segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Novos materiais pedagógicos sobre educação sexual começam a chegar às escolas em Novembro

A Associação para o Planeamento da Família (APF) deverá começar a fazer chegar às escolas os novos materiais pedagógicos para apoiar a educação sexual já a partir de Novembro. Trata-se de um conjunto de jogos, livros e dvd´s “com novas orientações técnicas, novas sugestões de actividades, pensados para cada nível de ensino”, destacou Cristiana Carvalho, da APF. Os novos materiais pedagógicos foram hoje apresentados num seminário promovido pela APF, na Universidade de Aveiro, e do qual saíram várias chamadas de atenção para a importância da educação sexual nas escolas.

Um dos apelos lançados partiu de Francisco George, director-geral de Saúde, que participou na sessão de abertura, juntamente com Manuela Sampaio, presidente da Associação para o Planeamento da Família, e Pedro Nobre, presidente da Sociedade Portuguesa de Sexologia Cínica, entre outros.

Francisco George chamou a atenção para a importância da educação sexual nas escolas como formação para os afectos. “A educação sexual em meio escolar permite chamar a atenção para a importância dos afectos entre jovens entre si”, defendeu, durante a sua intervenção no seminário.

Relativamente aos novos materiais pedagógicos que irão ser disponibilizados aos estabelecimentos de ensino, constituem “um complemento aos kits de educação sexual já existentes” e “vêm permitir fazer uma série de actividades de forma dinâmica, o que possibilita que os jovens tenham um papel activo na aprendizagem”, sublinhou Cristiana Carvalho ao PÚBLICO. Para esta responsável pelo departamento de comunicação e imagem da APF, os complementos que irão ser encaminhados para as escolas que já dispõem de kits destacam-se ainda pelo facto de contemplarem “material específico para trabalhar a área das emoções e sentimentos, puberdade, e doenças sexualmente transmissíveis”, algo que não acontecia até aqui.

Disso são exemplo o jogo de cartas “Puberdade!E agora?”, dirigido aos alunos dos segundo e terceiro ciclos, ou o jogo interactivo “Será isto um bicho de sete cabeças?”, para o terceiro ciclo e secundário. E podem estes novos materiais pedagógicos ser alvo de polémica junto dos encarregados de educação que têm levantado algumas críticas à educação sexual nas escolas? Cristiana Carvalho acredita que não.

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