa, mas possui alguns traços. Irmãos de crianças com a Síndrome de Asperger, muitas vezes, também apresentam traços ou condições afins, mais uma vez reforçando a ligação genética do quadro.

Embora a causa exata do transtorno ainda não seja conhecida, sabe-se, no entanto, que o transtorno está presente desde o nascimento e que tem um forte componente genético, e que não é, portanto, causado por estilos inadequados de criação dos filhos ou traumas emocionais.

Alguns poucos casos de transtornos globais do desenvolvimento são considerados efeitos de agentes teratogênicos ocorridos nas primeiras semanas de gestação. Embora isso não exclua a possibilidade da Síndrome de Asperger se manifestar antes ou depois disso, conclui-se que, provavelmente seu surgimento seja precoce no desenvolvimento humano. Outra hipótese, sem conclusões advindas da comunidade científica é que fatores ambientais possam exercer alguma influência após o nascimento. Dentre esses fatores, poder estar certos produtos químicos, medicações utilizadas pela mãe durante a gravidez (especialmente nos primeiros 3 meses de gestação) ou mesmo a poluição, mas por enquanto são apenas especulações sem comprovação.

Precisa-se formador(a) de espanhol para Lisboa

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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Curiosidade - Hvar - Ilhas europeias para férias de verão inesquecíveis


Um paraíso na costa da Dalmácia, na Croácia. Refresque-se nas águas transparentes do mar Adriático e desfrute do seu clima quente. Passeie-se pelos restaurantes e lojas ao redor do seu agitado porto.

Informação retirada daqui

Biografia - Arthur Wellesley, duque de Wellington

n.      30 de abril de 1764.
f.       14 de setembro de 1852.

Célebre general e político inglês, que incluímos neste nosso trabalho, pela grande parte que tomou na guerra Peninsular, relativamente a Portugal

Nasceu em Dublin a 30 de abril de 1764, e faleceu em Walmer Castle, a 14 de setembro de 1852.

O nome de Wellington tornou-se notável, pela bravura com que entrou em batalhas, comandando aguerridas forças em defesa do seu país, e precedido da mais gloriosa fama é que veia a Portugal, durante a campanha Peninsular e lhe prestou valiosos serviços. Foi o comandante de uma expedição que se reuniu em Cork e que foi mandada operar na Península. Na tarde de 9 de abril de 1809 o embarque das tropas estava terminado: A 12 a esquadra levantou ferro; e tendo o dia 10 chegado ás alturas da Corunha, o seu comandante demorou-se a conferenciar por um pouco com as autoridades da Galiza, dirigindo-se depois ao Porto, onde se decidiu que o desembarque se efectuasse junto à foz do Mondego, o que fez com toda a felicidade no dia 1 a 5 de agosto. Ao saber que um exercito inglês havia desembarcado em Portugal, Junot, comandante das tropas francesas que ocupavam este país, determinou opor-se ao progresso da invasão, para o que saiu o general Laborde de Lisboa, e Loison de Estremoz, afim de se reunirem em Leiria, ficando o general em chefe em Lisboa para reprimir qualquer movimento insurreccional, se por ventura se desse. Wellesley, avançando imediatamente depois do seu desembarque, não permitiu que se efectuasse esta reunião, e Laborde teve de recuar da Batalha para a Roliça, sendo nos arredores desta pequena povoação, que teve lugar o primeiro encontro entre os conquistadores da Europa, e aqueles que estavam destinados para os vencer; e aí começou verdadeiramente essa célebre guerra peninsular, de tão gloriosa nomeada na história do país, e em que tanto se distinguiram as tropas aliadas, que nela tomaram parte. A batalha da Roliça, posto que não tivesse tão grande desenvolvimento como outras muitas que depois se lhe seguiram, é com tudo uma daquelas, de que os veteranos peninsulares se recordavam com mais orgulho, e passa historia militar por um modelo do género; com efeito nada há tão bem disposto como aquele ataque de Wellington, e aquela resistência e retirada de Laborde. A falta de cavalaria no exército aliado foi causa de que a vitória não fosse tão completa como podia ser, efectuando o inimigo a retirada em boa ordem. A sua perda contudo foi considerável deixando em nosso poder grande número de prisioneiros e três peças de artilharia. Tendo, ao outro dia da acção, chegado de Inglaterra uma brigada de reforço, e outra no dia 20, Wellesley resolveu avançar para Mafra, flanqueando a posição dos franceses em Torres Vedras; infelizmente sir Harry Burrard, assumindo o comando em chefe do exército, paralisou este movimento, e não houve razões que o fizessem mudar de tão funesta resolução. Junot, sendo informado da derrota de Laborde, saiu a toda a pressa de Lisboa para assumir o comando, tinha precisão de combater imediatamente; qualquer demora equivalia a uma derrota, porque os viveres faltavam-lhe, e esperava a cada momento a notícia de que Lisboa se havia revoltado; andando pois toda uma noite e forçando a marcha, na madrugada do dia 21 de agosto fez alto a distancia de uma légua dos piquetes ingleses. A força dos dois exércitos era aproximadamente igual, porque, se os aliados eram um pouco superiores em infantaria, os franceses excediam-nos em cavalaria, sendo ambos quase iguais em artilharia. Junot fez imediatamente as suas disposições para o ataque, e ás 10 horas da manhã deste mesmo dia 21 começou a acção de Vimeiro. O inimigo foi avistado em grandes massas de cavalaria sobre a estrada da Lourinhã, e era evidente que o ataque principal seria contra as alturas, que ficam nesta estrada; e que formavam parte da esquerda, dos aliados; com efeito, este se efectuou com aquela impetuosidade, que caracteriza as tropas francesas, e sendo apoiado com grande parte da sua cavalaria, arma em que como dissemos, era superior aos aliados; mas coisa alguma pode exceder o valor e denodo, com que foi repelido pelas nossas tropas, carregando em linha, à baioneta. Quase ao mesmo tempo procurou atacar as alturas do centro, onde a sorte lhes foi igualmente adversa; graças ao valor das tropas, e ás sabias disposições tomadas por Wellington, que por uma circunstância feliz, nesse dia comandava em chefe. As tropas portuguesas foram colocadas na primeira linha, a pardas inglesas, e rivalizaram com elas em perícia e coragem, como o próprio general o confessou. Nesta acção, em que se empenharam quase todas as tropas francesas em Portugal, e comandadas pelo duque de Abrantes em pessoa, apenas tomou parte a metade das forças aliadas, e ainda assim foram aquelas inteiramente derrotadas, perdendo 13 peças de artilharia, 23 carros de munições e apetrechos de guerra, um oficial general ferido e prisioneiro (Brenier), e um grande numero de oficiais e soldados, mortos, feridos e prisioneiros. Mas como da batalha da Roliça se não puderam tirar as consequências, que eram de esperar, pela intempestiva chegada de sir Harry, assim também a de Vimeiro não apresentou os resultados que podia dar, devido também à intromissão não menos nociva de outro superior imbecil, sir Hew Dalrymple; este, em lugar de progredir em seus sucessos, e obrigar o exército inimigo a render-se à discrição, começou logo a entabular essas negociações, que deram em resultado a chamada convenção de Cintra. Este tratado, que o vencedor da Roliça e Vimeiro absolutamente desaprovou, o desgostou a ponto que o levou a dar, a sua demissão e voltar para Inglaterra. Aí tendo recebido os agradecimentos de ambas as câmaras pelo seu comportamento em Portugal, marchou para a Irlanda onde reassumiu o seu lugar de primeiro secretário. (V. Roliça e Vimeiro).

Em consequência dos acontecimentos que se deram por esta época, a Inglaterra desgostou-se um tanto do sistema de fazer a guerra no continente; mas tendo-se interrompido novamente as relações entre a Áustria e a França, e seguindo-se a guerra entre estas duas potências, o gabinete inglês inclinava-se um tanto a repetir os seus primeiros ensaios; para o que lord Castlereagh consultou Wellesley que foi absolutamente desta opinião, enviando-lhe uma memória para a defesa de Portugal e sistema a seguir nela. Aprovado o seu projecto, foi-lhe conferida a nomeação de comandante em chefe e nesta qualidade aportou ao Tejo em 22 de abril de 1809. Os dois exércitos mais principais que tinha a combater, chegando à península eram, ao norte, o que comandava o duque da Dalmácia, e ao sul, o que obedecia ás ordens de Victor, prevendo com o seu habitual talento que estes dois exércitos estavam bastante afastados para poderem prestar-se auxilio recíproco, resolveu atacar primeiro o que estava ao norte e depois voltar rapidamente ao Tejo, para ir com o auxilio do general Cuesta combater o de Victor. Em virtude deste projecto marchou para o Douro com a maior presteza, e chegou a Vila Nova de Gaia sem a mais pequena oposição do inimigo; mas encontrou ante si um obstáculo quase invencível, que era o próprio rio, para cuja passagem não havia meios de qualidade alguma. Das alturas de Vila Nova de Gaia Wellesley descobria já as bagagens de Soult, que desfilavam, pela estrada de Valongo; era evidente que o inimigo se retirava; podendo ainda lançar-se na Beira, destruir o corpo isolado do comando de Beresford, ou seguir directamente para a Galiza, Wellesley daquele mesmo ponto reconheceu quanto importante lhe seria ocupar na margem direita do Douro o edifício do Seminário, suficientemente forte para apoiar uma pequena força, que passasse primeiro, e podendo depois, quando reforçada, marchar directamente sobre a linha de retirada do inimigo com a qual o dito edifício comunicava. Segundo vários historiadores ingleses, deve-se a uma circunstância muito particular o ter podido vencer-se o obstáculo principal, que a isso se opunha, e que era o rio Douro, como dissemos. Um barbeiro, do Porto, tendo iludido a vigilância das sentinelas francesas, atravessou para a margem esquerda num pequeno bote, onde o coronel Waters o encontrou conversando com o prior de Amarante: prestando-se este último a auxiliar a empresa, os três passaram novamente à outra margem, donde voltaram em menos de meia hora com alguns barcos maiores. O inimigo só teve conhecimento destes movimentos depois que um batalhão efectuou o seu desembarque, e tomou posição debaixo das ordens do tenente general Paget; este primeiro corpo, em breve reforçado por uma brigada inglesa e um batalhão português, foi carregado pelo próprio general Soult e quase todas as suas forças de infantaria, cavalaria e artilharia; mas resistindo esses. denodadamente, e tendo aparecido no flanco esquerdo do inimigo a brigada inglesa, que havia passado em Avintes, e no direito as que o haviam feito abaixo de Vila Nova de Gaia, Soult, resolveu-se a retirar, deixando em nosso poder algumas peças de artilharia, muitas munições, e vários prisioneiros. Segue se a batalha de Talavera de la Reina, em que as tropas espanholas do general Cuesta cooperaram com o exército anglo-português e que, mais do que uma acção geral, foi uma série de combates horríveis. Ao cabo de dois dias de carnificina os franceses abandonaram o campo, supondo se que as suas perdas não seriam inferiores a 10.000 homens, e que as dos aliados excederam a 5.000. Mas circunstâncias particulares fizeram ainda com que da batalha e vitória de Talavera se não tirassem as consequências que eram de esperar. Para impedir que progredissem as doenças que começavam a grassar no exercito por causa das proximidades do Guadiana, e também para poder conseguir as provisões de boca que as autoridades espanholas não cuidavam em fornecer-lhe, Wellesley viu-se obrigado a retirar para a, fronteira de Portugal, indo acampar em Badajoz.

Entretanto, fora da península, Napoleão triunfava em toda a linha; as suas armas saíam vitoriosas de combates sucessivos, e o seu casamento com uma filha da casa de Áustria, prometendo-lhe uma paz duradoura no continente, dar-lhe-ia ensejo de concentrar na península hispânica toda a sua atenção e toda a sua força. Assim, a situação do exército anglo-português nada tinha de invejável, porque estava na contingência de ser aniquilado a breve prazo, e os combatentes, que não tinham ilusões a tal respeito, possuíam-se do mais profundo desânimo. Mas Wellesley via tudo, ponderava tudo, e em meados de Outubro partia para Lisboa a assegurar-lhe a defesa e a proceder ao levantamento dessas famosas linhas de Torres Vedras, Que com tão alto renome ficaram na história da guerra peninsular. Entretanto, supunha-se que os ingleses iam fazer-se ao mar; e que Portugal e Espanha ficariam à mercê de, Napoleão.

A Soult seguiu-se Massena que em 21 de junho tomou o comando do exercito francês, chamado o grande exercito de Portugal, e com ele invadiu o país, sendo esta a terceira invasão que se deu. Depois do cerco de Almeida, celebre pela explosão do castelo, que obrigou a uma capitulação (V. Almeida), Massena avançou por Viseu, e Wellesley retirou-se pela margem esquerda do Mondego, mas conhecendo-se evidentemente que o desígnio daquele era marchar sobre Lisboa, Wellesley resolveu esperá-lo, e, tomando posição no Buçaco, A 27 de setembro, Massena atacou o exercito aliado. Deu-se então a grande batalha, tão desastrosa para o exercito invasor, e na qual tanto Wellesley como as tropas do seu comando foram duma coragem admirável, ficara de o solo juncado de mortos e de feridos. (V. Buçaco, Batalha do). Depois o exercito aliado retirou-se para dentro das linhas de Torres Vedras, e então realizou se o que Wellesley, havia previsto. Massena, conservando-se seis semanas dentro delas, recuou ante o inexpugnável das posições, e perdendo pela fome e pelas doenças uma grande parte do seu exército, teve de atravessar novamente a fronteira, abandonando Portugal, onde apenas deixou guarnição em Almeida. Wellesley propôs-se então a fazer os sítios, tanto desta ultima praça como de Badajoz; mas os franceses ligando grande importância à sua posse; para nelas, estabelecerem a base para uma nova invasão, Massena acudiu a socorrê-las, saindo de Salamanca com um grande e luzido exercito. As forças aliadas eram inferiores quase um terço ás do comando de Massena, mas Wellesley ligava tanta importância ao bloqueio de Almeida, que preferiu arriscar o combate com esta desproporção numérica, a ter de o abandonar. Deu-se então a batalha, que tomou o nome de Fuentes de Oñor, da pequena aldeia, em que se apoiava a direita dos aliados. A batalha durou dois dias, em que o valor dos adversários foi inexcedível, batendo-se o exercito anglo-português com a fina flor das tropas francesas, sustentando se combates tremeu, dos à ponta de baioneta, disputando-se o terreno palmo a palmo: sob um furacão de fuzilaria; sem, que os famosos couraceiros de Montbrun, triunfantes em Wagram, com os soldados de Ney, vencedores dos russos em Friedland, conseguissem esmagar os seus contendores, antes tendo; por fim, de ceder-lhes o campo já quando alagado de sangue e coberto de cadáveres. Vendo que era impossível obter, um triunfo decisivo, Massena contentou-se em permanecer mais um dia em frente das nossas posições; retirando no outro pela estrada de Cidade Rodrigo.

À batalha de Fuentes de Oñor, seguiu-se o sítio de Badajoz interrompido pelo exército de Soult, o que deu lugar à sanguinolenta batalha de Albuera, em que os aliados, não obstante ganharem a vitória, tiveram ainda assim quase 2 terços do seu exército postos fora do combate: O sítio, novamente começado, pelos aliados, foi, ainda outra vez interrompido, porque o exército francês avançava, em força. Para o esperar, Wellesley tomou posição no Caia; e muito tempo esperou uma batalha geral; mas passando quase um mês, os franceses retiraram, marchando para o Norte os do comando de Marmont, e para Sevilha os que obedeciam a Soult, e Wellesley deixando Hill no Alentejo em observação a Gerard, mudou o seu quartel general para Portalegre, e logo depois para Fuentes Grinaldo. Em janeiro de 1810 tomou Wellesley aos franceses a praça de Cidade Rodrigo, após um cerco que durou onze ou doze dias; e que acabou por um renhido combate, e depois tomou-lhes Badajoz, após um cerco de vinte dias de trincheira aberta e um sangrento combate; em que as tropas anglo-lusas fizeram prodígios de valor. A 13 de junho, lorde Wellington atravessou o Águeda, e a 17 entrou em Salamanca, onde foi esplendidamente recebido. Continuou, porém, as suas operações, porque os franceses tinham retrocedido e estavam à vista, comandados por Marmont, e a sua força era considerável. Dias depois travou-se a famosa batalha de Salamanca, que se prolongou pela noite adiante e que serviu para Wellington pôr mais uma vez em relevo os seus, grandes dotes militares, mostrando-se em tudo digno da alta reputação que o seu nome tinha criado. Os dois generais inimigos rivalizaram em valentia, mas os franceses perderam por fim a acção e a batalha de Salamanca como que abriu aos aliados as portas de Madrid, posto que, para lá entrarem, tiveram ainda de travar alguns renhidos combates. De Madrid, avançou Wellington para Burgos, a cujo castelo pôs cerco; não pôde, porém, continuá-lo, por lhe faltarem os meios próprios, e sobretudo a artilharia de sítio, tendo de abandoná-lo ao cabo de trinta dias em que de parte a parte houve os maiores rasgos de valor e de coragem. O exército anglo-luso empreendeu então a sua retirada, que efectuou da maneira mais brilhante, retrocedendo para as alturas de S. Cristóvão, em Salamanca. Ambos os exércitos combatentes precisavam descansar. De parte a parte se haviam sofrido perdas enormes calculando se que só em doze dias tinham sido postos fora do combate 20.000 homens, e Wellington aproveitou o ensejo para fazer importantes reformas que o habilitassem a apresentar-se novamente em campo com todas as probabilidades de um bom êxito.

Organizado mais convenientemente o seu exército, em abril de 1813 estava já em condições de recomeçar a guerra; e tanto que a 13 daquele mesmo mês iniciou a sua última e mais importante campanha da península. Àquela data, os franceses ocupavam com forças consideráveis a margem direito do Douro, na qual tinham levantado importantes obras de defesa. Wellington julgou de melhor aviso torneá-las do que atacá-las de frente, e por uma hábil combinação que fez com as tropas espanholas da Galiza passou ao norte do rio, tomando assim de revés as posições inimigas e atacando-lhes o flanco direito, ataque tanto mais perigoso para os franceses quanto mais espalhados estavam, e por concentrarem. Assim, 70.000 ingleses e portugueses, espanhóis da Extremadura e 12.000 da Galiza, ao todo 90.000 combatentes, marcharam contra as massas inimigas disseminadas, que tiveram de retirar sucessivamente. Seguiu-se se uma série de combates mais ou menos importantes, até que o exército de José Bonaparte, já em plena retirada, tomou posição em frente de Vitoria. O terreno foi escolhido pelo marechal Jourdan, e era na realidade excelente campo de batalha, tendo apenas o defeito de ser grande de mais. Wellington tinha sobre o seu adversário a superioridade numérica, e este a da melhor composição do seu exército, que era mais forte em cavalaria e artilharia. A batalha de Vitoria (V. este nome) foi uma das mais importantes da Guerra Peninsular, porque dela resultou a desorganização total dos exércitos franceses que estavam reunidos, a perda da sua artilharia, bagagens, caixa militar, toda a correspondência e mais papéis do ex-rei José, e várias bandeiras. Entre os despojos da batalha de Vitoria, o duque de Wellington mandou para Inglaterra o bastão do marechal Jourdan, e em troca dele o príncipe regente lhe mandou o bastão de marechal de Inglaterra, ao qual se seguiu a nomeação de coronel do 1.º regimento das guardas depois da batalha dos Pirenéus. A praça de S. Sebastião da Biscaia foi tomada de assalto a 31 de agosto; o castelo capitulou a 10 de setembro, e a 7 de outubro o exército anglo-luso atravessou o Bidassoa. Em 1814 seguiu-se um armistício geral, a paz foi definitivamente estabelecida, e lord Wellington, que tinha sido um dos heróis da campanha, partiu para Paris na qualidade de embaixador. A 10 de junho desse ano voltou ao seu quartel-general a Bordéus, e ali se despediu do valente exercito peninsular que tinha sido seu companheiro de fadigas, de perigos e de glórias: A sua recepção em Inglaterra foi um verdadeiro triunfo. A 28 de junho, na sua qualidade de duque, tomou assento na câmara alta. O grande general entrou então na política, foi várias vezes ministro, gozando da maior consideração, chanceler da Universidade de Oxford, etc.

Biografia retirada daqui

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Conteúdo - Francis Bacon


This is a 15-volume collection of Francis Bacon's works published by Houghton Mifflin some time around 1900. Bacon's writings are presented in Latin and English. The editor's notes and contributions are in English.
The Internet Archive has all 15 volumes of this set. Below are links to all the volumes, along with a list of contents. (Some of the individual works have prefaces by the editors that are not listed below.)
  • Volume I: Life of Bacon; Preface to the Philosophical Works; Novum Organum
  • Volume II: Parasceve ad Historiam Naturalem et Experimentalem; De Augmentis Scientarum (start)
  • Volume III: De Augmentis Scientarum (concluded); Historia Ventorum; Historia Vitae et Mortis
  • Volume IV: Historia Densi et Rari; Inquisitio de Magnete; Topics Inquisitionis de Luce et Lumine; Sylva Sylvarum (start)
  • Volume V: Sylva Sylvarum (concluded); Cogitationes de Natura Rerum; De Fluxu et Refluxu Maris; De Principiis Atque Originibus Secundum Fabulas Cupidinis et Coele; New Atlantis; Magnalia Naturae; Cogitationes de Scientia Humana
  • Volume VI: Valerius Terminus; Advancement of Learning; Filum Labyrinthi; De Interpretatione Naturae Prooemium
  • Volume VII: Temporis Partus Masculus; Partis Instaurationis Secundae Delineatio et Argumentum; Redargutio Philosophiarum; Cogitata et Visa de Interpretatione Naturae; Inquisitio Legitima de Motu; Calor et Frigus; Historia Soni et Auditus; Phaenomena Universi; Descriptio Globi Intellectualis; Thema Coeli; De Interpretatione Naturae Sententiae CII; Aphorismi et Consilia; Physiological and Medical Remains
  • Volume VIII: Translations: The Great Instauration; The New Organon; Preparative Towards a Natural and Experimental History; Of the Dignity and Advancement of Learning, Books II and III
  • Volume IX: Translations: Of the Dignity and Advancement of Learning, Books IV-IX; Natural and Experimental History (start)
  • Volume X: Translations: Natural and Experimental History (continued); Thoughts on the Nature of Things; On the Ebb and Flow of the Sea; On Principles and Origins, According to the Fables of Cupid and Coelum; Description of the Intellectual Globe; Theory of the Heaven
  • Volume XI: History of the Reign of King Henry VII; The Beginning of the History of Reign of King Henry VIII; The Beginning of the History of Great Britain; In Felicem Memoriam Elizabethae, Angliae Reginae (and its translation)
  • Volume XII: In Henricum Principem Walliae Elogium (and its translation); Imago Civilis Julii Caesaris (and its translation); Imago Civilis Augusti Caesaris (and its translation); Essays or Counsels Civil and Moral; Appendix to the Essays; De Sapienta Veterum (start)
  • Volume XIII: De Sapienta Veterum (concluded); De Sapienta Veterum translated into English; Advertisement Touching a Holy War; Of the True Greatness of Britain; Colours of Good and Evil; Letter and Discourses to Sir Henry Savill, Touching Helps for the Intellectual Powers; Short Notes for Civil Conversation; Apophthegms
  • Volume XIV: Promus of Formularies and Elegancies; Religious Writings; Appendix to the Religious Writings; Preface to the Professional Works; Maxims of the Law; Reading of the Statute of Uses; Use of the Law
  • Volume XV: Discourse upon the Commission of Bridewell; Arguments of Law; Preparation for the Union of Laws; Answers to Questions Touching the Office of Constables; Ordinances in Chancery; Appendix; Index