quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Docentes a contrato duplicam

A Fenprof assinalou esta quarta-feira o dia de abertura das escolas com a promessa de protestos de rua face ao aumento de professores contratados e para pressionar o Governo a abrir concurso extraordinário em 2011.

"Vamos trabalhar para encetar acções de rua fortes pelos professores contratados e desempregados, com o objectivo de garantir que integram os quadros. Há um compromisso do Governo de abrir concurso em 2011 e nem nos passa pela cabeça que não se realize", afirmou Mário Nogueira, lembrando que desde 2007 reformaram-se 15 210 professores e só entraram no quadro 396.

A estrutura sindical revelou que foram contratados este ano 17 276 professores, quase o dobro dos 9 663 do ano passado. E Nogueira estimou em 50 mil o total de professores a contrato para este ano lectivo, incluindo os que serão contratados via bolsa de recrutamento, directamente pela escolas e os que integrarão as Actividades de Enriquecimento Curricular.

O dirigente acusa o Governo de "suprir necessidades permanentes das escolas com soluções provisórias para poupar dinheiro": "Este clima não é propício a que o professor tenha o melhor desempenho e isso reflecte-se na qualidade do serviço público de ensino."

Para apoiar os docentes com vínculos precários, a Fenprof lançou um 'Guia de Sobrevivência do professor contratado e desempregado'. Os contratados não evoluem na carreira e recebem sempre o mesmo vencimento: 1 373 euros brutos para um horário completo de 22 horas lectivas. Já um docente do quadro com 10 anos de carreira pode ganhar 1 864 euros brutos.

Retirado de http://www.cmjornal.xl.pt

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