quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Ficha de Trabalho - Fracções


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Biografia - Amauri Ribeiro Jr.

Amaury Ribeiro Jr. é um jornalista brasileiro que ficou conhecido pela atuação no segmento dos direitos humanos. Ganhou notoriedade na publicação de seu livro "A Privataria Tucana", onde esboçou esquemas escusos nas privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso.

O jornalista atua no jornalismo investigativo político. Em 1996, ganhou um dos maiores prêmios do Brasil, o Esso de Jornalismo, quando escreveu um livro sobre a guerrilha do Araguaia, o que levou o estado brasileiro a pagar uma indenização às famílias e parentes das vítimas. Foram descobertas, na ocasião, ossadas e cemitérios clandestinos. A guerrilha era formada por militantes de esquerda na época da ditadura militar brasileira, nos anos 70.

Em 1997, Amaury Ribeiro Júnior ganhou o prêmio do jornal "O Globo" sobre uma matéria, na qual, denunciava uma rede de prostituição. Em 1999, recebeu o prêmio Esso.

No ano de 2007, foi baleado quando realizava trabalho de investigação jornalística sobre os homicídios ligados ao narcotráfico em Brasília. O caso teve como suspeito do crime o sobrinho da prefeita da cidade Sônia Melo. O fato levou o jornalista a trabalhar no jornal Estado de Minas, onde começou a escrever sobre assuntos políticos.

Em 2010, o polêmico jornalista foi acusado de subornar testemunhas e de usar documentos falsos. Mas livrou-se da acusação sob a alegação de ter obtido as informações através de fontes comprovadas, as juntas comerciais e paraísos fiscais.

Em 2011, lançou o livro "Privataria Tucana" onde investigou casos de privatização ocorridos no governo do Presidente da República do Brasil Fernando Henrique Cardoso. No episódio, haveria lavagem de dinheiro em paraísos fiscais. O político Paulo Maluf também estaria envolvido.

Amaury Ribeiro Jr. também ganhou 4 vezes o prêmio Vladimir Herzog.

Notícia retirada daqui

Vídeo - Lápis de cor - 5º ano


UFCD - 0217 - Técnicas de tratamento de fibras para tecelagem

0217 - Técnicas de tratamento de fibras para tecelagem
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Técnicas de tratamento de fibras para tecelagem
Código:
0217
Carga Horária:
25 horas
Pontos de crédito:
2,25
Objetivos

  • Efectuar o tratamento da lã e de outras fibras têxteis aplicando as técnicas adequadas.
  • Realizar construções simples geométricas para iniciação ao desenvolvimento das expressões gráficas de tapeçarias.
Recursos Didáticos

Conteúdos

  • Caracterização da qualidade da lã
  • Selecção da lã
  • Preparação da lã ou de outras fibras
    • Lavagem
      • - Lavagem com água fria
      • - Lavagem com água fria e sabão neutro
      • - Outras lavagens
    • Cardação
      • - Processo de abrir a lã
      • - Acto de desfiar e pentear
    • Fiação
      • - Torção do fio, a resistência
      • - Fiação em S, a fiação em Z
    • Ensarilhamento
  • Efectuar cálculos
    • Medidas lineares
    • Unidades de superfície
    • Unidades de volume
  • Utensílios de desenho
  • Noções simples de desenho
    • Traço e linhas
    • Figuras geométricas (simples)
  • Realização de figuras geométricas com utilização de régua, esquadro e compasso
  • Iniciação à pintura
  • Expressão gráfica e pictórica
    • Diferentes pincéis
    • Desenho pela técnica do guache
    • Preenchimento de espaços entre linhas
    • Pincelada espontânea
  • Ergonomia no posto de trabalho
  • Higiene no posto de trabalho
Referenciais de Formação

215010 - Tecelão/Tecedeira
Histórico de Alterações

(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Powerpoint - Regulação Nervosa, Osmorregulação e Termorregulação


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Manual - 10ºAno - Introdução à Lógica matemática


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Biografia - Constantino de Fontes

Nasceu em Lisboa, Portugal,  em 1777;
morreu entre 1835 e 1840.

Empregado na Imprensa Régia em 1810 como abridor de gravuras, era nessa época viúvo e morava na rua das Taipas. A sua primeira gravura conhecida, de 1810, descreve o embarque da família real e da corte para o Brasil. Colaborou na obra de Pedro José de Figueiredo, Retratos e Elogios dos Varões e Donas que Ilustraram a Nação Portuguesa, publicados entre 1806 e 1822, tendo também produzido várias gravuras com motivos alegóricos dedicados à Constituição de 1822, assim como uma gravura descrevendo a chegada à Praça do Comércio de D. João VI, quando do seu regresso do Brasil, em 1821.

Continuando a produzir em todas as épocas, há de sua autoria gravuras representando D. Miguel, o marquês de Chaves, assim como a D. Pedro no leito de morte, possivelmente a sua última gravura.

Fonte:
Ernesto Soares, História da Gravura Artística em Portugal. Os Artistas e as suas Obras, vol. I, nova edição, Lisboa, Livraria Sancarlos, 1971, pág. 286;
Catálogo da Biblioteca Nacional, Lisboa.

Biografia retirada daqui

Vídeo - 5º ano - Guache


UFCD - 0216 - Matérias e utensílios de tapeçaria artesanal

0216 - Matérias e utensílios de tapeçaria artesanal
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Matérias e utensílios de tapeçaria artesanal
Código:
0216
Carga Horária:
25 horas
Pontos de crédito:
2,25
Objetivos

  • Identificar, caracterizar e manusear matérias e utensílios para preparação de linhas e fibras têxteis       .
Recursos Didáticos

Conteúdos

  • Caracterização de matérias-primas utilizadas na fabricação de tapetes artesanais
    • Lã, técnicas de caracterização/obtenção
    • Algodão, técnicas de caracterização/obtenção
    • Linho, técnicas de caracterização/obtenção
    • Seda, técnicas de caracterização/obtenção
    • Outras
  • Caracterização de matérias secundárias
    • Produtos naturais de tingimento
    • Produtos químicos
    • Produtos auxiliares
  • Caracterização de utensílios utilizados na preparação e os processos de preparação
    • Cardas - métodos e técnicas do seu manuseamento
    • Fiadeira - métodos e técnicas do seu manuseamento
    • Roca - características e sua função
    • Dobadoura
    • Outros/as (ferramentas/utensílios)
  • Precauções necessárias no manuseamento das matérias e utensílios
Referenciais de Formação

215010 - Tecelão/Tecedeira
Histórico de Alterações

(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

domingo, 7 de outubro de 2018

Vídeo - Potencial de Repouso e Potencial de Acção

Manual - 10ºAno - Geometria


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Biografia - Ana de Castro Osório


Intelectual, jornalista, ensaísta, conferencista, feminista e republicana, considerada uma das mais notáveis teóricas dos problemas da emancipação das mulheres foi uma dedicada e incansável lutadora pela igualdade de direitos. Fundadora da literatura infantil em Portugal, (o aspecto vulgarmente mais salientado da sua biografia) com Para as Crianças, uma colecção que iniciou em 1897. Nascida em Mangualde, foi residir para Setúbal, onde casou com Paulino de Oliveira tribuno republicano. Desenvolveu uma intensa actividade em prol dos direitos das mulheres. Fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, do Grupo de Estudos Feministas e da Cruzada das Mulheres Portuguesas. Dirigiu várias publicações destinadas às mulheres e colaborou com inúmeros artigos, na imprensa, numa linha de actuação, comum à maioria das mulheres republicanas, que privilegiou a educação e a formação de uma opinião pública feminista esclarecida. Realizou conferências e comícios. Foi consultora de Afonso Costa, Ministro da Justiça do Governo Provisório, na elaboração da lei do divórcio.
Às Mulheres Portuguesas (1905) é uma colectânea (250ps) de artigos fundamentais, sobre as principais questões femininas que nunca conheceu reedição, onde exorta as mulheres ao “trabalho e ao estudo”, que considera “passo definitivo para a libertação feminina” ,apelando para que as mulheres não façam do amor “o ideal único da existência”. Ser feminista, diz, é “desejá-las criaturas de inteligência e de razão”. Sobre a rapariga portuguesa da época é implacável e irónica: “não tem opiniões para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os noivos”. Defende a igualdade de salários, “por igual trabalho, igual paga” e afirma que “nada mais justo, nada mais razoável, do que este caminhar seguro, embora lento, do espírito feminino para a sua autonomia”. Em Às mulheres Portuguesas analisa detalhadamente a situação da mulher e o casamento, da mulher casada perante o código civil e perante o trabalho. 

Informação retirada daqui

Vídeo - 5º ano - Aguarela


EFA - STC - NG5 - TIC - DR1 - Ficha de Trabalho - Comunicacões Rádio - Sociedade, Tecnologia e Ciência

UFCD - 0215 - Princípios de tapeçaria artesanal

0215 - Princípios de tapeçaria artesanal
(*) Em Vigor
Designação da UFCD:
Princípios de tapeçaria artesanal
Código:
0215
Carga Horária:
25 horas
Pontos de crédito:
2,25
Objetivos

  • Identificar e caracterizar os princípios da tapeçaria artesanal (portuguesa e outras) e reconhecer a história da tapeçaria artesanal.
  • Identificar a matéria-prima (lã) e outros tipos de fibras/fio.
Recursos Didáticos

Conteúdos

  • História da tapeçaria artesanal
    • Evolução da arte no fabrico de tapeçarias
  • Caracterização da tapeçaria portuguesa
  • Caracterização de outras tapeçarias
  • Ovinicultura
  • Diferentes tipos de lã
    • Lambswool – lã da primeira tosquia
    • Merino
    • Kurk – lã tirada do peito das ovelhas
    • Outras qualidades
  • Lã pura
  • Lã pura de alpaca
  • Lã em velo
  • Lã de má qualidade (lã morta)
  • Misturas
Referenciais de Formação

215010 - Tecelão/Tecedeira
Histórico de Alterações

(*) 2008-05-14   Criação de UFCD.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Vídeo - Bomba de sódio-potássio

Manual - 10ºAno - Iniciação ao Estudo das Funções Reais de Variável Real


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Biografia - Antónia Pusich


Numa época em que as mulheres estavam confinadas à família, à música e aos bordados, Antónia Pusich defendeu que deveriam também aprender a ler e a escrever para poderem participar na vida social e política do País. Através dos jornais que fundou despertou nas mulheres o sentido cívico que viria a ser uma realidade nos séculos que se lhe seguiram. Conhece-a e admire-a.

            Antónia Gertrudes Pusich foi a primeira mulher no nosso país que, como jornalista e directora de publicações periódicas, pôs o seu nome no cabeçalho, sem se esconder, como até aí outras mulheres o haviam feito, atrás de um pseudónimo masculino. 
            Desde nova que Antónia começou a rabiscar os primeiros versos. Com a educação que o pai lhe dera e os muitos livros de que a rodeou, sabemos que tinha conhecimento de várias línguas e que escrevia desde nova. A vida de casada e os três casamentos, bem como as adversidades da vida, só lhe permitiram que publicasse pela primeira vez em 1841. A sua obra mais conhecida é Olinda ou a Abadia de Comnor Place. de 1848. No prefácio do livro, Antónia Pusich conta que a ideia de escrever aquele romance lhe surgiu depois de ler uma novela de Walter Scott. De facto, no seu livro não faltam todos os ingredientes dos contos de terror, mais ao gosto das brumas britânicas que do nosso sol português, onde não faltam, como refere a investigadora Maria Leonor Machado de Sousa, «tradição, castelos, subterrâneos, ruínas, narcóticos, fugas, salteadores, mortes, tempestades e até um espectro». 
            Antónia Gertudes Pusich também escreveu sobre membros da família real, que sempre dedicou à sua família e a ela própria uma grande amizade, sendo mesmo íntima amiga da infanta Isabel Maria. A longevidade da escritora permitiu-lhe atravessar diversos reinados - de D. Maria I até ao reinado de D. Luís. 
            A sua obra literária é extensa e sabe-se que recorreu à escrita para custear as despesas da sua numerosa família. Embora muitos dos seus livros só interessem a investigadores, a sua escrita como jornalista e como fundadora de três periódicos ainda se lê com interesse e agrado. Fundou A Cruzada, A Beneficência e A Assembleia Literária que são testemunho de uma faceta de pedagoga e interveniente na vida social e política. Grande sucesso teve, no Teatro Normal, a apresentação da sua peça Constança ou o Amor Maternal, drama autobiográfico. No fim da representação apareceu no palco com as duas filllas mais novas, tendo sido muito aplaudida.

            Antónia Gertrudes Pusich nasceu em Cabo Verde a 1 de Outubro de 1805 e foi a quinta filha de António Pusich, originário da cidade de Ragusa, conhecida em croata pelo nome de Dubrovnik, e de uma portuguesa, Ana Isabel Nunes. António Pusich pertencia à nobreza que se dedicara à navegação comercial e era herdeiro de uma considerável fortuna. Segundo a tradição, ele deveria comandar os navios da frota de seu pai que lhe coubessem por herança. Entretanto, recebera uma educação primorosa, como competia aos varões ilustres do seu tempo, estudando em diversas cidades italianas. 
            Terminados os estudos e preparação na Marinha, António Pusich viajou por quase todos os países da Europa. Foi em Turim que o nobre de Ragusa conheceu Rodrigo de Sousa Coutinho, embaixador de Portugal naquela cidade do Piemonte, e que o viria a convidar a visitar Portugal. 
            Em Lisboa, a cultura, o charme, a bela e aprumada figura de António Pusich, com os seus cabelos loiros, os olhos azuis, abonaram decisivamente a seu favor. Não é de admirar, pois, que ao ser apresentado a D. Maria I, esta lhe peça que lhe traga relíquias de santos e esculturas italianas para o mosteiro do Santíssimo Coração de Jesus (Basílica da Estrela) que estava em fase adiantada e que ficaria pronto em 1790. 
            António Pusich foi, de facto, o responsável pelo transporte, por barco, da estátua de Santa Teresa de Jesus que está naquela basílica, sendo considerado um benfeitor pela rainha, que era muito religiosa, e pelas freiras que ocuparam o convento. Mais tarde, Pusich viria a comprar propriedades naquela zona onde mandou edificar casas. 
            Numa das suas viagens de regresso a Itália, António Pusich vem acompanhado de Franzini, célebre astrónomo e cardeal, que viria a ser um dos mestres dos príncipes, filhos de D. Maria I e de seu marido e tio D. Pedro III. Não podiam ter sido melhores as relações entre este estrangeiro e a família real portuguesa, como a história se encarregaria de o demonstrar. 
            Um dia, António Pusich é convidado para uma recepção no Palácio de Queluz. É aí que conhece aquela que iria a ser sua mulher, Ana Maria Isabel Nunes, filha de Manuel Nunes, valido da rainha D. Maria I e educador dos infantes mais velhos, D. José e D. João. Como capitão-do-mar de Sintra e Ericeira, Manuel Nunes fez parte da comitiva que foi buscar a Espanha, em 1785, a princesa Carlota Joaquina, que viria a casar com o futuro rei D. João VI. 
            O romance entre António Pusich e Ana Nunes acabou em casamento, com o apoio da própria rainha. Porém, a noiva pôs uma condição: casava, mas não sairia de Portugal. Como filha única, não queria deixar os pais. Não sabemos se António Pusich terá hesitado perante o pedido. O certo é que vai a Ragusa tratar dos seus negócios, deixar a mãe como sua herdeira, participar à família o seu enlace e regressa a Portugal. O ministro Martinho de MeIo e Castro garante-lhe um emprego compatível com as suas muitas habilitações, ao serviço da corte portuguesa. Como sabemos, a Marinha portuguesa gozava, nessa época, de grande prestígio e mais um homem do mar era bem-vindo. 
            Os pais de Antónia Gertrudes Pusich casam na capela do Paço de Queluz, em 25 de Agosto de 1791. 
            António Pusich foi acumulando distinções e subindo de posto com regularidade. Em 1798 é responsável pelo brigue Dragão. No ano seguinte, já comanda um bergantim de nome Balão que aporta às ilhas de Cabo Verde. Em 18 de Março de 1801, é nomeado intendente da Marinha de Cabo Verde e Capitão-de-Fragata graduado. Será posteriormente nomeado Governador daquelas ilhas, a partir de 1818. Sabemos pela filha - que mais tarde escreve a biografia do pai - que este foi o único Intendente da Marinha das Ilhas de Cabo Verde, cargo que exerceu durante oito anos. Foi em 1805 que nasceu, na Ilha de São Nicolau, Antónia Gertrudes Pusich, tendo sido o padrinho de baptismo o príncipe regente que se fez representar por um irmão da neófita. Foi para assinalar este nascimento que o pai mandou erigir a capela de Santo António dos Navegantes no Porto Preguiça, que ainda existe. 
            É Antónia Gertrudes Pusich que nos conta como ela, em pequena, colaborava com os pais no apoio às populações de Cabo Verde, tantas e tantas vezes assoladas por doenças e privações, devido a secas prolongadas e cíclicas. O pai, que ela não deixa nunca de elogiar, teria acabado, naquelas ilhas, com costumes bárbaros, como eram os castigos corporais em público, que o governador anterior cometia contra a população, que era praticamente escravizada.

«Nos outros colégios do Estado e ainda nas escolas particulares igual esmero se vai tendo com a instrução dos meninos e honra seja feita aos professores e directores desses colégios. Mas as meninas!... As meninas imploram atenção, e de todas as pessoas que nutrem sentimentos de humanidade e desejos de ver prosperar a sua pátria.[...]. Enquanto em nossa terra as mulheres não tiverem a precisa instrução literária, ensinam a coser, marcar, bordar, música, etc. Porém a ler, escrever, contar, etc., não. E ainda menos outros estudos. Que mal pode ensinar alguém o que mal sabe... Poucas senhoras sabem escrever bem [...]. Aparecem numa sociedade, ostentam uma brilhante conversação, fazem uma elegante figura... encantam os espectadores... seduzem... adquirem nomeada, estudam todas essas aparências fosfóricas (sic); vai um sábio entrar com elas em discurso... onde está o espírito dessas fascinantes beldades?... Evaporou-se! Nem sabem dar uma razão do que dizem.» 

            Desde pequena que Antónia Gertrudes acompanhava o pai nas suas viagens pelas ilhas de Cabo Verde. Era ela também que lhe servia de secretária para redigir certos documentos. 
            Em 1820, dá-se a Revolução Liberal no Porto e as notícias chegam à Ilha de S. Tiago, em Cabo Verde, em 24 de Agosto. Para António Pusich e família. fiéis à: monarquia, iria começar um período de infortúnio e de humilhações. No ano seguinte, ainda como Governador de Cabo Verde, recusa-se a jurar a Carta Constitucional, sem prévia ordem do rei. Para o efeito, manda o filho Pedro António ao Brasil aconselhar-se com o monarca mas o rei, entretanto, já embarcara para Lisboa. A instabilidade nas ilhas de Cabo Verde era enorme. Havia muita gente com poder económico que queria ver o Governador afastado das suas funções, embora grande parte da população das Ilhas estivesse do lado de António Pusich. É certo que ele desde sempre sentira que havia muita gente na corte de D. Maria I e depois de D. João VI que não via com bons olhos as atenções e cargos que os monarcas davam "àquele estrangeiro", como diziam. Diziam mesmo que ele não era merecedor dos cargos, pois "havia nacionais habilitados nas Academias (portuguesas) que o rei devia preferir ao estrangeiro". As eternas invejas e intrigas que rodeiam o poder só que ele não era estrangeiro pois, ao casar com uma portuguesa, tinha adquirido a nacionalidade portuguesa. Pusich, acompanhado da família, chegou a Lisboa, em Setembro de 1821 e foi impedido de desembarcar pelas forças governativas, tendo de aguardar que o próprio rei ficasse como seu fiador. Só então desembarcou.
            Antónia Gertrudes Pusich casara pela primeira vez, muito nova, em 1820, com o desembargador João Cardoso de Almeida Amado Viana Coelho, deputado às cortes de 1820, de quem teve seis filhos: João António, Antónia, Alfredo, Maria, Ana e Ema. Esta última filha deste primeiro casamento casaria com Humberto de Luna da Costa Freire e Oliveira, que chegou a coronel. Foi republicano e apoiou Sidónio Pais. Viria a aderir ao movimento revolucionário de 28 de Maio de 1926. 
            O segundo casamento de Antónia Pusich foi, em 1830, com o comendador Francisco Henriques Teixeira, que esteve do lado de D. Miguel. Deste casamento nasceu Miguel (Pusich Henriques Teixeira). Tendo enviuvado pela segunda vez, Antónia Gertrudes Pusich casa uma terceira vez, em 16 de Abril de 1836, na Igreja de Santa Isabel, em Lisboa, com o capitão José Roberto de Melo Fernandes e Almeida. Tiveram vários filhos, a saber: António (Pusich de Melo) : Antónia (Pusich de Melo), Ana Isabel Filomena (Pusich de Melo) e Maria Amélia (Pusich de Melo). 
            Os muitos descendentes que ainda são vivos têm um grande orgulho da grande jornalista que ela foi. 
            Antónia Gertrudes Pusich, monárquica e profundamente religiosa, morreu a 6 de Outubro de 1883. A sua obra merece uma nova leitura. Ela não pode ficar confinada às estantes das bibliotecas nem à lápide que a Câmara Municipal lhe colocou na última casa onde morou, na Rua de São Bento, em Lisboa.

Informação retirada daqui

Vídeo - 5º ano - Caneta de feltro / Marcador