segunda-feira, 4 de junho de 2018

Notícia - Lisboa: alunos portugueses recriam a cidade romana de Olisipo em jogo de computador


E se fosse possível conciliar a educação com um jogo que as crianças adoram e que pode ser uma óptima ferramenta de ensino caso seja usado da forma correcta? Foi esse o desafio que Joana Simas, professora de História e Geografia na Park International School decidiu abraçar. E o resultado não poderia ter sido mais fantástico! Joana Simas e os seus alunos recriaram a cidade romana de Olisipo, a antiga Lisboa, de forma impressionante e bem detalhada.

Segundo as palavras da professora Joana Simas, “através desta plataforma, os alunos podem trazer vida à História, recriá-la e apropriar-se dela, dando-lhe um significado pessoal e verdadeiro à sua aprendizagem. Na verdade, através da utilização desta plataforma de jogo na sala de aula, eu ofereço aos meus alunos vários caminhos para a aprendizagem: o verdadeiro sucesso é baseado no conhecimento, no controlo dos materiais e na capacidade de aprender a pensar por si próprio.”

Os alunos do 5º ano de escolaridade abraçaram a ideia de Joana Simas e lançaram-se no projecto de recriar Olisipo com recurso a uma tecnologia que a grande maioria deles já dominava. “No final, temos uma cidade reconstruída numa escala 1:1, num mundo do Minecraft Education Edition previamente preparado pelo coordenador de EdTech, Kyriakos Koursaris, repleto de informação espalhada pela cidade escrita em ardósias, adicionando assim todas as informações e elementos históricos necessários”, salienta Joana Simas.

O trabalho destes alunos baseou-se num documentário realizado em 2015: Fundeadouro Romano em Olisipo. Com recurso a imagens deste documentário e apoiados em outras fontes de informação, os alunos recriaram vários pontos da antiga cidade romana, como o Teatro Romano, o Aqueduto ou o porto. E para ver mais trabalhos educativos da professora Joana Simas, vale a pena espreitar o seu perfil no Minecraft Education Edition.

Felicitas Julia Olisipo. Assim se chamava Lisboa no tempo do Imperador Augusto, quando a cidade era um porto importante da província da Lusitânia. E quem chegava pelo Tejo o que primeiro via era um imponente teatro, símbolo do poder do Império. Há dois mil anos Olisipo era o porto da capital da província da Lusitânia, Augusta Emerita (a actual Mérida), mas tinha a importância concedida às grandes cidades romanas. O valor estava sobretudo no rio que a fazia próspera, relevante via de comunicação com uma actividade económica sustentada na abundância do peixe, no vinho e azeite transportado para todo o mundo romano. Ficou a ser a terra da Felicidade, Felicitas Julia, como a nomeou Júlio César, o imperador que lhe concedeu o estatuto de município.

Como era política expansionista de Roma, os povos dominados  recebiam o cunho da civilização romana: da língua à arquitectura, todos os sectores eram influenciados. Durante a romanização de Olisipio, o Imperador Augusto decidiu mandar construir um teatro virado a sul, que funcionava “como marca propagandista” do Império para quem chegava à cidade pelo Tejo . Situado na encosta da colina onde está hoje o castelo de São Jorge, o edifício cénico, de estrutura semicircular, tinha capacidade para cerca de 4000 espectadores. Decorado com fustes e capitéis pintados, este era o  local onde se exibiam peças do período clássico.

Datado do século I d.C., o teatro, como grande parte de Lisboa,  “desapareceu” no terramoto de 1755. As ruínas, descobertas em 1798 durante a reconstrução da cidade, acabaram esquecidas. Em poucos anos, sobre elas foram construídos prédios de habitação. Só mais tarde, na década de sessenta do século XX, o que estava escondido debaixo dos pés veio à superfície. As escavações arqueológicas realizadas em várias campanhas tornaram possível a recuperação desta história da velha Olisipo.

Na época romana, a praça D. Luís I era uma pequena baía onde os navios ancoravam, no trânsito de cargas e passageiros, e as mercadorias que transportavam eram por vezes lançadas ao rio, talvez até com o intuito de se libertarem delas. Da análise dos materiais recolhidos ficamos a conhecer o tipo de relações comerciais e marítimas que Olisipo manteve com o resto do Império, durante mais de 700 anos. Aqui chegavam navios oriundos de todos os cantos do Mediterrâneo. Olisipo era um importante centro de transformação de pescado. Na margem sul do estuário do Tejo existiam várias olarias que fabricavam as ânforas em que eram exportadas as conservas.

O porto de Olisipo era um dos mais importantes de toda a fachada Atlântica. por aqui passava uma rota marítima que, desde o mediterrâneo, abastecia os exércitos de Roma estacionados na Britânia e Germânia Inferior, actuais regiões da Grã-Bretanha e parte da costa norte da moderna Alemanha.

https://www.vortexmag.net/lisboa-alunos-portugueses-recriam-a-cidade-romana-de-olisipo-em-jogo-de-computador/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Fazer um humidificador aromático 

Para humidificar o ar, por exemplo, no inverno, quando o ar ficar mais seco devido ao uso de aquecedores, coloque cascas de limão num recipiente com água e deixe ferver ao lume.[/v

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Manter insetos à distância 

Muitos insetos detestam o ácido do limão. Pode cortar as cascas e colocá-las estrategicamente junto a janelas, frestas ou outras possíveis entradas na sua casa para formigas e companhia.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Polir cromados e cobres

Um limão cortado ao meio e mergulhado em sal ou fermento em pó pode ser usado para polir objetos de cobre, latão ou aço inoxidável.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Como esfoliante  

Misture meia chávena de açúcar com cascas de limão cortadas finamente e azeite suficiente para formar uma pasta. No banho, massaje o corpo com a mistura que obteve.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Como tónico 

Passadas ao de leve no rosto, evitando, claro, a zona dos olhos, as cascas de limão funcionam como um tónico refrescante.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Suavizar cotovelos secos 

Salpique metade de um limão com bicarbonato de sódio. Depois, enfie o cotovelo no limão e rode-o como se estivesse a espremê-lo. Mantenha esta operação durante, pelo menos, 10 minutos, antes de enxaguar e secar.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Aclarar manchas de idade 

Basta um pequeno pedaço de limão na área afetada, durante uma hora.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Limpar tábuas de cozinha

Graças ao seu pH baixo, o limão tem propriedades antibacterianas que o tornam uma boa escolha para desinfetar as tábuas usadas para cortar alimentos. Depois de devidamente limpa, esfregue a superfície com meio limão, deixe atuar durante uns segundos e depois passe por água.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Limpar o micro-ondas 

Este é talvez o truque mais conhecido: junte cascas de limão a um recipiente próprio para micro-ondas com água fria pela metade e deixe aquecer cinco minutos na potência máxima para ferver a água e permitir a condensação do vapor no interior de todo o aparelho. Retire, em seguida, o recipiente com muito cuidado e limpe com um pano.

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Curiosidade - Coisas que pode fazer com limão e que não são de comer nem beber!


Limpar gorduras 

Para limpar mais eficazmente superfícies engorduradas, como o fogão e bancada/parede nas imediações, experimente passar metades de limão ou, então, juntar sal a sumo de limão e aplicar nas áreas afetadas. Depois, é só secar com um pano (mas cuidado com mármores ou qualquer outra superfície sensível a ácidos).

https://www.vortexmag.net/10-coisas-que-pode-fazer-com-limao-e-que-nao-sao-de-comer-nem-beber/

Conteúdo - O estranho acidente que impediu que Portugal e Espanha fossem um único país


Dom Afonso de Portugal  nasceu em Lisboa no dia 18 de Maio de 1475 e faleceu em Santarém a 13 de Julho de 1491. Era o único filho e herdeiro de D. João II e de D. Leonor, Reis de Portugal. O rei tanto adorava este seu filho que, em sua homenagem, baptizou de “Príncipe” a ilha mais pequena do arquipélago de São Tomé e Príncipe.

Ainda em criança, D. Afonso casou com a princesa Isabel de Aragão, filha mais velha dos Reis católicos. Ficara escrito no tratado de anulação das terçarias de Moura, que aos 14 anos, o príncipe herdeiro D. Afonso casaria com a infanta Joana, filha segunda dos Reis Católicos, mas se a sua irmã mais velha, herdeira dos reinos de Castela, Aragão e parte de Navarra, ainda se encontrasse solteira nessa altura, então o matrimónio do príncipe Afonso, efectuar-se-ia de preferência com ela e foi mesmo isso que aconteceu.

Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão tinham um herdeiro, Juan, que era um jovem frágil e que viria a falecer com dezanove anos de idade. A princesa Isabel seria, portanto, a herdeira mais provável das coroas de Castela e Aragão e, como estava casada com o Príncipe herdeiro de Portugal, adivinhava-se uma união dos reinos ibéricos sob a alçada de Portugal.

Estava implícito neste acordo o plano da união ibérica, pelo que alguns boatos sobre a possível aproximação, para efeitos de casamento com a infanta Isabel a mais velha e herdeira, com as casas de França e de Nápoles, não passavam disso mesmo, pois nada mais poderia agradar à coroa de Castela que o casamento da sua herdeira com o infante de Portugal.

Em Janeiro de 1490, foram convocadas cortes, reunindo-se em Évora no mês de Março, que aprovaram o enlace e estabeleceram uma contribuição de 100.000 cruzados, para cobrir as despesas com as solenidades. Os esponsais celebraram-se em Sevilha, num domingo depois da Páscoa, debaixo de grandes festejos. Desde essa data o príncipe Afonso e a infanta Isabel estavam casados por procuração.

A reunião dos noivos, viria a realizar-se já perto do fim desse ano, depois de grandes preparativos, minuciosamente dirigidos pelo próprio Rei. Tudo preparado com grande fausto, conforme descrito por Garcia de Resende. Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão tinham um herdeiro, Juan, que era um jovem frágil e que viria a falecer com 19 anos de idade.

A princesa Isabel seria, portanto, a herdeira mais provável das coroas de Castela e Aragão e, como estava casada com o Príncipe herdeiro de Portugal, adivinhava-se uma união dos reinos ibéricos sob a alçada de Portugal.

Os Reis católicos tentaram manobrar diplomaticamente para dissolver o casamento, sem sucesso, dada a influência portuguesa junto do Papa. A sua causa estava aparentemente perdida, quando um acidente salvou Castela e Aragão de uma anexação.

Afonso morreu em circunstâncias misteriosas, de uma queda de cavalo durante um passeio, em Alfange, Santarém, à beira do Tejo. A hipótese de assassinato nunca foi provada, mas os Reis católicos tinham tudo a ganhar com este desaparecimento. Ainda para mais, o aio castelhano do jovem Afonso desapareceu para Castela no próprio dia, depois de ter sido a única testemunha ocular do incidente. Segundo outra fonte, (Bernardo Rodrigues, em os Anais de Arzila), o seu aio era João de Meneses, conde de Cantanhede. As preces que D. João II mandou rezar por todo o Reino e os esforços dos físicos, não conseguiram as melhoras de D. Afonso, que viria a falecer no dia 13 de Julho de 1491.

As exéquias decorreram no mosteiro da Batalha, com o espectáculo de dor habitual nas épocas medievais, homens que arrancavam as barbas até ficarem com o rosto em sangue, cabeças que batiam contra o cadafalso ou mulheres arranhando desesperadamente a face.

Depois da morte de D. Afonso, D. João II nomeou como sucessor o Duque de Beja, seu primo, que viria a governar como D. Manuel I de Portugal.

Ainda em Évora em 1490, após o casamento do filho, tinha D. João II, sofrido os primeiro sintomas da estranha enfermidade que o havia de matar. Em 1495 já não sofria apenas de mal estar e desmaios, também o seu aspecto outrora belo se havia começado a alterar devido a um inchaço.

Os seus últimos anos de vida foram, de imensa actividade em permanente mudança pelo País, um pouco como procura e qualquer lado, a receita que pudesse minimizar os seus padecimentos.

A rainha D. Leonor também adoecera gravemente, aumentando a aflição do Rei, que se nunca se recompusera do falecimento do infante, julgava agora também vir a perder a mulher.

Acabou a rainha por salvar-se e o rei, que nunca deixara abrandar a sua actividade, encontrava-se com a corte em Évora mo verão de 1495 quando uma inoportuna peste assola a cidade, obrigando a corte a retirar-se para Alcáçovas.

O mal que padecia estava avançando, de tal forma que a s mãos de tanto incharem, já mal lhe permitiam segurar uma pena para escrever de tal forma que mandara fazer uma chancela em ouro para as assinaturas.

Infrutíferas continuavam a ser as tentativas de D. João II, junto de D. Leonor, para que autorizasse a legitimação do filho Jorge, bastardo de D. João.

Tinham tido notícias de algumas maravilhas curativas que com as águas de Monchique se obtinham, que o levaram a decidir partir para o Algarve . Com o franciscano João da Póvoa se confessou e com ele redigiu o seu testamento, optando por não afrontar a Rainha e não nomear seu filho Jorge herdeiro do trono, optando por nomear D. Manuel, duque de Beja e seu cunhado.

Também cuidou em Alcáçovas antes de partir, de deixar nomeado Vasco da Gama, como capitão da frota que deveria ir à Índia.

Em Monchique porém as águas fizeram-lhe ainda pior, retirando para o Alvor, onde viria a morrer, em casa de D. Álvaro de Ataide, mas foi o próprio rei que desenganado pelos médicos, sobre as suas hipóteses de salvação, organizou o próprio cenário da sua morte, ordenou a sua extrema unção, e faleceu no dia 25 de Outubro de 1495, apenas com 40 anos, não sem antes pedir aos que o rodeavam que não o agoniassem com o seus prantos.

Isabel a Católica, quando recebeu a notícia, terá exclamado “morreu o Homem”, D. João II passou na História de Portugal a ser conhecido pelo Príncipe Perfeito.

https://www.vortexmag.net/o-estranho-acidente-que-impediu-que-portugal-e-espanha-fossem-um-unico-pais/

domingo, 3 de junho de 2018

Conteúdo - 1807: quando a Madeira pertenceu aos ingleses durante 7 anos


Na genealogia dos madeirenses, de uma classe social alta, os apelidos estrangeiros cruzam-se com os portugueses. A comunidade inglesa representa, ainda hoje, um peso enorme na economia regional. Durante décadas, o povo insular viveu de cabeça curvada. Não em relação ao Continente mas a tudo o que vinha de fora do país. Por alguma razão, na gíria diária, o turista é sempre inglês, mesmo que seja alemão.

A Madeira foi duas vezes ocupada por tropas inglesas, sendo a primeira de Julho de 1801 a Janeiro de 1802 e a segunda de Dezembro de 1807 a Outubro de 1814. Sete anos é muito tempo. A presença de tropas britânicas no Funchal teve influência nas relações entre a Ilha e a Coroa Portuguesa que sempre tiveram em conta os interesses dos britânicos. O envolvimento militar britânico deve ser contextualizado na necessidade da Royal Navy, impedir a execução dos movimentos navais franceses.

Em 1799, o brigadeiro-general Frederic Maitland, num relatório ao ministro Henry Dundas, não escondia a sua “forte apreensão pela situação da ilha” face ao movimento dos corsários. Mas a preocupação dos britânicos chegava até Madrid. Espanha iria usar as ilhas Canárias como entreposto dos rendimentos anuais vindos da América. Estava em causa a distribuição de poderes no Atlântico. A ameaça espanhola justificou a proposta do general Maitland: “A ocupação imediata da Ilha da Madeira.”

O efeito surpresa seria o melhor e quem ocupasse a Madeira, em primeiro lugar, estaria em vantagem. Os britânicos sabiam da apetência da ilha pelos franceses. Em 1796, M.D’Hermand, cônsul francês em Madrid, propôs aos seus superiores “a conquista da Madeira com o intuito de pressionar Lisboa e, dessa forma, tentar afastar Portugal da aliança inglesa”. A política de expansão de Bonaparte colocara a ilha como alvo preferencial. A Royal Navy avançou.

Depois da primeira ocupação (1801-1802), os ingleses regressam à ilha a 24 de Dezembro de 1807. Efectuado o desembarque das forças militares, logo o general britânico Guilherme Carr Beresford “se apressou a comunicar ao governador e capitão- -general da Madeira”, Pedro Meneses, que “fizesse a imediata entrega deste arquipélago”. O governador prontamente acedeu.

Esta situação manteve-se até à assinatura do Tratado de Restituição da Madeira (Londres, 16 de Março de 1808), cuja cópia chegou à Madeira em finais de Abril. O arquipélago foi então devolvido à administração civil, tendo Beresford seguido para Lisboa em Agosto do mesmo ano. Uma guarnição britânica permaneceu estacionada no arquipélago até Setembro de 1814, quando da assinatura do Tratado de Paz entre a Grã-Bretanha e a França naquele ano.

Finda a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), com a assinatura da Convenção de Évora-Monte (1834), cessou a nomeação de Governadores e Capitães-generais para o arquipélago, sendo criado, inicialmente, o lugar de Prefeito e, em 1835, o de Governador Civil, a par de um Governador Militar.

Os ingleses foram os únicos estrangeiros que conseguiram assumir uma posição privilegiada na sociedade madeirense, criando um mundo à parte e funcionando com instituições próprias e privilégios exorbitantes, tendo o controlo quase total da economia da Ilha e fruindo da sua riqueza.

Os lucros provenientes da Madeira eram, indubitavelmente, mais consideráveis para a Grã-Bretanha do que para a sua terra-mãe (Portugal), como consequência do comércio realizado entre ela e a feitoria britânica aí estabelecida, que consistia, presentemente, em mais de vinte casas comerciais e cujas fortunas adquiridas estavam amealhadas na Grã-Bretanha.

As outras nações pouco disputavam os ingleses neste seu comércio com a Madeira. Mesmo os portugueses que tentaram competir com eles raramente prosperaram, por terem, como se supõe, menos conhecimento comercial, assim como, provavelmente, um capital e crédito mais pequenos e menos ligações com outros estrangeiros.

Os comerciantes britânicos controlavam, para seu interesse, os cultivadores de vinha, fornecendo-lhes de antemão tudo aquilo de que eles necessitam nos intervalos da vindima e nas estações mais baixas. Os seus negócios com os habitantes portugueses do Funchal também devem ter sido intensos; exceptuando este facto, parecem não existir muitas relações sociais entre eles.

A britanofobia madeirense, evidente em princípios dos sécs. XIX e XX, confunde-se, por vezes, com a afirmação do liberalismo e republicanismo, quando a origem parece ser outra. Em 1911, os republicanos madeirenses fizeram um ultimato para os britânicos abandonarem a Ilha, imposição que não foi cumprida.

A crise económica, com especial incidência no sector comercial, resultante do recuo do Império Britânico e da perda de algumas das suas colónias, começando com a independência dos EUA., fez catalisar as vozes da revolta. Foi na Madeira que primeiro se fez sentir o impacto negativo da crise do império.

https://www.vortexmag.net/1807-quando-a-madeira-pertenceu-aos-ingleses-durante-7-anos/

Curiosidade - 100 palavras desconhecidas da Língua Portuguesa

Prepare-se para sentir alguma frustração quando perceber que existem muitas palavras da Língua Portuguesa que são praticamente desconhecidas pela grande maioria dos falantes da Língua de Camões. Algumas pessoas chamam-lhes “palavras cultas”, ou seja, palavras utilizadas apenas por um grupo específico de pessoas, mais erudito e com mais formação cultural. No então não é esse o caso. A grande maioria destas palavras designa actos, objectos ou situações que não são muito frequentes no quotidiano das pessoas, levando a um menor uso diário e, por consequência, a um maior desconhecimento da sua existência. Outras são “palavras em desuso”, ou seja, palavras que definem objectos que já quase ninguém usa ou acções que eram habituais no passado mas já não são frequentes nos dias de hoje. E existem ainda algumas que são “palavras técnicas”, ou seja, palavras utilizadas sobretudo por profissionais de determinadas áreas, como médicos, cientistas, professores, etc… Descubra 100 palavras (quase) desconhecidas pela maioria dos portugueses.


Psichê: 1. Grande espelho móvel e inclinável montado numa armação. 2. Móvel de toucador, com grandes espelhos e muitas gavetas.

Rebombar: Ressoar fortemente.

Recepisse: Escrito em que se declara ter recebido papéis, documentos, dinheiro, etc.

Rechaçar: Fazer retroceder, opondo resistência; repelir; rebater.

Reproche: Censura.

Rumorejo: Ruído brando e confuso.

Safo: Desembaraçado.

Sanguino: Que causa a morte ou efusão de sangue. Cor tirante a vermelho.

Senescente: Aquilo que vai envelhecendo.

Sextante: Arco de sessenta graus.

Sicário: Assassino pago para cometer todo tipo de crimes. Matador profissional.

Socancra: Diz-se de pessoa que faz as coisas de maneira oculta e silenciosamente. Diz-se também de pessoas sonsas. Isto é, pessoas que dizem que não sabem, mas sabem.

Soer: sinónimo de costumar.

Soldo: indicava uma obrigação no arrendamento de terra.

Surtar: Entrar em crise psicótica.

Suso: sinónimo de acima.

Taifa: Designação comum ao pessoal subalterno das especialidades de cozinheiro, barbeiro, padeiro e arrumador (copeiro, camaroteiro, etc.).

Tonsura: Corte circular, rente do cabelo, na parte mais alta e posterior da cabeça, que se faz nos clérigos; cercilho, coroa.

Ubertoso: Fértil, fecundo.

Urbígena: Pessoa que nasceu na cidade em relação à pessoa que chega à cidade.

Undívago: Aquilo que vaga sobre as ondas; flutívago.

Voejo: Pó que se levanta da farinha quando ela é agitada.

https://www.vortexmag.net/100-palavras-desconhecidas-da-lingua-portuguesa/

Curiosidade - 100 palavras desconhecidas da Língua Portuguesa

Prepare-se para sentir alguma frustração quando perceber que existem muitas palavras da Língua Portuguesa que são praticamente desconhecidas pela grande maioria dos falantes da Língua de Camões. Algumas pessoas chamam-lhes “palavras cultas”, ou seja, palavras utilizadas apenas por um grupo específico de pessoas, mais erudito e com mais formação cultural. No então não é esse o caso. A grande maioria destas palavras designa actos, objectos ou situações que não são muito frequentes no quotidiano das pessoas, levando a um menor uso diário e, por consequência, a um maior desconhecimento da sua existência. Outras são “palavras em desuso”, ou seja, palavras que definem objectos que já quase ninguém usa ou acções que eram habituais no passado mas já não são frequentes nos dias de hoje. E existem ainda algumas que são “palavras técnicas”, ou seja, palavras utilizadas sobretudo por profissionais de determinadas áreas, como médicos, cientistas, professores, etc… Descubra 100 palavras (quase) desconhecidas pela maioria dos portugueses.

Acartado: indicava um profissional diplomado.

Aceiro: 1. Relativo ao aço ou que tem as propriedades do aço. 2. Forte, agudo, penetrante. 3. Operário que trabalha em aço.

Adentado: Mordido.

Admistão: Acto de ajuntar, misturando.

Aguça: sinónimo de pressa.

Anóveas: indicava um valor nove vezes superior.

Aprestos: Materiais necessários para fazer alguma coisa.

Asseidade: Religião. Atributo divino fundamental, que consiste em existir por si próprio.

Asnidade: Ignorância.

Assetado: Ferido ou morto com instrumento de incisão.

Atoarda: Notícia vaga; balela, boato.

Atuado: Aquele cujo procedimento foge ao comum, ao esperado.

Babiaque: Nome comercial da casca da árvore-da-goma-arábica.

Bricolage: Combinação de elementos extraídos de obras distintas.

Carraspana: Bebedeira.

Cércea: Aparelho, nas estações de estrada de ferro, que determina o máximo volume que a carga de um trem pode atingir.

Chapim: 1. Calçado de sola grossa, para mulheres. 2. Sapatinho elegante.

Cioso: 1. Que tem ciúme; ciumento. 2. Zeloso, cuidadoso. 3. Interessado em virtude de afeição extrema.

Colédoco: Canal pelo qual a bílis se derrama no intestino.

Custódio: Aquele que guarda, defende ou protege.

Codesso: Arbusto ornamental que fornece madeira castanho-esverdeada, própria para marcenaria de luxo, e tem propriedades melíferas.

Coreuta: Cada um dos membros do coro, no teatro clássico; corista.

Corifeu: Mestre do coro, na tragédia e comédia antigas, o qual exercia a função de principal representante do povo e de intermediário entre os coreutas e as personagens principais.

Desamar: Perder a afeição a alguém.

Desapuro: Falta de cuidado ou esmero.

Descalabro: 1. Grande dano ou perda; ruína. 2. Desgraça, derrota.

Dessiso: Falta de juízo, de bom senso, de siso.

Eclampse: Grave doença convulsiva que se manifesta nas mulheres grávidas.

Ecmnesia: (Medicina) Esquecimento de todos os fatos ocorridos de certa época em diante.

Epistase: (Medicina) Interrupção de secreções ou excreções, como as do sangue, por exemplo.

Espaventado: Assustado, espantado.

Estacada: Lugar fechado para brigas e torneios.

Exaurir: Desgastar lentamente as próprias reservas físicas ou económicas.

https://www.vortexmag.net/100-palavras-desconhecidas-da-lingua-portuguesa/

Curiosidade - 100 palavras desconhecidas da Língua Portuguesa

Prepare-se para sentir alguma frustração quando perceber que existem muitas palavras da Língua Portuguesa que são praticamente desconhecidas pela grande maioria dos falantes da Língua de Camões. Algumas pessoas chamam-lhes “palavras cultas”, ou seja, palavras utilizadas apenas por um grupo específico de pessoas, mais erudito e com mais formação cultural. No então não é esse o caso. A grande maioria destas palavras designa actos, objectos ou situações que não são muito frequentes no quotidiano das pessoas, levando a um menor uso diário e, por consequência, a um maior desconhecimento da sua existência. Outras são “palavras em desuso”, ou seja, palavras que definem objectos que já quase ninguém usa ou acções que eram habituais no passado mas já não são frequentes nos dias de hoje. E existem ainda algumas que são “palavras técnicas”, ou seja, palavras utilizadas sobretudo por profissionais de determinadas áreas, como médicos, cientistas, professores, etc… Descubra 100 palavras (quase) desconhecidas pela maioria dos portugueses.


Gematria: Sistema criptográfico que consiste em atribuir valores numéricos às letras.

Glosar: 1. Comentar, anotar, explicar. 2. Censurar, criticar. 3. Suprimir ou anular (parte de conta ou orçamento). 4. Desenvolver um verso (um mote).

Guapo: (RS) 1. Animoso, corajoso, ousado, valente. 2. Muito bonito, elegante.

Humifuso: Que se dispõe sobre o solo, rasteiro.

Humílimo: Diz-se de quem é extremamente simples, modesto.

Igarité: Canoa amazónica de grande porte, com toldo.

Isabel: Cavalo de cor branco-amarelada.

Improbo: Árduo, exaustivo.

Ínsua: Pequena ilha formada por algum rio.

Intensar: Intensificar-se.

Jondra: Sostra. Rapariga pouco limpa e asseada.

Jorna: Dia de trabalho, “trabalhar à jorna”.

Lacónico: Conciso no falar ou no escrever.

Lanfranhudo: Carrancudo, homem feio e mal humorado.

Lerna: Grande depressão na terra.

Lunático: Diz-se daquele homem volúvel, inconstante, nervoso.

Malota: Corcunda

Menorá: 1. Candelabro sagrado, com sete braços, um dos símbolos do antigo templo judeu de Jerusalém. 2. Candelabro com variável número de braços, usado principalmente no serviço religioso do judaísmo.

Merca: Aquilo que se compra.

Mesmamente: Sem nenhuma alteração.

Mote: Tema, assunto.

Nacela: Espécie de cesta ou barca, na parte inferior de um aeróstato ou de um balão, destinada a tripulantes e passageiros.

Necator: (Zoologia) Verme parasito de homens e de animais.

Netsuquê: Pequeno objecto esculpido em madeira ou marfim, ou trabalhado em metal, e atravessado por orifícios, usado pelos japoneses como adorno para prender uma pequena bolsa ou sacola à faixa do quimono.

Obvenção: Provento, receita ou lucro eventual. Antigo tributo que se pagava aos eclesiásticos pela sua manutenção.

Ossatura: Esqueleto.

Otimates: Cidadãos influentes, poderosos por nobreza ou dinheiro.

Pasigrafia: 1. Sistema de escrita que pode ser compreendido por leitores de diferentes línguas nativas, como no caso de línguas internacionais que fazem uso de notação musical ou de símbolos matemáticos. 2. Qualquer língua escrita artificial que pode ser entendida internacionalmente.

Pegadilha: Discussão acalorada, alteração.

Pelegrine: Capa longa.

Pengó: 1. Tolo. 2. Sujeito mal vestido. 3. Coxo.

Pérvio: Que dá passagem; transitável, franco, patente.

Pingadeira: 1. Negócio que vai rendendo sempre aos poucos. 2. Despesa continuada.