Na terceira edição do Inquérito à Educação e Formação de Adultos, realizado pelo INE em 2016 e agora divulgado, concluiu-se que, na década de 2007-2016, a taxa de participação de adultos em atividades de formação ao longo da vida aumentou cerca de 20%, ou seja, dos 39,9% para os 50,2%. Um universo que passou dos 2,1 milhões de pessoas para o 3,2 milhões. Este aumento deve-se sobretudo à participação na educação não formal, que duplicou entre 2007 e 2016, ou seja, dos 23,1% para os 45.2% em termos globais.
O estudo comparou os resultados obtidos em 2007 com a realidade de 2016, apurando as tendências de alteração em termos de participação da população adulta na educação e formação, bem como o seu impato na vida das pessoas.
O estudo define uma clara diferença entre a educação formal e a não formal, sendo que a primeira é "ministrada em instituições de educaçção, conducente a um nível de escolaridade", enquanto a segunda "decorre em estruturas institucionais" com a atribuição de um "certificado de frequência de curso" que normalmente não é reconhecido pelas autoridades nacionais como "progressão na sucessão hierárquica de níveis de educação e formação".
Segundo o INE, e entre 2007-2016, observou-se a uma subida na participação das atividades informais na ordem dos 48,6%, passando de 40,8% para os 89,4%. Um universo total de 5,7 milhões de pessoas. Também a não participação em iniciativas de educação, formação e aprendizagem diminuiu significativamente neste período, descendo dos 48,2% para os 8,2% em 2016, mantendo-se o perfil dos não participantes: "pessoas mais velhas, menos escolarizadas e com progenitores igualmente menos escolarizados".
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